381 resultados para Insuficiência renal Teses
Resumo:
ResumoIntroduoA teraputica com varfarina pode provocar hematria grave e leso renal aguda pela formao de cilindros eritrocitrios oclusivos. Estas alteraes so sugestivas de uma doena recentemente conhecida como nefropatia relacionada pela varfarina.Caso Clnico:Apresentamos um doente de 74 anos de idade com doena renal crnica estdio 3 A, que progrediu com declnio na taxa de filtrao glomerular (TFG) aps o incio de teraputica com varfarina devido a um quadro fibrilao atrial. O diagnstico foi confirmado pela histologia renal, que demonstrou a presena de ocluso tubular por cilindros eritrocitrios, achados consistentes com este diagnstico. O paciente no recuperou a TFG, tendo iniciado teraputica substitutiva da funo renal.Discusso:O objetivo da descrio deste caso clnico alertar para a complicao associada a este frmaco e reforar a necessidade de monitorizao cuidada da funo renal e dos parmetros de coagulao em doentes tratados com a varfarina. A patognese e o prognstico desta entidade tambm sero discutidos.
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Resumo Introduo: O perfil clnico de pacientes brasileiros adultos com sndrome nefrtica por doena de leses mnimas (LM) e glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) pouco conhecido. Objetivo: Avaliamos as caractersticas clnico-laboratoriais e resposta a tratamento em pacientes adultos com sndrome nefrtica e diagnsticos histolgicos de LM ou GESF. Mtodos: Fez-se a anlise retrospectiva de 50 pacientes adultos com LM e 120 com GESF. Todos os pacientes foram inicialmente tratados com corticosteroide. Os desfechos do estudo foram: resposta a corticosteroide, prevalncia de remisso total, progresso para doena renal crnica estgio 5 (DRC5) e necessidade de terapia de substituio renal por DRC5. Resultados: Nveis iniciais de creatinina srica foram 24% mais elevados entre pacientes com GESF (p = 0,02) e os de proteinria foram 36% mais altos em LM (p < 0,001). Pacientes com LM foram crtico-sensveis em 80% dos casos, com remisso total em 74%, e os pacientes com GESF em 58% (p = 0,01), com remisso total em 30% (p = 0,002). A prevalncia de insuficiência renal aguda em pacientes com GESF foi de 39% (vs. 12%, p = 0,013) e DRC5 de 10% (vs. 0%, p < 0,001). Remisso completa ou parcial com o uso de corticosteroide reduziu em 83% o risco de DRC5 (p < 0,001) e remisso total associou-se a reduo no risco de DRC5 de 89% (p < 0,001). Concluso: A resposta positiva corticoterapia foi o fator mais importante relacionado preservao da funo renal ao longo de mais de uma dcada de seguimento, e GESF relacionou-se a menor ndice de resposta a corticosteroide.
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FUNDAMENTO: A presena de anemia e de disfuno renal confere mau prognstico em pacientes com insuficiência cardaca (IC) e frao de ejeo reduzida (ICFER). O impacto em pacientes com IC e frao de ejeo normal (ICFEN) pouco estudado. OBJETIVOS: Estudar a prevalncia e o prognstico da anemia e da disfuno renal (DR) em pacientes com IC de acordo com o tipo de disfuno ventricular. MTODOS: Foram estudados prospectivamente 209 pacientes com IC crnica estvel. Pacientes com frao de ejeo <50 % foram considerados como tendo ICFER. Anemia foi definida pelos critrios da OMS como hemoglobina <13 g/dl em homens e <12 g/dl em mulheres. A funo renal foi calculada pela frmula sMDRD (Simplified Modified Diet Renal Disease). Hospitalizaes, visitas a emergncias e bitos por causas cardacas foram considerados como eventos cardacos. RESULTADOS: Noventa pacientes tinham ICFER e 119, ICFEN. A taxa de filtrao glomerular (TFG) foi menor no grupo com ICFER (57,6 66,2 versus 94,8 36,6 ml/min/1,73m; p=0,01). No houve diferena na prevalncia da anemia nos dois grupos (23,3% versus 18,5%; p=0,34). A prevalncia da DR moderada a grave foi maior no grupo com ICFER (32,2% versus 16,8% p=0,01). A DR foi o nico fator associado anemia e associou-se independentemente com eventos cardacos (HR 2,52; IC 95% = 1,27 - 5,2; p=0,01). CONCLUSO: DR foi menos prevalente na ICFEN, enquanto a prevalncia de anemia no diferiu entre os dois grupos. A DR foi preditora de eventos cardacos, independentemente da frao de ejeo.
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INTRODUO: Hipovitaminose D bem documentada em pacientes portadores de doena renal crnica (DRC). Espera-se nveis inferiores em habitantes de regies no tropicais em relao aos habitantes de regies tropicais, pela inferio de uma maior exposio solar e maior produo de vitamina D. OBJETIVO: Analisar os nveis sricos de vitamina D, como 25-hidroxivitamina D - 25(OH)D, de 125 pacientes brasileiros portadores de DRC em fase pr-dialtica. MTODOS: Foram estudados 125 pacientes (57,4 16,2 anos, 78 brancos e 55,2% homens), com creatinina de 2,67 1,73 mg/dL e o clearance estimado 43,7 34,5 mL/min. O ndice de massa corporal era de 27,4 4,7 kg/m e a circunferncia abdominal de 95,0 14,0 cm. O clcio era de 9,3 0,6 mg/dL, o paratormnio intacto (PTHi) 212,6 221,2 pg/mL e a albumina srica 4,2 0,6 g/dL. A mdia de 25(OH)D era de 23,9 10,7 ng/mL. RESULTADOS: Dos 125 pacientes, 92 (72,6%) apresentavam nveis de 25(OH)D < 30 ng/mL, sendo que 65 (52%) apresentavam insuficiência (15-29 ng/mL); 27 (21,5%) apresentavam deficincia (5-14 ng/mL) e apenas um paciente apresentava deficincia severa < 5 ng/mL. No foram observadas diferenas entre os nveis de 25(OH)D nos pacientes estratificados quanto ao estgio de DRC. Os nveis de 25(OH)D foram maiores nos homens (38,1 20,6 versus 22,4 9,7 ng/ml; p < 0,0001), havendo tambm uma correlao inversa entre os nveis de 25(OH)D e de PTHi, proteinria e circunferncia abdominal, e uma correlao positiva entre 25(OH)D e clcio total e albumina srica. Na anlise multivariada, encontrou-se apenas correlao inversa entre 25(OH)D e circunferncia abdominal e PTHi. CONCLUSO: A despeito de a populao do Brasil estar em um clima tropical, a maioria dos pacientes analisados apresentou nveis sricos subtimos de vitamina D, podendo este achado estar relacionado ao desenvolvimento de hiperparatireoidismo.
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OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiolgico e clnico de pacientes em terapia renal substitutiva, identificando fatores associados ao risco de morte. MTODOS: Estudo observacional, prospectivo no concorrente, a partir de dados de 90.356 pacientes da Base Nacional em Terapias Renais Substitutivas, no Brasil. Foi realizado relacionamento determinstico-probabilstico do Sistema de Autorizao de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo e do Sistema de Informao de Mortalidade. Foram includos todos os pacientes incidentes que iniciaram dilise entre 1/1/2000 e 31/12/2004, acompanhados at a morte ou final de 2004. Idade, sexo, regio de residncia, doena renal primria, causa do bito foram analisados. Ajustou-se um modelo de riscos proporcionais para identificar fatores associados ao risco de morte. RESULTADOS: Ocorreu um aumento mdio de 5,5% na prevalncia de pacientes em terapia enquanto a incidncia manteve-se estvel no perodo. Hemodilise foi a modalidade inicial predominante (89%). A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade mdia de 53 anos, residente na regio Sudeste, e apresentava causa indeterminada como principal causa bsica da doena renal crnica, seguida da hipertenso, diabetes e glomerulonefrites. Desses pacientes, 7% realizou transplante renal e 42% evoluiu para o bito. Os pacientes em dilise peritoneal eram mais idosos e apresentavam maior prevalncia de diabetes. Entre os no transplantados, 45% foi a bito e, entre os transplantados, 7%. No modelo final de riscos proporcionais de Cox, o risco de mortalidade foi associado com o aumento da idade, sexo feminino, ter diabetes, residir nas regies Norte e Nordeste, dilise peritoneal como modalidade de entrada e no ter realizado transplante renal. CONCLUSES: Houve aumento da prevalncia de pacientes em terapia renal no Brasil. Pacientes com idade avanada, diabetes, do sexo feminino, residentes nas regies Norte e Nordeste e sem transplante renal apresentam maior risco de morte.
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OBJETIVO: Determinar a prevalncia de doena cardiovascular (DCV) e de fatores de risco tradicionais em portadores de insuficiência renal crnica em avaliao para incluso em lista para transplante renal. MTODOS: Foram submetidos avaliao clnica e exames complementares 195 pacientes com insuficiência renal crnica dialtica e comparados a grupo de 334 hipertensos pareados por idade. As equaes de Framingham foram usadas para o clculo do risco absoluto (RA); o risco relativo (RR) foi calculado tendo como referncia o risco absoluto da coorte de baixo risco de Framingham. RESULTADOS: Do total, 37% apresentaram algum tipo de doena cardiovascular na avaliao inicial, sendo que arteriopatia obstrutiva (23%) foi a mais prevalente. Excludos os pacientes com doena cardiovascular, em relao aos fatores de risco tradicionais, houve diferena significativa quanto presso arterial sistlica e colesterol total (maiores no grupo de hipertensos) e s prevalncias de homens, diabetes e tabagismo, maiores no grupo de insuficiência renal crnica, que apresentou maior grau de hipertrofia ventricular esquerda, menor presso arterial diastlica e menor prevalncia de histria familiar de doena cardiovascular e obesidade. O risco relativo para doena cardiovascular dos pacientes com insuficiência renal crnica foi mais elevado em relao populao controle de Framingham porm no diferiu da observada no grupo de hipertensos. CONCLUSO: Em candidatos a transplante renal significativa a prevalncia de doena cardiovascular e de fatores de risco tradicionais; as equaes de Framingham no quantificam adequadamente o risco cardiovascular real e outros fatores de risco especficos desta populao devem contribuir para o maior risco cardiovascular.
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Hipertrigliceridemia e o HDL baixo so aspectos comuns em pacientes com insuficiência renal crnica. A mortalidade cardiovascular est substancialmente aumentada na presena de doena renal crnica (10-20 vezes maior). Existem evidncias de estudos clnicos com estatinas sugerindo uma ao protetora dessas drogas na progresso da doena renal. Alm disso, pacientes ps-transplante renal recebendo fluvastatina, experimentaram reduo na incidncia de infartos no fatais e de mortalidade cardaca. Entretanto, um estudo recente com atorvastatina no demonstrou redues na morbi-mortalidade cardiovascular entre pacientes diabticos em hemodilise. Estudos em andamento definiro o preciso papel das estatinas neste grupo especial de pacientes.
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OBJETIVO: Analisar o papel da disfuno renal na internao ou durante a evoluo nos pacientes com infarto agudo do miocrdio (IAM). MTODOS: Foram avaliados 274 pacientes com IAM, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2001. A funo renal foi monitorada com a dosagem de creatinina (Cr) na internao e o valor pico durante a hospitalizao. O clearance de creatinina (ClCr) foi calculado pela frmula de Cockcroft & Gault. Foi avaliada a morbidade e mortalidade intra-hospitalar e aps um ano do evento. RESULTADOS: A mdia de idade foi 62,2 13,5 anos e 73% eram do sexo masculino. A funo renal esteve mais reduzida nos homens, em pacientes com hipertenso arterial sistmica e cirurgia de revascularizao prvia. A anlise multivariada revelou aumento da mortalidade intra-hospitalar relacionada com a elevao nos nveis pico de Cr (OR:1,18 95% IC:1,18-2,77 p = 0,006), com o decrscimo no ClCr inicial (OR:0,96 95% IC:0,93-0,99 p = 0,025) e no ClCr pico (OR:0,96 95% IC:0,92-0,99 p = 0,023). A diferena percentual entre o ClCr inicial e o menor ClCr atingido tambm indicou maior mortalidade (OR:1,04 95% IC:1,00-1,07 p = 0,033). A piora da funo renal no alterou a morbidade e mortalidade em um ano. CONCLUSO: Disfuno renal na internao, e sua deteriorao durante a hospitalizao, mostrou ser um importante marcador prognstico de pior evoluo imediata.
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OBJETIVO: Descrever as caractersticas clnicas e identificar potenciais fatores de risco para letalidade hospitalar em pacientes com insuficiência cardaca descompensada, admitidos em unidade de terapia intensiva. MTODOS: Pacientes consecutivamente admitidos por insuficiência cardaca descompensada numa unidade de terapia intensiva, de junho/2001 a dezembro/2003, foram selecionados e seguidos durante a internao. Caractersticas clnicas na admisso foram coletadas e avaliadas por meio de modelos de regresso logstica mltipla como preditores de risco para letalidade hospitalar. RESULTADOS: Foram avaliados 299 pacientes, 54% do sexo masculino, com mdia de idade de 6913 anos. Doena arterial coronariana foi a causa principal da falncia cardaca em 49% dos casos. Diabetes mellitus e hipertenso arterial sistmica ocorreram em 37,5% e 78% dos pacientes, respectivamente. Na admisso, 22% dos pacientes apresentavam fibrilao atrial; 21,5%, disfuno renal e 48% dos casos, anemia (16,5% com anemia importante). Encontrou-se disfuno sistlica grave (frao de ejeo do ventrculo esquerdo <30%) em 44% dos pacientes. A letalidade hospitalar foi 17,4%. Aps anlise multivariada, histria prvia de acidente vascular enceflico (AVE), fibrilao atrial, insuficiência renal, idade >70 anos e hiponatremia foram independentemente associados com letalidade hospitalar. CONCLUSO: Pacientes internados por insuficiência cardaca descompensada em unidade intensiva apresentam letalidade hospitalar elevada. Neste estudo, variveis da admisso puderam predizer letalidade hospitalar, como AVE prvio, fibrilao atrial, hiponatremia, insuficiência renal e idade >70 anos.
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OBJETIVO: Avaliar a exeqibilidade, a segurana e a acurcia diagnstica do ecocardiograma sob estresse (EEDA) com dobutamina/atropina em candidatos a transplante renal. MTODOS: Pacientes candidatos a transplante renal com e sem nefropatia diabtica realizaram EEDA e cineangiocoronariografia. Consideraram-se dois pontos de corte para doena arterial coronariana (DAC): > 50% e > 70% de obstruo de uma artria epicrdica. RESULTADOS: Cento e quarenta e oito pacientes realizaram o EEDA e a angiografia coronariana. A mdia de idade foi de 529 anos, 69% eram do sexo masculino, 27% tinham nefropatia diabtica, e 73%, HVE; 63% estavam assintomticos, 36% e 22% apresentaram obstrues coronarianas > 50% e > 70%, respectivamente. A exeqibilidade foi de 91% e houve 2,7% de complicaes maiores. Obtiveram-se as seguintes mdias de sensibilidade, especificidade e acurcia, considerando obstruo coronariana > 50%: 53% (IC:45-61), 87% (IC:81-93), e 75% (IC:63-83), respectivamente. Para obstruo >70%, 71% (IC:64-92), 85% (IC:79-91) e 81% (IC:75-87). A sensibilidade para diagnosticar doena uniarterial foi 41% (IC:19-63) e doena multiarterial, 78% (IC:64-92). CONCLUSO: O EEDA foi exeqvel e seguro; entretanto, foi ineficiente para rastreamento de DAC, considerando obstrues > 50%, mas pode ser til para deteco de DAC em pacientes com obstrues > 70% e doena multiarterial.
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FUNDAMENTO: Em pases desenvolvidos, a insuficiência cardaca com frao de ejeo preservada (ICFEP) o modelo mais prevalente que a insuficiência cardaca com disfuno sistlica (ICDS) na comunidade. No entanto, no est plenamente estabelecido se tal fato tambm observado na nossa comunidade. OBJETIVO: Determinar o tipo mais prevalente de insuficiência cardaca (ICFEP ou ICDS) e se a prevalncia de ICFEP elevada na comunidade. MTODOS: Estudo transversal de pacientes atendidos na comunidade com diagnstico clnico de IC, de janeiro a dezembro de 2005. O ecodopplercardiograma foi realizado em todos os pacientes. O tipo de IC foi estratificado pela presena de anormalidades e pela frao de encurtamento ao ecodopplercardiograma. RESULTADOS: O estudo avaliou 170 pacientes (61,013,3 anos), a maioria mulheres e idosos. A ICFEP foi o tipo de IC mais prevalente (64,2%, p<0,001) com tendncia nas mulheres idosas (62%, p=0,07), e o inverso na ICDS, nos homens idosos (63,6%, p=0,07). Os pacientes sem IC representaram um tero dos casos (27,6%). A ICDS apresentou mais edema de membros inferiores, doena coronariana, diabete, insuficiência renal crnica, re-internaes e maior escore de Boston. O etilismo e o tabagismo estiveram mais presentes na ICDS. CONCLUSO: A ICFEP o tipo de IC mais prevalente na comunidade, principalmente nas mulheres idosas, enquanto a ICDS, nos homens idosos, com maior gravidade clnica e acometimento dos principais fatores de risco e sem modificao nos hbitos de vida. Apesar dos sinais e dos sintomas de IC, em um tero dos casos a IC no foi confirmada.
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FUNDAMENTO: A doena renal crnica (DRC) caracteriza-se pela alta prevalncia de aterosclerose. Uma vez que o estresse oxidativo e a disfuno endotelial so promotores da aterosclerose, interessante verificar se as duas condies esto associadas em pacientes com DRC, ainda sem doena cardiovascular (DCV) clnica. OBJETIVO: Avaliar as relaes entre o estresse oxidativo e a funo endotelial em pacientes com DRC estgio 5, sem DCV. MTODOS: Foram estudados 22 pacientes com DRC, no-diabticos, no-fumantes, sem DCV e tratados por hemodilise; alm de 22 indivduos normais. Em todos os indivduos foram avaliados a reatividade vascular, dependente e independente de endotlio (ultra-som de alta resoluo da artria braquial), e o estresse oxidativo (nveis plasmticos de substncias reativas ao cido tiobarbitrico - TBARS). RESULTADOS: A reatividade vascular dependente de endotlio (6,0 4,25% vs. 11,3 4,46%, p <0,001) e a reatividade independente de endotlio (11,9 7,68% vs. 19,1 6,43%, p <0,001) foram reduzidas na DRC, enquanto o estresse oxidativo (2,63 0,51 vs. 1,49 0,43, p <0,001) foi aumentado. Os nveis de TBARS, quando utilizado na totalidade de indivduos do estudo (pacientes e controles), correlacionaram-se com a reatividade vascular dependente de endotlio (r = -0,56, p<0,001) e com a presso arterial sistlica (r = 0,48, p = 0,002). CONCLUSO: O estresse oxidativo associado disfuno endotelial. Pacientes com DRC apresentam aumento do estresse oxidativo e comprometimento da reatividade vascular. Os resultados sugerem ainda que o estresse oxidativo e a disfuno endotelial podem estar envolvidos na susceptibilidade exagerada da DRC s complicaes cardiovasculares.
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Fstula Arteriovenosa Renal (FAVR) uma causa rara e potencialmente reversvel de hipertenso e insuficiência renal e/ou cardaca. O tratamento da FAVR visa preservar o mximo de parnquima renal e, concomitantemente, erradicar os sintomas e efeitos hemodinmicos decorrentes da FAVR. No presente estudo, sero relatados trs casos de FAVR, incluindo um caso de FAVR idioptica de novo, que se apresentaram com hipertenso e insuficiência renal e/ou cardaca, e descrever a teraputica adotada e os resultados obtidos.
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FUNDAMENTO: A leso renal aguda (LRA) uma doena complexa para a qual, atualmente, no h uma definio padro aceita. A AKIN (Acute Kidney Injury Network) representa uma tentativa de padronizao dos critrios para diagnstico e estadiamento da LRA, baseando-se nos critrios RIFLE (risk, injury, failure, loss, e end-stage kidney disease), publicados recentemente. OBJETIVOS: Avaliar a incidncia e mortalidade associada LRA em pacientes submetidos revascularizao do miocrdio (RM) com circulao extracorprea (CEC). MTODOS: O total de 817 pacientes foi dividido em dois grupos: LRA negativa (-), com 421 pacientes (51,5%), e LRA positiva (+), com 396 pacientes (48,5%). Foi considerado LRA a elevao da creatinina em 0,3 mg/dl ou aumento em 50% da creatinina em relao a seu valor basal. RESULTADOS: A mortalidade em 30 dias dos pacientes com e sem LRA foi de 12,6 % e 1,4%, respectivamente (p < 0,0001). Em um modelo de regresso logstica multivariada, LRA aps RM com CEC foi preditora independente de bito em 30 dias (OR 6,7 - p = 0,0002). Esse grupo de pacientes teve maior tempo de permanncia em UTI [mediana 2 dias (2 a 3) vs. 3 dias (2 a 5) - p < 0,0001)] e uma maior proporo de pacientes com permanncia prolongada na terapia intensiva (> 14 dias) - 14% vs. 2%; p < 0,0001. CONCLUSO: Na populao estudada, mesmo uma discreta alterao da funo renal baseada nos critrios do "Acute Kidney Injury Network - AKIN" foi preditora independente de bito em 30 dias aps RM com CEC.
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FUNDAMENTO: A estenose arterial renal (EAR) uma causa potencialmente reversvel de hipertenso arterial sistmica (HAS) e nefropatia isqumica. Apesar da revascularizao bem sucedida, nem todos os pacientes (pt) apresentam melhora clnica e alguns podem piorar. OBJETIVO: O presente estudo se destina a avaliar o valor do ndice de resistividade renal (IR) como preditor dos efeitos da revascularizao renal. MTODOS: Entre janeiro de 1998 e fevereiro de 2001, 2.933 pacientes foram submetidos ao duplex ultrassom renal. 106 desses pacientes apresentaram EAR significativa e foram submetidos a angiografia e revascularizao renal. A presso arterial (PA) foi medida antes e depois da interveno, em intervalos de at 2 anos e as medicaes prescritas foram registradas. Antes da revascularizao, o IR foi medido em 3 locais do rim, sendo obtida uma mdia dessas medies. RESULTADOS: Dos 106 pacientes, 81 tiveram IR<80 e 25 RI>80. A EAR foi corrigida somente por angioplastia (PTA) em 25 pts, PTA + stent em 56 pts e cirurgicamente em 25 pts. Dos pacientes que se beneficiaram da revascularizao renal; 57 dos 81 pacientes com IR <80 apresentaram melhora em comparao a 5 de 25 com IR > 80. Usando um modelo de regresso logstica mltipla, o IR esteve significativamente associado evoluo da PA (p = 0,001), ajustado de acordo com os efeitos da idade, sexo, PAS, PAD, durao da hipertenso, o tipo de revascularizao, nmero de frmacos em uso, nvel de creatinina, presena de diabete melito, hipercolesterolemia, volume sistlico, doena arterial perifrica e coronariana e tamanho renal (OR 99,6-95%CI para OR 6,1-1.621,2). CONCLUSO: A resistividade intrarrenal arterial, medida por duplex ultrassom, desempenha um papel importante na predio dos efeitos ps revascularizao renal para EAR.