57 resultados para Immigrants - Àfrica
Resumo:
Resumo O Saque de Roma de 410 inundou o Mediterrâneo de refugiados e fez com que questões que preocupavam a Igreja latina fossem também levadas à atenção dos cristãos do Oriente. Esse é o caso de Pelágio que, ao buscar refúgio em Hipona e depois na Palestina, levaria Agostinho a enfrentá-lo em uma controvérsia que afetaria toda a tradição cristã ocidental: o debate sobre a graça. As cartas trocadas durante a controvérsia pelagiana nos mostram não apenas o papel das redes epistolares no desenrolar desses debates, mas também de que modo os fluxos habituais de pessoas e de notícias no Mediterrâneo podiam ser mobilizados, ainda que nem sempre controlados, pelos atores desse jogo. O objetivo deste texto é investigar os meios, as formas e os atores envolvidos na comunicação entre Roma, o norte da África e a Palestina durante a controvérsia pelagiana.
Resumo:
O texto tem como objetivo principal analisar parte dos discursos produzidos sobre a participação de atletas interculturais - de origem africana ou antilhana - na seleção francesa de futebol na última década. Partindo dos referenciais teóricos vinculados aos estudos africanos e pós-coloniais, e fruto de uma investigação de maior dimensão, buscamos analisar a forma como a sociedade francesa - com seus conjuntos populacionais híbridos e complexos - fomenta, interpreta e rejeita, a partir das imagens e ideias construídas sobre os imigrantes africanos/antilhanos e seus descendentes, o entendimento acerca de suas identidades e das relações interculturais e multiculturais geradas pelas diásporas pós-coloniais. Selecionamos, para uma reflexão inicial, notícias veiculadas pela imprensa francesa e europeia sobre a atuação de atletas interculturais na seleção francesa após o campeonato mundial da África do Sul, em 2010.
Resumo:
A utilização de auxiliares de saúde como uma medida que pode melhorar a cobertura sanitária principalmente dos países ditos em desenvolvimento, foi analisada sob o ponto de vista histórico, com a finalidade de mostrar que as razões pelas quais os auxiliares de saúde são introduzidos nos diversos países são diferentes e não direcionados pelos mesmos propósitos. Procurou-se discutir, sucintamente, alguns exemplos ilustrativos. Na URSS os auxiliares de saúde ("feldshers") existem como parte integrante da atenção sanitária, desde o século XVIII; hostilizados inicialmente pela Revolução Socialista, foram considerados a seguir como o alicerce do sistema sanitário. Na África e Ásia foram julgados como um dos produtos do colonialismo europeu. Na China - experiência recente em grande escala - acompanharam as mudanças radicais ocorridas naquele país. Se o emprego dos auxiliares é recomendado principalmente para os países em desenvolvimento, o que se verificou é que na prática 83,1% das escolas de nível secundário catalogadas estão em países desenvolvidos, detendo o maior número de alunos.
Resumo:
Desde os primeiros anos da epidemia de Aids, grandes diferenças geográficas na prevalência de infecção pelo HIV foram registradas entre países vizinhos e regiões vizinhas dentro de um mesmo país na África subsaariana. Tais diferenças não podiam ser completamente explicadas por fatores como o comportamento sexual e o uso de preservativos. Um acúmulo de dados epidemiológicos vem mostrando que a circuncisão masculina desempenha um efeito protetor contra a aquisição heterossexual do HIV pelo homem na África subsaariana e provavelmente contribui para as acentuadas diferenças de prevalência de HIV. Assim, realizou-se uma atualização dos estudos conduzidos em solo africano sobre a associação entre circuncisão masculina e infecção pelo HIV, as origens da prática da circuncisão entre as populações humanas, os mecanismos pelos quais a presença do prepúcio aumentaria a susceptibilidade de aquisição heterossexual do HIV pelo homem, sua associação com outras doenças infecciosas e também neoplásicas, o debate sobre a conveniência da adoção de práticas de circuncisão como estratégia de controle da epidemia de HIV na África, a escassa literatura brasileira sobre circuncisão masculina e as perspectivas de investigações futuras.
Resumo:
OBJETIVO: Analizar la asociación entre el área geográfica de procedencia en el uso de las citologías y la mamografía. MÉTODOS: Los datos analizados proceden Encuesta Nacional de Salud de España-2006 dirigida a población mayor de 16 años. La Encuesta incluye 13.422 mujeres. Las variables dependientes fueron realización de una mamografía y de una citología vaginal, ambos en los últimos 12 meses. La medida de asociación fue el odds ratio con intervalo de confianza al 95% calculado por regresión logística. RESULTADOS: Tomando como referencia la población española, la probabilidad de realizarse una mamografías entre las mujeres procedentes de África fue 0,36 (IC95% 0,21;0,62) veces menor; Europa del Este 0,40 (IC95% 0,22;0,74) veces menor; Europa Occidental, EEUU y Canadá, 0,60 (IC95% 0,43; 0,84) veces menor y América Central / Sur 0,64 (IC95% 0,52;0,81) veces menor. En relación a la prevención de cáncer de cervix, probabilidad de realizarse una citología entre las mujeres Europa del Este fue 0,38 (IC95% 0,28;0,50) veces menor que la población española, África 0,47 (IC95%:0,33;0,67) veces menor y Europa Occidental, EEUU y Canadá 0,61 (IC95% 0,46;0,81) veces menor. Dichas asociaciones fueron independientes de la edad, indicadores socioeconómicos, estado de salud y cobertura sanitaria. CONCLUSIONES: Las mujeres inmigrantes hacen menor uso de los programas de cribado que las mujeres autóctonas. Este dato podría reflejar dificultades de acceso a los programas preventivos.
Resumo:
Sera from the patients (N = 10) with schistosomiasis mansoni of the hospital of Federal University of Pernambuco, the Schistosoma mansoni egg-positive (N = 51) and -negative (N = 452) inhabitants in Cabo City area, out-patients (N = 37) of the IMIP hospital and Japanese immigrants (N = 127) in Petrolina City area of northeast Brazil as well as Japanese healthy subjects (N = 30) were examined by serological tests including an enzyme-linked immunosorbent assay with antigens prepared from eggs (ELISA-egg) and adult worms (ELISA-adult). The ELISA with egg or adult antigen correctly identified 100% of the uninfected individuals lived in non-endemic area of schistosomiasis. Moreover, when examined cross-reactivity of our ELISA with sera isolated from 78 subjects infected with various intestinal parasitic infections, only one of these sera reacted with the egg and adult antigens. On the examination of 51 sera from the egg-positive subjects, the ELISA-egg revealed the highest sensitivity (98.0%), whereas a large number of false negative reactions of ELISA-adult, Ouchterlony method using adult antigen, circumoval precipitation and immediate intradermal skin test were observed. A low sensitivity of these serologic tests except for ELISA-egg appears to be primarily due to their inability to detect antibody in the sera from egg-positive infantiles. There was no positive correlation between the absorbance values of these two types of ELISA among the sera isolated from ELISA-positive subjects. Rather, by the reactivity of these sera to egg or adult antigen, they could be divided into two subgroups; one reacted more positively with egg antigen and the other with adult antigen. Moreover, it was confirmed that the sera from young subjects (under 20 years old) appear to be highly reactive to the egg antigen than did aged ones. These data suggest that the ELISA with egg antigen, but not with the adult antigen, appears to be useful for the serological survey of schistosomiasis mansoni in the endemic area of northeast Brazil.
Resumo:
HTLV-I seroprevalences of 3.63% (02/55), 12.19% (10/82) and 13.88% (10/72) were demonstrated among Tiryio, Mekranoiti and Xicrin Amazonian Indians, respectively, by the Western blotting enzyme assay (WBEI). By indirect immuno electron microscopy (IIEM), 2 Tiriyo, 9 Mekranoiti and 6 Xicrin Amerindians were reactive. Of 44 serum samples from Japanese immigrants, none reacted by any of the techniques before mentioned. One, 8 and 6 serum samples from Tiryio, Mekranoiti and Xicrin Indians, respectively, were both WBEI and IIEM positive. Our results strongly suggest that HTLV-I and/or an HTLV-I antigenic variant circulate (s) among populations living in the Amazon region of Brazil.
Resumo:
The vertical transmission of the human T-cell lymphotropic virus type I (HTLV-I) occurs predominantly through breast-feeding. Since some bottle-fed children born to carrier mothers still remain seropositive with a frequency that varies from 3.3% to 12.8%, an alternative pathway of vertical transmission must be considered. The prevalence rate of vertical transmission observed in Japan varied from 15% to 25% in different surveys. In Brazil there is no evaluation of this form of transmission until now. However, it is known that in Salvador, Bahia, 0.7% to 0.88% of pregnant women of low socio-economic class are HTLV-I carriers. Furthermore the occurrence of many cases of adult T-cell leukemia/lymphoma and of four cases of infective dermatitis in Salvador, diseases directly linked to the vertical transmission of HTLV-I, indicates the importance of this route of infection among us. Through prenatal screening for HTLV-I and the refraining from breast-feeding a reduction of ~ 80% of vertical transmission has been observed in Japan. We suggest that in Brazil serologic screening for HTLV-I infection must be done for selected groups in the prenatal care: pregnant women from endemic areas, Japanese immigrants or Japanese descendents, intravenous drug users (IDU) or women whose partners are IDU, human immunodeficiency virus carriers, pregnant women with promiscuous sexual behavior and pregnant women that have received blood transfusions in areas where blood donors screening is not performed. There are in the literature few reports demonstrating the vertical transmission of HTLV-II.
Resumo:
Human T-lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is found in indigenous peoples of the Pacific Islands and the Americas, whereas type 2 (HTLV-2) is widely distributed among the indigenous peoples of the Americas, where it appears to be more prevalent than HTLV-1, and in some tribes of Central Africa. HTLV-2 is considered ancestral in the Americas and is transmitted to the general population and injection drug users from the indigenous population. In the Americas, HTLV-1 has more than one origin, being brought by immigrants in the Paleolithic period through the Bering Strait, through slave trade during the colonial period, and through Japanese immigration from the early 20th century, whereas HTLV-2 was only brought by immigrants through the Bering Strait. The endemicity of HTLV-2 among the indigenous people of Brazil makes the Brazilian Amazon the largest endemic area in the world for its occurrence. A review of HTLV-1 in all Brazilian tribes supports the African origin of HTLV-1 in Brazil. The risk of hyperendemicity in these epidemiologically closed populations and transmission to other populations reinforces the importance of public health interventions for HTLV control, including the recognition of the infection among reportable diseases and events.
Resumo:
Ao curso de um surto epizoótico de febre amarela acontecido no ano de 1973 nas regiões norte e centro-oeste do Brasil, foram feitos exames histopatológicos de material de fígado de casos suspeitos, retirados por viscerotomia e necropsias. Foram diagnosticados 57 casos positivos. Os exames histopatológicos demonstraram que não existe diferença da doença entre os casos da África e da América do Sul. O diagnóstico histopatológico continua baseado no fígado, na lesão de Councilman, na hiperplasia e hipertrofia das células de Kupfer, nas inclusões nucleares de Magarino Torres, no sinal de Eudoro Villela nos casos de longa duração. Não houve diferença histológica entre os casos descritos nas epidemias de F.A. urbana e os surtos epidêmicos e enzoóticos de F.A. silvestre nos últimos 43 anos.
Resumo:
A malaria survey was conducted in an area of high transmission (Costa Marques, Rondonia, Brazil) to determine the prevalence of asymptomatic parasitemia and its clinical significance. Most of the people surveyed were immigrants who had lived in the endemic area < 5 years. The people had easy access to free diagnostic and treatment services at the Malaria Clinic in the town of Costa Marques. The prevalence of plasmodial parasitemia in 344 people was 22%. There were 36 individuals with asymptomatic infections among the 77 parasitemic patients. During the two days following the initial examination, 19 ofthe 36 individuals: with asymptomatic infections developed malaria. Among the 17 patients who remained asymptomatic for > 2 days, 4 had only gametocytes, 1 had taken inadequate anti-malarial treatment, 3 were under treatment and 2 moved. Six asymptomatic patients denied the use of anti-malarial drugs and they developed malaria 3-6 days after the initial parasitological diagnosis. The final patient remained asymptomatic during the 7 day observation period. He had a history of > 40 malaria attacks and denied the use of antimalarial treatment. With the exception of the latter all of the other asymptomatic patients, were either in the incubation period or had been treated It is concluded that asymptomatic malaria is rare in the Costa Marques area and that it is necessary to treat all individuals with plasmodial parasitemia.
Resumo:
Durante o ano de 1996, foram atendidos no ambulatório de medicina de viajantes, quatro pacientes procedentes do sul da África com diagnóstico de rickettsiose. Todos eles apresentaram febre, dor de cabeça e presença de escara cutânea. Às 48 horas de iniciado o quadro, um dos pacientes evidenciou uma erupção máculo-papular, enquanto que os restantes desenvolveram um exantema vesicular e crostoso. A reação de Weil-Felix mostrou-se negativa e a sorologia para Rickettsia conorii por imunofluorescência foi positiva em todos os casos. Nenhum dos pacientes recordava haver sofrido picada de insetos ainda que tenham permanecido ou transitado por pastagens em regiões agrestes. Todos receberam tratamento com doxiciclina com evolução clínica satisfatória.
Resumo:
O vírus da hepatite E (VHE) é o segundo vírus de transmissão fecal-oral com hepatotropismo confirmado, após o vírus da hepatite A. As grandes epidemias de hepatite das décadas de 50 e 60 na Índia foram causadas pelo VHE. Observaram-se surtos da infecção na África Central, América Latina, Oriente Médio e Repúblicas independentes da ex-União Soviética. O quadro clínico da doença assemelha-se ao de outras hepatites virais. Não há casos descritos de hepatite E crônicas. Cerca de 20% das mulheres que adquirem a doença durante a gravidez desenvolvem formas graves, com insuficiência hepática fulminante. Confirma-se o diagnóstico quando se encontra no soro anticorpos (método de ELISA) das classes IgM (fase aguda) e/ou IgG (curados). O imunoblot e o PCR-RNA podem ser usados quando necessário. Não há tratamento específico. O uso de imunoglobulina hiperimune tem sido aconselhado por alguns autores. A prevenção se faz pelos cuidados higiênicos e dietéticos habituais. Não há vacina eficaz contra a doença.
Resumo:
A febre amarela é doenca infecciosa não-contagiosa causada por um arbovírus mantido em ciclos silvestres em que macacos atuam como hospedeiros amplificadores e mosquitos dos gêneros Aedes na África, e Haemagogus e Sabethes na América, são os transmissores. Cerca de 90% dos casos da doença apresentam-se com formas clínicas benignas que evoluem para a cura, enquanto 10% desenvolvem quadros dramáticos com mortalidade em torno de 50%. O problema mostra-se mais grave em África onde ainda há casos urbanos. Nas Américas, no período de 1970-2001, descreveram-se 4.543 casos. Os países que mais diagnosticaram a doença foram o Peru (51,5%), a Bolívia (20,1%) e o Brasil (18,7%). Os métodos diagnósticos utilizados incluem a sorologia (IgM), isolamento viral, imunohistoquímica e RT-PCR. A zoonose não pode ser erradicada, mas, a doença humana é prevenível mediante a vacinação com a amostra 17D do vírus amarílico. A OMS recomenda nova vacinação a cada 10 anos. Neste artigo são revistos os principais conceitos da doença e os casos de mortes associados à vacina.