393 resultados para HIV STATUS
Resumo:
OBJETIVO: analisar as condutas que visam a redução da transmissão vertical do HIV nas grávidas infectadas atendidas nas maternidades públicas de Fortaleza. MÉTODOS: estudo descritivo no qual os bancos de dados do SINASC, SINAN e LACEN foram cruzados, procurando-se identificar as grávidas infectadas pelo HIV, seguido de busca ativa das informações complementares em prontuários médicos nas maternidades públicas. RESULTADOS: foram identificadas 138 grávidas infectadas pelo HIV. Observou-se que 35,5% destas já conheciam o status sorológico antes da gravidez e 48,6% foram diagnosticadas durante a gravidez. Das 101 grávidas que se souberam infectadas antes ou durante a gravidez, apenas 47,5% utilizaram, de forma correta, todas as etapas da profilaxia, incluindo as condutas para o recém-nascido. Associação estatisticamente significante foi encontrada entre o conhecimento prévio da sorologia para o HIV e realização de todas as etapas adequadas de profilaxia (p<0,001). CONCLUSÕES: encontrou-se elevado número de mulheres que não tiveram acesso às diferentes estratégias para redução da transmissão vertical, especialmente entre aquelas que engravidaram sem conhecimento de seu status sorológico. Faz-se necessária a contínua sensibilização e capacitação de todos os profissionais de saúde envolvidos com a assistência às mulheres, em geral, e às grávidas em especial, tendo em vista a aplicação correta das condutas para a redução da transmissão vertical do HIV.
Resumo:
OBJETIVOS: avaliar a prevalência de lesões escamosas intra-epiteliais vulvares em pacientes infectadas pelo HIV atendidas em rede pública na cidade do Rio de Janeiro e estudar os fatores associados a essas lesões. MÉTODO: 374 pacientes infectadas pelo HIV e atendidas em serviços públicos na cidade do Rio de Janeiro foram submetidas a exame ginecológico, colheita de citologia e exame colposcópico do colo uterino e vulva. A associação do diagnóstico de HIV com lesão intra-epitelial da vulva foi analisada de acordo com de variáveis clínicas (idade e presença de lesões cervicais), laboratoriais (contagem de CD4) e comportamentais (número de parceiros e hábito de fumar). Consideraram-se como variáveis de estudo (independente) os dados epidemiológicos, o status imunológico e o resultado da propedêutica ginecológica. Assim foram selecionados: idade, hábito de fumar, número de parceiros, contagem de linfócitos T CD4 e lesão intra-epitelial cervical. Uma análise bivariada foi inicialmente efetuada, objetivando avaliar a associação entre a presença de lesões intra-epiteliais vulvares (variável de desfecho) e as variáveis independentes (idade, tabagismo, número de parceiros, citologia, colposcopia e contagem de CD4). Em seguida, os resultados de significância estatística (p<0,05) foram submetidos à regressão logística múltipla, estabelecendo-se as razões de chances com os respectivos intervalos de confiança a 95%. RESULTADOS: a prevalência de lesões intra-epiteliais vulvares foi de 40%. Na análise multivariada mostraram-se significativas: contagem de CD4 abaixo de 500 cels/mm³, OR=2,69 [IC 95%: 1,61-4,52]; colposcopia anormal, OR=1,64 [IC 95%: 1,01-2,67] e idade abaixo de 26 anos, OR=1,98 [IC 95%: 1,18-3,30]. Na análise do subgrupo de pacientes que apresentaram lesões simultâneas no colo e na vulva, mostraram-se significativas no modelo final apenas a idade abaixo de 26 anos, OR=3,30 [IC 95%: 1,65-6,59], e contagem de CD4 abaixo de 500 cels/mm³, OR=4,15 [IC 95%: 1,92-8,96]. CONCLUSÕES: é alta a prevalência de lesões intra-epiteliais vulvares em pacientes infectadas pelo HIV. A imunodeficiência, a presença de lesões intra-epiteliais no colo e a idade inferior a de 26 anos estão associadas à presença de lesões intra-epiteliais da vulva.
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a adesão à dupla contracepção entre mulheres infectadas pelo HIV usando acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD) e condom.MÉTODOS: Corte transversal realizado em centro de referência de dezembro 2013 a setembro 2014. Entrevistadas 114 mulheres HIV (+), 15 a 49 anos, em uso de AMPD e condom para contracepção, aplicando questionário clínico epidemiológico, construído após painel Delphi e validação de conteúdo.RESULTADOS: As médias foram de 33,2±7,2 anos de idade, 8,1±5,2 anos de detecção do HIV, 6,8±5 anos de uso de terapia antirretroviral (TARV) e 737,6±341,1 células CD4/mm3. Adquiriram HIV pelo sexo 98,2% (112/114). Identificadas 85,9% (98/114) usuárias de TARV e 77,7% (84/114) com CD4>500/mm3. Relato de parceria fixa em 78,9% (90/114), havendo sorodiscordância para HIV em 41,2% (47/114), status sorológico do parceiro desconhecido em 21,9% e o parceiro desconhece que era infectada em 37,7% (43/114). Última gestação não planejada referida por 71,9% (82/114). Engravidaram no último ano 14,9%, sendo 70,5% (12/17) não planejadas. Relato de uso atual de AMPD em 64,9% (74/114) com sangramento genital em 48,2% (55/114) e ganho de peso em 67,5% (77/114). O uso de condom masculino foi referido por 62,2% (71/114). Três usuárias de condom feminino sempre e dez eventualmente. Tinham sexo desprotegido vaginal 37,7% (43/114) e anal, 32,4% (37/114). Relato de resistência do parceiro para usar preservativo em 30,7% (35/114). A dupla contracepção com AMPD e condom foi relatada por 42,9% (49/114). Resistência do parceiro para usar condom foi associada com má adesão (RP=0,3; IC95% 0,2-0,7; p<0,001). Parceiro desconhecer a infecção da parceira pelo HIV favoreceu a adesão (RP=1,8; IC95% 1,2-2,7; p=0,013).CONCLUSÃO: Neste estudo, adesão à dupla contracepção com AMPD e condomfoi de 42,9%, mantendo gestações não planejadas e sexo desprotegido. Resistência do parceiro para usar condom aumenta três vezes a chance de a mulher não aderir à dupla proteção e parceiro desconhecer a infecção da mulher quase duplica a chance de ela aderir. Metas: ampliar oferta de novos contraceptivos e envolver parceiros na contracepção e testagem.
Resumo:
HIV-1 variability may have an important impact on transmission and pathogenicity. Better characterization of the HIV epidemic in Brazil is necessary for the development of vaccine trials in this country. We analyzed sera from 108 HIV-1-infected volunteers from São Paulo City to determine serotype and reactivity for V3 motifs of HIV in this population, and the relationship to transmission mode. We concluded that the HIV-1 B serotype is frequent among heterosexually infected women, even in the absence of anal sex, and that two major V3 motifs, GPGR and GWGR, had similar prevalence among women (48% and 52%, respectively) and men (56% and 44%, respectively). We also observed an equal distribution of these strains regardless of their CD4+ T cell counts, clinical status, and mode of transmission. Even though V3 serology for HIV-1 subtyping is an inexpensive tool for use in developing countries, additional methods, such as heteroduplex mobility assay and direct DNA sequencing, should be included to determine HIV-1 genetic diversity.
Resumo:
The introduction of highly active antiretroviral therapy (HAART) for patients infected with HIV has significantly prolonged the life expectancy and to some extent has restored a functional immune response. However, the premature introduction of HAART has led to a significant and alarming increase in cardiovascular complications, including myocardial infarction and the appearance of abnormal distribution of body fat seen as lipodystrophy. One key element in the development of ischemic coronary artery disease is the presence of circulating and tissue-fixed modified low density lipoprotein (mLDL) that contributes to the initiation and progression of arterial lesions and to the formation of foam cells. Even though not completely elucidated, the most likely mechanism involves mLDL in the inflammatory response and the induction of a specific immune response against mLDL. Circulating antibodies against mLDL can serve as an indirect marker of the presence of circulating and vessel-fixed mLDL. In the present study, we measured antibodies to mLDL and correlated them with immune status (i.e., number of CD4+ T cells) in 59 HIV patients and with the clinical manifestation of lipodystrophy in 10 patients. We observed a significant reduction in anti-mLDL antibody levels related both to lipodystrophy and to an immunocompromised state in HIV patients. We speculate that these antibodies may explain in part the rapid development of ischemic coronary artery disease in some patients.
Resumo:
Previous studies have demonstrated a stronger seroreactivity against some synthetic peptides responsible for inducing neutralizing antibodies in injecting drug users (IDU) compared to that of individuals sexually infected with HIV-1 (S), but the effectiveness in terms of the neutralizing ability of these antibodies has not been evaluated. Our objective was to study the humoral immune response of IDU by determining the specificity of their antibodies and the presence of neutralizing antibodies. The neutralization capacity against the HIV-1 isolate MN (genotype B), the primary HIV-1 isolate 95BRRJ021 (genotype F), and the seroreactivity with peptides known to induce neutralizing antibodies, from the V2 and V3 loops of different HIV-1 subtypes, were analyzed. Seroreactivity indicates that IDU plasma are more likely to recognize a broader range of peptides than S plasma, with significantly higher titers, especially of V3 peptides. Similar neutralization frequencies of the MN isolate were observed in plasma of the IDU (16/47) and S (20/60) groups in the 1:10 dilution. The neutralization of the 95BRRJ021 isolate was more frequently observed for plasma from the S group (15/23) than from the IDU group (15/47, P = 0.0108). No correlation between neutralization and seroreactivity with the peptides tested was observed. These results suggest that an important factor responsible for the extensive and broad humoral immune response observed in IDU is their infection route. There was very little difference in neutralizing antibody response between the IDU and S groups despite their differences in seroreactivity and health status.
Resumo:
The objective of the present study was to evaluate the duodenal mucosa of HIV-infected patients during antiretroviral therapy. This was an observational study conducted on HIV-positive patients and a control group. Group 1 comprised 22 HIV-negative individuals while 38 HIV-positive individuals were classified according to the CDC 1993 classification into group 2 (A1 or A2) or group 3 (B2, A3, B3, C2, C3). All subjects were submitted to upper gastrointestinal endoscopy with duodenal biopsies. Qualitative, semi-quantitative and quantitative histological analyses were performed. Results were considered significant when P < 0.05. A higher prevalence of inflammatory infiltrate and eosinophilia was observed in the HIV group, together with a reduction in mucosal CD4+ lymphocyte (L) counts [median (lower-upper quartiles), 12.82 (8.30-20.33), 6.36 (1.75-11.66) and 1.75 (0.87-3.14) in groups 1, 2 and 3, respectively] which was not correlated with disease stage. The extent of CD4+L count reduction was similar in blood and duodenal mucosa. Normal CD8+L and CD45RO+L counts, and normal numbers of macrophages and antigen-presenting cells were also found in the HIV patients. The cytokine pattern did not differ among groups. Tissue HIV, assessed by p24 antigen, correlated with a higher CD45RO+L count (77.0 (61-79.8) and 43.6 (31.7-62.8) in p24+ and p24-, respectively, P = 0.003), and IL-4 positivity (100 and 48.2% in p24+ and p24-, respectively, P = 0.005). The duodenal mucosa of HIV+ patients showed a relatively preserved histological architecture. This finding may be characteristic of a population without opportunistic infections and treated with potent antiretroviral therapy, with a better preservation of the immune status.
Resumo:
The 24-h heart rate variability and QT-interval adaptation was investigated in perinatally HIV-infected preschool children classified according to immunological status in order to assess autonomic function at early stages of infection. Thirty-five perinatally HIV-infected and clinically stable children (4.8 ± 0.3 years) were enrolled after approval of the study by the University Hospital Pedro Ernesto Ethics Committee and written informed parental consent was obtained. The children were classified according to peripheral CD4+ count (cells/µL) as follows: group 1, N = 11 (≥1000); group 2, N = 7 (≥500 and <1000); group 3, N = 17 (<500). Left ventricular ejection fraction (>55%), 24-h RR interval variability (RRV) indexes (NN, SDANN, SDNN index, r-MSSD) and 24-h QT and Bazett-corrected QT (QTc) were determined, and groups were matched for age, body surface area, and left ventricular ejection fraction, reducing biases in RRV. The peak differences (∆) between the highest and lowest RRV and QT indexes were extracted from nocturnal (1 am-6 am) and daytime (1 pm-6 pm) hourly assessed segments, respectively. Pearsons correlation (r) and Kruskal-Wallis ANOVA were used to compare groups. CD4+ count correlated positively with ∆NN (r = 0.45; P = 0.003). There were no significant differences in daytime NN among groups. Nighttime SDNN index (P = 0.01), nighttime r-MSSD (P = 0.003), ∆NN (P = 0.01), ∆SDNN index (P = 0.03) and ∆r-MSSD (P = 0.004) were significantly lower in group 3 than in the other groups. Expected nighttime QTc-interval lengthening was not observed in all groups. In perinatally HIV-infected preschool children with preserved left ventricular systolic function, parasympathetic-mediated autonomic dysfunction parallels immune status, impairing both RRV and circadian QTc interval adaptation.
Resumo:
We investigated the association between pulse wave velocity (PWV) and HIV infection, antiretroviral treatment-related characteristics, viral load, immune status, and metabolic changes in a cross-sectional study nested in a cohort of HIV/AIDS patients who have been followed for metabolic and cardiovascular changes since 2007. The study included patients recruited from the cohort (N = 261) and a comparison group (N = 82) of uninfected individuals, all enrolled from April to November 2009. Aortic stiffness was estimated using the carotid-femoral PWV (Complior-Artech, Paris, France). The groups were similar with respect to age, metabolic syndrome, diabetes mellitus, Framingham score, and use of antihypertensive and hypolipidemic medications. Hypertension was more frequent among the controls. Individuals with HIV had higher triglyceride, glucose and HDL cholesterol levels. Among individuals with HIV/AIDS, those with a nadir CD4+ T-cell count <200 cells/mm³ had a higher PWV (P = 0.01). There was no statistically significant difference when subjects were stratified by gender. Heart rate, age, male gender, and blood pressure were independently correlated with PWV. Nadir CD4+ T-cell count did not remain in the final model. There was no significance difference in PWV between HIV-infected individuals and uninfected controls. PWV was correlated with age, gender, and blood pressure across the entire population and among those infected with HIV. We recommend cohort studies to further explore the association between inflammation related to HIV infection and/or immune reconstitution and antiretroviral use and PWV.
Resumo:
Candidíase oral (CO) e leucoplasia pilosa (LP) são importantes indicadores da progressão da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o quadro de AIDS, principalmente em locais onde exames específicos são inacessíveis. OBJETO: Relacionar CO e LP ao número de células CD4+ e à carga viral (CV) em pacientes brasileiros HIV-positivos, confirmando-as como marcadores clínicos confiáveis de progressão da doença. FORMA DE ESTUDO: Coorte longitudinal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Avaliamos prospectivamente 124 pacientes HIV-positivos, isentos de terapia antiretroviral. Todos foram submetidos a exame ORL, dosagem de células CD4+ e CV, sendo divididos em dois grupos: P e A, de acordo com a presença ou ausência de CO e LP. Depois de seis meses, os pacientes do grupo A foram subdivididos nos subgrupos P6 (presença de lesões) e A6. Dosamos novamente CD4+ e carga viral. Os resultados foram analisados estatisticamente. RESULTADOS: No grupo P (43 pacientes, 28 CO e 15 LP) a contagem de células CD4+ foi menor e a carga viral maior em relação ao grupo A (p<0,001). Após 6 meses, 15 dos 81 pacientes do grupo A foram excluídos por iniciarem terapia antiretroviral. Dezoito (11 CO e 7 LP), passaram a compor o grupo P6. Os demais, sem lesões, compuseram o grupo A6. A contagem de células CD4+ no grupo P6 foi menor (p< 0,001) que no grupo A6. O inverso ocorreu com a carga viral. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: CO e LP indicam contagem de células CD4+ abaixo de 300 cels/mm³ e carga viral elevada, sendo marcadores clínicos confiáveis da progressão da doença.
Resumo:
O advento de novas drogas anti-retrovirais como os inibidores de protease provocou mudanças sensíveis na morbidade e mortalidade de pacientes infectados pelo HIV. OBJETIVOS: Avaliar o impacto das novas drogas anti-retrovirais (Highly Active Anti-retroviral Therapy - HAART) na prevalência de otite média crônica em população pediátrica infectada pelo HIV. MÉTODOS: Analisamos os prontuários de 471 crianças com idade entre zero e 12 anos e 11 meses portadoras de HIV atendidas no ambulatório de AIDS de Clínica Otorrinolaringológica do HCFMUSP. As crianças foram divididas em dois grupos, de acordo com a faixa etária: 0 a 5 anos e 11 meses e 6 a 12 anos e 11 meses, e classificadas como portadoras de otite média crônica, baseadas em achados de anamnese, otoscopia, audiometria e imitanciometria. As prevalências de otite média crônica apresentadas e as contagens de linfócitos T CD4+ foram comparadas entre as crianças em uso ou não de HAART. RESULTADOS: Das 459 crianças atendidas, 65 (14,2%) apresentavam otite média crônica. Observamos, nas crianças de 0 a 5 anos e 11 meses que o uso de HAART esteve associado a significante menor prevalência de otite média crônica (p = 0,02), e maior contagem de linfócitos T CD4+ (p < 0,001). CONCLUSÃO: O uso de HAART esteve associado à menor prevalência da forma crônica de otite média entre crianças menores de 6 anos infectadas pelo HIV, provavelmente como conseqüência do aumento promovido na contagem de linfócitos T CD4+.
Resumo:
OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi estudar a associação entre o padrão de respiração e o tamanho da tonsila faríngea em 122 crianças (60 infectadas pelo HIV e 62 sem infecção). MATERIAL E MÉTODO: As crianças foram analisadas quanto ao padrão de respiração, fluxo nasal e ocupação da tonsila faríngea em radiografias cefalométricas de perfil, através de uma análise computadorizada. RESULTADOS: O padrão de respiração de maior ocorrência nos dois grupos foi o tipo misto. A maioria das crianças apresentou tipo de respiração bucal ou mista, não havendo associação entre o tipo de respiração e presença do HIV (p=0,091). O fluxo nasal mostrou predomínio do fluxo médio nos dois grupos. As crianças sem história de infecção pelo HIV apresentaram fluxo nasal de médio a grande e a maioria das crianças infectadas pelo HIV apresentou de pouco a médio fluxo nasal de ar, havendo uma associação positiva entre o fluxo nasal e a infecção pelo HIV (p<0,0001). A porcentagem média de ocupação da tonsila faríngea foi alta nos dois grupos, não havendo diferença estatisticamente significante entre eles. As crianças dos dois grupos apresentaram aumento moderado ou acentuado do tamanho da tonsila faríngea, não havendo associação entre o tamanho da tonsila faríngea e presença do HIV (p=0,201).
Resumo:
A associação dos inibidores de protease (IP) à terapia anti-retroviral provocou mudanças importantes na morbidade e mortalidade de pacientes infectados pelo HIV. OBJETIVOS: Avaliar o impacto desta associação na prevalência de rinossinusite (RS) e na contagem sérica de linfócitos CD4 em crianças infectadas pelo HIV. CASUÍSTICA E MÉTODOS: A forma de estudo foi cross-sectional com 471 crianças infectadas pelo HIV. Em 1996, inibidores de protease foram liberados para terapia anti-retroviral. Desta forma, dois grupos de crianças foram formados: as que não fizeram uso de IP e as que fizeram uso desta droga após 1996. A prevalência de RS e a contagem sérica de linfócitos CD4 foram comparadas entre estes grupos. RESULTADOS: 14,4% das crianças infectadas pelo HIV apresentaram RS. A RS crônica foi mais prevalente que a RS aguda em ambos os grupos. Crianças menores de 6 anos tratadas com a associação de IP apresentaram maior prevalência de RS aguda. A associação de IP esteve associada à maior contagem de linfócitos CD4 séricos com menor prevalência de RS crônica. CONCLUSÕES: A terapia com IP esteve associada ao aumento na contagem de linfócitos CD4. Crianças abaixo dos 6 anos em uso de IP apresentaram menor tendência à cronificação da doença.
Resumo:
This article recommends a new way to improve Refugee Status Determination (RSD) procedures by proposing a network society communicative model based on active involvement and dialogue among all implementing partners. This model, named after proposals from Castells, Habermas, Apel, Chimni, and Betts, would be mediated by the United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR), whose role would be modeled after that of the International Committee of the Red Cross (ICRC) practice.
Resumo:
A literatura sobre refugiados tem explorado a vinculação entre refúgio e direitos humanos nos países de acolhida - aspecto fundamental do regime internacional dos refugiados - em uma perspectiva predominantemente descritiva. Ressaltando a necessidade de abordagens analíticas sobre a temática, este trabalho analisa como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) tem se manifestado no que concerne aos direitos humanos dos refugiados nos países de acolhida, apontando a influência da política internacional nesse contexto. Entende-se que, uma vez compreendido o regime em sua relação com os direitos humanos, estes devem representar o parâmetro para se analisar a forma como ocorre a concretização da proteção internacional.