94 resultados para Frontal Sinus
Resumo:
A comunicação entre o espaço subaracnóideo e a cavidade nasal ou seios frontal, etmoidal e esfenoidal denomina-se fístula liquórica rinogênica. A fístula liquórica rinogênica tem potencial de complicação com importante morbidade e mortalidade. Ela pode apresentar um verdadeiro desafio no diagnóstico, na sua localização e no seu tratamento. FORMA DE ESTUDO: estudo de série. MATERIAL E MÉTODO: Entre 1993 a 2004, 44 pacientes com fístula liquórica rinogênica foram submetidos à abordagem endoscópica no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Os prontuários de todos os pacientes tratados foram revisados. RESULTADO: Quarenta e quatro pacientes, 16 mulheres (36%) e 28 homens (64%) foram incluídos no estudo. A idade variou de 02 a 68 anos (média =40,3). A etiologia, o sítio da fístula, o diagnóstico, a técnica empregada e o seguimento pós-operatório foram discutidos. CONCLUSÃO: Os autores concluíram que a técnica cirúrgica endoscópica endonasal para o tratamento de fístula liquórica rinogênica apresenta elevado sucesso, baixa morbidade e resultados em longo prazo confiáveis.
Resumo:
INTRODUÇÃO: a artéria etmoidal anterior (AEA) é um importante ponto de reparo anatômico para localização do seio frontal e da base de crânio. Entretanto, apesar de diversos estudos endoscópicos em cadáveres, ainda não temos um estudo anatômico sobre AEA na população ocidental. OBJETIVOS: Determinar pontos de reparo para localização da artéria, estudar sua relação com a base do crânio e grau de deiscência, assim como variações intra e interindividuais. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram realizadas dissecções das fossas nasais em 25 cadáveres. RESULTADOS: O comprimento médio do trajeto intranasal da artéria etmoidal anterior foi de 5,82mm. O canal etmoidal anterior apresentou algum grau de deiscência em 66,7%. A distância média do ponto médio da artéria à espinha nasal anterior foi de 61,72mm (dp = 4,18mm); à axila nasal foi de 64,04mm (dp = 4,69mm); e à axila anterior do corneto médio foi de 21,14mm (dp = 3,25mm). Para todas as medidas, não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados os lados direito e esquerdo (p>0,05). CONCLUSÕES: Concluímos que a axila da concha média é o ponto de reparo mais confiável para a localização da AEA.
Resumo:
Rinoscleroma é uma doença crônica granulomatosa, comprometendo principalmente a mucosa do trato respiratório, especialmente a cavidade nasal podendo eventualmente se estender através das vias aéreas inferiores. Esta doença é endêmica em alguns países da América Central (El Salvador e Guatemala), Indonésia, Índia, Polônia, Hungria, Rússia e alguns países da África, porém é rara na América do Sul. Trata-se de um paciente do sexo masculino de 51 anos de idade residente de uma instituição psiquiátrica em São Paulo (capital). Apresentou queixa de obstrução nasal progressiva, cefaléia frontal, rinorréia amarelada e massa exteriorizando-se pelo vestíbulo da fossa nasal direita. Este relato de caso descreve um rinoscleroma, onde o exame anatomopatológico teve papel decisivo no diagnóstico. O paciente foi, portanto, submetido a procedimento cirúrgico, seguido de tratamento clínico com ciprofloxacina. O paciente evoluiu bem e manteve assintomático sem evidência clínica de recidiva até sua última visita em nosso departamento seis meses após o tratamento inicial.
Resumo:
Na ritidoplastia clássica, o centro médio da face melhora pouco. A correção estética da ptose da proeminência malar, do acentuado sulco nasolabial e da linha do jaw, em grande parte dos casos, requer um acesso diferente, adotando a técnica de ritidoplastia subperiosteal. OBJETIVO: Demonstrar a casuística e avaliar os resultados e complicações com a técnica de ritidoplastia subperiosteal no nosso serviço. PACIENTES E MÉTODOS: De janeiro de 2001 a dezembro de 2005, 25 pacientes, entre 44 e 60 anos de idade, 24 do sexo feminino, foram submetidos à ritidoplastia subperiosteal. Retrospectivamente foram avaliados resultados e complicações. RESULTADOS: Destes, 20 apresentaram resultados satisfatórios, 4 apresentaram déficit estético notado tanto pelo paciente quanto pelo cirurgião e 1 apresentou déficit estético necessitando cirurgia revisional. Todos os pacientes apresentaram melhora do sulco nasolabial, eminência malar e melhor definição da linha do jaw. A cirurgia revisional foi necessária em um paciente que referia pouca melhora. Quatro pacientes apresentaram uma retração de pele na região malar em decorrência das suturas de suspensão. Um paciente apresentou paralisia transitória do ramo frontal do nervo facial. CONCLUSÃO: A ritidoplastia subperiosteal com acesso temporal se mostrou uma técnica que produz resultados satisfatórios na grande maioria dos casos.
Resumo:
A frontoplastia endoscópica (FE) representa um significativo avanço para a elevação das sobrancelhas, tendo substituído a técnica coronal clássica. OBJETIVO: Demonstrar a casuística e avaliar os resultados e complicações com a técnica de FE no Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de Uberlândia. PACIENTES E MÉTODOS: De janeiro de 2001 a janeiro de 2004, 67 pacientes foram submetidos à FE, sendo que 7 à "técnica dos triângulos". As idades variaram entre 38 a 59 anos (média de 48,3 anos), sendo 65 (97%) do sexo feminino. RESULTADOS: Destes, 56 pacientes apresentaram resultado satisfatório, 2 apresentaram déficit estético notado pelo cirurgião e pelo paciente. Dos 7 pacientes submetidos à "técnica dos triângulos", todos apresentaram resultado satisfatório. Todos apresentaram melhora da ptose lateral do terço lateral e glabelar das sobrancelhas e diminuição das rugas verticais e frontais. A cirurgia revisional foi necessária em 2 pacientes nos quais ocorreu recorrência da ptose. Houve um paciente que apresentou paralisia do ramo frontal do nervo facial unilateral. Com a "técnica dos triângulos", 5 pacientes apresentaram cicatriz visível no local das incisões. CONCLUSÃO: A FE é uma técnica que produz resultados satisfatórios na grande maioria dos casos, com baixo índice de complicações.
Resumo:
O conhecimento da localização da artéria etmoidal anterior (AEA) constitui etapa importante na cirurgia do recesso do seio frontal e do etmóide anterior. A tomografia computadorizada (TC), em especial no plano coronal pode fornecer reparos anatômicos que identificam o trajeto da AEA. OBJETIVO: Identificar os reparos anatômicos que caracterizam o trajeto da AEA na parede medial da órbita e na parede lateral da fossa olfatória. Verificar a correlação entre a presença de pneumatização supra-orbitária e a visualização do etmoidal anterior (canal da AEA). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 198 tomografias computadorizadas dos seios paranasais no plano coronal do período de agosto a dezembro de 2006. RESULTADOS: Pneumatização supra-orbitária foi identificada em 35% (70 exames). O canal da AEA foi caracterizado em 41% (81 exames). O sulco etmoidal anterior foi visualizado em 98% (194 dos exames) e o forame etmoidal anterior foi identificado em todos os exames (100%). CONCLUSÃO: O forame etmoidal anterior e o sulco etmoidal anterior foram referências anatômicas presentes em quase 100% dos exames avaliados. Houve correlação entre a presença de pneumatização supra-orbitária e a caracterização do canal da AEA.
Resumo:
The effects of infection with Trypanosoma cruzi on the electrocardiographic tracings of mice were studied in 4.groups of animals: (1) normal; (2) infected with a pathogenic T. cruzi strain (TS COB); (3) immunized with 3 intraperitoneal inocula of 10(6) attenuated T. cruzi epimastigotes (TCC) and (4) immunized-infected, which sequentially received the treatments of groups 3 and 2. Infection and protection were confirmed by xenodiagnosis and histopathology. Isolated alterations such as extrasystolia, 1st degree atrioventricular block, arrhythmia and ST elevation were observed in normal as well as infected mice. However, tracings taken repeatedly on each mouse over a 293 day period revealed a set of alterations which were more frequently seen in infected (14/22) than in normal (4/27) animals (p = 0.00048). These alterations consisted of supraventricular tachycardia, sinus bradycardia and persisting, first degree AV blocks, often associated to pacemaker changes. Inoculation of attenuated T. cruzi (group 3) did not increase these alterations (2/27 mice) but significantly prevented their development after challenge with the pathogenic strain (1/19 versus 14/22 mice, p = 0.000095). Thus, preimmunization reduced not only parasitemia but also a pathogenic consequence of T. cruzi infection. This evidence is relevant for immunoprevention studies against Chagas' disease.
Resumo:
To clarify the mechanism responsible for the transient sinus tachycardia in rats with acute chagasic myocarditis, we have examined the cardiac sympathetic-parasympathetic balance of 29 rats inoculated with 200,000 parasites (Trypanosoma cruzi). Sixteen infected animals and 8 controls were studied between days 18 and 21 after inoculation (acute stage). The remaining 13 infected animals and 9 controls were studied between days 60 and 70 after inoculation (sub-acute stage). Under anesthesia (urethane 1.25 g/kg), all animals received intravenous atenolol (5 mg/kg) and atropine (10 mg/kg). Acute stage: The baseline heart rate of the infected animals was significantly higher than that of the controls (P < 0.0001). The magnitude of the negative chronotropic response to atenolol was 4 times that of the controls (P < 0.00001). This response correlated with the baseline heart rate (r= - 0.72, P < 0.001). The heart rate responses to the beta-blocker and to atropine, of the infected animals studied during the sub-acute stage, were not different from controls. These findings suggest that cardiac sympathetic activity is transiently enhanced and cardiac parasympathetic activity is not impaired, in rats with acute chagasic myocarditis. The transient predominance of cardiac sympathetic activity could explain, in part, the sinus tachycardia observed in the acute stage of experimentally-induced chagasic myocarditis.
Resumo:
Epidemiological aspects and the antimicrobial susceptibility profile of the Bacteroides fragilis group isolated from clinical and human intestinal specimens were examined in this study. B. fragilis group strains were isolated from 46 (37%) of 124 clinical specimens and the source of the samples was: Blood culture (3), intraabdominal infection (27), brain abscess (2), soft tissue infection (17), respiratory sinus (3), pleural aspirate (9), breast abscess (3), surgical infected wound (22), pelvic inflammatory disease (22), chronic otitis media (9) and miscellaneous (7). Intraabdominal and soft tissue infections were responsible for more than half of the clinical isolates. Susceptibility to penicillin, cefoxitin, tetracycline, metronidazole, chloramphenicol and clindamycin was examined. All isolates were susceptible to metronidazole and chloramphenicol. For clindamycin and cefoxitin the resistance rates observed were 21.7% and 10.9% respectively. Susceptibility profiles varied among the different species tested. A total of 37 species of B. fragilis group isolated from intestinal microbiota of individuals who had no antimicrobial therapy for at least 1 month before the sampling was also examined. All strains were also susceptible to chloramphenicol and motronidazole and the resistance rates to clindamycin and cefoxitin were 19.4% and 5.4% respectively. A few institutions, in Brazil, have monitored the antimicrobial susceptibility of B. fragilis group strains isolated from anaerobic infections. The resistance rates to cefoxitin and clindamycin and the variation in susceptibility patterns among the species isolated in this study emphasize the need for monitoring of susceptibility patterns of B. fragilis group organisms isolated, especially at our University Hospitals.
Resumo:
We administered arecoline to rats, with experimentally induced chagasic myocarditis, in order to study the sinus node sensitivity to a muscarinic agonist. Sixteen month old rats were inoculated with 200,000 T. cruzi parasites ("Y" strain). Between days 18 and 21 (acute stage), 8 infected rats and 8 age-matched controls received intravenous arecoline as a bolus injection at the following doses: 5.0, 10.0, 20.0, 40.0, and 80.0 mug/kg. Heart rate was recorded before, during and after each dose of arecoline. The remaining 8 infected animals and 8 controls were subjected to the same experimental procedure during the subacute stage, i.e., days 60 to 70 after inoculation. The baseline heart rate, of the animals studied during the acute stage (349 ± 68 bpm, mean ± SD), was higher than that of the controls (250 ± 50 bpm, p < 0.005). The heart rate changes were expressed as percentage changes over baseline values. A dose-response curve was constructed for each group of animals. Log scales were used to plot the systematically doubled doses of arecoline and the induced-heart rate changes. The slope of the regression line for the acutely infected animals (r = - 0.99, b =1.78) was not different from that for the control animals (r = - 0.97, b = 1.61). The infected animals studied during the subacute stage (r = - 0.99, b = 1.81) were also not different from the age-matched controls (r = - 0.99, b = 1.26, NS). Consequently, our results show no pharmacological evidence of postjunctional hypersensitivity to the muscarinic agonist arecoline. Therefore, these results indirectly suggest that the postganglionic parasympathetic innervation, of the sinus node of rats with autopsy proved chagasic myocarditis, is not irreversibly damaged by Trypanosoma cruzi.
Resumo:
Tuberculous brain abscesses in AIDS patients are considered rare with only eight cases reported in the literature. We describe the case of a 34-year-old woman with AIDS and previous toxoplasmic encephalitis who was admitted due to headache and seizures. A brain computed tomography scan disclosed a frontal hypodense lesion with a contrast ring enhancement. Brain abscess was suspected and she underwent a lesion puncture through a trepanation. The material extracted was purulent and the acid-fast smear was markedly positive. Timely medical and surgical approaches allowed a good outcome. Tuberculous abscesses should be considered in the differential diagnosis of focal brain lesions in AIDS patients. Surgical excision or stereotactic aspiration, and antituberculous treatment are the mainstay in the management of these uncommon lesions.
Resumo:
Cytomegalovirus (CMV) disease in acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) patients most commonly presents as chorioretinitis and gastro-intestinal infection. Neurological involvement due to CMV may cause several clinical presentations: polyradiculitis, myelitis, encephalitis, ventriculo-encephalitis, and mononeuritis multiplex. Rarely, cerebral mass lesion is described. We report a 39 year-old woman with AIDS and previous cerebral toxoplasmosis. She presented with fever, seizures, and vulval ulcers. Her chest X-ray showed multiple lung nodules, and a large frontal lobe lesion was seen in a brain computed tomography scan. She underwent a brain biopsy through a frontal craniotomy, but her condition deteriorated and she died in the first postoperative day. Histopathological studies and immunohistochemistry disclosed CMV disease, and there was no evidence of cerebral toxoplasmosis, bacterial, mycobacterial or fungal infection. CMV disease should be considered in the differential diagnosis of cerebral mass lesion in AIDS patients. High suspicion index, timely diagnostic procedures (surgical or minimally invasive), and proper utilization of prophylactic and therapeutic medication could improve outcome of these patients.
Resumo:
In the last years, new techniques of neuroimages and histopathological methods have been added to the management of cerebral mass lesions in patients with AIDS. Stereotactic biopsy is necessary when after 14 days of empirical treatment for Toxoplasma gondii encephalitis there is no clinical or neuroradiologic improvement. We report a woman with AIDS who developed a single focal brain lesion on the right frontal lobe. She presented a long history of headache and seizures. After two weeks of empirical treatment for toxoplasma encephalitis without response, a magnetic resonance image with spectroscopy was performed and showed a tumoral pattern with a choline peak, diminished of N-acetyl-aspartate and presence of lactate. A stereotactic biopsy was performed. Histopathological diagnosis was a diffuse oligodendroglioma type A. A microsurgical resection of the tumor was carried out and antiretroviral treatment was started. To date she is in good clinical condition, with undetectable plasma viral load and CD4 T cell count > 200 cell/uL.
Resumo:
A febre por mordida de rato resulta de uma infecção causada pelo Spirillum minus. Os autores descrevem um caso de paciente com febre, astenia e úlcera na região frontal esquerda, após exposição a um roedor. O microorganismo foi identificado através de exame em campo escuro de material obtido do exsudado da úlcera. A penicilinafoi utilizada, com total regressão dos sintomas.
Resumo:
Observou-se a evolução de um linfonodo pulmonar na paracoccidioidomicose (PCM) aguda infantil. Doente, masculino, 6 anos, branco, natural de Curitiba (PR), procedente de Guaratinguetá (SP), que há 3 meses desenvolveu quadro gripal, febre diária, bimodal, prolongada, precedida de calafrio, acompanhada de sudorese inodora, cefaléia frontal e anorexia. Diagnosticado e tratado como pneumonia por cinco dias, sem melhora do quadro. Há 2 meses, apresentou dor óssea nos braços e articulações do pé, com edema inflamatório e emagrecimento de 6 kg em 3 meses. Exame físico revelou: peso 20 kg; estatura 120 cm; P. A. 90/60 mmHg; facies atípica, hipoativo, palidez cutâneo-mucosa (+ +), hipotrofia muscular, adenopatiageneralizada, sopro sistólico suave em foco aórtico acessório e hepatesplenomegalia. Imunodifusão com exoantígeno glicoprotéico 43 kdpositiva (1/32). A biópsia de gânglio revelou Paracoccidioides brasiliensis. A radiologia demonstrou na primeira consulta, discreto infiltrado intersticial bilateral com linfoadenomegaliapara-hilar que desaparecu em 30 dias. Observou- se, ainda, massa tumoral mediastínica superior, hiperplasia do sistema fagocítico mononuclear e lesões osteolíticas nos 60 dias iniciais da evolução.