261 resultados para Família matrimonializada
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OBJETIVO: Apresentar a abordagem metodolgica de pesquisa para definio do perfil de utilizao de servios de sade pela populao adstrita ao Programa Sade da Família. MTODOS: Considerou-se a existncia de trs padres de uso dos servios acessados pela populao: residual, parcial e completo, definidos a partir do leque de aes do Programa Sade da Família que so acessadas pela populao. Foi realizado inqurito com amostragem em duas fases em rea de elevada excluso social do municpio de So Paulo (SP), em 2006. Na primeira fase, 960 pessoas participantes de equipes de sade da família foram sorteadas e classificadas pelos agentes comunitrios de sade em "uso completo" ou no dos servios de sade. Na segunda fase, 173 sorteados foram ento classificados segundo os padres de uso dos servios. RESULTADOS: Os usurios foram classificados em completos (16%), parciais (57%) e residuais (26%), mostrando-se distintos em relao a caractersticas sociodemogrficas. Houve utilizao seletiva e focada dos servios oferecidos pelo Programa Sade da Família, na qual pertencer ao sexo masculino, ter escolaridade superior quinta srie do ensino fundamental, exercer atividade remunerada e acessar planos de sade implicou menor adeso aos servios, mesmo se tratando de regies com pouca oferta de servios assistenciais. Mesmo em reas de alta excluso social e baixa oferta de servios de sade, 25% da populao cadastrada no utiliza servios ofertados, recebendo apenas visitas domiciliares. CONCLUSES: Metodologias capazes de captar distintos padres de utilizao de servios de sade pela populao podem contribuir para aprimorar a avaliao de servios.
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OBJETIVO: A iniciativa Unidade Bsica Amiga da Amamentao representa um conjunto de atividades educativas dirigidas s unidades bsicas de sade. O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade desta estratgia de promoo do aleitamento materno dirigida s equipes do Programa de Sade da Família. MTODOS: Conduziu-se um estudo de interveno controlado com 20 equipes do Programa de Sade da Família, selecionadas aleatoriamente em Montes Claros (MG) em 2006. O grupo sob interveno realizou programa de treinamento especfico de 24 horas para a promoo do aleitamento materno segundo a "Iniciativa Hospital Amigo da Criana". Enfatizou-se a assistncia do profissional de sade no suporte amamentao e no manejo dos principais problemas da lactao. O grupo controle recebeu orientaes habituais sobre aleitamento materno. As mes de todas as crianas menores de dois anos de idade assistidas pelas equipes foram entrevistadas antes (n=1.423) e 12 meses aps a interveno (n=1.491) e responderam questes sobre a prtica da amamentao. Curvas de sobrevida do aleitamento materno foram construdas e comparadas para os dois momentos por meio do teste log rank. RESULTADOS: Houve aumento significativo no aleitamento materno exclusivo aps atividades educativas voltadas s equipes de Sade da Família. As curvas de sobrevidas para o aleitamento materno exclusivo no primeiro momento no mostraram diferena estatisticamente significativa entre as mes assistidas por ambos os grupos (p=0,502). Aps a interveno, as curvas de sobrevida para o aleitamento materno exclusivo mostraram-se significativamente diferentes (p=0,001). CONCLUSES: O treinamento das equipes de Sade da Família da forma como prope a Iniciativa Unidade Bsica Amiga da Amamentao mostrou ser uma estratgia efetiva e de baixo custo para sensibilizar esses profissionais, uniformizando as informaes e assegurando o apoio necessrio para as mes com dificuldades para amamentarem seus filhos.
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OBJETIVO: Condies sensveis ateno primria (CSAP) so problemas de sade atendidos por aes do primeiro nvel de ateno. A necessidade de hospitalizao por essas causas deve ser evitada por uma ateno primria oportuna e efetiva. O objetivo do estudo foi estimar a probabilidade do diagnstico de CSAP em pacientes hospitalizados pelo Sistema nico de Sade. MTODOS: Estudo transversal com 1.200 pacientes internados entre setembro/2006 e janeiro/2007 em Bag (RS). Os pacientes responderam a questionrio aplicado por entrevistadoras, sendo classificados segundo o modelo de ateno utilizado previamente hospitalizao. As CSAP foram definidas em oficina promovida pelo Ministrio da Sade. Analisaram-se variveis demogrficas, socioeconmicas, de situao de sade e relativas aos servios de sade utilizados. A anlise multivarivel foi realizada por modelo de Poisson, seguindo modelo terico hierrquico de determinao da hospitalizao segundo sexo e modelo de ateno. RESULTADOS: O total de 42,6% das internaes foi por condies sensveis ateno primria. A probabilidade de que o diagnstico principal de internao seja por uma dessas condies aumenta com as caractersticas: ser do sexo feminino, ter idade menor de cinco anos, ter escolaridade menor de cinco anos, ter sido hospitalizado no ano anterior entrevista, ter consulta mdica na emergncia, estar internado no hospital universitrio. Associaram-se probabilidade de CSAP: (a) mulheres: faixa etria, escolaridade, tempo de funcionamento da unidade de sade, residir em rea de sade da família, ser usuria do Programa Sade da Família, consulta mdica na emergncia no ms anterior pesquisa e hospital de internao; (b) homens: faixa etria, ter sofrido outra internao no ano anterior entrevista e o hospital de internao. CONCLUSES: As condies sensveis ateno primria permitem identificar grupos carentes de ateno sade adequada. Embora o estudo no permita inferncias sobre o risco de internao, as anlises por sexo e modelo de ateno sugerem que o Programa Sade da Família mais eqitativo que a ateno bsica tradicional.
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OBJETIVO: Descrever a percepo dos profissionais de equipes do Programa Sade da Família sobre as configuraes familiares e a compreenso de família saudvel. MTODOS: Pesquisa de abordagem qualitativa, empregando tcnica de grupo focal com profissionais do Programa Sade da Família do municpio de Campo Bom, RS, no perodo de junho a agosto de 2005. A amostra foi composta por 12 profissionais: mdicos, enfermeiras, tcnicas de enfermagem e agentes comunitrias de sade. Os temas investigados no roteiro foram: significado da família, do papel da família; tipo de família mais comumente atendida pelos profissionais; significado de família saudvel; quais famílias oferecem maiores dificuldades para a ateno. O instrumental metodolgico utilizado foi a anlise de contedo. RESULTADOS: Observaram-se duas categorias principais: arranjos familiares, em que se constatou grande diversidade de arranjos; e família saudvel: em que o predomnio dos relatos est de acordo com uma viso multifacetada de compreenso de sade, abrangendo aspectos polticos, sociais, econmicos e culturais. Os profissionais identificam e respeitam os diferentes arranjos familiares, e adaptam o tratamento ao modelo de família que se apresenta. CONCLUSES: Os achados mostram que os profissionais apresentam disposio para lidar com os mltiplos arranjos familiares presentes no seu cotidiano.
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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos servios de sade em comunidades cobertas pela Estratgia de Sade da Família. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Sade da Família, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de sade. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de sade e com autopercepo de sade ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de sade da família local. Em relao aos usurios de outros servios de sade, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de sade, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de sade. CONCLUSES: A utilizao da unidade de sade da família local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de sade, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Sade da Família tendem a melhorar progressivamente as condies de sade da populao mais pobre, minimizando as desigualdades em sade.
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OBJETIVO:Descrever formas de violncia externa e indireta que afetam a sade mental de trabalhadores de programa de sade da família, bem como as estratgias desenvolvidas pelos trabalhadores para viabilizar seu trabalho e se proteger psicologicamente. MTODOS: Estudo qualitativo do processo de trabalho no Programa Sade da Família, realizado nos municpios de So Paulo, Ribeiro Preto e Embu (SP), em 2005. Foi utilizada a abordagem terica da psicodinmica do trabalho, que prope a criao de grupos de reflexo com os trabalhadores. Buscou-se identificar aspectos subjetivos do trabalho, situaes de sofrimento psquico e estratgias utilizadas pelos trabalhadores para lidar com o sofrimento e continuar a trabalhar. RESULTADOS: A organizao do trabalho no Programa exps os trabalhadores a: situaes de violncia, por vezes invisvel; sentimentos de impotncia frente s situaes de precariedade; no-reconhecimento dos esforos realizados; falta de fronteiras entre aspectos profissionais e pessoais; convvio intenso com situaes de violncia domstica e social; medo do risco de exposio; sensao de integridade moral e fsica ameaadas e temor de represlia. Foram observadas situaes de sofrimento psquico decorrente da violncia no trabalho, intensificados no Programa Sade da Família pelo convvio cotidiano com situaes de violncia que geram medo e sentimento de vulnerabilidade. CONCLUSES: As repercusses psicolgicas geradas pela violncia no trabalho, nem sempre expressas sob a forma de transtornos psquicos, foram observadas em situaes de elevado sofrimento. Os trabalhadores desenvolvem estratgias para minimizar esse sofrimento, se protegem psiquicamente e continuam a trabalhar; buscam construir redes de solidariedade e de proteo com a populao visando diminuio da vulnerabilidade. Aprendem, na experincia acumulada, a detectar situaes de risco evitando aquelas que acreditam serem ameaadoras.
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OBJETIVO: Identificar variveis associadas a internaes sensveis ao cuidado primrio. MTODOS: Inqurito de morbidade hospitalar realizado com amostra aleatria de 660 pacientes internados em enfermarias de clnica mdica e cirrgica de hospitais conveniados com o Sistema nico de Sade, em Montes Claros, MG, de 2007 a 2008. Foram realizadas entrevistas com os pacientes e seus familiares utilizando formulrio prprio e pesquisa aos pronturios. A definio das condies consideradas sensveis ao cuidado primrio baseou-se na lista do Ministrio da Sade. A associao entre variveis socioeconmicas e de sade com as internaes sensveis foi analisada utilizando-se anlises bivariadas e de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: O percentual de internaes sensveis ao cuidado primrio no grupo estudado foi de 38,8% (n=256). As variveis que se mantiveram estatisticamente associadas com as condies sensveis ao cuidado primrio foram: internao prvia (OR=1,62; IC 95%: 1,51;2,28), visitas regulares a unidades de sade (OR=2,20; IC 95%: 1,44;3,36), baixa escolaridade (OR=1,50; IC 95%: 1,02;2,20), controle de sade no realizado por equipe de sade da família (OR=2,48; IC 95%: 1,64;3,74), internao solicitada por mdicos que no atuam na equipe de sade da família (OR=2,25; IC 95%: 1,03;4,94) e idade igual ou superior a 60 anos (OR=2,12; IC 95%: 1,45;3,09). CONCLUSES: As variveis associadas s internaes sensveis so sobretudo prprias do paciente, como idade, escolaridade e internaes prvias, mas o controle regular da sade fora da Estratgia de Sade da Família duplica a probabilidade de internao.
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OBJETIVO: Compreender como enfermeiras da Estratgia Sade da Família vivem a superposio de atribuies e construo da autonomia tcnica. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Pesquisa qualitativa realizada com 22 enfermeiras em Recife, PE, entre agosto de 2005 e novembro de 2006. A partir de avaliao da gerncia (acesso geogrfico, conflitos na equipe, entre equipe e distrito, entre equipe e comunidade e violncia pblica na rea), em cada um dos seis distritos sanitrios foram selecionadas quatro equipes. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Os principais temas no roteiro referiram-se a expectativas e relevncia do trabalho, organizao e processo de trabalho e sentimentos sobre as prticas. Os resultados foram interpretados sob a perspectiva do burnout. ANLISE DOS RESULTADOS: Foi recorrente a opinio das enfermeiras sobre nmero excessivo de famílias, suporte organizacional insuficiente e presses advindas de demandas insatisfeitas dos usurios. A sobreposio de assistncia e administrao provocou sobrecarga, gerando ansiedade, impotncia, frustrao e sentimento de ser injustiada na diviso de tarefas na equipe. A dimenso clnica da prtica motivou insegurana de natureza tcnica e tica, alm de satisfao pelo poder e prestgio conquistados pela categoria profissional. A formao mdica especializada representou um obstculo para concretizar a interdependncia da autonomia e responsabilidade. Foram relatados estresse, insatisfao, adoecimento fsico e mental, reconhecimento da relevncia do trabalho e importncia do prprio desempenho e baixo envolvimento laboral. CONCLUSES: Diante da falta de expectativa de mudanas em curto prazo, a sobreposio de baixa realizao profissional e esgotamento provocam atitudes negativas, indicando a importncia da promoo da sade para ampliar a possibilidade de interferncia e mudana nas condies de trabalho.
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OBJETIVO: Analisar a percepo de profissionais da Estratgia de Sade da Família sobre prticas integrativas e complementares. MTODOS: Estudo com 177 mdicos e enfermeiros a partir de um questionrio auto-aplicado em 2008. As variveis desfecho foram "interesse pelas prticas integrativas e complementares" e "concordncia com a Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares". Sexo, idade, graduao, ps-graduao, tempo de formado e de trabalho, possuir filhos, oferta de prticas integrativas e complementares no local de trabalho e uso de homeopatia ou acupuntura compuseram as variveis independentes. Os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado e teste exato de Fisher. RESULTADOS: Dezessete centros de sade ofereciam prticas integrativas e complementares; 12,4% dos profissionais possuam especializao em homeopatia ou acupuntura; 43,5% dos mdicos eram especialistas em medicina de família e comunidade/sade da família. Dos participantes, 88,7% desconheciam as diretrizes nacionais para a rea, embora 81,4% concordassem com sua incluso no Sistema nico de Sade. A maioria (59,9%) mostrou interesse em capacitaes e todos concordaram que essas prticas deveriam ser abordadas na graduao. A concordncia com a incluso dessas prticas mostrou-se associada significativamente com o fato de ser enfermeiro (p = 0,027) e com o uso de homeopatia para si (p = 0,019). Interesse pelas prticas complementares esteve associado a usar homeopatia para si (p = 0,02) e acupuntura para familiares (p = 0,013). CONCLUSES: Existe aceitao das prticas integrativas e complementares pelos profissionais estudados, associada ao contato prvio com elas e possivelmente relacionada residncia/especializao em medicina de família e comunidade/sade da família.
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OBJETIVO: Avaliar custos e conseqncias da assistncia pr-natal na morbimortalidade perinatal. MTODOS: Estudo avaliativo com dois tipos de anlise - de implantao e de eficincia, realizado em 11 Unidades de Sade da Família do Recife, PE, em 2006. Os custos foram apurados pela tcnica activity-based costing e a razo de custo-efetividade foi calculada para cada conseqncia. As fontes de dados foram sistemas de informao do Ministrio da Sade e planilhas de custos da Secretaria de Sade do Recife e do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. As unidades de sade com pr-natal implantado ou parcial foram comparadas quanto ao seu custo-efetividade e resultados perinatais. RESULTADOS: Em 64% das unidades, o pr-natal estava implantado com custo mdio total de R$ 39.226,88 e variao de R$ 3.841,87 a R$ 8.765,02 por Unidade de Sade. Nas unidades parcialmente implantadas (36%), o custo mdio total foi de R$ 30.092,61 (R$ 4.272,12 a R$ 11.774,68). O custo mdio por gestante foi de R$ 196,13 com pr-natal implantado e R$ 150,46 no parcial. Encontrou-se maior proporo de baixo peso ao nascer, sfilis congnita, bitos perinatais e fetais no grupo parcialmente implantado. CONCLUSES: Pr-natal custo-efetivo para vrias conseqncias estudadas. Os efeitos adversos medidos pelos indicadores de sade foram menores nas unidades com pr-natal implantado. O custo mdio no grupo parcialmente implantado foi mais elevado, sugerindo possvel desperdcio de recursos, uma vez que a produtividade das equipes insuficiente para a capacidade instalada.
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OBJETIVO: Analisar o efeito da Estratgia Sade da Família na vigilncia de bitos infantis. MTODOS: Estudo ecolgico de mltiplos grupos, tendo municpios do Estado da Bahia no ano de 2008 como unidade de anlise. Os 3.947 bitos analisados foram obtidos do Sistema de Informao sobre Mortalidade e a meta mnima de investigao considerada foi de 25% dos bitos. Foram utilizados modelos de regresso logstica bivariado e mltipla, ajustados por variveis sociodemogrficas e de organizao de servios. RESULTADOS: Em 48,9% dos municpios houve investigao de pelo menos um bito infantil e em 35,5% foi alcanada a meta mnima de investigao. Nos modelos bivariados para avaliao da investigao de pelo menos um bito, foram observadas associaes estatisticamente significantes com maior porte populacional, maiores valores de ndice de Desenvolvimento Humano, existncia de Comit de Investigao e de leito obsttrico no municpio; no foram observadas associaes com a cobertura da Estratgia Sade da Família e existncia de responsvel tcnico no municpio. Na anlise ajustada, a investigao de pelo menos um bito infantil esteve associada a porte populacional (OR = 4,02) e existncia de leito obsttrico (OR = 2,68). O alcance da meta municipal mnima esteve associado apenas com a existncia de leito obsttrico no municpio (OR = 1,76). CONCLUSES: O percentual de bitos de menores de um ano investigados foi inferior ao pactuado na Bahia em 2008. No houve associao entre a cobertura da Estratgia Sade da Família e essa ao, o que sugere que a Vigilncia de bitos Infantis incipiente no Estado, principalmente quanto sua descentralizao para a ateno primria.
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OBJETIVO: Estimar a incidncia da sfilis congnita e identificar sua relao com a cobertura da Estratgia Sade da Família. MTODOS: Estudo ecolgico observacional, com componentes descritivos e analticos, desenvolvido por meio de duas abordagens: em srie temporal (2003 a 2008) e focalizando dados de 2008. Os dados secundrios utilizados (epidemiolgicos, demogrficos e socioeconmicos) foram obtidos do Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. A anlise de possveis efeitos da implantao dessa Estratgia sobre a preveno da sfilis congnita foi realizada em subgrupos selecionados de municpios, por meio de duas abordagens: a) variao mdia anual da taxa de incidncia de sfilis congnita em diferentes estratos de cobertura da Estratgia, durante o perodo de 2003 a 2008, com clculo do coeficiente de regresso linear simples; e b) anlise de regresso binomial negativa, com dados de 2008, para controle de alguns fatores de confundimento. RESULTADOS: H tendncia de aumento das notificaes de sfilis congnita no Brasil, com desigualdades sociais na distribuio dos casos. Observa-se uma associao negativa entre a incidncia de sfilis congnita em municpios com altas coberturas da Sade da Família; mas, aps controle de covariveis, esse efeito pode ser atribuvel cobertura de pr-natal e a caractersticas demogrficas dos municpios nos quais essa Estratgia foi prioritariamente implantada. CONCLUSES: Apesar do aumento das coberturas de pr-natal, ainda se observa uma baixa efetividade dessas aes para a preveno da sfilis congnita. No foi identificada uma associao melhor entre o pr-natal realizado pelas equipes da Estratgia Sade da Família e o controle da sfilis congnita do que aquela associao observada nas situaes em que o pr-natal realizado por outros modelos de ateno.
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OBJETIVO Compreender características da organização, das condições de trabalho e das vivências subjetivas relacionadas ao trabalhar de dois núcleos de apoio à saúde da família. MÉTODOS Estudo de caso realizado entre 2011 e 2012 em dois núcleos de apoio à saúde da família de São Paulo, SP. Para coleta e análise dos dados, utilizaram-se referenciais teórico-metodológicos da ergonomia e da psicodinâmica do trabalho pautados, respectivamente, na análise ergonômica do trabalho, desenvolvida a partir de observações abertas de diversas tarefas e de entrevistas e na ação em Psicodinâmica do Trabalho, realizada por meio de grupos de reflexão sobre o trabalho. RESULTADOS O trabalho dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família estudados era constituído a partir de ações diversificadas e complexas devendo ser compartilhado entre profissionais e equipes envolvidas. Eram utilizadas ferramentas tecnológicas inovadoras, pouco adotadas pelos profissionais da atenção primária em saúde, e os parâmetros e instrumentos de produtividade não davam conta da especificidade e complexidade do trabalho realizado. Tais situações exigiam rearranjos organizacionais constantes, sobretudo entre os Núcleos de Apoio e as Equipes de Saúde da Família, provocando dificuldades na realização do trabalho e na própria constituição identitária dos profissionais estudados. CONCLUSÕES Procurou-se dar maior visibilidade aos processos de trabalho do Núcleo de Apoio à Saúde da Família de forma a contribuir para avanços da política pública de atenção primária à saúde. A introdução de mudanças no trabalho é antes de tudo um compromisso que deve ser permanente e contemplar todos os atores envolvidos.
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OBJETIVO : Analisar a associação entre ser beneficiário do Programa Bolsa Família e condições de saúde bucal entre escolares. MÉTODOS : Estudo transversal com 1.107 escolares entre oito e 12 anos de idade, provenientes de 20 escolas públicas e particulares da cidade de Pelotas, RS, em 2010. Os beneficiários do Programa Bolsa Família foram verificados por meio de lista fornecida pelas escolas participantes do estudo. Informações demográficas, socioeconômicas, de uso de serviço odontológico e de higiene bucal foram obtidas por meio de questionários respondidos pelos escolares e por seus pais. O exame clínico avaliou a presença de placa dental e experiência de cárie. Os dados foram analisados por meio dos testes do Qui-quadrado e Qui-quadrado de tendência linear e por regressão de Poisson (razão de prevalência; intervalo de confiança de 95%). RESULTADOS : Crianças de família não nuclear, que apresentavam CPOD ≥ 1 e que nunca haviam feito uso de serviço odontológico na vida estiveram associadas ao recebimento do Programa Bolsa Família. O modelo final mostrou que a prevalência de cárie foi duas vezes maior (RP 2,00; IC95% 1,47;2,69) em alunos beneficiários do Programa que também apresentaram maior severidade da doença, quando comparados aos alunos de escolas particulares (RM 1,53; IC95% 1,18;2,00). A prevalência de escolares que nunca haviam ido ao dentista foi mais de seis vezes maior em beneficiários do Programa Bolsa Família (RP 6,18; IC95% 3,07;12,45), em comparação com aqueles das escolas privadas, após ajustes. CONCLUSÕES : Escolares beneficiários do Programa Bolsa Família possuem maior carga de cárie e são os que menos acessam os serviços odontológicos. Esses achados sugerem a necessidade de incorporação da saúde bucal nas condicionalidades do Programa Bolsa Família.
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Foi realizado inqurito para avaliar alguns aspectos epidemiolgicos da tenase em 100.144 indivduos do Programa Sade da Família. Foram identificados 185 (0,2%) indivduos com antecedentes de tenase. Destes, 112 (60,5%) receberam tratamento com praziquantel. Em 97 (86,6%) dos casos, houve eliminao de proglotes que corresponderam a Taenia saginata e Taenia solium em 36 (37,1%) e 4 (4,1%), respectivamente.