179 resultados para Estação Ecológica do Tapacurá


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O Arquipélago de Alcatrazes (24º06'S, 45º42'W) localiza-se a 36 km da costa e constitui uma Estação Ecológica desde 1987. Estando próximo à região portuária de São Sebastião, São Paulo, está sujeito à introdução de espécies exóticas. Com o objetivo de detectar se está ocorrendo ou não introdução de espécies, foram coletados 40 exemplares de ascídias da principal ilha do arquipélago, a Ilha de Alcatrazes, sendo 15 amostras da Baía do Oratório e 25 do Saco do Funil. Foram encontradas 24 espécies em sete famílias. Dentre estas, apenas cinco espécies podem ser consideradas como nativas para o Atlântico; quatro são atlânticas, mas criptogênicas na região devido à distribuição disjunta; cinco são classificadas como criptogênicas de ampla distribuição mundial; e uma pode ser considerada como um caso certo de introdução, Ciona intestinalis (Linnaeus, 1767). Há ainda nove espécies que não puderam ser identificadas, podendo algumas se tratar de espécies novas. A presença de uma espécie exótica e a grande quantidade de espécies criptogênicas com forte evidência de introdução são indícios de que as ilhas estão sendo ameaçadas por uma fauna não nativa. A conservação do Arquipélago deve levar em consideração a presença do porto como fonte de estresse e o controle das espécies introduzidas como parte do plano de manejo da Unidade de Conservação.

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Poucos estudos avaliaram em longo prazo a variação no tamanho populacional das espécies de aves em fragmentos florestais. Para avaliar a riqueza e a abundância específica da comunidade de aves de um remanescente de mata semidecidual do interior do Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, foi conduzido o censo da avifauna florestal utilizando-se a metodologia de contagem em transecção. Estes resultados foram comparados com levantamento realizado na mesma localidade 30 anos antes, e as aves foram classificadas de acordo com suas categorias alimentares com a finalidade de associá-las à tendência ao aumento/diminuição de suas abundâncias após este intervalo de tempo. Embora tenha havido predominância de espécies com diminuição populacional, todas as categorias tróficas analisadas apresentaram também espécies com aumento em suas abundâncias. A maioria das espécies com propensão a deslocarem-se entre fragmentos apresentou diminuição em suas abundâncias. Sugerimos que, em relação a suas abundâncias específicas, as categorias tróficas são igualmente afetadas pelos processos da fragmentação, e que a regeneração florestal sofrida pelo remanescente pode ter resultado na perda de espécies de bordas. Espécies cujas abundâncias tenham reduzido neste intervalo de tempo podem sofrer extinção local futuramente.

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RESUMO O objetivo foi avaliar a biologia reprodutiva do camarão- sossego Macrobrachium jelskii (Miers, 1877) no Rio São Francisco, com ênfase na razão sexual, período reprodutivo, maturidade sexual e fecundidade. As coletas foram realizadas mensalmente entre março de 2005 e fevereiro de 2006 exceto nos meses de abril e outubro, nos dois pontos de coleta do Rio São Francisco, Represa de Três Marias (Estação Ecológica de Pirapitinga), a montante da barragem da usina hidroelétrica de Três Marias e a jusante da barragem, localizados no município de Três Marias, região central de Minas Gerais, Brasil. O puçá de 1 m² de boca e malha de 1,42 mm foi passado sob a vegetação marginal e na água à margem dos dois pontos de coleta, por um coletor em um período de até 30 minutos. Em laboratório, os espécimes foram identificados, mensurados e sexados. Um total de 2.945 espécimes foi analisado a montante, no qual correspondem a 1.064 machos e 1.857 fêmeas (1.653 não ovígeras e 204 ovígeras) e 1.973 a jusante, onde 1.120 machos e 841 fêmeas (643 não ovígeras e 198 ovígeras). A razão sexual diferiu significativamente a favor de fêmeas de M. jelskii a montante (0,57; χ2= 215,28; p < 0.01) e a favor dos machos a jusante (1,33; χ2= 39,69; p < 0.01). Ambas as populações possuem um período reprodutivo contínuo-sazonal com pico em janeiro e novembro para os camarões a montante e a jusante, respectivamente. A fecundidade média de M. jelskii foi de 37 ± 14 ovos (5 a 78 ovos) a montante da barragem e de 35 ± 14 ovos (5 a 69 ovos) a jusante. A razão sexual desviada para os machos de M. jelskii à jusante sugere que as fêmeas apresentaram o comportamento de se abrigarem entre as vegetações marginais. A razão sexual desviada para as fêmeas a montante demonstra a real proporção de machos e fêmeas, que pode ser considerada para a espécie no Rio São Francisco. O tamanho dos ovos carregados pelas fêmeas a jusante foi influenciado pelas baixas temperaturas da água proveniente da represa.

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São apresentados os resultados de um estudo de dois anos sobre o Symphyta neotropical Digelasinus diversipes. Esta espécie é univoltina e comum na Estação Ecológica Jataí, uma reserva de Cerrado no Estado de São Paulo. As larvas alimentam-se gregariamente em Eugenia glazioviana (Myrtaceae) de novembro a abril. Associações entre grupos de alimentação foram freqüentes. Após o período de alimentação, as larvas congregam-se e comunalmente constróem uma massa de casulos (105 casulos ± 60DP; n = 25) aderida ao tronco da planta hospedeira, permanecendo em diapausa como prepupas até o início da estação chuvosa, em outubro. O pico populacional foi observado em dezembro, quando 62% (n = 2.967) dos adultos emergiram. Em condições experimentais, foram observadas emergências das 6:30 às 15:00 h, mas 73,5% (n = 223) dos adultos emergiram entre 9:00 e 12:00 h. Não foi observado, durante a emergência, sequenciamento sexual, mas em um agregado de casulos os machos podem emergir de 20 a 40 dias antes das fêmeas. Após a emergência os machos podem (1) dispersar-se (no início e final do período de emergência; outubro e novembro, janeiro e fevereiro, respectivamente) ou (2) permanecer sobre ou próximo ao agregado de casulos e copular com as fêmeas recém-emergidas (durante o pico de emergência, em dezembro). As cópulas duraram 4,28 minutos (± 3,4DP; n = 28). Ao longo do dia, os machos podem copular com diferentes fêmeas (1-8; n = 5); contudo, as fêmeas copularam apenas uma vez. Em média, as fêmeas emergem com 76 (± 21DP; n = 19) ovos maduros e todos eles são ovipositados de uma só vez sob uma única folha da planta hospedeira. A guarda dos ovos pelas fêmeas durou apenas 2 dias (n = 12) dos 30 necessários para sua incubação. O repertório de comportamentos da fêmea contra potenciais inimigos foi menor do que o observado em outras espécies de Symphyta. Aparentemente, a fêmea induz um necrosamento do tecido foliar que cobre os ovos. Isto formaria uma proteção rígida para os ovos durante sua incubação. Em D. diversipes, adultos de ambos os sexos não se alimentaram (condição controlada) e tiveram vida curta (5,2 dias ± 1,7DP; mínimo 1, máximo 11; n = 179). A razão sexual média foi 2,83 (± 0,014EP) em favor de fêmeas. Os principais fatores de mortalidade foram falhas no desenvolvimento, falta de alimento devido à intensa herbivoria e ataque de parasitóides. Parasitóides criados, Lymeon dieloceri (Costa Lima, 1937) (Ichneumonidae), Conura (Spilochalcis) sp. (Chalcididae) e Perilampus sp. (Perilampidae).

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Comparative abundance and diversity of Dryininae (Hymenoptera, Dryinidae) in three savannah phytophysiognomies in southeastern Brazil, under three sampling methods. This study aimed to assess the abundance and diversity of Dryininae in riparian vegetation, Brazilian savannah, and savannah woodland vegetation at the Estação Ecológica de Jataí, in Luiz Antônio, State of São Paulo, Brazil, by using Moericke, Malaise, and light traps. The sampling was carried out from December 2006 to November 2009, and 371 specimens of Dryininae were caught, with the highest frequencies in spring and summer. Fourteen species of Dryinus Latreille, 1804 and one of Thaumatodryinus Perkins, 1905 were identified. The highest frequencies of Dryinus in the riparian vegetation differed significantly from those obtained in the Brazilian savannah and savannah woodland vegetation. In the riparian vegetation, the highest number of Dryinus was collected using light traps and the interactions between abundance and the collection method used were significant. The number of specimens of Dryinus collected in the Brazilian savannah and savannah woodland vegetation using Malaise traps did not differ significantly from those obtained using Moericke traps. Males significantly outnumbered females in the sex ratio of Dryinus. The species diversity of Dryinus based on females collected using Malaise traps was high in the Brazilian savannah. Furthermore, high species richness of female Dryinus was observed in riparian vegetation (six species) and Brazilian savannah (five). The light trap was the most successful method for sampling diversity of Dryininae.

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ABSTRACT Insect galls of a protected remnant of the Atlantic Forest tableland from Rio de Janeiro State (Brazil): Galling insects in Rio de Janeiro state are known by their great diversity, despite most of the surveys have been done in restinga. This paper investigated the insect galls from a remnant of Atlantic Forest located in São Francisco de Itabapoana municipality, Rio de Janeiro state, Brazil. The galling insect fauna was surveyed from March, 2013 to April, 2014 at the Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba. 143 gall morphotypes were found in 31 plant families, 60 genera and 82 species. Fabaceae, Myrtaceae and Sapindaceae were the main host families, being Trichilia, Tontelea and Eugenia the main host genera. Most galls occured on leaves, with globose shape, green and glabrous. Diptera (Cecidomyiidae), Hemiptera, and Lepidoptera were the inducing orders and the associated fauna comprised parasitoids (Hymenoptera), inquilines (Lepidoptera, Coleoptera, and Hemiptera: Coccoidea), successors (Psocoptera, Collembola and Acari), and predators (Pseudoscorpiones). Three plant genera and nine plant species are recorded for the first time as host of galls in Brazil. All the records are new to the municipality, and the distribution of 15 galling species is extended to the North of the state of Rio de Janeiro.

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Este trabalho teve como objetivo a caracterização morfológica e físico-hídrica de uma toposseqüência de solos sob floresta nativa de uma parcela permanente de 320 x 320 m, instalada na Estação Ecológica de Assis (SP). A vegetação da parcela consiste em um remanescente de Savana Florestada (Cerradão) da zona limítrofe sul do grande domínio do Cerrado. O estudo da geometria bidimensional (horizontal e vertical) dos horizontes em uma toposseqüência possibilitou o detalhamento da morfologia do solo. Para estudar a dinâmica da água no ambiente de desenvolvimento das plantas nativas, foram obtidas curvas de retenção, análise granulométrica e medidas de condutividade hidráulica saturada no campo, utilizando o permeâmetro de Guelph. O monitoramento da umidade do solo in situ, utilizando o sensor WCR, e da distribuição de chuvas foi realizado no período de novembro de 2003 a novembro de 2004. Os solos foram classificados de montante a jusante em Latossolo Vermelho, Latossolo Vermelho-Amarelo, Latossolo Amarelo e Gleissolo Háplico. O alto teor de argila no horizonte de subsuperfície do Gleissolo, em contraste aos Latossolos com maior teor de areia, determina menor drenagem, maior retenção hídrica e baixa condutividade hidráulica nesta camada, não atingindo a saturação em nenhum momento do ano monitorado. O comportamento físico-hídrico dos solos é influenciado pelas condições do relevo, evidenciado pela transição lateral contínua de cor, textura e estrutura dos solos na toposseqüência, e pela pluviosidade. Em superfície, ocorre uma oscilação da umidade do solo intimamente ligada a eventos chuvosos. Em subsuperfície, este efeito é menos intenso, sendo deslocado no tempo. A disponibilidade de água em toda a toposseqüência é limitada na estação seca e também em parte da estação úmida, o que deve definir as características florísticas da formação florestal da parcela e determinar a distribuição espacial do mosaico vegetacional.

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Para determinar se a distribuição espacial dos genótipos é aleatória ou se está estruturada, utilizou-se a autocorrelação espacial dos genótipos para investigar dados alozímicos de duas populações naturais de Myracrodruon urundeuva do semi-árido brasileiro (Estação Ecológica do Seridó/RN, com 1.166,38/ha e Sítio Mata dos Alves/PB com 84/ha). A primeira população encontra-se em áreas mais preservadas, enquanto a segunda está em uma área fragmentada. O programa utilizado foi o "Autocorr". A autocorrelação estimada para os locos polimórficos foi realizada nos indivíduos adultos. Foram analisados dois alelos na Estação Ecológica do Seridó e quatro no Sítio Mata dos Alves. Utilizaram-se de três métodos para o pareamento de indivíduos a serem comparados: conexão de Gabriel (Ig), vizinho mais próximo (Ivmp) e comparações dentro de classes de distâncias preestabelecidas. Os resultados obtidos para Ig e Ivmp (Pgm-2: 0,032 e 0,236; Est-1: 0,263 e 0,242, respectivamente) na estação ecológica e Ig e Ivmp (Pgm-1: -0,349 e -0,288; Pgm-2: -0,341 e-0,278; Est-1: -0,349 e -0,284 e Mdh-1: -0,345 e 0,282, respectivamente) no sítio não mostraram a presença de estruturação genética espacial, o que possibilita pressupor que exista uma distribuição aleatória dos genótipos dentro delas. O mesmo foi detectado para as comparações dentro de classes de distâncias preestabelecidas. Os resultados mantiveram o mesmo padrão encontrado para algumas populações naturais de espécies arbóreas tropicais já estudadas.

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Myracrodruon urundeuva (aroeira) é uma das espécies arbóreas que apresentam madeira de maior durabilidade em contato com o solo. Em razão dessa característica, populações naturais de M. urundeuva, distribuídas por quase todo o Brasil, vêm sendo dizimadas. Desse modo, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a expressão da variação genética em uma população natural de M. urundeuva procedente da Estação Ecológica do Instituto Florestal, localizada em Paulo de Faria, SP. Coletaram-se sementes de 30 árvores de polinização livre, em setembro de 1996. Com esse material, foram instalados três testes de progênies em diferentes sistemas de plantio em Selvíria, MS, obedecendo a um delineamento em blocos casualizados, com 30 tratamentos (progênies) e três repetições. Foi assumido o modelo de cruzamento misto para essa espécie. Verificou-se que houve diferença significativa nos efeitos de progênies e ambiente (testes de progênies), e a interação progênies x ambientes não foi significativa. Desse modo, as progênies apresentaram comportamento semelhante nos diferentes ambientes. A melhor "performance" das progênies foi no plantio envolvendo M. urundeuva, Guazuma ulmifolia (Lam) e Anandenanthera falcata (Benth. Speg.), as quais também apresentaram considerável variação genética, indicando alto valor para programas de conservação e melhoramento genético.

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Estudou-se a dispersão de sementes de cinco árvores-matriz de Platypodium elegans Vog. (Fabaceae) em área de cerradão, na Estação Ecológica do Panga (EEP). As amostragens foram feitas em parcelas de 0,25 m2, posicionadas em linhas partindo da base da matriz em direção aos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), marcadas a cada metro. No laboratório, os frutos foram abertos para análise da qualidade das sementes. Foram amostradas 1.131 sementes, das quais 18,4% estavam intactas e 81,6%, danificadas e provavelmente inviáveis para germinação. A dispersão das sementes sofreu influência da topografia do local das matrizes, das respostas fisiológicas e genéticas à pré-dispersão, bem como do possível direcionamento favorável do vento. Dessa forma, a atuação conjunta desses fatores funcionaria como facilitadores relevantes na formação do banco de sementes e moldaria a probabilidade de estabelecimento de novos indivíduos, tanto na área estudada quanto nas fisionomias adjacentes..

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A classificação das fitofisionomias tem-se constituído em desafio entre os pesquisadores da vegetação de cerrado, seja por não haver critérios florísticos ou quantitativos claros para sua separação, seja pelas alterações que sofrem ao longo do tempo. O objetivo deste estudo foi caracterizar três tipos fitofisionômicos de cerrado na Estação Ecológica de Assis, bem como verificar se são florística e, ou, estruturalmente distintos, buscando-se as melhores variáveis para caracterizá-los. A área amostral compreendeu 30 parcelas permanentes de 20 x 50 m, sendo 10 parcelas para cada um dos tipos fisionômicos: cerrado típico, cerrado denso e cerradão, em que foram identificadas e medidas as árvores com diâmetro à altura do peito > 5 cm. As três fitofisionomias de cerradoestudadas mostraram-se estruturalmente distintas em classes de área basal, cobertura de copas e altura das maiores árvores. O melhor descritor para classificar as fitofisionomias, por ser facilmente mensurável e pouco variável com o critério de inclusão, é a área basal (m² ha-1). Floristicamente, as fitofisionomias savânicas (cerradotípico e cerrado denso) não se diferenciam, quer seja analisando apenas a presença e ausência das espécies, quer seja analisando a importância relativa das espécies na comunidade (fitossociologia). Em síntese, há três fitofisionomias distintas, mas a flora se diferencia apenas entre o cerradão e as fitofisionomias savânicas. A análise das espécies exclusivas de cada fitofisionomia quanto à tolerância à sombra, com base na literatura, indicou que a baixa disponibilidade de luz sob as copas no cerradão pode ter sido o fator condicionante da diferenciação entre esta e as demais fitofisionomias do cerrado lato sensu.

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As formigas-cortadeiras (Hymenoptera: Formicidae: Attini) são reconhecidas por sua capacidade desfolhadora e pelas consequências que geram na vegetação devido a uma série de processos associados. A construção do ninho, juntamente com o comportamento de transporte de material vegetal para o seu interior, ocasiona modificações nas propriedades físicas e químicas do solo, podendo afetar a comunidade de plantas nas savanas brasileiras. Durante três anos, numa área de Cerrado sensu stricto em regeneraçãolocalizadana Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, MG, avaliou-se o índice de sobrevivência, mortalidade e recrutamento de plantas (< 1,5 m de altura) inseridas no centro dos ninhos de Atta laevigata em uma unidade amostral de 1 m x 1 m. O mesmo protocolo foi feito nas áreas adjacentes (cerrado) distantes 5 m do centro dos murundus. Os quadrados amostrados no centro dos ninhos apresentaram menor abundância de plantas (< 1,5 m de altura) quando comparada com a das áreas adjacentes. Porém, no decorrer do estudo os índices de sobrevivência, mortalidade e recrutamento de plantas não diferiram significativamente entre os diferentes locais amostrados. Os resultados evidenciaram que o estágio inicial da formação do murundu é fator determinante responsável pela mortalidade por soterramento de grande parte das plântulas situadas sobre ele. Dessa forma, esses ninhos desempenham funções ecológicas importantes vinculadas à dinâmica dos processos de estabelecimento e sobrevivência de plântulas e, consequentemente, podem interferir nos estágios sucessionais da vegetação.

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O objetivo do presente trabalho foi avaliar a taxa de cruzamento de uma população de Chorisia speciosa por marcadores isoenzimáticos. Foram amostradas sementes de polinização aberta em 28 árvores e tecidos foliares em 53 árvores adultas de uma população de C. speciosa localizada na Estação Ecológica de Bauru, São Paulo, Brasil. Observou-se 18 alelos distribuídos em sete locos polimórficos. O índice de fixação () foi menor nos adultos em relação às progênies, sugerindo seleção contra homozigotos. A estimativa da taxa de cruzamento multilocos () foi de 0,816, revelando que a espécie é de reprodução mista, predominantemente alógama. Foi detectada heterogeneidade no conjunto de pólen dos cruzamentos, indicando que os mesmos não foram aleatórios. Em concordância, a correlação de paternidade () revelou que as progênies são constituídas por uma alta proporção de irmãos completos (71,4%). Foram também detectados cruzamentos entre aparentados na população (5,6%), sugerindo uma possível estruturação espacial em famílias.

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A biologia reprodutiva de Senna sylvestris foi estudada na Estação Ecológica do Panga (EEP), Uberlândia-MG e no distrito de Macaúbas, Patrocínio-MG. S. sylvestris é um arbusto com altura máxima de 5m e período de floração entre Janeiro e Abril. As flores são hermafroditas, zigomorfas, com corola de cor amarelo intenso, dispostas em inflorescências do tipo panícula. O estigma é do tipo úmido não papiloso e crateriforme, possuindo pêlos ao seu redor. As anteras são poricidas e o androceu é heterântero, com três estaminódios, quatro estames menores na porção superior da flor, dois estames maiores na porção inferior e entre eles um estame central com antera mais delgada. S. sylvestris é auto-estéril e não agamospérmica, com auto-esterilidade envolvendo fenômenos de ação tardia. Tubos polínicos de autopolinizações e polinizações cruzadas crescem e penetram os óvulos, mas frutos e sementes só se desenvolvem após polinizações cruzadas com anteras grandes. Os estames menores e o central de antera mais delgada, produzem pólen inviável. Estes estames servem apenas como pontos de fixação durante as visitas das abelhas. O pólen das anteras pequenas pode formar tubos polínicos, mas nenhum fruto resultou das polinizações com este tipo de pólen. Os principais visitantes e polinizadores são abelhas grandes Xylocopa brasilianorum, Oxaea flavescens, Bombus morio e espécies do gênero Centris que coletam pólen por vibração das anteras. Foram observadas diferenças na riqueza de espécies de abelhas entre as áreas e entre os anos de estudo. Menor número de polinizadores em Macaúbas pode ser explicado pelo maior grau de perturbação da vegetação. Entretanto diferenças na riqueza e no número de polinizadores não parecem explicar a produção natural de frutos, que foi baixa nas espécies estudadas.

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O gênero Palicourea Aubl. (Rubiaceae) é restrito aos neotrópicos e inclui aproximadamente 200 espécies de arbustos ou pequenas árvores, que produzem flores tubulares, coloridas e sem odor, dispostas em inflorescências paniculadas e polinizadas por beija-flores, sendo quase todas as espécies distílicas. Homostilia é uma condição rara no gênero. O objetivo do estudo foi caracterizar a biologia reprodutiva de Palicourea macrobotrys Ruiz & Pavon e sua biologia de polinização, avaliando o sistema reprodutivo. O estudo foi desenvolvido na Estação Ecológica do Panga, município de Uberlândia, MG (19°11'10" S e 48°24'35" W), entre os meses de maio de 2000 e maio de 2001. A espécie floresceu de dezembro a junho, e frutificou a partir de março; apresenta inflorescências com cerca de 60 flores hermafroditas, pentâmeras, isostêmones e homostílicas. A flor abre entre 5:00 e 7:00 h e dura cerca de 14 horas. O volume de néctar produzido é de 6,86 µL, com concentração média de açúcares de 18%. Os visitantes florais observados foram formigas, uma espécie de abelha, borboletas e beija-flores, principalmente no período da manhã, entre 7:00 e 12:00 h. O beija-flor Thalurania furcata foi considerado o principal polinizador devido ao seu comportamento na flor e freqüência de visitas. A espécie é autocompatível, sendo que os tubos polínicos atingem o ovário quatro horas após as autopolinizações e as polinizações cruzadas.