482 resultados para Esportes Organização e administração
Resumo:
Com base na teorizao da ergologia e do processo de trabalho, este ensaio objetiva contribuir para a reflexo acerca do trabalho coletivo em sade, destacando sua especificidade e as dificuldades de construo e gesto de coletivos de trabalho. Aborda o trabalho como atividade humana que compreende, dialeticamente, a aplicao de um protocolo prescrito e uma perspectiva singular e histrica. O trabalho em sade envolve uma relao entre sujeitos que agem nas dramticas do uso de si e que fazem a gesto do seu prprio trabalho; influenciado pela histria das profisses de sade e pelas determinaes macro-polticas. Conclui-se que essa complexidade do trabalho em sade precisa ser considerada no processo de gesto de equipes/coletivos profissionais de modo a articular aes que possibilitem implementar um novo projeto de ateno sade na perspectiva da integralidade.
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OBJETIVO: Analisar os mecanismos de microrregulao aplicados pelas operadoras de planos de sade nas prticas de gesto da clnica e de qualificao assistencial em hospitais prestadores de servios. MTODOS: Estudo transversal realizado em inqurito de abrangncia nacional, cujo universo foi constitudo pelos hospitais prestadores de servios s operadoras de planos de sade em 2006. Foi construda uma amostra de 83 unidades, estratificada segundo macrorregio do Brasil e tipo de hospital. Os dados foram obtidos por meio de aplicao de questionrio em entrevista aos dirigentes dos hospitais. RESULTADOS: A microrregulao que as operadoras de planos de sade exercem sobre os hospitais em termos da qualificao da assistncia foi muito baixa ou quase nula. A atuao das operadoras foi majoritariamente destinada ao intenso controle da quantidade de servios utilizados pelos pacientes. Os hospitais que prestavam servios a operadoras de planos de sade no constituam micro-sistemas de sade paralelos ou suplementares ao Sistema nico de Sade (SUS). Observou-se que os prestadores hospitalares privados eram majoritariamente vinculados ao SUS. Entretanto, no pertenciam rede alguma de prestadores privados, ainda que fossem objeto de forte regulao da utilizao de seus servios, exercida pelas operadoras de planos de sade. A interveno das operadoras de planos de sade enquanto gestoras de sistemas de cuidado foi incipiente ou quase ausente. Aproximadamente a metade dos hospitais declarou adotar diretrizes clnicas, enquanto apenas 25,4% afirmaram exercer a gesto da patologia e 30,5% mencionaram a gesto dos casos. CONCLUSES: As relaes contratuais entre hospitais e operadoras de planos de sade se constituem em contratos meramente comerciais com pouca ou nenhuma incorporao de aspectos relativos qualidade da assistncia contratada, limitando-se, em geral, a aspectos como definio de valores, de prazos e procedimentos para pagamento.
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OBJETIVO: Avaliar o desempenho e a integrao entre as dimenses de assistncia e de ensino dos hospitais universitrios brasileiros. MTODOS: Um modelo de data envelopment analysis em redes (network DEA) foi elaborado para aferir o desempenho de hospitais universitrios federais, o qual permite considerar a relao entre as dimenses de ensino e de assistncia, simultaneamente. Foram utilizados os dados do Sistema de Informao dos Hospitais Universitrios do Ministrio da Educao, referentes ao segundo semestre de 2003, e os resultados do modelo network foram comparados queles dos modelos DEA tradicionais para avaliao das vantagens da nova proposta metodolgica. RESULTADOS: A eficincia dos hospitais avaliados variou entre 0,19 e 1,00 (mdia = 0,54). O escore dimensional mostrou que os hospitais priorizam o ganho de eficincia assistencial. Observou-se que h necessidade de dobrar o nmero de alunos de medicina e de aumentar os residentes em 14% para que se tornem eficientes na dimenso de ensino. CONCLUSES: O modelo mostrou utilidade de aplicao tanto para os gestores das unidades, visando integrao docente-assistencial, como para os rgos reguladores, na definio de polticas e incentivos.
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Examinaram-se implicaes da estrutura federativa brasileira no processo de regionalizao de aes e servios de sade do Sistema nico de Sade, considerando que o planejamento regional de sade no Brasil deve realizar-se no contexto das relaes intergovernamentais que expressam o federalismo cooperativo no mbito sanitrio. A anlise foi baseada numa abordagem diacrnica do federalismo sanitrio brasileiro, reconhecendo dois perodos de desenvolvimento, a descentralizao e a regionalizao. Explorou-se o planejamento regional do Sistema nico de Sade luz do referencial terico do federalismo. Conclui-se que h necessidade de relativa centralizao desse processo no nvel das Comisses Intergestores Bipartite, para o exerccio da coordenao federativa, e que imprescindvel formalizar espaos de dissenso nos Colegiados de Gesto Regional e nas prprias Comisses Intergestores, para efetivar a construo poltica consensual na regionalizao da sade.
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OBJETIVO: Elaborar indicadores de desempenho e terceirizao em rede de laboratrios clnicos, baseados em sistemas de informaes e registros administrativos pblicos. MTODOS: A rede tinha 33 laboratrios com equipamentos automatizados, mas sem informatizao, 90 postos de coleta e 983 funcionrios, no municpio de Rio de Janeiro, RJ. As informaes foram obtidas de registros administrativos do Sistema de Informaes de Oramentos Pblicos para a Sade e do Sistema de Informaes Ambulatoriais e Hospitalares do Sistema nico de Sade. Os indicadores (produo, produtividade, utilizao e custos) foram elaborados com dados colhidos como rotina de 2006 a 2008. As variaes da produo, custos e preos unitrios dos testes no perodo foram analisadas por ndices de Laspeyres e de Paasche, especficos para medir a atividade dos laboratrios, e pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. RESULTADOS: A produo foi de 10.359.111 testes em 2008 (aumento de 10,6% em relao a 2006) e a relao testes/funcionrio cresceu 8,6%. As despesas com insumos, salrios e prestador conveniado aumentaram, respectivamente 2,3%, 45,4% e 18,3%. Os testes laboratoriais por consulta e internao cresceram 10% e 20%. Os custos diretos totalizaram R$ 63,2 milhes em 2008, com aumento de 22,2% em valores correntes no perodo. Os custos diretos deflacionados pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (9,5% para o perodo) mostram aumento do volume da produo de 11,6%. O ndice de volume especfico para a atividade, que considera as variaes do mix de testes, mostrou aumento de 18,5% no preo unitrio do teste e de 3,1% no volume da produo. CONCLUSES: Os indicadores, em especial os ndices especficos de volume e preos da atividade, constituem uma linha de base de desempenho potencial para acompanhar laboratrios prprios e terceirizados. Os indicadores de desempenho econmicos elaborados mostram a necessidade de informatizao da rede, antecedendo a deciso de terceirizao.
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O objetivo do artigo foi propor um modelo de gesto comunicativa de redes para o Sistema de Inovao em Sade. Para isso discute-se o complexo produtivo da sade em sua relao com o desenvolvimento e apresentam-se algumas sugestes para o formato mais operacional da proposta. Utilizaram-se tericos da linguagem, especialmente Habermas, e exemplos de outros pases. Enfoques comunicativos e de negociao de compromissos, que ajudam a criar formas de coordenao e consensos fundamentados na argumentao crtica, poderiam contribuir para a consolidao de redes democrticas.
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Desafios postos pelas mudanas demogrficas e epidemiolgicas e pela necessidade de reduo dos custos tm exigido a reestruturao dos servios de sade. Nesse processo, as inovaes em sade aparecem como importantes protagonistas, uma vez que as tecnologias podem desempenhar papel fundamental tanto no que tange expanso do acesso quanto adequao do sistema s necessidades da populao. Entretanto, a gerao de inovao em sade no se pauta exclusivamente por demandas e condicionantes sanitrios; ao contrrio, frequentemente reflete uma trajetria de desenvolvimento e pode ser cativa de interesses de grupos restritos da sociedade. Essas questes precisam ser consideradas tanto na anlise da complexidade das dimenses da sade quanto na investigao da potencialidade e dos desafios para o estabelecimento de uma dinmica inovativa virtuosa para a reestruturao dos servios em sade.
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OBJETIVO: Identificar que fatores produzem novas tendncias no gerenciamento das unidades bsicas de sade e mudanas nos modelos de gesto. MTODOS: Estudo prospectivo com dez gestores de unidades de sade e dez especialistas da rea de sade de So Paulo, SP, em 2010. Foi adotada a metodologia Delphi. Foram utilizadas quatro rodadas para a coleta de dados, trs quantitativas e a quarta qualitativa. Nas trs primeiras foram levantadas as tendncias de mudana nos modelos de gesto; no perfil do gestor e nas competncias requeridas para a funo, foi utilizado o teste estatstico de Mann Whitney. A quarta rodada ocorreu por meio de um painel com os envolvidos, tendo sido escolhida a anlise temtica. RESULTADOS: Foram identificados os principais fatores que esto impulsionando o gerenciamento das unidades bsicas de sade, como as mudanas nos modelos de gesto. Foi consenso de que as dificuldades no gerenciamento das equipes e nas polticas influemciam nesse processo. Verificou-se que os gestores esto a par das tendncias do macrocontexto com o advento das organizaes sociais de sade, mas ainda no esto se antecipando nas aes institucionais. CONCLUSES: A formao acadmica deve ser revista no s quanto aos contedos, mas quanto ao desenvolvimento desses profissionais. O recrutamento, a seleo, o desenvolvimento e a avaliao devem ser norteados por essas competncias alinhadas misso, viso, aos valores e aos modelos de gesto das organizaes no contexto do Sistema nico de Sade.
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O comit de publicaes de um estudo multicntrico visa organizar as propostas de artigos, garantindo: amplo acesso aos dados, qualidade e precedncia. Foi desenvolvido um sistema online de informao e gerenciamento de propostas de estudos - o publiELSA - , composto por trs mdulos: (i) submisso e aprovao da proposta; (ii) acompanhamento da proposta aprovada; e (iii) relatrios consolidados. O primeiro permite a qualquer interessado buscar e conhecer artigos j publicados e em andamento, e submeter novas propostas. O processo de aprovao e transferncia dos dados para o pesquisador responsvel organizado nessa etapa. O segundo mdulo visa ao monitoramento das propostas aprovadas at sua publicao final e o terceiro permite buscas e visualizao de propostas e artigos. O sistema tem aspectos inovadores, sobretudo o incentivo cooperao entre os diversos pesquisadores, por meio da circulao de informes sobre cada proposta submetida. Estimula-se assim a interao dos diferentes olhares e experincias envolvidos nesta pesquisa.
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O Estudo Longitudinal de Sade do Adulto (ELSA-Brasil) uma coorte prospectiva multicntrica de funcionrios pblicos delineada para avaliar os determinantes das doenas crnicas, principalmente a doena cardiovascular e o diabetes tipo 2. Neste artigo so descritos os principais pontos do delineamento e implementao do projeto do biobanco do ELSA-Brasil. So detalhados aspectos econmicos, polticos, logsticos e tecnolgicos do estudo. O artigo tambm discute o protocolo final de estocagem de material biolgico e as instalaes implementadas para atingir esse objetivo. O processo de delineamento e implementao do biobanco do ELSA-Brasil durou trs anos. Tanto os biobancos centrais quanto os locais foram constitudos de acordo com as melhores prticas de estocagem de material biolgico, usando solues tecnolgicas diferentes para as diferentes necessidades previstas no estudo.
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O Estudo Longitudinal de Sade do Adulto (ELSA-Brasil) um estudo de coorte composto de 15.105 adultos acompanhados para avaliar o desenvolvimento de doenas crnicas, especialmente diabetes e doena cardiovascular. Seu porte, natureza multicntrica e diversidade de medidas exigiram mecanismos geis e efetivos de garantia e controle de qualidade. Entre as atividades de garantia de qualidade (aquelas desenvolvidas antes de iniciar a coleta de dados), destacam-se: seleo criteriosa dos instrumentos de pesquisa, treinamento e certificao centralizados, pr-testes e estudos pilotos, e elaborao de manuais de operaes para os procedimentos. As atividades de controle de qualidade (realizadas durante a coleta e processamento dos dados) foram efetuadas mais intensivamente no incio, quando as rotinas ainda no estavam estabelecidas. Entre elas, ressaltam-se: observao peridica dos aferidores, estudos de teste reteste, monitoramento dos dados, rede de supervisores e visitas cruzadas. Dados que estimam a confiabilidade das informaes obtidas atestam que as metas de qualidade foram alcanadas.
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OBJETIVO Analisar a estrutura física, as condições de trabalho dos profissionais da saúde e o delineamento de processos estabelecidos em unidades prisionais. MÉTODOS Foram analisados 34 centros de detenção provisória e 69 unidades prisionais masculinas e seis femininas do Estado de São Paulo, Brasil, em 2009. Foi desenvolvido instrumento autoaplicativo para coleta de dados quantitativos sobre as características de estrutura, equipamento e pessoal para atendimento à saúde nas unidades prisionais. A análise de variância (ANOVA) ou equivalente não paramétrico e os testes de Qui-quadrado ou Fisher foram utilizados para comparação de variáveis contínuas ou categóricas, respectivamente, entre os grupos estudados. RESULTADOS Os principais problemas foram o retardo nos resultados de exames laboratoriais e de imagem. Quanto às equipes, grande maioria apresentou condições próximas da proposta pela Comissão InterGestores Bipartite 2013, mas sem que isso se refletisse em melhoria dos indicadores. Com relação ao processo, observou-se que mais de 60,0% das unidades prisionais estão localizadas em cidades pequenas, sem condições estruturais de saúde para garantir o atendimento secundário ou terciário para continuidade do processo de tratamento. CONCLUSÕES O perfil apresentado das unidades prisionais do País poderá ser utilizado para planejamento e acompanhamento de ações futuras para melhoria contínua das condições estruturais de saúde.
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Apresenta-se uma reflexo sobre elementos que estruturam o processo de trabalho em sade e o agir do enfermeiro. Abordam-se o processo de trabalho em sade, as tecnologias em sade e o gerenciamento do cuidado como construtos que fundamentam a reflexo, com o objetivo de auxiliar na ampliao da visibilidade dos atos do enfermeiro. Ressalta-se a importncia da utilizao desses fundamentos para o exerccio de prticas do cuidado nos processos gerenciais.
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A humanizao do ambiente hospitalar no se concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usurio. Um programa de humanizao necessita ser assumido como um processo de construo participativa que requer respeito e valorizao do ser humano que cuida. Pautado em valores e princpios humanos e ticos e em idias de Freire, este trabalho tem por objetivo explicitar como se desencadeou um processo de humanizao, numa instituio hospitalar, centrado, inicialmente, no trabalhador, mediante a problematizao coletiva da realidade concreta e a construo de relaes dialgicas, horizontais e reflexivas. A proposta possibilitou maior compreenso do significado de humanizao, com o resgate de iniciativas anteriores de humanizao j adotadas, a adoo de um Banco de Idias como um espao para a emerso de subjetividades, a organização de ambientes coletivos acolhedores e uma maior aproximao entre a direo e trabalhadores.
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O adequado dimensionamento de pessoal de enfermagem nas Terapias Intensivas tem sido uma grande preocupao para os enfermeiros que nelas atuam a despeito dos diferentes modelos de classificao dos pacientes propostos, no mbito nacional e internacional. No presente estudo de caso, os objetivos foram estabelecer o tempo mdio despendido na assistncia direta de enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva geral e calcular o nmero mdio de horas de assistncia direta de enfermagem prestada a esses pacientes. Para tanto, primeiramente, classificaram-se os procedimentos de enfermagem desenvolvidos com pacientes da UTI, de acordo com a sua complexidade: baixa, mdia e alta. A seguir, cronometrou-se o tempo mdio despendido na realizao desses procedimentos, a fim de se encontrar o tempo mdio de assistncia direta de enfermagem prestada aos pacientes, durante um perodo de trs meses consecutivos.