338 resultados para Enfermagem em saúde comunitária
Resumo:
Pesquisa de abordagem qualitativa articulada com o referencial metodológico de Paulo Freire, consistindo de três momentos: investigação temática; codificação e descodificação; desvelamento crítico. Objetivou compreender se a Consulta de Enfermagem promove a autonomia das mulheres em um Centro de Saúde. Constituíram-se seis Círculos de Cultura com duas horas de duração e média de nove participantes, ocorridos entre maio e julho de 2011. A investigação revelou oito temas, que foram desvelados em dois, necessidade de escuta e diálogo sobre violência doméstica, relação do enfermeiro e partícipes na Consulta de Enfermagem. Os resultados indicam que a Consulta pode constituir-se como espaço para o desenvolvimento de ações de Promoção, que ocorrem ainda timidamente no Centro de Saúde. Como possibilidades e limitações destacam-se a necessidade de capacitações multiprofissionais para compreender questões conceituais e estratégias de Promoção, intensificando suas práticas em todos os espaços do Sistema Único de Saúde.
Resumo:
Essa investigação qualitativa objetivou analisar a visão dos trabalhadores de uma Unidade Básica de Saúde quanto à presença no serviço de estudantes de graduação em enfermagem. Dezoito trabalhadores foram sujeitos de entrevistas semi-estruturadas, analisadas após transcrição. Na análise de conteúdo identificamos dois temas: A lentificação e a vivificação do serviço e O (des)preparo para aprender e ensinar. Os resultados apontam para um processo de parceria ensino-serviço ainda em construção, em que os trabalhadores sentem-se aprendendo, mas também desvalorizados. Com a presença dos estudantes, a dinâmica do trabalho é modificada, tornando-se mais lenta. Ao mesmo tempo, a presença estudantil interroga as formas hegemônicas de atender rapidamente. Evidencia-se expectativa de colaboração nas ações, havendo preferência pelos estudantes dos últimos anos que executam procedimentos e não requerem acompanhamento constante. Concluimos que a aproximação entre universidade e serviços da Atenção Básica expõe tensões que, se analisadas coletivamente, podem engendrar novas formas de cuidar, ensinar e aprender.
Resumo:
OBJETIVO: A falta de conhecimento é um dos fatores relacionados à persistência de doenças infecciosas no Brasil. O presente estudo tem como objetivo desenvolver, implementar e avaliar um programa educativo de baixo custo, usando como modelo portadores de esquistossomose. MÉTODOS: Estudo descritivo desenvolvido com população constituída por pessoas saudáveis (grupo 1) e esquistossomóticos (grupos 2 e 3), com 20 indivíduos em cada grupo. Foi elaborado material didático (manual ilustrado e álbum seriado) e um questionário de 17 questões para avaliar o conhecimento nos grupos. Nos grupos 1 e 2, o questionário foi aplicado antes e no grupo 3, depois do programa educativo. As variáveis estudadas foram: programa educativo, nível de escolaridade, idade, forma clínica da esquistossomose e sintomatologia e o desempenho dos indivíduos na resposta ao questionário. Para a análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher e análise de variância com um fator fixo. RESULTADOS: O programa educativo foi avaliado em quatro tópicos: ciclo, clínica, tratamento e prevenção da doença. Verificou-se que o grupo 3 apresentou mediana de respostas certas superior aos grupos 1 e 2 em todos os tópicos abordados. O grupo 2 apresentou mediana de respostas certas superior ao grupo 1 em todos os tópicos, exceto em relação ao tópico prevenção. CONCLUSÕES: O processo educativo aplicado foi eficiente, melhorou o conhecimento sobre a doença, podendo constituir-se num modelo de atuação efetiva e de baixo custo que também pode ser aplicado no combate a outras endemias.
Resumo:
Este relato de experiência tem como objetivo apresentar os resultados das oficinas de avaliação da implantação de um sistema operacional da CIPESC®, que simultaneamente descreve, valida, quantifica e qualifica as práticas de enfermagem em saúde coletiva realizadas no âmbito da extra-internação nas Unidades de Saúde da cidade de Curitiba - PR. As oficinas realizadas ofereceram subsídios para identificação das fortalezas e dificuldades na implantação da nomenclatura CIPESC - Curitiba, mas ao mesmo tempo revelaram contradições nas falas dos enfermeiros. Concorda-se que é pela prática consciente que se superam estas contradições e, a começar delas, deve-se construir uma Enfermagem com potencial inter-ventivo nos perfis epidemiológicos da população.
Resumo:
O objetivo deste estudo é debater o discurso das enfermeiras sobre o conceito da integralidade em saúde e como operacionalizar na prática a integralidade na Atenção Básica. Considerando a integralidade como um dos pilares do SUS e tomando a força de trabalho em enfermagem como um contingente considerável de pessoas para operar na construção do SUS, considerou-se importante identificar as bases conceituais e práticas que direcionam o trabalho das enfermeiras para a construção da integralidade na saúde. Neste estudo qualitativo exploratório, foram entrevistadas 10 enfermeiras que atuam na atenção básica em três municípios do interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas e analisados segundo a técnica do discurso do sujeito coletivo. Os resultados mostraram que as concepções que as enfermeiras possuem sobre integralidade estão diretamente relacionadas à prestação de assistência e que estas profissionais colocam a integralidade em prática ao executar seu processo de trabalho cotidiano.
Resumo:
INTRODUÇÃO: estudos recentes apontam a doença periodontal (DP) como fator de risco para doença renal crônica (DRC). O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de conhecimento, atitude e prática de médicos e enfermeiros que atuam na nefrologia relativos à DP. MÉTODOS: um questionário foi aplicado a médicos e a enfermeiros participantes do XXV Congresso Brasileiro de Nefrologia (2010) e IX Congresso Mineiro de Nefrologia (2011), abrangendo os seguintes aspectos da DP: epidemiologia, apresentação clínica, fatores predisponentes, repercussão sistêmica, a inclusão do exame da cavidade bucal no exame clínico dos pacientes com DRC e a frequência de encaminhamento para o dentista. RESULTADOS: a maioria dos médicos e enfermeiros responderam corretamente às perguntas que abordaram os conhecimentos gerais sobre a DP. À pergunta referente à inclusão do exame da cavidade bucal no exame físico do paciente, 42,2% dos médicos e 38% dos enfermeiros responderam não fazê-la (p > 0,05). Contudo, a maioria dos pacientes vistos por nefrologistas (59,4%) e enfermeiros (61,8%) são encaminhados ao dentista em menos de 30% das consultas (p > 0,05). CONCLUSÃO: A amostra de nefrologistas e de profissionais de enfermagem participantes do estudo demonstrou conhecimento autorrelatado sobre DP considerado bom, embora com prática clínica limitada, expressada pelo baixo percentual de encaminhamento para tratamento especializado da doença. Os achados sinalizam para a necessidade da instituição de treinamento teórico-prático em saúde bucal nos cursos de graduação (medicina e enfermagem) e pós-graduação (residência médica e multiprofissional).
Resumo:
Tomando como objeto de estudo a prática educativa - ensino e avaliação - operada no Estágio Rural Integrado da Universidade Federal da Paraíba, os autores discutem sobre a centralidade dos conhecimentos nesta prática educativa e consideram a possibilidade de se implantar processos de ensino e avaliação transformadores, ancorados na abordagem pedagógica por Competências. Propõem a utilização desta abordagem e da metodologia da TIPESC - Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva como orientadores dos processos de formação de força de trabalho em saúde e, em particular de enfermagem, visando à constituição de sujeitos críticos e reflexivos que atendam aos requerimentos do Sistema Único de Saúde.
Resumo:
Este estudo tem como objetivo descrever a experiência de ensino de vigilância à saúde do trabalhador, desenvolvida na disciplina obrigatória de Enfermagem na Saúde do Trabalhador no Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos. Como estratégia de ensino foi desenvolvida a análise epidemiológica de todas as Comunicações de Acidentes de Trabalho registradas junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social, agência São Carlos, referentes ao município de São Carlos e ao ano de 2000. Foram desenvolvidos conteúdos relativos à vigilância à Saúde do Trabalhador e temas correlacionados. Com base no sistema de informações construído, foram realizadas pelos alunos atividades práticas relativas à sistematização das informações e à utilização do software empregado para inserção, consolidação e análise dos dados. São discutidos os resultados obtidos pelos alunos com as atividades realizadas, as dificuldades apresentadas e as possibilidades de utilização dessas estratégias para o ensino.
Resumo:
Neste estudo, de abordagem qualitativa, buscamos compreender a concepção do acadêmico de enfermagem do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina sobre saúde do trabalhador. Foram feitas três questões a vinte acadêmicos: O que entende por saúde do trabalhador? De que forma a enfermagem pode contribuir para a saúde do trabalhador? Qual a relação que existe entre trabalho e estilo de vida? Os resultados foram agrupados nos temas: concepções sobre saúde do trabalhador; papel da enfermagem no contexto da saúde do trabalhador; relação entre trabalho e estilo de vida. Destacamos a interrelação entre trabalho e estilo de vida, e trabalho e saúde do trabalhador. As reflexões realizadas reforçam a necessidade dessa temática ser discutida nas universidades, para que os acadêmicos sejam estimulados a pensar sobre sua saúde desde o início da academia. Assim estimulados, acreditamos que possam incorporar ações de proteção voltadas a sua saúde no trabalho.
Resumo:
Face às mudanças na organização da atenção básica, torna-se necessário refletir sobre as contribuições da Enfermagem no âmbito assistencial. Este artigo teve como objetivo revisar os conceitos de autonomia e necessidades de saúde e suas aplicações nas diferentes propostas de sistematização da assistência de enfermagem. Foi feita uma revisão bibliográfica sobre sistematização da assistência de enfermagem, autonomia e necessidades de saúde nas bases de dados LILACS e BDENF. Os resultados indicaram que a autonomia se refere ao profissional e ao paciente. Quanto ao tema necessidades, verificaram-se as vertentes necessidades biológicas e sociais, que se interceptam com a psicológica, para abranger as necessidades bio-psicossociais. Verificou-se que a aplicação dos conceitos analisados não estão presentes em todos os sistemas de classificação de enfermagem, os que mais se aproximam são os projetos de Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem (CIPE) e Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC).
Resumo:
Objetivou-se, neste estudo, averiguar os aspectos contemplados na consulta de enfermagem ao portador de hipertensão arterial (HA). É um estudo descritivo, desenvolvido em três unidades de saúde de Fortaleza. Os sujeitos foram 13 enfermeiros. A coleta de dados ocorreu por observação de três consultas de cada enfermeiro e, posteriormente, de uma entrevista com este profissional. Foi observado que, durante a anamnese, houve identificação do tratamento prévio, da ingestão de substâncias hipertensoras e da existência de fatores de risco associados. No exame físico, constatou-se a ocorrência de inspeções da aparência do paciente e verificações da pressão arterial e peso. As categorias identificadas foram: nuances do papel do enfermeiro na atenção básica; tratamento da HA e dificuldades cotidianas das pessoas com esta enfermidade. Concluímos que muitos aspectos não vêm sendo abordados durante a consulta de enfermagem, o que pode acarretar um atendimento deficiente das pessoas acompanhadas pelo programa de HA em tais unidades de saúde.
Resumo:
Esta pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa, objetivou identificar a ocorrência de estudos de enfermagem na atenção à saúde do idoso e analisar a produção deste conhecimento em cinco periódicos de enfermagem publicados em 2005. Os resultados demonstraram que o número de publicações nesta área é bastante limitado, 3,7%. Estas publicações estão concentradas nos estados de São Paulo, 40%, e Rio de Janeiro, 28%; predominou a abordagem qualitativa, 50%, sendo identificados vários referenciais teórico-metodológicos. Os objetos mais estudados foram as necessidades em saúde e o cuidador, com 33,3% cada; o docente esteve presente na autoria de todas as publicações. Concluiu-se que há necessidade de produção de conhecimento de Enfermagem em Atenção à Saúde do Idoso e, para dar visibilidade a esta temática, faz-se necessário o reconhecimento e a consolidação desta especialidade enquanto área de atuação profissional, pesquisadores competentes e política nacional de incentivo a pesquisa.
Resumo:
A pesquisa teve como objetivo identificar as ações realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), analisando-as à luz do paradigma da Promoção da Saúde. Para isto optou-se por uma pesquisa exploratória do tipo quantitativa, com os ACS de São Bernardo do Campo (SP). Como resultado, evidenciou-se que as competências Integração da equipe com a população local, Prevenção e monitoramento de risco ambiental e sanitário, Prevenção e monitoramento a grupos específicos e morbidades são em sua maioria realizadas pelos ACS; enquanto que as competências de Planejamento e avaliação das ações de saúde e Promoção da saúde são realizadas de forma heterogênea no município. Conclui-se pela necessidade de se fortalecer a competência do ACS para a Promoção da Saúde, de forma que esta possa encaminhar para o empowerment da comunidade e para a intersetorialidade.
Resumo:
Este artigo discute as representações sociais de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acerca do consumo de drogas, como recorte de um estudo qualitativo de cunho etnográfico, cuja produção dos dados ocorreu no período de janeiro/2006 a janeiro/2007. Um conjunto de técnicas foi aplicado para profissionais que atuam numa Unidade Básica de Saúde de Salvador-BA, dentre eles 22 ACS. A Teoria das Representações Sociais foi adotada como eixo teórico, e gênero como categoria de análise. Os ACS reconhecem a proximidade e o envolvimento das mulheres com o fenômeno das drogas na comunidade onde moram e atuam, porém não adotam em seu trabalho nenhuma ação direcionada para tal problemática. As representações sociais apreendidas reproduzem estereótipos e preconceitos em relação às drogas e às pessoas usuárias de drogas, vinculadas, sobretudo, ao sexo e classe social, assinalando a invisibilidade do consumo de drogas como um problema de saúde para o grupo estudado.