73 resultados para Ecografia intravascular


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Relatamos o caso de uma mulher de 60 anos portadora da doença de von Willebrand tipo I, submetida a cirurgia da valva mitral. A paciente necessitou de cuidados especiais em razão da coagulopatia e foi necessária a utilização de concentrado de fator VIII (VIIIf) e fator de von Willebrand (vWf) antes, durante e depois da cirurgia. Não houve complicações durante e após a cirurgia. Nove meses depois, a paciente encontra-se assintomática. A correção para valores adequados de VIIIf e vWf permitiu a realização da cirurgia com segurança.

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FUNDAMENTO: A eficácia dos stents farmacológicos em reduzir os índices de eventos cardíacos não é uniforme a todos os subgrupos de lesões ou pacientes. OBJETIVO: Avaliar a evolução clínica tardia dos pacientes submetidos a implante de stents farmacológicos nas lesões ateroscleróticas da artéria descendente anterior e identificar, entre as características clínicas, angiográficas e do ultra-som intravascular, quais as que permitem predizer risco de eventos cardíacos. MÉTODOS: De maio de 2002 a agosto de 2005, foram tratados 205 pacientes com implante de 236 stents farmacológicos guiados pelo ultra-som intravascular. RESULTADOS: Com um acompanhamento médio de 711 dias, a taxa de trombose do stent foi de 0,48%, a mesma observada para infarto agudo do miocárdio ou cirurgia de revascularização. A taxa de revascularização da lesão tratada foi de 7,31% e a taxa global de eventos de 10,24%. Os indicadores de eventos, conforme análise multivariada, foram o implante de mais de um stent na mesma artéria, lesões concêntricas e área mínima intra-stent medida pelo ultra-som intravascular menor que 3,88 mm². CONCLUSÃO: Baseados nos dados obtidos, concluímos que a revascularização da artéria descendente anterior com implante de stents farmacológicos escolhidos e otimizados pelo ultra-som intravascular apresenta baixo índice de eventos tardios. O implante de dois stents farmacológicos para o tratamento das lesões longas foi o principal fator independente para a ocorrência de eventos tardios. A área luminal final maior que 3,88 mm² obtidos nos segmentos de pequenos diâmetros de referência é um indicador independente de evolução livre de eventos.

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FUNDAMENTO: A aterosclerose ocorre mais cedo em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM-1) e a doença arterial coronariana (DAC) constitui a mais importante causa de morte. OBJETIVO: Avaliar a prevalência e as características anatômicas da DAC em pacientes com DM-1 e insuficiência renal crônica, submetidos à diálise. MÉTODOS: Este é um estudo descritivo de 20 pacientes com DM-1 submetidos à diálise sem DAC conhecida. A DAC foi avaliada através de angiografia coronariana quantitativa (ACQ) e ultra-som intravascular (USIV). A ACQ foi realizada em todas as lesões >30%, visualmente Todos os segmentos proximais de 18 mm das artérias coronárias foram analisados por USIV. Todos os outros segmentos coronarianos com estenose >30% também foram analisados. RESULTADOS: A angiografia detectou 29 lesões >30% em 15 pacientes (75%). Onze (55%) das lesões eram >50% e 10 (50%) >70%. Treze pacientes tiveram as 3 principais artérias avaliadas pelo USIV. A aterosclerose estava presente em todos os pacientes e em todos os 51 segmentos proximais de 18 mm analisados. Esses segmentos significam que a medida do diâmetro dos vasos apresentava-se significantemente maior no USIV do que na ACQ, em todos os vasos. As imagens do ISIV de 25 (86,2%) das 29 lesões >30% foram obtidas. Placas fibróticas eram comuns (48%) e 60% apresentavam remodelamento intermediário de vasos. CONCLUSÃO: A DAC estava presente em todos os vasos de todos os pacientes com diabete tipo 1 submetidos a hemodiálise. Esses achados estão de acordo com outros estudos de autópsia, angiografia e USIV. Além disso, eles indicam a necessidade de estudos adicionais epidemiológicos e de imagem, para um melhor entendimento e tratamento de uma condição clínica complexa e grave que afeta jovens indivíduos.

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FUNDAMENTO: A arginina-vasopressina (AVP) tem sido amplamente utilizada no tratamento do choque vasodilatador. Entretanto, há muitas questões relativas ao seu uso clínico, especialmente em altas doses, pois sua utilização pode estar associada a efeitos cardíacos adversos. OBJETIVO: Investigar os efeitos cardiovasculares da AVP em infusão IV contínua nos parâmetros hemodinâmicos em cães. MÉTODOS: Dezesseis cães saudáveis sem raça definida, anestesiados com pentobarbital, receberam um cateter intravascular e foram aleatoriamente designados para dois grupos: controle (solução salina - placebo; n=8) e AVP (n=8). O grupo do estudo recebeu infusão de AVP por três períodos consecutivos de 10 minutos a doses logaritmicamente progressivas (0,01; 0,1 e 1,0 U/kg/min), a intervalos de 20 minutos. A frequência cardíaca (HR) e as pressões intravasculares foram continuamente registradas. O debito cardíaco foi medido através do método de termodiluição. RESULTADOS: Nenhum efeito hemodinâmico significante foi observado durante a infusão de 0,01 U/kg/min de AVP, mas com as doses mais altas, de 0,1 e 1,0U/kg/min, houve um aumento progressivo na pressão arterial média (PAM) e índice de resistência vascular sistêmica (IRVS), com significante diminuição na frequência cardíaca (FC) e índice cardíaco (IC). Com a dose de 1,0 U/kg/min, também foi observado um aumento significante no índice de resistência vascular pulmonar (IRVP), principalmente devido à diminuição no IC. CONCLUSÃO: A AVP em doses entre 0,1 e 1,0 U/kg/min resultou em significantes aumentos na PAM e no IRVS, com efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos em animais saudáveis. Embora essas doses sejam de 10 a 1.000 vezes maiores do que as rotineiramente utilizadas no tratamento do choque vasodilatador, nossos dados confirmam que a AVP deveria ser usada cuidadosamente e sob rígida monitoração hemodinâmica na prática clínica, especialmente se doses maiores do que 0,01 U/kg/min forem necessárias.

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A Tomografia de Coerência Ótica (TCO) é uma nova tecnologia de imagem baseada em interferometria de baixa coerência que utiliza a dispersão de luz quase-infravermelha como uma fonte de sinal para fornecer imagens transversais vasculares com definição muito superior à de qualquer outra modalidade disponível. Com uma resolução espacial de até 10μm, a TCO fornece uma resolução 20 vezes maior do que o ultrassom intravascular (USIV), a modalidade atualmente mais utilizada para obter imagens intra-coronárias. A TCO tem uma capacidade de fornecer um entendimento das várias fases da doença aterosclerótica e a resposta vascular ao tratamento. Estudos tem mostrado a capacidade da TCO em detectar estruturas arteriais e ajudar na determinação de diferentes constituintes histológicos. Sua capacidade de distinguir diferentes graus de alterações ateroscleróticas e os vários tipos de placas, quando comparada à histologia, tem sido recentemente demonstrada com correlações inter e intra-observador aceitáveis para esses achados. A TCO fornece uma resolução endovascular excepcional em tempo real in vivo, que tem sido explorada para avaliar as estruturas vasculares e a resposta ao uso do equipamento. Embora a profundidade permaneça uma limitação para a caracterização de placa além de 2 mm através da TCO, uma resolução próxima à histológica pode ser obtida dentro do primeiro milímetro da parede do vaso, permitindo uma avaliação extraordinária das características e espessura da capa fibrosa. Além disso, a avaliação da cobertura de neoíntima, padrões de tecido para-haste e aposição de stent podem agora ser escrutinizados para hastes individuais na escala de mícrons, a assim chamada análise em nível de haste. A TCO levou a imagem intravascular ao nível de mícron na análise vascular in vivo e espera-se que breve se torne uma ferramenta valiosa e indispensável para cardiologistas em aplicações clínicas e de pesquisa.

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Background: The diagnostic accuracy of 64-slice MDCT in comparison with IVUS has been poorly described and is mainly restricted to reports analyzing segments with documented atherosclerotic plaques. Objectives: We compared 64-slice multidetector computed tomography (MDCT) with gray scale intravascular ultrasound (IVUS) for the evaluation of coronary lumen dimensions in the context of a comprehensive analysis, including segments with absent or mild disease. Methods: The 64-slice MDCT was performed within 72 h before the IVUS imaging, which was obtained for at least one coronary, regardless of the presence of luminal stenosis at angiography. A total of 21 patients were included, with 70 imaged vessels (total length 114.6 ± 38.3 mm per patient). A coronary plaque was diagnosed in segments with plaque burden > 40%. Results: At patient, vessel, and segment levels, average lumen area, minimal lumen area, and minimal lumen diameter were highly correlated between IVUS and 64-slice MDCT (p < 0.01). However, 64-slice MDCT tended to underestimate the lumen size with a relatively wide dispersion of the differences. The comparison between 64-slice MDCT and IVUS lumen measurements was not substantially affected by the presence or absence of an underlying plaque. In addition, 64-slice MDCT showed good global accuracy for the detection of IVUS parameters associated with flow-limiting lesions. Conclusions: In a comprehensive, multi-territory, and whole-artery analysis, the assessment of coronary lumen by 64-slice MDCT compared with coronary IVUS showed a good overall diagnostic ability, regardless of the presence or absence of underlying atherosclerotic plaques.

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Background:Previous reports have inferred a linear relationship between LDL-C and changes in coronary plaque volume (CPV) measured by intravascular ultrasound. However, these publications included a small number of studies and did not explore other lipid markers.Objective:To assess the association between changes in lipid markers and regression of CPV using published data.Methods:We collected data from the control, placebo and intervention arms in studies that compared the effect of lipidlowering treatments on CPV, and from the placebo and control arms in studies that tested drugs that did not affect lipids. Baseline and final measurements of plaque volume, expressed in mm3, were extracted and the percentage changes after the interventions were calculated. Performing three linear regression analyses, we assessed the relationship between percentage and absolute changes in lipid markers and percentage variations in CPV.Results:Twenty-seven studies were selected. Correlations between percentage changes in LDL-C, non-HDL-C, and apolipoprotein B (ApoB) and percentage changes in CPV were moderate (r = 0.48, r = 0.47, and r = 0.44, respectively). Correlations between absolute differences in LDL-C, non‑HDL-C, and ApoB with percentage differences in CPV were stronger (r = 0.57, r = 0.52, and r = 0.79). The linear regression model showed a statistically significant association between a reduction in lipid markers and regression of plaque volume.Conclusion:A significant association between changes in different atherogenic particles and regression of CPV was observed. The absolute reduction in ApoB showed the strongest correlation with coronary plaque regression.

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Background:Vascular remodeling, the dynamic dimensional change in face of stress, can assume different directions as well as magnitudes in atherosclerotic disease. Classical measurements rely on reference to segments at a distance, risking inappropriate comparison between dislike vessel portions.Objective:to explore a new method for quantifying vessel remodeling, based on the comparison between a given target segment and its inferred normal dimensions.Methods:Geometric parameters and plaque composition were determined in 67 patients using three-vessel intravascular ultrasound with virtual histology (IVUS-VH). Coronary vessel remodeling at cross-section (n = 27.639) and lesion (n = 618) levels was assessed using classical metrics and a novel analytic algorithm based on the fractional vessel remodeling index (FVRI), which quantifies the total change in arterial wall dimensions related to the estimated normal dimension of the vessel. A prediction model was built to estimate the normal dimension of the vessel for calculation of FVRI.Results:According to the new algorithm, “Ectatic” remodeling pattern was least common, “Complete compensatory” remodeling was present in approximately half of the instances, and “Negative” and “Incomplete compensatory” remodeling types were detected in the remaining. Compared to a traditional diagnostic scheme, FVRI-based classification seemed to better discriminate plaque composition by IVUS-VH.Conclusion:Quantitative assessment of coronary remodeling using target segment dimensions offers a promising approach to evaluate the vessel response to plaque growth/regression.

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Twenty Calomys callosus, Rengger, 1830 (Rodentia-Cricetidae) were studied in the early stage of the acute schistosomal mansoni infection (42nd day). The same number of Swiss Webster mice were used as a comparative standard. Liver and intestinal sections, fixed in formalin-Millonig and embedded in paraffin, were stained with hematoxilin and eosin, PAS-Alcian Blue, pH = 1.0 and 2.5, Lennert's Giemsa, Picrosirius plus polarization microscopy, Periodic acid methanamine silver, Gomori's silver reticulin and resorcin-fuchsin. Immunohistological study (indirect immunofluorescence and peroxidase labeled extravidin-biotin methods) was done with antibodies specific to pro-collagen III, fibronectin, elastin, condroitin-sulfate, tenascin, alpha smooth muscle actin, vimentin and desmin. The hepatic granulomas were small, reaching only 27 of the volume of the hepatic Swiss Webster granuloma. They were composed mainly by large immature macrophages, often filled by schistosomal pigment, characterizing an exsudative-macrophage granuloma type. The granulomas were situated in the parenchyma and in the portal space. They were often intravascular, poor of extracellular matrix components, except fibronectin and presented, sometimes alpha smooth muscle actin and vimentin positive cells. The C. callosus intestinal granulomas were similar to Swiss Webster, showing predominance of macrophages. Therefore, the C. callosus acquire very well the Schistosoma mansoni infection, without developing strong hepatic acute granulomatous reaction, suggesting lack of histopathological signs of hypersensitivity.

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The process of repairing intestinal vascular lesions induced by schistosomiasis in mice was studied before and after curative chemotherapy, by means of histopathology coupled with injections of the mesenteric veins with India ink or plastic, in this case followed by corrosion in strong acid. The granulomas were avascular, mainly formed while within blood vessels, and were associated with distortion of the intestinal vasculature in their proximity, represented by tortuosities, focal dilatation, narrowing, and anastomosis of the mucosal and submucosal veins. Two to four months after cure of schistosomiasis involuting granulomas were seen to be slowly vascularized, a process going from the periphery toward the center of the granulomas. No intravascular granulomas were seen four months after treatment. The previously distorted mucosal and submucosal veins gradually regained their normal appearance, only a slight tortuosity remaining.

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Schistosoma mansoni, an intravascular parasite, lives in a hostile environment in close contact with host humoral and cellular cytotoxic factors. To establish itself in the host, the parasite has evolved a number of immune evasion mechanisms, such as antioxidant enzymes. Our laboratory has demonstrated that the expression of antioxidant enzymes is developmentally regulated, with the highest levels present in the adult worm, the stage least susceptible to immune elimination, and the lowest levels in the larval stages, the most susceptible to immune elimination. Vaccination of mice with naked DNA constructs containing Cu/Zn cytosolic superoxide dismutase (CT-SOD), signal-peptide containing SOD or glutathione peroxidase (GPX) showed significant levels of protection compared to a control group. We have further shown that vaccination with SmCT-SOD but not SmGPX results in elimination of adult worms. Anti-oxidant enzyme vaccine candidates offer an advance over existing vaccine strategies that all seem to target the larval developmental stages in that they target adult worms and thus may have therapeutic as well as prophylactic value. To eliminate the potential for cross-reactivity of SmCT-SOD with human superoxide dismutase, we identified parasite-specific epitope-containing peptides. Our results serve as a basis for developing a subunit vaccine against schistosomiasis.

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This paper centers on some whole-istic organizational and functional aspects of hepatic Schistosoma mansoni granuloma, which is an extremely complex system. First, it structurally develops a collagenic topology, originated bidirectionally from an inward and outward assembly of growth units. Inward growth appears to be originated from myofibroblasts derived from small portal vessel around intravascular entrapped eggs, while outward growth arises from hepatic stellate cells. The auto-assembly of the growth units defines the three-dimensional scaffold of the schistosome granulomas. The granuloma surface irregularity and its border presented fractal dimension equal to 1.58. Second, it is internally regulated by intricate networks of immuneneuroendocrine stimuli orchestrated by leptin and leptin receptors, substance P and Vasoactive intestinal peptide. Third, it can reach the population of ± 40,000 cells and presents an autopoietic component evidenced by internal proliferation (Ki-67+ Cells), and by expression of c-Kit+ Cells, leptin and leptin receptor (Ob-R), granulocyte-colony stimulating factor (G-CSF-R), and erythropoietin (Epo-R) receptors. Fourth, the granulomas cells are intimately connected by pan-cadherins, occludin and connexin-43, building a state of closing (granuloma closure). In conclusion, the granuloma is characterized by transitory stages in such a way that its organized structure emerges as a global property which is greater than the sum of actions of its individual cells and extracellular matrix components.

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Schistosomiasis, classified by the World Health Organization as a neglected tropical disease, is an intravascular parasitic disease associated to a chronic inflammatory state. Evidence implicating inflammation in vascular dysfunction continues to mount, which, broadly defined, reflects a failure in the control of intracellular Ca2+ and consequently, vascular contraction. Therefore, we measured aorta contraction induced by 5-hydroxytryptamine (5-HT) and endothelin-1 (ET-1), two important regulators of vascular contraction. Isometric aortic contractions were determined in control and Schistosoma mansoni-infected mice. In the infected animals, 5-HT induced a 50% higher contraction in relation to controls and we also observed an increased contraction in response to Ca2+ mobilisation from sarcoplasmic reticulum. Nevertheless, Rho kinase inhibition reduced the contraction in response to 5-HT equally in both groups, discarding an increase of the contractile machinery sensitivity to Ca2+. Furthermore, no alteration was observed for contractions induced by ET-1 in both groups. Our data suggest that an immune-vascular interaction occurs in schistosomiasis, altering vascular contraction outside the mesenteric portal system. More importantly, it affects distinct intracellular signalling involved in aorta contraction, in this case increasing 5-HT receptor signalling.

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MOTIVAÇÃO: Derrame pleural é alteração pulmonar comumente observada em exames de imagem após cirurgias abdominais eletivas, sem repercussão clínica na maioria dos enfermos, devendo ser individualizada das complicações pulmonares que requerem tratamento. Sua incidência, bem como os indicadores de risco, são desconhecidos em nosso meio. OBJETIVO: Determinar, pela ultra-sonografia, a incidência de derrame pleural pós-operatório (DPPO) em cirurgias abdominais eletivas e averiguar suas possíveis associações com fatores de risco relacionados aos doentes e procedimentos anestésico-cirúrgicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudaram-se 21 (56,8%) mulheres e 16 (43,2%) homens, entre 29 e 76 anos, submetidos a cirurgias abdominais eletivas. Os exames ecográficos foram realizados no pré-operatório e 48 horas após a cirurgia. Foram estudados os fatores de risco associados ao paciente - idade maior de 60 anos, sexo, obesidade, tabagismo, etilismo e presença de doenças associadas -, e ao procedimento anestésico-cirúrgico - cirurgia para ressecção de câncer, classe ASA > 2, tempo anestésico-cirúrgico, incisão longitudinal e incisão > 15 cm. A litíase biliar (43,2%) e a presença de câncer gastrintestinal (43,2%) foram os principais responsáveis pela indicação cirúrgica. O DPPO foi graduado de pequeno, médio e grande. RESULTADOS: A incidência de DPPO foi de 70,3% (26/37). Dois (5,4%) desses doentes evoluíram com complicações pulmonares graves, um deles vindo a falecer. Idade maior de 60 anos, tabagismo, etilismo, obesidade e presença de doenças associadas não influenciaram o aparecimento de DPPO. Cirurgia para ressecção de câncer, classe ASA > 2, incisão longitudinal e incisão > 15 cm associaram-se de modo significante à presença de DPPO, que ocorreu mesmo na vigência de antibioticoprofilaxia. O tempo de permanência hospitalar foi 2,4 vezes maior nos doentes com DPPO. CONCLUSÃO: A ocorrência de derrame pleural em pós-operatório de cirurgia abdominal eletiva é muito freqüente. A maioria dos DPPO é autolimitada, evoluindo de modo assintomático. A ecografia na constatação do DPPO mostrou-se efetiva e sua utilização merece ser difundida.

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Trombose perianal é uma das causas mais freqüentes de consulta em coloproctologia. Apesar desta alta incidência, esta condição tem recebido pouca atenção da literatura e sua fisiopatologia é ainda motivo de controvérsia. Um estudo prospectivo foi realizado em oitenta pacientes consecutivos com trombose perianal para definir seus aspectos clínicos, condições associadas e implicações potenciais na fisiopatologia. Em 45 pacientes (56%) foi possível detectar algum possível agente desencadeante, principalmente um grande esforço físico (32%). Sessenta e quatro pacientes (80%) referiram hábito intestinal normal. Sintomas prévios de doença hemorroidária foram referidos por apenas oito pacientes (10%) e nenhuma evidência de doença hemorroidária foi observada na anuscopia de 55 (69%). Quarenta e um pacientes (51 %) tinham experimentado episódios prévios de trombose perianal. Avaliação microscópica de três espécimes excisados mostraram uma posição intravascular do trombo. Concluiu-se deste estudo que a trombose perianal não está relacionada com a doença hemorroidária. Ele também sugere a hipótese de que a fisiopatologia da trombose perianal pode estar relacionada a elevações súbitas da pressão intra-abdominal, levando à contração do esfincter anal, obstrução das veias subdérmicas do canal anal e à formação de um trombo intravascular.