566 resultados para Dionísio, Eduarda, 1946- - Personagens Mulheres
Resumo:
INTRODUO: Pesquisas sobre a amamentao e a questo do trabalho da mulher so de difcil comparabilidade. A prtica de amamentar entre mulheres com um emprego formal no Brasil tem sido pouco estudada, em que pesem as mudanas havidas como a extenso da licena maternidade para 120 dias. Decidiu-se realizar estudo com o objetivo de descrever o padro de amamentao de mulheres empregadas em empresas, as limitaes que elas enfrentam e que fatores contribuem para que elas possam conciliar trabalho e amamentao. MATERIAL E MTODO: Estudo exploratrio realizado em 13 indstrias de So Paulo em 1994, onde todas as mulheres no terceiro trimestre da gestao (76) foram entrevistadas e reentrevistadas (69) na volta ao trabalho (em torno de 5,4 meses ps-parto). RESULTADOS: Iniciaram a amamentao 97% das mulheres, apresentando uma durao mediana de 150 dias; quanto ao Aleitamento Materno Exclusivo, a durao mediana foi de 10 dias, e Amamentao Predominante, a mediana foi de 70 dias. As mulheres de melhor nvel socioeconmico e as que tinham creche no local de trabalho ou sala de coleta e estocagem de leite materno, foram as que amamentaram por mais tempo. A possibilidade de flexibilizar seu horrio e no trabalhar na linha de produo tambm mostraram ser fatores significantes que levam as mulheres dessas indstrias a amamentar mais. CONCLUSES: A licena-maternidade tem sido til e usada pela maioria das trabalhadoras para amamentar, mas h outros fatores que so fundamentais para que a manuteno da lactao seja facilitada, tais como aqueles que permitem a proximidade me-criana e/ou a retirada peridica de leite materno durante a jornada de trabalho.
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INTRODUO: O aborto provocado o principal determinante da mortalidade materna no Brasil. Isto tem provocado diversas discusses quanto possibilidade de legaliz-lo. MATERIAL E MTODO: Atravs de delineamento transversal e de amostragem sistemtica por conglomerados foram aplicados questionrios individualizados a todas as mulheres com idade entre 15 e 49 anos, residentes no Municpio de Rio Grande, RS. RESULTADOS: Dentre as 1.456 mulheres entrevistadas, 30% mostraram-se favorveis legalizao do aborto em qualquer situao; o percentual de mulheres favorveis esteve diretamente associado idade, escolaridade, renda familiar e ocorrncia prvia de aborto provocado (p<0,01). A anlise atravs de regresso logstica mostrou efeito independente da escolaridade e da ocorrncia prvia de aborto provocado sobre a opinio favorvel legalizao do aborto. CONCLUSO: A escolaridade e a induo prvia de aborto induzido foram os principais determinantes da deciso da mulher em ser favorvel legalizao do aborto. Esses aspectos devem ser levados em conta ao tratar desta questo.
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INTRODUO: A disponibilidade de dados sobre o perfil socioeconmico, demogrfico e reprodutivo das mulheres tanto em nvel nacional, regional e municipal permite comparaes entre regies alm de oferecer subsdios para o planejamento de aes do Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base-populacional com uma amostra de 3.002 mulheres de 15 a 49 anos residindo na zona urbana da cidade de Pelotas, RS. As informaes socioeconmicas, demogrficas e reprodutivas foram obtidas atravs de um questionrio estruturado. A anlise foi realizada atravs da comparao estatstica de mdias e propores. Na anlise da esterilizao os dados foram controlados para a idade. RESULTADOS: Cerca de 56% das mulheres eram casadas/em unio e 35% solteiras. Um tero das mulheres eram donas-de-casa e 50% tinham trabalho remunerado. Cerca da metade das adolescentes tinham vida sexual ativa, e dessas, 33% j tinham estado grvidas. Observou-se elevado percentual de gravidez indesejada principalmente entre as jovens. O nmero mdio de filhos entre as mulheres de 45 a 49 anos - final da vida reprodutiva - foi de 2,4. Os mtodos contraceptivos mais prevalentes foram a plula e a esterilizao. Entre as mulheres casadas/em unio, 15% estavam esterilizadas. Cerca de 25% das mulheres acima de 35 anos haviam feito ligadura tubria. Entre as mulheres esterilizadas, 29,6% tinham tido perda fetal e 18,3% haviam tido pelo menos um filho prematuro. Entre o total de maridos/companheiros, 20% no aceitavam o uso de pelo menos um mtodo contraceptivo. CONCLUSES: Os resultados confirmam a necessidade de uma maior ateno e desenvolvimento de programas especiais para adolescentes, de melhorias no acesso aos servios, de expanso do uso das opes anticoncepcionais disponveis e de aes programticas e pesquisas sobre o tema "homem/sade reprodutiva".
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OBJETIVO: Medir a taxa metablica basal em mulheres de 20 a 40 anos, no-gestantes ou lactantes, e comparar o valor medido com os valores de taxa metablica basal estimados por equaes de predio. MTODOS: A taxa metablica basal foi medida por calorimetria indireta, pela manh, durante a fase folicular do ciclo menstrual, em 60 voluntrias residentes no municpio de Porto Alegre, RS, sob condies padronizadas de jejum, repouso e ambiente. RESULTADOS: A mdia ( desvio-padro) da taxa metablica basal medida foi 1.185,3148,6 kcal em 24 horas. A taxa metablica basal, estimada por equaes, foi significativamente maior (7% a 17%) do que a taxa metablica basal medida. CONCLUSES: Os dados evidenciaram que as equaes de predio no so adequadas para estimar a taxa metablica basal nas mulheres avaliadas. O emprego dessas equaes podem superestimar os requerimentos energticos para mulheres com caractersticas semelhantes.
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OBJETIVO: Investigar variveis potencialmente associadas obesidade abdominal em mulheres em idade reprodutiva. MTODOS: Foram investigadas 781 mulheres a partir de informaes coletadas pela Pesquisa Nutrio e Sade realizada em 1996 no Municpio do Rio de Janeiro. A obesidade abdominal foi definida como circunferncia da cintura (CC) > 80 cm ou como Razo Cintura Quadril (RCQ) > 0,85. A anlise estatstica envolveu o clculo de medidas de tendncia central. A associao entre obesidade abdominal e ndice de Massa Corporal, idade, paridade e uso de tabaco foi testada por meio do clculo do "Odds Ratio" (OR), usando a tcnica de regresso logstica multivariada. RESULTADOS: As maiores freqncias de obesidade abdominal foram observadas em mulheres acima de 35 anos e com dois ou mais filhos (50,7%). Os valores de OR demonstram o efeito da interao entre paridade e idade para CC>80 cm quando controlado apenas o efeito dessas duas variveis. A partir dos modelos de regresso logstica, verificou-se que quando a populao foi estratificada em mulheres com e sem sobrepeso, apenas a escolaridade esteve associada RCQ, enquanto a associao com idade e paridade desapareceu para a CC>80 cm. CONCLUSES: A obesidade abdominal nesse grupo populacional independe da idade e da paridade quando ajustado pelo peso relativo, sendo suas maiores determinantes a adiposidade geral e a escolaridade. Ter maior escolaridade significou possuir uma RCQ menor. fundamental implementar estratgias de preveno para o desenvolvimento da obesidade, cujo enfoque sejam mulheres em idade reprodutiva.
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OBJETIVO: Por inqurito populacional domiciliar, investigar a prevalncia de incontinncia urinria de esforo e os fatores a ela associados em mulheres climatricas. MTODOS: Realizou-se anlise secundria de dados de um inqurito populacional domiciliar sobre o climatrio e a menopausa em mulheres do municpio de Campinas, SP, Brasil. Foram selecionadas, por meio de estudo descritivo e exploratrio de corte transversal, por processo de amostragem, 456 mulheres, na faixa etria de 45 a 60 anos de idade. Exploraram-se a queixa de incontinncia urinria e os fatores de risco possivelmente relacionados -- idade, estrato socioeconmico, escolaridade, cor, paridade, tabagismo, ndice de massa corprea, cirurgias ginecolgicas anteriores, estado menopausal e uso de terapia de reposio hormonal. Os dados foram coletados por entrevistas domiciliares, com questionrios estruturados e pr-testados, adaptados pelos autores e fornecidos pela Fundao Internacional de Sade, pela Sociedade Internacional de Menopausa e pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa. A anlise dos dados foi realizada por razo de prevalncia (IC 95%). RESULTADOS: Das mulheres entrevistadas, 35% referiram perda urinria aos esforos. Nenhum dos fatores sociodemogrficos estudados se mostrou associado ao risco de incontinncia urinria. Tambm a paridade no alterou significativamente esse risco. Outros fatores como cirurgias ginecolgicas anteriores, ndice de massa corprea e tabagismo no se mostraram associados prevalncia de incontinncia urinria. O estado menopausal e o uso de terapia de reposio hormonal no modificaram o risco de incontinncia urinria de esforo. CONCLUSO: Apesar de a prevalncia de incontinncia urinria em mulheres climatricas ter sido alta, no se mostrou associada aos fatores socioeconmicos e reprodutivos abordados.
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OBJETIVO: Verificar a associao entre fatores epidemiolgicos e infeco genital pelo papilomavrus humano (HPV). MTODOS: Realizou-se estudo transversal com 975 mulheres atendidas em um servio pblico de rastreamento para o cncer cervical, em Porto Alegre, Brasil. As mulheres foram consideradas infectadas pelo HPV quando apresentaram o teste de DNA positivo para esse vrus, tanto pelo mtodo de captura hbrida II (CH II) como pelo mtodo de reao em cadeia da polimerase (PCR). Mulheres infectadas pelo HPV foram comparadas com mulheres no infectadas oriundas da mesma populao. RESULTADOS: Foram estudadas 975 mulheres. A prevalncia observada de HPV (pela combinao dos mtodos de DNA) foi de 27%. Quando a anlise de cada mtodo de DNA foi feito isoladamente, a prevalncia de HPV-DNA foi de 15% para a CH II e de 16% para PCR. Regresso logstica mltipla incondicional foi utilizada na identificao dos fatores associados infeco pelo HPV. Foi encontrada associao positiva com as seguintes variveis: anos de escolaridade (11 anos: OR=2,05; IC95%=1,31; 3,20; referncia: at oito anos de escolaridade); ser casada (OR=1,69; IC95%=0,78; 2,00; referncia: ser solteira); parceiros sexuais ao longo da vida (dois parceiros: OR=1,67; IC95%=1,01; 2,77; quatro ou mais: OR=2,18; IC95%=1,15; 4,13; referncia: um parceiro); idade da primeira relao sexual (15-16 anos: OR=4,05; IC95%=0,89; 18,29; referncia: > ou = 22 anos). CONCLUSES: Vrios fatores parecem estar associados presena de infeco genital pelo HPV, especialmente aqueles referentes ao comportamento sexual (idade da primeira relao sexual, nmero de parceiros sexuais ao longo da vida e estado marital) e aqueles relacionados situao socioeconmica (escolaridade).
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OBJETIVO: Identificar as causas e os fatores relacionados procura de servio mdico por mulheres climatricas. MTODOS: Realizou-se estudo descritivo e exploratrio de corte transversal, de base populacional. Selecionaram-se, por meio de amostragem por conglomerado, 456 mulheres residentes no municpio de Campinas, SP, na faixa etria entre 45 e 60 anos de idade. Os dados sobre os motivos de procura dos servios mdicos foram coletados por meio de entrevistas domiciliares, com questionrio estruturado e pr-testado. A anlise dos dados foi realizada pelo teste qui-quadrado, pelo coeficiente de Cramer e pela anlise de regresso linear mltipla. RESULTADOS: Aproximadamente 80% das mulheres climatricas procuraram ateno mdica por causa da irregularidade menstrual e dos sintomas climatricos. Mulheres com companheiro, em terapia de reposio hormonal e com maior intensidade dos sintomas psicolgicos foram as que mais procuraram ateno mdica. A principal razo para a no-procura foi a mulher considerar que a queixa no merecia ateno mdica. CONCLUSES: A procura de servio mdico por queixas relacionadas ao climatrio foi alta, porm um porcentual significativo de mulheres no procurou ateno mdica por considerar a sintomatologia natural.
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OBJETIVO: Estudar questes relativas sexualidade e sade reprodutiva de mulheres HIV-positivas, seu acesso s prticas de preveno, sua aderncia a tratamentos e a possibilidade de fazerem opes conscientes quanto gravidez. MTODOS: Estudo exploratrio realizado, em 1997, em um ambulatrio de um centro de referncia na rea de doenas sexualmente transmissveis e Aids localizado na cidade de So Paulo, Brasil. Foi estudada uma amostra consecutiva, no-probabilstica, constituda de 148 mulheres HIV-positivas. Foram excludas as menores de 18 anos e as fisicamente debilitadas. Os dados foram colhidos por meio de entrevistas estruturadas. Foram aplicados os testes de chi e t-Student. RESULTADOS: A mdia de idade das mulheres pesquisadas foi de 32 anos, sendo que 92 (62,2%) tinham at o primeiro grau de escolaridade, e 12,2% chegaram a cursar uma faculdade. A mediana do nmero de parceiros na vida foi quatro, e metade das entrevistadas manteve vida sexual ativa aps infeco pelo HIV. Do total das mulheres, 76% tinham filhos, e 21% ainda pensavam em t-los. Um maior nmero de filhos, maior nmero de filhos vivos e de filhos que moravam com as mes foram os fatores mais indicados como interferncia negativa na inteno de ter filhos. No foi encontrada associao entre pensar em ter filhos com as variveis como percepo de risco, situao sorolgica do parceiro, uso de contraceptivos e outras. Os mtodos contraceptivos mudaram, sensivelmente, na vigncia da infeco pelo HIV. CONCLUSES: A inteno de ter filhos no se alterou substancialmente nas mulheres em conseqncia da infeco pelo HIV. Mulheres HIV-positivas precisam ter seus direitos reprodutivos e sexuais discutidos e respeitados em todos os servios de ateno sade. A adeso ao medicamento e ao sexo seguro so importantes, mas difceis, requerendo aconselhamento e apoio. So necessrios servios que promovam ambiente de apoio para essas mulheres e seus parceiros, propiciando s pessoas com HIV/Aids condies de conhecer, discutir e realizar opes conscientes no que concerne s decises reprodutivas e sua sexualidade.
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OBJETIVO: Categorizar e descrever as fontes de estresse cotidianas de mulheres portadoras do vrus da imunodeficincia humana (HIV). MTODOS: Foram realizadas entrevistas individuais, por meio de um questionrio semi-estruturado, com uma amostra consecutiva de 150 mulheres portadoras do HIV, de julho a dezembro de 1997, no Centro de Referncia e Tratamento de Doenas Sexualmente Transmissveis e Aids (CRT DST/Aids) (Secretaria de Estado da Sade, SP). As variveis investigadas foram: dados demogrficos, estrutura familiar, percepo de risco, sexualidade, acesso ao sistema de sade, adeso ao tratamento, uso de lcool e drogas, evento significativo e evento estressante, sendo este o foco de discusso do artigo. RESULTADOS: Apenas 14% dos eventos estressantes so diretamente resultados do tratamento ou do adoecimento. Os relatos das fontes de estresse foram distribudos nos seguintes assuntos: familiares (17%); relacionamento com o parceiro (12%); filhos (14%); enfermidade (14%); relacionamento com outras pessoas (9%); problemas financeiros (8%) e profissionais (7%); vivncias de discriminao (7%); outros (4%); e no responderam (8%). CONCLUSES: As fontes de estresse apresentam principalmente um contedo afetivo-relacional, derivadas muitas vezes do estigma associado ao HIV e, na maioria das vezes, a temas comuns a todas as mulheres. Os profissionais de sade deveriam oferecer cuidado integral s mulheres portadoras do HIV.
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OBJETIVO: Analisar a percepo do risco de infeco em mulheres infectadas pelo HIV, antes de elas receberem o resultado positivo para essa patologia. MTODOS: Estudo exploratrio com entrevistas em profundidade em amostra de convenincia constituda de 26 mulheres que freqentavam o ambulatrio de um centro regional de sade em Maring, PR. A entrevista foi semidirigida com um roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre caractersticas sociodemogrficos, conhecimento sobre preveno primria e secundria, percepo de risco antes do teste positivo para HIV, impacto do resultado em suas vidas -- inclusive a sexual -- depois de saberem ser portadoras do vrus. Os resultados foram analisados pela metodologia de anlise de contedo. RESULTADOS: Apesar de ter conscincia de que essa doena pode atingir qualquer um, nenhuma das 26 mulheres estudadas acreditava estar infectada pelo HIV/Aids. Os mecanismos psicolgicos, "negao", "evitao", "onipotncia do pensamento" e "projeo" foram os que puderam ser identificados como aqueles que as mulheres mais utilizaram para lidar com as dificuldades e as ansiedades decorrentes da percepo de risco e das normas e relaes de gneros hegemnicas presentes na cultura brasileira. Verificou-se que, se o uso desses mecanismos alivia a angstia, por outro lado aumenta a vulnerabilidade das mulheres. Elas se sentem incapazes de atuar, e muitas mantm relaes sexuais desprotegidas com os parceiros, expondo-se gravidez indesejada e reinfeco. CONCLUSES: Os programas de preveno do HIV devem considerar tambm aspectos psicolgicos, socioeconmicos e culturais que interferem na vulnerabilidade das mulheres, antes e depois da infeco. Para haver maior alcance de suas aes, os programas devem ir alm da distribuio massiva de informaes e usar abordagens psicoeducativas em pequenos grupos que estimulem a conscientizao das mulheres para alm das informaes biomdicas.
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OBJETIVOS: Estudar as prticas sexuais de risco para a infeco pelo HIV de estudantes adultos jovens (18 a 25 anos) de escolas pblicas noturnas e avaliar as diferenas de gnero e o impacto de um programa de preveno de Aids. MTODOS: Estudo longitudinal de interveno, em quatro escolas da regio central do Municpio de So Paulo, SP, divididas aleatoriamente em dois grupos: interveno e controle. Uma amostra de 394 estudantes participou do estudo, e 77% completaram o questionrio ps-interveno. Realizaram-se "Oficinas de Sexo Mais Seguro" para discutir simbolismo da Aids, percepo de risco, influncias das normas de gnero nas atitudes, informaes sobre Aids, corpo ertico e reprodutivo, prazer sexual e negociao do uso do preservativo. Para a anlise estatstica, foram empregados os testes qui-quadrado de Pearson e a anlise de co-varincia. RESULTADOS: A freqncia do uso consistente de preservativo foi baixa (33%), e existiam diferenas significativas entre homens e mulheres com referncia sexualidade e preveno de Aids. Ao avaliar os efeitos das oficinas, as mudanas foram estatisticamente significativas entre as mulheres, que relataram maior proporo de sexo protegido entre outros aspectos relacionados preveno da Aids. As mudanas no foram significativas entre os homens. CONCLUSES: O risco para a infeco pelo HIV pode ser diminudo, mas resultados mais expressivos podem ser encontrados se forem consideradas as diferenas de gnero e de papis sexuais por meio de programas comunitrios especficos de longa durao.
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OBJETIVOS: Com o aumento do nmero de casos notificados de Aids em mulheres, as intervenes comunitrias, que so fundamentais nesse contexto, so poucas e raramente avaliadas. Assim, objetivou-se realizar um estudo-interveno de base comunitria, buscando desenvolver e avaliar um conjunto de aes de preveno das DST e da Aids voltadas a atingir a vulnerabilidade da populao feminina de baixa renda. MTODOS: O estudo foi realizado na favela Monte Azul, na cidade de So Paulo, SP, no perodo de um ano (1998-1999). Foram desenvolvidas as seguintes aes: treinamento de profissionais de sade do ambulatrio local, disponibilidade de recursos preventivos (camisinha masculina e feminina), realizao de grupos educativos, distribuio de materiais educativos e realizao de programas na rdio comunitria. Para avaliar a interveno, foram analisados dados provenientes de quatro diferentes instrumentos de investigao: pr e ps-teste sobre capacitao de profissionais de sade para o trabalho preventivo, monitoramento de retirada de preservativos, observao participante das atividades comunitrias e registro de depoimentos espontneos dos profissionais de sade e populao-alvo durante as atividades. RESULTADOS: Entre os achados do estudo, destacam-se o aumento da demanda pela camisinha masculina e o interesse pela camisinha feminina; diferenas relevantes relacionadas a gnero e idade e adeso s atividades propostas; e bons resultados na sensibilizao e capacitao dos profissionais de sade, embora com limites na manuteno de seu envolvimento com as atividades preventivas. CONCLUSES: As estratgias que corresponderam aos cdigos, s demandas e aos interesses especficos da cultura local, principalmente em relao a papis de gnero, tiveram sucesso como aes preventivas. A sobrecarga dos profissionais de sade do ambulatrio local mostrou-se um limite importante para uma ao preventiva sustentada.
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OBJETIVO: Investigar comportamentos de risco e autopercepo de vulnerabilidade s doenas sexualmente transmissveis (DST) e Sndrome de imunodeficincia adquirida (Aids) em mulheres. MTODOS: Dos 281 setores censitrios existentes na cidade de Pelotas, RS, foram selecionados 48 a partir de amostragem sistemtica. Foi entrevistada uma amostra de 1.543 mulheres, de 15 a 49 anos, por meio de questionrio composto de trs partes (informaes socioeconmicas, perguntas aplicadas em entrevista, questionrio auto-aplicado). Para tabulao dos dados, foi utilizado o programa Epi-Info, verso 6.0. Para anlise estatstica dos dados foram usados o teste de Kappa e a razo de odds. RESULTADOS: Na amostra, 64% das mulheres achavam impossvel ou quase impossvel adquirir DST/Aids. Os principais comportamentos de risco foram o no uso de preservativo na ltima relao antes do depoimento (72%); incio das relaes sexuais com menos de 18 anos (47%); uso de lcool ou drogas pelo parceiro (14%) ou pela mulher (7%) antes da ltima relao; dois ou mais parceiros nos trs meses que antecederam o depoimento (7%) e sexo anal na ltima relao (3%); 44% das mulheres apresentaram dois ou mais comportamentos de risco. A sensibilidade da autopercepo, usando como padro o escore de risco igual ou superior a dois, foi de 41 %. Sua especificidade de 67%. CONCLUSES: A autopercepo de vulnerabilidade no um bom indicador, pois as mulheres no identificam corretamente seu nvel de risco.
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OBJETIVO: O trabalho tem sido incorporado ao cotidiano das mulheres, levando-as a realizar dupla jornada e conciliar mltiplos papis. Assim, realizou-se estudo para conhecer as queixas de morbidade e o uso dos servios de sade pela mulher trabalhadora. MTODOS: Estudou-se, por meio de inqurito domiciliar, morbidade aguda (30 dias antes da coleta de dados) e crnica referida por populao de 1.157 mulheres, na faixa etria de 10 a 49 anos, residentes na Regio Sul do municpio de So Paulo. Os dados foram coletados de janeiro de 1992 a janeiro de 1993. Analisou-se a relao entre ter ou no atividade remunerada e idade, situao conjugal, escolaridade e nvel social, baseado na ocupao informada pela mulher. RESULTADOS: Verificou-se que houve maior freqncia de queixa de morbidade aguda ou crnica entre mulheres que informaram ter atividade remunerada. Tambm foi entre essas mulheres que houve tendncia menor freqncia de procura por atendimento mdico motivada pelo problema de sade referido. As doenas respiratrias, em especial as gripes (72/1.000), foram as queixas agudas mais prevalentes, seguidas das queixas de dor abdominal e plvica (13,2/1.000) cefalia (11,4/1.000) e hipertenso (9,5/1.000). Quanto s queixas crnicas, as maiores prevalncias foram de hipertenso (39,7%0), dorsopatias (26,5%0), bronquite (24,6%0) e gastrite e duodenite (24,6%0). CONCLUSES: As mulheres trabalhadoras queixaram-se mais de problemas de sade que as donas de casa, mas utilizaram tanto quanto ou menos os servios de sade, para a maioria das causas de morbidade analisadas.