M��todo do hipercubo latino condicionado para a amostragem de solos na presen��a de covari��veis ambientais visando o mapeamento digital de solos

A amostragem �� uma das etapas mais importantes dos levantamentos de solos. No entanto, os esquemas de amostragem utilizados nos levantamentos convencionais t��m se evidenciado inadequados para o mapeamento digital de solos, pois podem comprometer os resultados e, al��m disso, n��o possibilitam a realiza����o de an��lises estat��sticas. Este estudo teve por objetivo avaliar o m��todo de amostragem do hipercubo latino condicionado (cLHS, sigla em ingl��s), na presen��a de covari��veis ambientais (eleva����o, declividade, curvatura e mapa de uso e cobertura do solo), em compara����o com a amostragem aleat��ria, na aloca����o de 100 pontos amostrais, buscando maior representatividade das caracter��sticas ambientais da bacia do rio Guapi-Macacu. O desempenho dos m��todos foi avaliado pela an��lise qualitativa dos histogramas de frequ��ncia e das an��lises estat��sticas pelos testes F, T de Student e Kolmogorov-Smirnov (K-S), para cada covari��vel. Os resultados apresentaram que os pontos selecionados pelo m��todo cLHS possu��am distribui����o geogr��fica mais adequada do que aqueles obtidos pela amostragem aleat��ria. Al��m disso, o m��todo cLHS preservou mais a distribui����o de frequ��ncia das covari��veis cont��nuas do que a amostragem aleat��ria; para covari��vel categ��rica uso e cobertura do solo os m��todos foram equivalentes. Os testes estat��sticos confirmaram o melhor desempenho do m��todo cLHS, cujas amostras n��o diferiram estatisticamente da bacia. Entretanto, a amostragem aleat��ria apresentou diferen��a estat��stica para com a bacia, para todas as covari��veis cont��nuas para pelo menos um dos testes utilizados. Assim, o m��todo cLHS pode ser considerado como um m��todo satisfat��rio para sele����o de locais de amostragem em ��reas heterog��neas similares as deste estudo, visando a utiliza����o no mapeamento digital de solos.

Evaluation of statistical and geostatistical models of digital soil properties mapping in tropical mountain regions

Soil properties have an enormous impact on economic and environmental aspects of agricultural production. Quantitative relationships between soil properties and the factors that influence their variability are the basis of digital soil mapping. The predictive models of soil properties evaluated in this work are statistical (multiple linear regression-MLR) and geostatistical (ordinary kriging and co-kriging). The study was conducted in the municipality of Bom Jardim, RJ, using a soil database with 208 sampling points. Predictive models were evaluated for sand, silt and clay fractions, pH in water and organic carbon at six depths according to the specifications of the consortium of digital soil mapping at the global level (GlobalSoilMap). Continuous covariates and categorical predictors were used and their contributions to the model assessed. Only the environmental covariates elevation, aspect, stream power index (SPI), soil wetness index (SWI), normalized difference vegetation index (NDVI), and b3/b2 band ratio were significantly correlated with soil properties. The predictive models had a mean coefficient of determination of 0.21. Best results were obtained with the geostatistical predictive models, where the highest coefficient of determination 0.43 was associated with sand properties between 60 to 100 cm deep. The use of a sparse data set of soil properties for digital mapping can explain only part of the spatial variation of these properties. The results may be related to the sampling density and the quantity and quality of the environmental covariates and predictive models used.

Compara����o do uso de modelos digitais de eleva����o em mapeamento digital de solos em Dois Irm��os, RS, Brasil

Os modelos digitais de eleva����o (MDEs) s��o fontes fundamentais para correlacionar a ocorr��ncia e distribui����o de solos com a paisagem pelo mapeamento digital de solos (MDS). A influ��ncia dos tipos e das resolu����es dos MDEs na capacidade de predi����o dos modelos preditores de classes de solo ainda �� pouco estudada. Neste estudo, foram avaliados e comparados os efeitos de diferentes MDEs na predi����o de ocorr��ncia de unidades de mapeamento de solo (UM). Foram correlacionados 12 atributos do terreno derivados de diferentes MDEs com a ocorr��ncia de UM. Os MDEs utilizados foram os oriundos dos projetos SRTM v4.1, ASTER GDEM v2, TOPODATA e Brasil em Relevo, e os MDEs gerados a partir de curvas de n��vel na escala de 1:50.000, com resolu����es de 30 e 90 m. Os modelos preditores foram treinados por ��rvore de decis��o (Simple Cart) com dados amostrados em 4.280 pontos aleat��rios contendo informa����es dos solos extra��dos de um mapa convencional de solos na escala 1:20.000 e 12 atributos do terreno derivados de seis MDEs com tamanhos de pixel de 30 e 90 m. A valida����o dos modelos preditores de UM foi realizada com a totalidade dos dados da ��rea. Os atributos do terreno que melhor explicaram a ocorr��ncia das UM foram eleva����o, declividade, comprimento de fluxo e orienta����o das vertentes. Os MDEs com tamanho de pixel de 30 m geraram correla����es solo-paisagem menos acuradas. Os modelos preditores mais acurados e com maior n��mero de UM estimadas foram os gerados a partir dos MDEs com resolu����o espacial de 90 m (SRTM v4.1 e CN90), sendo esses os MDEs mais indicados para o MDS, quando predominarem relevos plano e suave ondulado.

Mapeamento digital de atributos: granulometria e mat��ria org��nica do solo utilizando espectroscopia de de reflect��ncia difusa

A espectroscopia de reflect��ncia difusa (ERD) pode ser utilizada como alternativa para quantifica����o de atributos como granulometria e mat��ria org��nica do solo (MOS). Essa t��cnica pode ser op����o para quantificar esses atributos em grande volume de amostras de solos, visto ser r��pida, com menor custo e sem a gera����o de res��duos qu��micos. O objetivo deste estudo foi desenvolver modelos usando an��lise de regress��o linear m��ltipla para predizer o teor de argila, areia, silte e MOS, utilizando dados de ERD em uma ��rea de relevo e geologia complexa localizada na regi��o central do Rio Grande do Sul. No estudo, foram utilizadas 303 amostras coletadas na profundidade de 0,00-0,20 m para determinar os teores de argila, areia, silte e MOS por meio da an��lise laboratorial e de reflect��ncia espectral. O desempenho dos modelos de predi����o apresentaram bons resultados, com capacidade de explica����o da vari��ncia de 77 e 72 % para areia e argila, respectivamente. Mesmo com a complexidade geol��gica e pedol��gica, os resultados evidenciaram que a t��cnica �� promissora, sendo poss��vel a aplica����o dessa t��cnica para predi����o da granulometria e teor de MOS.

COMPARA����O DE ESQUEMAS DE AMOSTRAGEM PARA TREINAMENTO DE MODELOS PREDITORES NO MAPEAMENTO DIGITAL DE CLASSES DE SOLOS

Os modelos preditores usados no mapeamento digital de solos (MDS) precisam ser treinados com dados que captem ao máximo a variação dos atributos do terreno e dos solos, a fim de gerar correlações adequadas entre as variáveis ambientais e a ocorrência dos solos. Para avaliar a acurácia desses modelos, tem sido constatado o uso de diferentes métodos de avaliação da acurácia no MDS. Os objetivos deste estudo foram comparar o uso de três esquemas de amostragem para treinar algoritmo de árvore de classificação (CART) e avaliar a capacidade de predição dos modelos gerados por meio de quatro métodos. Foram utilizados os esquemas de amostragem: aleatório simples; proporcional à área de cada unidade de mapeamento de solos (UM); e estratificado pelo número de UM. Os métodos de avaliação testados foram: aparente, divisão percentual, validação cruzada com 10 subconjuntos e reamostragem com sete conjuntos de dados independentes. As acurácias dos modelos estimadas pelos métodos foram comparadas com as acurácias mensuradas obtidas pela comparação dos mapas gerados, a partir de cada esquema de amostragem, com o mapa convencional de solos na escala 1:50.000. Os esquemas de amostragem influenciaram na quantidade de UMs preditas e na acurácia dos modelos e dos mapas gerados. Os esquemas de amostragem proporcional e estratificada resultaram mapas digitais menos acurados, e a acurácia dos modelos variou conforme o método de avaliação empregado. A amostragem aleatória resultou no mapa digital mais acurado e apresentou valores da acurácia semelhantes para todos os métodos de avaliação testados.

SELE����O DE DENSIDADE DE AMOSTRAGEM COM BASE EM DADOS DE ��REAS J�� MAPEADAS PARA TREINAMENTO DE MODELOS DE ��RVORE DE DECIS��O NO MAPEAMENTO DIGITAL DE SOLOS

Para estudar t��cnicas de amostragem, ��teis ao mapeamento digital de solos (MDS), objetivou-se avaliar o efeito da varia����o da densidade de pontos amostrais com base em dados de ��reas j�� mapeadas por m��todos tradicionais na acur��cia dos modelos de ��rvores de decis��o (AD) para a gera����o de mapas de solos por MDS. Em duas bacias hidrogr��ficas no noroeste do Rio Grande do Sul, usou-se, como refer��ncia, antigos mapas convencionais de solos na escala 1:50.000. A partir do modelo digital de eleva����o do terreno e da rede hidrogr��fica, foram gerados mapas das vari��veis preditoras: eleva����o, declividade, curvatura, comprimento de fluxo, ac��mulo de fluxo, ��ndice de umidade topogr��fica e dist��ncia euclideana de rios. A escolha dos locais dos pontos amostrais foi aleat��ria e testaram-se densidades amostrais que variaram de 0,1 a 4 pontos/ha. O treinamento dos modelos foi realizado no software Weka, gerando-se modelos preditores usando diferentes tamanhos do n�� final da AD para obter AD com tamanhos distintos. Quando n��o se controlou o tamanho das AD, o aumento da densidade de amostragem resultou no aumento da concord��ncia com os mapas b��sicos de refer��ncias e no aumento do n��mero de unidades de mapeamento preditas. Nas AD com tamanho controlado, o aumento da densidade de amostragem n��o influenciou a concord��ncia com os mapas de refer��ncia e interferiu muito pouco no n��mero de unidades de mapeamento preditas.

Multiple Geotechnological Tools Applied to Digital Mapping of Tropical Soils

ABSTRACT In recent years, geotechnologies as remote and proximal sensing and attributes derived from digital terrain elevation models indicated to be very useful for the description of soil variability. However, these information sources are rarely used together. Therefore, a methodology for assessing and specialize soil classes using the information obtained from remote/proximal sensing, GIS and technical knowledge has been applied and evaluated. Two areas of study, in the State of S��o Paulo, Brazil, totaling approximately 28.000 ha were used for this work. First, in an area (area 1), conventional pedological mapping was done and from the soil classes found patterns were obtained with the following information: a) spectral information (forms of features and absorption intensity of spectral curves with 350 wavelengths -2,500 nm) of soil samples collected at specific points in the area (according to each soil type); b) obtaining equations for determining chemical and physical properties of the soil from the relationship between the results obtained in the laboratory by the conventional method, the levels of chemical and physical attributes with the spectral data; c) supervised classification of Landsat TM 5 images, in order to detect changes in the size of the soil particles (soil texture); d) relationship between classes relief soils and attributes. Subsequently, the obtained patterns were applied in area 2 obtain pedological classification of soils, but in GIS (ArcGIS). Finally, we developed a conventional pedological mapping in area 2 to which was compared with a digital map, ie the one obtained only with pre certain standards. The proposed methodology had a 79 % accuracy in the first categorical level of Soil Classification System, 60 % accuracy in the second category level and became less useful in the categorical level 3 (37 % accuracy).

Desafios do modelo brasileiro de inclus��o digital pela escola

Este artigo discute os rumos da pol��tica p��blica de inclus��o digital nas escolas com base nos resultados da pesquisa de avalia����o de impacto e de processo do Projeto UCA-Total (Um Computador por Aluno) realizada em cinco munic��pios onde foi implementado no decorrer de 2010 e 2011. A avalia����o de impacto, de car��ter longitudinal, foi feita atrav��s de um survey domiciliar aplicado em duas ondas. A pesquisa de processo associou diversas metodologias qualitativas, como grupos focais, entrevistas e visitas a campo. Limita-se aqui aos resultados derivados da pesquisa de painel, que revelam o baixo n��vel de aproveitamento do Projeto e um padr��o de funcionamento bastante divergente em raz��o de vantagens e debilidades locais. Seu enorme potencial n��o foi at�� hoje completamente aproveitado.

Biblioteca digital: bibliografia internacional anotada

Bibliografia internacional seletiva e anotada sobre bibliotecas digitais. Aborda os seguintes aspectos: a) vision��rios, principais autores que escreveram sobre a biblioteca do futuro, no per��odo de 1945-1985; b) conceitua����o de biblioteca digital; c) projetos em andamento na Alemanha, Austr��lia, Brasil, Canad��, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Fran��a, Holanda, Jap��o, Nova Zel��ndia, Reino Unido, Su��cia e Vaticano; d) aspectos t��cnicos relativos �� constru����o de uma biblioteca digital: arquitetura do sistema, convers��o de dados e escaneamento, marca����o de textos, desenvolvimento de cole����es, cataloga����o, classifica����o/indexa����o, metadados, refer��ncia, recupera����o da informa����o, direitos autorais e preserva����o da informa����o digital; e) principais fontes de informa����o: monografia, peri��dicos, reuni��es t��cnicas espec��ficas, lista de discuss��o, grupos e centros de estudos, cursos e treinamento.

Desafios na constru����o de uma biblioteca digital

An��lise dos principais problemas que poder��o ocorrer nos diversos aspectos da biblioteca universit��ria durante e ap��s a implanta����o da biblioteca digital. Os aspectos estudados s��o instala����es f��sicas; aquisi����o, desenvolvimento de cole����es e comuta����o bibliogr��fica; cataloga����o, classifica����o e indexa����o; refer��ncia; preserva����o e tecnologia.

Informa����o digital no ensino presencial e no ensino a dist��ncia

Neste artigo, discutem-se o papel da informa����o digital e sua import��ncia tanto para as universidades tradicionais quanto para as que adotam o paradigma de ensino a dist��ncia. Al��m disso, descreve-se a infra-estrutura b��sica necess��ria para a produ����o e disponibiliza����o de acervo digital, destacando-se a cria����o de um N��cleo de Constru����o e Manuten����o de Acervo Digital e de um N��cleo de Cria����o de Material Did��tico. Analisam-se tamb��m as diferen��as relacionadas �� disponibiliza����o e pagamento de direitos autorais de documentos digitais disponibilizados em ambientes p��blicos ou restritos. Finalmente, apresentam-se as experi��ncias dos autores no gerenciamento da informa����o digital disponibilizada aos alunos do ensino presencial.

Biblioteca digital: a experi��ncia do Impa

Relato da experi��ncia do Impa na informatiza����o de sua biblioteca, utilizando o software Horizon, e na constru����o de um servidor de preprints (disserta����es de mestrado, teses de doutorado e artigos ainda n��o publicados) atrav��s da participa����o no projeto internacional Math-Net.

Integra����o e interoperabilidade no acesso a recursos informacionais eletr��nicos em C&T: a proposta da Biblioteca Digital Brasileira

Descreve as op����es tecnol��gicas e metodol��gicas para atingir a interoperabilidade no acesso a recursos informacionais eletr��nicos, dispon��veis na Internet, no ��mbito do projeto da Biblioteca Digital Brasileira em Ci��ncia e Tecnologia, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informa����o em Ci��ncia e Tecnologia (IBICT). Destaca o impacto da Internet sobre as formas de publica����o e comunica����o em C&T e sobre os sistemas de informa����o e bibliotecas. S��o explicitados os objetivos do projeto da BDB de fomentar mecanismos de publica����o pela comunidade brasileira de C&T, de textos completos diretamente na Internet, sob a forma teses, artigos de peri��dicos, trabalhos em congressos, literatura "cinzenta", ampliando sua visibilidade e acessibilidade nacional e internacional, e tamb��m de possibilitar a interoperabilidade entre estes recursos informacionais brasileiros em C&T, heterog��neos e distribu��dos, atrav��s de acesso unificado via um portal, sem a necessidade de o usu��rio navegar e consultar cada recurso individualmente.

A Biblioteca Digital de Teses e Disserta����es da Universidade de S��o Paulo

Apresenta����o dos aspectos principais da Biblioteca Digital de Teses e Disserta����es da Universidade de S��o Paulo (USP): o processo de desenvolvimento adotado para a implementa����o do site, a tecnologia utilizada, a arquitetura e a funcionalidade. Discuss��o sobre a Biblioteca Digital no processo de p��s-gradua����o da USP. Relato das v��rias decis��es n��o-t��cnicas adotadas ao longo do projeto, que tiveram grande impacto no resultado final.