147 resultados para Câmara em rede
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os sentidos do cuidado para com o usurio atendido no mbito da assistncia em sade mental, a partir de percepes de psiclogos atuando no cotidiano de servios pblicos de sade. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo exploratrio qualitativo realizado na cidade de Fortaleza, CE, no ano de 2006. A amostra foi composta por oito informantes do sexo feminino, psiclogas, pertencentes ao quadro funcional da rede estadual de sade. Para apreenso e construo das informaes, foram realizadas entrevistas no-diretivas, gravadas e transcritas. A categorizao dos discursos a partir de enfoque hermenutico possibilitou a construo de rede interpretativa. ANLISE DOS RESULTADOS: A rede interpretativa evidenciou que o psiclogo reconhece sua insero no campo da sade pblica como um desafio, distinto do campo de sua formao. As concepes de cuidado predominantes foram circunscritas dimenso tcnica, embora tambm tenham sido identificadas outras mais prximas abertura tica e de respeito alteridade. CONCLUSES: No cotidiano da assistncia na rede pblica, percebe-se uma atitude de cuidado como tcnica, controle e anulao da diferena mais comprometida com os modelos tradicionais da biomedicina e da psicologia clnica. Foram observadas prticas que ultrapassam essa atitude e assumem uma configurao direcionada ao encontro intersubjetivo, ao dilogo, afetao, escuta tica, ao compartilhamento de responsabilidades e ao compromisso tico em sua perspectiva sociocultural e poltica.
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OBJETIVO: Avaliar os modelos assistenciais, de gesto e de formao de trabalhadores de uma rede centros de ateno psicossocial (CAPS). MTODOS: Pesquisa avaliativa qualitativa, sustentada pela hermenutica gadameriana, realizada na cidade de Campinas (SP), em 2006-2007. Os dados foram coletados por meio de 20 grupos focais, em CAPS III, realizados com diferentes grupos de interesse (trabalhadores, gestores municipais, usurios, familiares e gestores locais). Aps a transcrio do material gravado de cada grupo, foram construdas narrativas, seguindo o referencial terico de Ricoeur. Na segunda etapa de grupos focais essas narrativas foram apresentadas aos participantes para contest-las, corrigi-las e valid-las. Os resultados preliminares foram discutidos em oficinas para elaborao de um guia de boas prticas em CAPS III. RESULTADOS: Foram identificados pontos fortes e fragilidades no que concerne ateno crise, articulao com a rede bsica, formulao de projetos teraputicos, gesto e organizao em equipes de referncia, formao educacional e sofrimento psquico. CONCLUSES: A rede de centros de ateno psicossocial em Campinas destaca-se pela sua originalidade na implantao de seis CAPS III , e pela sua eficcia na continncia com usurios e familiares no momento da crise e na reabilitao. A organizao por tcnico e/ou equipe de referncia prevalece, assim como a construo de projetos teraputicos. A reduo das equipes noturnas desponta como principal problema e fonte de estresse para os trabalhadores. A formao dos profissionais se mostrou insuficiente para os desafios enfrentados por esses servios.
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OBJETIVO: Analisar o modelo de atuao de coordenadores de grupos de promoo da sade em unidades bsicas de sade vinculadas formao de profissionais. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado no municpio de Florianpolis, SC, em 2001. Foram analisados quatro grupos, totalizando 24 sesses em unidades bsicas de sade. Procedeu-se observao participante para iniciar o trabalho de campo. Os relatos foram analisados por meio da tcnica de anlise do discurso do tipo enunciativo-pragmtico. ANLISE DOS RESULTADOS: As formas de atuao dos coordenadores congruentes ao modelo preventivista foram: opressiva, pedaggica bancria, biologicista e higienista, prescritiva de condutas e culpabilizadora, infantilizadora, redutora das problemticas coletivas, desfavorecedora do setting grupal, alm de utilizao de solilquio. As formas de atuao consonantes ao Modelo da Nova Promoo foram: facilitadora da livre expresso e autonomia, comunicadora emptica, construcionista, acolhedora, utilizou a escuta ativa, alm de promover a superao da violncia e alienao. CONCLUSES: Os coordenadores atuaram primordialmente por meio do modelo preventivista e sem utilizar recursos tcnicos e tericos alusivos metodologia grupal na rea da sade. As atuaes identificadas nos modelos preventivista e a nova promoo da sade desvelam caractersticas que se fundamentam, respectivamente, nas ticas da - opresso/subordinao e; - na cooperao/aceitao dos usurios como livres e responsveis por suas escolhas e conseqncias.
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OBJETIVO: Analisar fatores associados prtica de atividade fsica e ao tempo mdio despendido com algumas atividades sedentrias em escolares. MTODOS: Estudo transversal em amostra representativa de 592 escolares de nove a 16 anos em So Lus, MA em 2005. Os dados foram coletados por meio de Inqurito de Atividade Fsica Recordatrio de 24h, contendo variveis demogrficas, socioeconmicas, atividades fsicas praticadas e tempo despendido com algumas atividades sedentrias. As atividades fsicas foram classificadas de acordo com seu equivalente metablico (MET) e obteve-se o ndice de Atividade Fsica para cada escolar. O sedentarismo foi avaliado pelo tempo despendido com TV/computador/jogos. Para comparaes entre propores, utilizou-se o teste do qui-quadrado. Aplicou-se anlise de regresso linear para se estabelecerem associaes. As estimativas foram corrigidas pelo efeito do desenho amostral. RESULTADOS: A mdia geral do ndice de Atividade Fsica foi 605,73 MET-min/dia (DP = 509,45). Escolares do sexo masculino (coeficiente = 134,57; IC95% 50,77; 218,37), da rede pblica (coeficiente = 94,08; IC95% 12,54; 175,62) e o grupo do 5 ao 7 ano (coeficiente = 95,01; IC95% 8,10;181,92) apresentaram maiores ndices quando comparados ao sexo feminino, rede privada e ao grupo do 8 ao 9 ano, respectivamente (p < 0,05). Em mdia, os escolares permaneceram 2,66 horas/dia em atividades sedentrias. O tempo nessas atividades diminuiu de maneira significativa no grupo de nove a 11 anos (coeficiente = -0,49 h/dia; IC95% -0,88; -0,10) e nas classes econmicas mais baixas (coeficiente = -0,87; IC95% -1,45;-0,30). Tarefas domsticas (59,4%) e deslocamento a p para a escola (58,4%) foram as atividades fsicas mais citadas. CONCLUSES: Ser do sexo feminino, pertencer rede privada de ensino e ao grupo do 8 ao 9 ano foram fatores associados a menor nvel de atividade fsica. Escolares de menor idade e pertencentes classe econmica mais baixa gastaram menos tempo em atividades sedentrias.
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OBJETIVO: Avaliar o nvel de atividade fsica em professores da rede pblica estadual de ensino. MTODOS: Estudo transversal conduzido com 1.681 professores de So Paulo, SP, em 2009. A verso curta do Questionrio Internacional de Atividade Fsica foi aplicada e o nvel de atividade fsica dos professores foi categorizado em baixo, moderado ou alto. A amostra foi estratificada por idade, regio da cidade e sexo. O teste de qui-quadrado foi aplicado nas comparaes e o nvel de significncia adotado foi de p < 0,05. RESULTADOS: A prevalncia de nvel baixo de atividade fsica foi de 46,3%, e os nveis moderado e alto representaram 42,7% e 11%, respectivamente. Nveis baixos de atividade fsica foram mais prevalentes em indivduos de 31 a 42 anos (19,5%) e menor prevalncia foi observada de 55 a 66 anos (5,7%). Nveis moderados e altos foram menos prevalentes em idade mais avanada. Mais professores apresentaram nvel baixo (50,5%) e alto (11,4%) de atividade fsica na regio leste em relao sul (baixo: 48,6%; alto: 8.1%). O nmero de professores com nvel moderado foi significativamente menor na regio leste (38,1%) comparada sul (43,3%). O nmero de homens com nvel baixo (53%) e alto (14,1%) de atividade fsica foi significantemente maior que em mulheres (baixo: 42,9%; alto: 9,4%). A prevalncia de homens com nvel moderado (32,9%) foi significativamente menor em comparao s mulheres (47,7%). CONCLUSES: A prevalncia de nvel baixo de atividade fsica foi marcadamente elevada. Diferenas nas idades, regies e sexos devem ser consideradas no planejamento e direcionamento de campanhas que visem promover aumento dos nveis de atividade fsica nessa populao.
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OBJETIVO: Elaborar indicadores de desempenho e terceirizao em rede de laboratrios clnicos, baseados em sistemas de informaes e registros administrativos pblicos. MTODOS: A rede tinha 33 laboratrios com equipamentos automatizados, mas sem informatizao, 90 postos de coleta e 983 funcionrios, no municpio de Rio de Janeiro, RJ. As informaes foram obtidas de registros administrativos do Sistema de Informaes de Oramentos Pblicos para a Sade e do Sistema de Informaes Ambulatoriais e Hospitalares do Sistema nico de Sade. Os indicadores (produo, produtividade, utilizao e custos) foram elaborados com dados colhidos como rotina de 2006 a 2008. As variaes da produo, custos e preos unitrios dos testes no perodo foram analisadas por ndices de Laspeyres e de Paasche, especficos para medir a atividade dos laboratrios, e pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. RESULTADOS: A produo foi de 10.359.111 testes em 2008 (aumento de 10,6% em relao a 2006) e a relao testes/funcionrio cresceu 8,6%. As despesas com insumos, salrios e prestador conveniado aumentaram, respectivamente 2,3%, 45,4% e 18,3%. Os testes laboratoriais por consulta e internao cresceram 10% e 20%. Os custos diretos totalizaram R$ 63,2 milhes em 2008, com aumento de 22,2% em valores correntes no perodo. Os custos diretos deflacionados pelo ndice de Preos ao Consumidor Amplo (9,5% para o perodo) mostram aumento do volume da produo de 11,6%. O ndice de volume especfico para a atividade, que considera as variaes do mix de testes, mostrou aumento de 18,5% no preo unitrio do teste e de 3,1% no volume da produo. CONCLUSES: Os indicadores, em especial os ndices especficos de volume e preos da atividade, constituem uma linha de base de desempenho potencial para acompanhar laboratrios prprios e terceirizados. Os indicadores de desempenho econmicos elaborados mostram a necessidade de informatizao da rede, antecedendo a deciso de terceirizao.
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OBJETIVO : Analisar a associação entre grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e prevalência de aleitamento materno exclusivo. MÉTODOS : Estudo transversal, com amostra representativa de 916 crianças < 6 meses em Ribeirão Preto, SP, em 2011. Foram coletados dados sobre aleitamento materno, local de acompanhamento ambulatorial e demais características, durante a Campanha Nacional de Vacinação. O fator de estudo correspondeu ao local de acompanhamento ambulatorial: Privado; Público não Rede; Público com Oficina da Rede; e Público certificado na Rede. O efeito individualizado do fator de estudo sobre o desfecho foi avaliado mediante análise de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS : A comparação entre os locais privados (categoria de referência) e os demais mostrou relação dose-resposta significativa com elevação progressiva da prevalência de aleitamento materno exclusivo em locais públicos não Rede, em locais públicos com Oficina da Rede e em locais públicos certificados na Rede (p = 0,047). A Razão de Prevalência para amamentação exclusiva foi igual a 1,47 (IC95% 1,00;2,17) para o estrato das Unidades Básicas de Saúde certificadas na Rede, após ajuste pelas variáveis de confusão. CONCLUSÕES : A prevalência de aleitamento materno exclusivo em < 6 meses foi maior nos locais certificados na Rede, evidenciando a relevância de investir na certificação de Unidades Básicas de Saúde nessa ação.
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Foi realizada revisão crítica da literatura sobre modelos que tenham avaliado a efetividade de redes assistenciais integradas e coordenadas para a população idosa. Foram pesquisadas as seguintes bases bibliográficas: Pubmed, The Cochrane Library, Lilacs, Web of Science, Scopus e SciELO. Doze artigos sobre cinco modelos diferentes foram incluídos para a discussão. A análise da literatura mostrou que a prestação de serviços pautava-se na atenção básica incluindo serviços domiciliares. Os usuários contavam com a integração de atenção primária, hospitalar, centros dia, serviços domiciliares e serviços sociais. O plano de cuidados e a gestão de caso foram elementos chaves para a continuidade de cuidado. Essa abordagem mostrou-se efetiva nos estudos, reduzindo o uso da atenção hospitalar, o que resultou em economia para o sistema financiador. Houve redução da prevalência de perda funcional, melhora na satisfação e na qualidade de vida dos usuários e de seus familiares. A análise da literatura reforça a necessidade de se modificar a abordagem de assistência à saúde dos idosos, e a integração e coordenação dos serviços são formas eficientes para iniciar essa mudança.
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No perodo compreendido entre abril e outubro de 1988, foram estudadas 481 gestantes de primeira consulta, as quais estavam inscritas no Programa de Atendimento Gestante em oito Centros de Sade da Secretaria do Estado da Sade de So Paulo. Do total estudado, 86 gestantes no trouxeram amostras de fezes para anlise, mesmo aps vrias solicitaes. A idade mdia da populao estudada foi de 24,5 anos (idade mnima de 14 e mxima de 46 anos); a renda mdia das famlias das gestantes foi de 0,97 SMPC (salrio mnimo per capita) e o nmero mdio de pessoas que compunham suas famlias foi de quatro (um a quinze pessoas). A prevalncia de verminose foi de 45,1% (n=395). Os parasitas mais freqentes foram: Ascaris lumbricoides (19,0%); ancilostomdeos (16,7%) e Trichuris trichiura (15,9%). Das 248 gestantes infectadas de enteroparasitas, 70 (28,2%) eram portadoras somente dos seguintes protozorios: Endolimax nana, Entamoeba coli e Iodamoeba butschllii. A prevalncia de parasitas intestinais foi significativamente maior (p<0,05) nas gestantes pertencentes s famlias com renda de at 0,5 SMPC e compostas por 5 pessoas ou mais.
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Com o objetivo de analisar a adequao da informao sobre leishmaniose visceral disponvel em portais brasileiros, realizou-se atravs de portal de busca, levantamento, seleo e anlise do contedo das pginas eletrnicas. Foram identificadas 24 pginas com objetivos informativos, sendo oito governamentais, 10 comerciais e seis classificadas como outros. Utilizando-se um formulrio, foram avaliados os contedos relativos transmisso, reservatrio, controle e doena, contendo tpicos considerados essenciais. Os manuais normativos do Ministrio da Sade e a literatura cientfica foram definidos como padres de informao. Observou-se, em todas as pginas, elevados percentuais de ausncia de informaes referentes aos tpicos discriminados em cada um dos quatro blocos de contedos. A anlise de adequao das informaes, quando estas estavam presentes, mostrou 100% de adequao nas pginas governamentais e outros. Entretanto, nas pginas comerciais foram elevados os percentuais de informaes incorretas ou incompletas, principalmente no bloco doena. De modo geral, o contedo sobre a leishmaniose visceral nas pginas eletrnicas analisadas foi considerado pouco informativo.
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INTRODUO: Os rotavrus so considerados, importantes agentes etiolgicos de gastroenterite aguda e ainda causa comum de hospitalizao de crianas na faixa etria de zero a quatro anos de idade. No Brasil, a incidncia de rotavrus nas crianas com gastrenterite de 12 a 42%, e a distribuio da infeco esta relacionada sazonalidade que aparentemente ocorre em diferentes perodos e intensidade de acordo com a regio de ocorrncia. O estudo pesquisou rotavrus do grupo A em amostras fecais de crianas com caso suspeito atendidas na rede pblica de sade do Estado de Pernambuco. MTODOS: O diagnstico foi realizado atravs de ensaios imunoenzimtico ELISA e teste imunoqumico de aglutinao em ltex. RESULTADOS: Foram estudadas 171 amostras. Destas, 33 (19,3%) apresentaram positividade. Das amostras positivas 24 (72,7%) eram do sexo masculino e 09 (27,3%) do sexo feminino. Dentro da amostragem positiva 15,2% eram vacinadas. Quando comparamos os resultados obtidos entre o teste Elisa e aglutinao pelo Ltex, houve 100% de concordncia entre a positividade pelo Ltex e o ELISA. CONCLUSES: A alta incidncia desta infeco refora necessidade de monitoramento desse vrus, definindo polticas de sade relacionadas ao diagnstico, profilaxia, melhores condies scio-econmicas e aprimoramento da vacina.