94 resultados para Brasil História Governo geral, 1549 1762.
Resumo:
Organizaes pblicas vm adotando modelos de mensurao de desempenho (MMD), a exemplo da iniciativa privada, buscando gerar incentivos eficincia de equipes de servidores. A partir da literatura de folga oramentria, este trabalho analisou o MMD de uma das Secretarias de Fazenda no nvel estadual no Brasil e identificou que, a partir das metas pactuadas pela equipe diretiva da secretaria, a organizao opera em um regime de folga oramentria, em um ambiente organizacional de menor tenso em relao ao atingimento das metas e consequente gratificao. Atravs de sries histricas (jan./2007 a jun./2009) do desempenho individual mensal de 950 servidores pblicos que atuam como fiscais, foram comparados o nvel de atingimento das metas tributrias e administrativas. Adicionalmente, tais evidncias foram trianguladas com observaes participativas e anlises documentais. Apesar da folga oramentria detectada na utilizao de metas com alta probabilidade de atingimento, o desempenho nas tarefas administrativas duplicou no ltimo ano analisado, evidncia de que o nvel de esforo individual cresceu, apesar do incentivo pecunirio ser garantido em um nvel menor de esforo.
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Atualmente, duas coalizes lutam pela melhoria da qualidade da educao no Brasil: a Campanha Nacional pelo Direito Educao e o Todos pela Educao. Essas duas coalizes diferenciam-se dos movimentos histricos por sua capacidade de agregar atores provenientes de instituies governamentais e no governamentais, de diversos nveis, que possuem valores e crenas comuns em uma aliana nica, aproximando-se do conceito de coalizes advocatrias proposto por Sabatier e Jenkins-Smith (1993). Apesar da bandeira comum, elas possuem origens, composies, metas e formas de atuao completamente diferentes - a relao com o governo um dos pontos que mais as diferencia. O lanamento do Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE), com uma das medidas intitulada "Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao", gerou questionamentos com relao similaridade dos nomes entre um plano de governo e uma das coalizes. Neste artigo, apresentaremos as duas coalizes e a relao de ambas com o governo, utilizando o PDE como estudo de caso.
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A história do ensino de graduao em administrao pblica no Brasil retratada por um conjunto de obras/autores que partem da instalao do curso da EBAP-FGV em 1952 como o marco zero. Contudo, pouco se escreveu sobre a pr-história dessa formao acadmica no pas; seus antecedentes carecem de sistematizao. O objetivo deste artigo rever as origens desse ensino para compreender sua evoluo e institucionalizao na educao superior nacional. Esse esforo contribui para a construo da memria da rea de conhecimento de administrao no Brasil, em geral, e do seu ensino (e pesquisa), em particular. Baseado em ampla reviso bibliogrfica e em uma razovel anlise documental, o artigo desvela trs momentos ntidos, conexos e sucessivos entre o Segundo Imprio e o final do Estado Novo que precedem a institucionalizao desse curso superior na dcada de 1950.
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A pesquisa investiga as novas bases para a formulação das políticas de segurança pública brasileira a partir da análise dos avanços recentes na área, enfocando o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Desde o processo de redemocratização brasileira, os problemas sociais se exacerbaram, como os altos índices de criminalidade e violência em decorrência de um histórico processo de exclusão e desigualdade social das camadas mais baixas da população. A pesquisa busca explicitar as trajetórias da implementação de um novo paradigma no que tange à segurança pública. Assim, toma-se como modelo o processo de descentralização, que faz dos municípios atores-chave da gestão em segurança pública, atuando em cooperação com os outros entes federativos, como estados e União. Os resultados da pesquisa evidenciam o surgimento de um novo modelo de gestão da segurança pública no Brasil no período analisado, baseado no conceito, internacionalmente aceito, de segurança cidadã.
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Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade do sítio da Receita Federal na prestação de informações e serviços aos cidadãos. Adotou-se uma pesquisa multimétodo, com caráter exploratório e descritivo, coletando e analisando simultaneamente dados quantitativos e qualitativos para a elaboração e validação dos questionários online e presencial. Realizaram-se, até a aplicação final dos instrumentos, análise documental, entrevistas em profundidade com técnicos do órgão, validações com especialistas e validações estatísticas com base em 950 observações. A aplicação final dos instrumentos com profissionais da área da contabilidade de todas as unidades federativas do Brasil possibilitou uma amostra final de 2.474 respondentes, dos quais 1.113 responderam ao questionário online e 1.361 ao questionário presencial. O estudo traz contribuições para o conhecimento da utilização do e-Gov como instrumento de interação com os cidadãos, sendo a primeira pesquisa com essa característica e amplitude no âmbito da Receita Federal.
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O presente artigo trata da história do Museu Paulista entre 1946 e 1956, com o objetivo de entender o lugar dessa instituio no campo da antropologia durante aquela dcada. Para isso, investigam-se as atividades desempenhadas pelos funcionrios desse museu, bem como sua ligao com os outros centros de pesquisa em cincias sociais em So Paulo. Os dados levam concluso de que os antroplogos alemes tiveram, na primeira metade do sculo XX, papel fundamental no desenvolvimento e na consolidao das cincias sociais no Brasil.
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Estudo da evoluo da mortalidade geral, infantil e proporcional para o Brasil e Regies Fisiogrficas de 1941 a 1970. Nos ltimos 30 anos a reduo de mortalidade geral para o Brasil foi de 47,5%, tendo sido maior a queda na regio Centro-Oeste. No ltimo decnio observa-se o aumento do coeficiente em todas as regies iniciando-se em diferentes perodos, sendo em parte devido ao aumento da mortalidade infantil. Ao se comparar a mortalidade geral do Brasil com a de pases mais desenvolvidos, ela pode ser considerada elevada, uma vez que cerca de 42% da populao tem menos de 14 anos de idade, indicando nvel de sade insatisfatrio. Para a mortalidade infantil, em 30 anos houve uma reduo de seu coeficiente em 46,2%, tendo sido maior esta queda na regio Centro-Oeste. No ltimo decnio, observa-se um aumento deste coeficiente, sugerindo, portanto, uma piora do nvel de sade e ao se comparar com outros pases notria a diferena observada. Ao se comparar a mortalidade proporcional (percentagem do total de bitos de crianas menores de 1 ano) de 1940/1970, observa-se uma elevao de 16,3%, sendo no ltimo decnio o maior aumento para as regies Centro-Oeste (57,7%) e Sudeste (36,1%). Ao se comparar os dados do Brasil com o Estado e Municpio mais desenvolvido (So Paulo), observa-se sempre que estes indicadores para o pas como um todo apresentam-se mais elevados, sugerindo um pior nvel de sade. Entre os principais fatores condicionantes da piora do nvel de sade do Brasil no ltimo decnio, destaca-se o econmico onde ocorre um aumento na concentrao da distribuio de renda, declneo do salrio mnimo real de 20%, com conseqente diminuio do poder aquisitivo da populao assalariada. Acresce-se ainda, o aumento da populao descoberta dos recursos de saneamento bsico.
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Com o objetivo de estabelecer relaes entre recursos do Sistema Sade - leitos - e os pacientes internados, foram estudadas as sadas ocorridas em leitos de assistncia hospitalar geral do Vale do Paraba (Brasil), em 1974. Os resultados permitiram relacionar determinadas variveis - sexo, idade, procedncia do paciente, tipo de tratamento a que foi submetido, fonte financiadora de sua assistncia e mdia de permanncia. A anlise abrangeu as relaes entre as varivel entre si e cada uma delas com a mdia de permanncia, proporcionando dados de valia para o planejamento, visto fornecerem alm do valor quantitativo, caracterizao sobre a necessidade de leitos de uma regio.
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Foi realizado estudo retrospectivo de pacientes internados no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, So Paulo (Brasil), no perodo de 7 anos (1979 a 1985), tendo sido diagnosticados 260 casos de cisticercose, correspondendo a 0,2% do total estudado. Os dados obtidos mostraram uma distribuio aproximadamente igual quanto ao sexo e o acometimento maior na faixa etria de 20 a 50 anos (53,8%). A neurocisticercose foi a forma mais freqente e seu elevado percentual (91,5%) foi atribudo s caractersticas da populao estudada. Apesar do recente desenvolvimento da tecnologia diagnostica e teraputica especficas, o tempo de permanncia hospitalar mdio foi de 35 dias e a letalidade mdia de 14,6%, apontando para a necessidade de medidas profilticas atravs de programas de sade pblica.
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Como parte de um estudo epidemiolgico sobre a sade de crianas abaixo de cinco anos realizado na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, RJ (Brasil), avaliou-se o perfil nutricional de uma amostra representativa de 591 crianas. De acordo com o indicador peso-para-idade, 23,9% encontravam-se com desnutrio leve (grau I pela classificao de Gomez), e apenas 22,0% evidenciaram desnutrio moderada (grau II). Esse achado mostrou-se compatvel com aqueles onde se utilizaram os indicadores peso-para-altura e altura-para-idade: (a) ausncia de desnutrio aguda, com um perfil de peso-para-altura superposto ao de uma populao padro normal, e (b) deficincia de crescimento, com 7% e 15% de crianas excedendo os valores abaixo de, respectivamente, -2 e -1 desvios-padro esperados numa populao normal. Quanto deficincia estatural, as seguintes variveis mostraram-se associadas mesmo aps controle pelo "status" econmico (indicado pelas condies ambientais do domiclio): baixo peso-ao-nascer, nmero de irmos igual ou acima de trs, sexo masculino, história de nunca ter amamentado ao seio materno, e história de morte infantil prvia na famlia. Cada varivel discutida separadamente, bem como o perfil nutricional geral e a marcada estratificao social intracomunitria da deficincia estatural.
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Em amostra representativa da populao de duas reas de estudo (568 indivduos), Municpio de Cotia, SP, Brasil, foi realizado inqurito alimentar, baseado na história alimentar do indivduo. Os objetivos foram: identificar o potencial aterognico de dietas de diferentes agrupamentos humanos, estratificados em classes sociais e analisar diferenciais de consumo de alguns nutrientes, que conferem aterogenicidade dieta entre esses agrupamentos. Foram analisados diferenciais de consumo, entre homens e mulheres, segundo classes sociais e tomando-se como referncia o percentil 50 (P50) da amostra, dos seguintes constituintes da dieta: energia, protenas totais, protenas de origem animal, percentagem de calorias proticas (P%), cidos graxos, gorduras, carboidratos. Seguindo esse critrio, foram analisados perfis de dieta em relao s recomendaes do National Cholesterol Education Program (NEP) no que diz respeito s calorias fornecidas pelas gorduras (G >30%), ac. graxos saturados (AGS> 10%), carboidratos (HC>60%) e colesterol (>300mg/dia). Os resultados mostraram que os diferenciais de consumo foram mais pronunciados entre os homens do que entre as mulheres. As classes sociais, entre os homens, que apresentaram maiores percentuais acima do P50 da amostra, no que diz respeito energia , protenas totais, gorduras e carboidratos, foram as representadas pelos trabalhadores no qualificados, que se dedicam a trabalhos braais com alto consumo energtico e a dos pequenos proprietrios e comerciantes. A classe de maior poder aquisitivo e nvel educacional apresentou consumo moderado desses constituintes. O consumo de protenas de origem animal, acima do P50, entre homens e mulheres, guardou relao direta com o nvel socioeconmico da classe . A participao calrica das gorduras (G%) e protenas (P%) foi diretamente proporcional ao poder aquisitivo da classe, ao passo que a dos carboidratos (HC%) guardou relao inversa. Por outro lado, o consumo de colesterol acima de 300mg/dia situou-se nas faixas de 37 a 50% e de 20 a 32% para os homens e mulheres, respectivamente. A percentagem de dietas com calorias provenientes das gorduras (G%) acima de 30% variou de 25 a 40%, para os homens e de 45 a 50% para as mulheres. A participao dos cidos graxos saturados (AGS%) em propores maiores ou iguais a 10 foi relativamente baixa para ambos os sexos: de 5 a 17% para os homens e menos de 10% para as mulheres. Os percentuais de casos em que a relao cidos graxos saturados e insaturados (AGS/AGI) guardou valores menores ou iguais a 1, tambm foi baixa para a populao em geral; situou-se entre 7 e 22% para os homens e em propores abaixo de 10%, para as mulheres. Concluiu-se que a dieta se apresenta como provvel fator de risco de doenas cardiovasculares, dislipidemias, obesidade e hipertenso, para grande parte da populao.
Resumo:
Com objetivo de estudar a situao da filariose linftica em Alagoas, foi realizado um inqurito hemoscpico na populao geral de reas urbanas das trs diferentes regies fisiogrficas do estado. Dos 101 municpios, foram pesquisados aleatoriamente 10, sendo a bancroftose detectada somente na capital, Macei. Em um estudo seccional feito com a populao geral de 4 bairros desta cidade foram examinados 10.973 indivduos sendo detectados 226 microfilarmicos, com prevalncias nos bairros variando de 0 a 5,4%. Tanto a prevalncia de microfilarmicos como a microfilaremia mdia foram significativamente maiores em indivduos do sexo masculino. Entre os examinados no nascidos em Macei, o tempo de residncia na rea endmica foi significativamente maior entre microfilarmicos que entre amicrofilarmicos. Baseado nestes dados, medidas de controle j foram implementadas visando a eliminao da filariose linftica na regio.
Resumo:
Estudo retrospectivo descritivo dos 3.314 casos de malria notificados na rea de abrangncia da Superintendncia de Controle de Endemias, Campinas (88 municpios, 5.366.081 habitantes), no perodo de 1980 a 2000. Foram considerados elementos da história da expanso da malria na regio. Houve queda dos casos diagnosticados mesmo em perodos de recrudescimento da malria na Amaznia. Predominaram homens (83%), em idade produtiva (20 a 49 anos), vindos principalmente de Rondnia, Par e Mato Grosso; 59% foram diagnosticados nos 3 primeiros dias dos sintomas. Considerou-se o possvel impacto positivo de campanhas educativas endereadas s populaes de risco e aos profissionais de sade na regio. Em reas no endmicas, a assistncia oportuna ao paciente com malria, a vigilncia epidemiolgica/entomolgica e a aes educativas podem diminuir a gravidade dos casos e impedem o estabelecimento de focos de transmisso.
Resumo:
A história da maconha no Brasil tem seu incio com a prpria descoberta do pas. A maconha uma planta extica, ou seja, no natural do Brasil. Foi trazida para c pelos escravos negros, da a sua denominao de fumo-de-Angola. O seu uso disseminou-se rapidamente entre os negros escravos e nossos ndios, que passaram a cultiv-la. Sculos mais tarde, com a popularizao da planta entre intelectuais franceses e mdicos ingleses do exrcito imperial na ndia, ela passou a ser considerada em nosso meio um excelente medicamento indicado para muitos males. A demonizao da maconha no Brasil iniciou-se na dcada de 1920 e, na II Conferncia Internacional do pio, em 1924, em Genebra, o delegado brasileiro Dr. Pernambuco afirmou para as delegaes de 45 outros pases: "a maconha mais perigosa que o pio". Apesar das tentativas anteriores, no sculo XIX e princpios do sculo XX, a perseguio policial aos usurios de maconha somente se fez constante e enrgica a partir da dcada de 1930, possivelmente como resultante da deciso da II Conferncia Internacional do pio. O primeiro levantamento domiciliar brasileiro sobre consumo de psicotrpicos, realizado em 2001, mostrou que 6,7% da populao consultada j havia experimentado maconha pelo menos uma vez na vida (lifetime use), o que significa dizer que alguns milhes de brasileiros poderiam ser acusados e condenados priso por tal ofensa presente lei. No presente, um projeto de lei foi aprovado no Congresso Nacional propondo a transformao da pena de recluso por uso/posse de drogas (inclusive maconha) em medidas administrativas.