339 resultados para Avaliação de serviços de saúde
Resumo:
Por meio de um conjunto de indicadores de saúde, pretendeu-se hierarquizar as delegacias regionais de saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), no perodo de 1979 a 1982. Selecionaram-se cinco indicadores clssicos: mortalidade proporcional em menores de cinco anos, coeficiente de Swaroop-Uemura, coeficiente de mortalidade infantil, mortalidade proporcional por doenas infecciosas e percentual de bitos mal definidos que apresentaram maior peso relativo usando metodologia de anlise fatorial. Estes indicadores foram padronizados, utilizando a varivel Z, ponderados, utilizando coeficiente de escore fatorial, e as regies administrativas foram classificadas em sete grupos. Todos os grupos apresentaram melhora no nvel de saúde, no perodo observado. Atravs do conceito de risco foram sugeridos alguns indicadores para integrarem a vigilncia epidemiolgica de saúde que permitiram hierarquizar as delegacias regionais de saúde, com vistas a estabelecer prioridades em termos de aes de saúde e aplicao de recursos.
Resumo:
O acesso da populao aos serviços de saúde um pr-requisito de fundamental importncia para uma eficiente assistncia saúde. A localizao geogrfica dos serviços um dos fatores que interferem nessa acessibilidade. Pretendeu-se estudar a localizao dos serviços de saúde. A proposta bsica foi a de apresentao de uma metodologia considerando-se as relaes de variveis geogrficas, demogrficas e sociais. Enfatizou-se, no processo, a participao da comunidade. Efetuou-se o estudo da adequao dessa metodologia s caractersticas da regio de Santo Amaro, Municpio de So Paulo, Brasil. A contribuio dada pela abordagem geogrfica abre ampla perspectiva quanto ao estabelecimento de novas linhas de estudo, planejamento e gesto, advindas do intercmbio entre a Geografia Humana e a Saúde Pblica, numa rea que se sugere denominar Geografia em Saúde Pblica.
Crescimento e desenvolvimento na prtica dos serviços de saúde. Reviso histrica do conceito de criana
Resumo:
Discutem-se as condies para emergncia e desenvolvimento de programas de saúde infantil. Discorre-se sobre o conceito da criana, saúde e serviços de saúde prevalente em determinados perodos histricos, assim como suas relaes com interesses poltico-econmicos dominantes nessas conjunturas, considerando-se os aspectos sociais do conhecimento.
Resumo:
A localizao geogrfica e dimenso dos serviços de saúde so fatores que interferem em sua acessibilidade. Esta, por sua vez, um pr-requisito fundamental para se garantir o acesso da populao saúde. Assim, foi realizado trabalho que se baseia na aplicao de uma metodologia que considera as relaes de variveis geogrficas, demogrficas e sociais, em nvel de cada realidade, possibilitando o estabelecimento de propostas alternativas para a localizao e dimenso de serviços de saúde. Tal metodologia foi aplicada Regio de Santo Amaro, Municpio de So Paulo, Brasil. A contribuio dada pela abordagem geogrfica, demogrfica e social de cada realidade abre ampla perspectiva quanto ao estudo de novos objetos, pela utilizao da mesma metodologia cuja aplicao recomendada implementao de sistemas locais de saúde.
Resumo:
Foram analisadas as representaes de mdicos do setor pblico de Campinas, tendo como referncia o processo de municipalizao dentro da reforma sanitria ento em curso. Assume-se que o sucesso desta reforma depender amplamente da atitude que estes mdicos tero em relao a seus vrios aspectos. Os seguintes assuntos foram ento focalizados para anlise: as polticas e o gerenciamento dos serviços de saúde, o processo saúde-doena, o relacionamento mdico-paciente e o trabalho em equipe envolvendo vrios profissionais da saúde.
Resumo:
A reformulao do sistema de saúde, que vem ocorrendo em nvel nacional e particularmente no Estado de So Paulo, tem motivado revises do processo de planejamento, criando novas necessidades na rea de informaes. A criao do Sistema nico de Saúde e o processo de municipalizao retomaram as propostas de integrao das atividades curativas e preventivas, bem como a estruturao de sistemas de saúde regionalizados e hierarquizados. Nesse contexto, surgem como reas de conhecimento, de particular interesse, o perfil de morbidade populacional e o padro de utilizao de serviços de saúde. As respostas a essas necessidades podem ser dadas por inquritos domiciliares de saúde. Descreve-se a metodologia utilizada em um inqurito domiciliar realizado em municpios da regio sudoeste da rea Metropolitana de So Paulo, SP, Brasil, no perodo de julho de 1989 a junho de 1990. Esse inqurito apresenta algumas caractersticas metodolgicas especficas, entre elas o processo amostral utilizado, que definiu domnios para a amostra que permitiram anlise de grupos pouco representados na populao, como os menores de um ano de idade e a populao idosa, bem como o ajuste da amostra a partir dos dados censitrios de 1991.
Resumo:
OBJETIVO: Verificar o conhecimento, atitudes e prticas em relao s aes bsicas de saúde ocular de pediatras e enfermeiros de serviços de saúde pblica. MTODO: A populao estudada constituiu-se de pediatras e enfermeiros que trabalhavam nos centros de saúde do Municpio de Campinas, SP - Brasil, e atuavam com crianas de 0 a 12 anos de idade. As informaes sobre conhecimento, atitudes e prticas foram colhidas atravs de questionrios (para os pediatras) e de formulrios (para os enfermeiros). RESULTADOS: A execuo das aes bsicas de saúde ocular em crianas no fazia parte da rotina de atividades dos pediatras e enfermeiros, provavelmente devido ao pouco conhecimento dessas aes. Dos 61 pediatras, 82,0% (50) e 91,0% dos 22 enfermeiros no souberam referir a idade em que se completa o desenvolvimento visual. Em relao ambliopia, 86,8% (53) dos pediatras e 100,0% dos enfermeiros no souberam defini-la. CONCLUSES: A promoo da saúde ocular e a preveno precoce de problemas visuais em crianas no representava uma prtica constante desses profissionais vinculados aos serviços de saúde pblica. Recomenda-se que se realize treinamentos e educao continuada na rea de saúde ocular durante e aps a formao universitria desses profissionais.
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OBJETIVO: Identificar os grupos populacionais no alcanados pelo programa local de saúde materno-infantil, buscando caracterizar os possveis pontos de excluso, com vistas ao estudo de intervenes capazes de ampliar o acesso e a utilizao das principais aes de saúde oferecidas pelo programa. MTODOS: Estudou-se uma amostra de 465 menores de um ano residentes no Municpio de Embu, SP (Brasil). A anlise estatstica, orientada pela hiptese que esperava maior disponibilidade de planos de saúde entre as famlias que no usavam o programa local de saúde infantil, consistiu em anlises de associao estratificadas que buscaram detectar heterogeneidade entre os quatro estratos de famlias e no interior deles, definidos segundo diferentes padres de condies de vida. RESULTADOS: Apesar de apenas 85,4% das crianas estudadas serem matriculadas nas unidades bsicas de saúde, 91,2 % eram assistidas pelas principais aes de saúde. No estrato 3, onde reside a populao perifrica, esto concentradas as crianas no alcanadas pelo programa. O estudo de diferenas dentro dos estratos revelou que tambm no estrato 3 encontra-se a possibilidade de que algumas famlias estejam usando convnios ou planos de saúde como alternativa ao programa local de saúde. Os resultados apontam ainda que a populao com piores condies de vida (favelas) dispe do sistema pblico do municpio como nica alternativa para cuidar de sua saúde. CONCLUSES: na populao residente na periferia do municpio que se concentram as crianas no assistidas pelo programa local de saúde infantil e existe maior heterogeneidade entre as famlias quanto disponibilidade de outros recursos para os cuidados de saúde de suas crianas.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar a prevalncia e analisar a associao entre comportamentos de risco saúde, percepo de estresse e auto-avaliação do nvel de saúde, em trabalhadores da indstria. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal, utilizando questionrio previamente testado em estudo-piloto realizado em Santa Catarina, Brasil. Foram coletados dados sobre fumo, abuso de lcool, consumo de frutas e verduras, atividades fsicas, percepo de estresse e auto-avaliação do nvel de saúde de 4.225 trabalhadores (67,5% homens e 32,5% mulheres). Os sujeitos foram recrutados por meio de amostragem por conglomerados em trs estgios (erro de 5%). A anlise estatstica incluiu o teste de qui-quadrado e a anlise de regresso logstica, para um nvel de significncia de p<0,05. RESULTADOS: A mdia de idade dos sujeitos foi de 29,7 anos (DP=8,6). A prevalncia de fumantes foi de 20,6%, maior entre os homens (23,1%) que entre as mulheres (15,6%). A proporo de trabalhadores que abusaram de lcool foi alta (57,2% entre os homens e 18,8% entre as mulheres). Dos sujeitos, 46,2% no realizaram atividades fsicas no lazer (67% das mulheres e 34,8% dos homens), e 13,9% referiram nveis elevados de estresse e dificuldade para enfrentar a vida. Aproximadamente 15% dos trabalhadores relataram nvel de saúde regular ou ruim. Sexo, idade, estado civil, nmero de filhos, nvel educacional e econmico estiveram significativamente associados prevalncia de comportamentos de risco. CONCLUSES: Mesmo considerando as limitaes inerentes aos estudos transversais, e baseados em medidas auto-relatadas, os resultados sugerem elevada prevalncia de abuso de bebidas alcolicas e inatividade fsica de lazer. A associao observada entre sexo e comportamento de risco definiu um perfil bidimensional: nos homens os comportamentos de risco mais prevalentes tomaram a forma de risco direto/ativo (fumar, abuso de bebidas alcolicas), e nas mulheres tomaram a forma de risco indireto/passivo (inatividade fsica, estresse).
Resumo:
Sendo o movimento de cidades/municpios saudveis uma estratgia de promoo da saúde, elaborou-se um trabalho de atualizao de informaes com o objetivo de contextualizar o debate da avaliação no campo da promoo da saúde, apontando os princpios que devem nortear o estabelecimento de um processo avaliativo e problematizar este tema quanto aos projetos de cidades/municpios saudveis. Prope-se uma tipologia que classifica os artigos indexados nas bases de dados MedLine e Lilacs, entre 1985 e 2000, sobre o tema "cidades/municpios saudveis" de acordo com a nfase de cada artigo analisado. Os artigos que enfatizam iniciativas de avaliação de projetos so analisados com maior detalhamento, tabulando-os em funo da metodologia utilizada, dos instrumentos aplicados, dos indicadores produzidos, dos resultados obtidos e da anlise crtica do modelo adotado. Destacam-se iniciativas de avaliação de "cidades/municpios saudveis", que se aproximariam mais dos princpios da "promoo da saúde", e que adotam a avaliação, mas como instrumento de construo de capacidades e fortalecimento de grupos populacionais envolvidos com projetos nessa temtica.
Resumo:
OBJETIVO: O trabalho tem sido incorporado ao cotidiano das mulheres, levando-as a realizar dupla jornada e conciliar mltiplos papis. Assim, realizou-se estudo para conhecer as queixas de morbidade e o uso dos serviços de saúde pela mulher trabalhadora. MTODOS: Estudou-se, por meio de inqurito domiciliar, morbidade aguda (30 dias antes da coleta de dados) e crnica referida por populao de 1.157 mulheres, na faixa etria de 10 a 49 anos, residentes na Regio Sul do municpio de So Paulo. Os dados foram coletados de janeiro de 1992 a janeiro de 1993. Analisou-se a relao entre ter ou no atividade remunerada e idade, situao conjugal, escolaridade e nvel social, baseado na ocupao informada pela mulher. RESULTADOS: Verificou-se que houve maior freqncia de queixa de morbidade aguda ou crnica entre mulheres que informaram ter atividade remunerada. Tambm foi entre essas mulheres que houve tendncia menor freqncia de procura por atendimento mdico motivada pelo problema de saúde referido. As doenas respiratrias, em especial as gripes (72/1.000), foram as queixas agudas mais prevalentes, seguidas das queixas de dor abdominal e plvica (13,2/1.000) cefalia (11,4/1.000) e hipertenso (9,5/1.000). Quanto s queixas crnicas, as maiores prevalncias foram de hipertenso (39,7%0), dorsopatias (26,5%0), bronquite (24,6%0) e gastrite e duodenite (24,6%0). CONCLUSES: As mulheres trabalhadoras queixaram-se mais de problemas de saúde que as donas de casa, mas utilizaram tanto quanto ou menos os serviços de saúde, para a maioria das causas de morbidade analisadas.
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OBJETIVO: As doenas respiratrias agudas, principalmente as pneumonias, so a causa mais importante de bito em menores de cinco anos e so responsveis por doena grave nos maiores de 60 anos. O estudo realizado tem como objetivo descrever as principais caractersticas epidemiolgicas dos casos de doenas respiratrias agudas notificadas pelas unidades de saúde. MTODOS: Todos os registros de atendimentos de pacientes com doena respiratria aguda, no perodo entre 1996 e 2001, foram revistos semanalmente, em formulrio especfico, a partir dos boletins de atendimento mdico preenchidos por 100 unidades pblicas de saúde. Os dados foram classificados em no pneumonia e pneumonia por faixa etria. RESULTADOS: Foram informados 2.050.845 casos de doena respiratria aguda no perodo estudado. Os meses com maior nmero de casos foram maio e junho. A faixa etria mais acometida foi a de um a quatro anos, com cerca do dobro do nmero de casos das outras faixas etrias. Pneumonias representaram, aproximadamente, 7,7% dos casos. CONCLUSES: O acompanhamento das doenas respiratrias agudas serve para mostrar sua magnitude em termos numricos, e estimular seu diagnstico apropriado, tratamento precoce e preveno, tanto das complicaes, quanto de sua ocorrncia.
Resumo:
OBJETIVO: O Programa de Saúde da Famlia se constitui em estratgia de reorganizao do sistema de ateno saúde para o Sistema nico de Saúde. O objetivo do estudo foi verificar mudanas no perfil de utilizao de serviços de saúde aps implantao do Programa, identificando fatores associados s mudanas observadas. MTODOS: Foram analisados dados de utilizao de serviços e procura por assistncia em duas amostras definidas por conglomerados e representativas da populao coberta (n=1.865) e no coberta pelo Programa de Saúde da Famlia (n=2.036) de dois distritos do Municpio de So Paulo. Os dados fazem parte de inqurito populacional realizado em 2001. Foi empregada a anlise estatstica prpria para conglomerados. RESULTADOS: Na utilizao de serviços, nas reas cobertas pelo Programa de Saúde da Famlia, no foram observadas razes de prevalncia significantemente diferentes segundo escolaridade e renda, e nas reas no cobertas as razes de prevalncia foram mais elevadas para maior escolaridade e renda. Na procura por assistncia em pessoas com episdios de morbidade, nas reas cobertas pelo Programa a razo de prevalncia foi maior em pessoas com grau de limitao intenso, e nas reas no cobertas a razo de prevalncia foi mais elevada para maior escolaridade e menor para os inativos. CONCLUSES: Nas reas estudadas, na populao coberta pelo Programa de Saúde da Famlia a renda e escolaridade no se constituem em fatores que diferenciam de forma significativa o perfil de utilizao de serviços de saúde e de procura por assistncia, indicando que o programa pode estar contribuindo para maior equidade nessas condies.