207 resultados para Autoria coletiva
Resumo:
O projeto da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem em Saúde Coletiva - CIPESCfoi a contribuição brasileira para incorporar a noção do coletivo na Classificação Internacional da Prática de Enfermagem CIPE. O artigo tem como objetivo analisar a produção bibliográfica acerca das classificações de enfermagem, disponíveis na base de dados da biblioteca virtual em saúde, a partir de 1990. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre os sistemas classificatórios das práticas de enfermagem, e que faz parte de uma pesquisa que pretende identificar a face coletiva do instrumento CIPESCna rede municipal de saúde de Curitiba-PR. Constatou-se que, referente aos sistemas classificatórios em geral, a maioria dos textos acessados baseia-se no modelo clínico-individual e os que enfatizam o modelo epidemiológico e social ainda é minoria. Além disso, a maioria dos estudos, com enfoque no coletivo, é divulgada pelas publicações da Associação Brasileira de Enfermagem, tornando-a hegemônica na disseminação dos conhecimentos acerca do tema, em sua face coletiva.
Resumo:
Este estudo tomou como objeto a articulação teoria-prática da disciplina Fundamentos e Práticas da Enfermagem em Saúde Coletiva, do curso de graduação em enfermagem da EEUSP, e como objetivos: identificar a apreensão dos conceitos da disciplina e verificar sua aplicação nas práticas de enfermagem entre esses estudantes de graduação. Utilizou questionário com questões fechadas e abertas para apreensão empírica do objeto, através de análise de conteúdo. Os resultados indicam que a dimensão teórica apenas em parte possibilitou sínteses capazes de fomentar práticas sociais coerentes com o arcabouço teórico-conceitual da Saúde Coletiva. Para superar essa dificuldade faz-se necessário explicitar as diferentes abordagens teórico-metodológicas que fundamentam as práticas e que o educador direcione o educando para elaboração de sínteses, com a finalidade de formar enfermeiros comprometidos com a interpretação da saúde-doença como processo social e da saúde como direito social e, portanto, com a transformação das práticas reiterativas do modelo hegemônico.
Resumo:
Os conceitos de Vulnerabilidade e Adesão têm sido foco de debate na Saúde Coletiva. É desafio posto pela Saúde Coletiva, propiciar tecnologias, dispositivos e instrumentos que apóiem a construção de práticas qualificadas, para responder às necessidades dos grupos sociais. Na produção do conhecimento, tem buscado inovar no desenvolvimento de instrumentos que apóiem a captação da realidade de vida e saúde e que auxiliem na leitura das necessidades e no desencadeamento e sustentação de projetos de intervenção que produzam o impacto desejado: atender os grupos sociais que mais carecem de apoio para conquistar autonomia para viver a vida com qualidade e a consecução do auto-cuidado, no cenário da equidade e da justiça social. O artigo apresenta aspectos das categorias analíticas Adesão e Vulnerabilidade, quanto à proposição de marcadores/ indicadores para o seu monitoramento, o que pode contribuir para o adensamento do conceito e para a prática do processo de produção à saúde.
Resumo:
Estudo descritivo exploratório que objetivou descrever os diagnósticos e as intervenções de Enfermagem sob a perspectiva da Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva - CIPESC® na atenção à Saúde da Mulher, subtema Pré-Natal e Puerpério, correlacionando-os com as competências do Enfermeiro no Programa Mãe Curitibana. Os dados utilizados foram os diagnósticos e intervenções gerados nas consultas de Enfermagem nos meses de abril a julho de 2005 e trabalhados em estatística simples. O diagnóstico Amamentação Adequada foi o mais frequente e as intervenções mais acionadas relacionam-se ao fortalecimento da usuária frente ao processo saúde-doença (68,9%). Apesar da atuação do Enfermeiro no puerpério, esta competência não consta do Protocolo do Programa. Concluiu-se que são necessários pequenos ajustes nos diagnósticos analisados e uma revisão do Protocolo para abrigar as competências do Enfermeiro que são desenvolvidas em sua prática nos serviços de saúde, conforme constam nos registros da base CIPESC®.
Resumo:
Esta análise sobre os processos ensino-aprendizagem e a pesquisa de Enfermagem em Saúde Coletiva frente à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) objetiva reconhecer a potencialidade da realidade de saúde da população como estratégias de aproximação com o campo de ação e instrumentalização do profissional para a reversão de situações indesejáveis de saúde. Assim, refletiu-se sobre o trabalho da Enfermagem em Saúde Coletiva por compreendê-lo como mediador para promover o ensino, a aprendizagem e a construção de conhecimento na área. Acredita-se que tais processos, fundamentados no pensamento crítico, possibilitam a reflexão sobre as contradições entre a política pública vigente e as ações promovidas pelo setor, e assim, contribuem para superar o atual modelo de atenção à saúde, que historicamente tem sido fundamentado em ações curativistas para o indivíduo, para o modelo que reconhece as necessidades em saúde e intervém na determinação social do processo saúde-doença.
Resumo:
A CIPESC® é um instrumento de trabalho do enfermeiro em Saúde Coletiva, que visa apoiar a sistematização de sua prática assistencial, gerencial e de investigação. É também, instrumental pedagógico potente para a formação e qualificação de enfermeiros comprometidos com o SUS. No ensino das doenças transmissíveis, o uso da CIPESC® auxilia a análise sobre as intervenções, ao estimular o raciocínio clínico e epidemiológico do processo saúde-doença e das necessidades de saúde dos indivíduos, famílias e grupos sociais. Com o propósito de desenvolver recursos didáticos para graduação de enfermagem e estimular a reflexão sobre o processo de trabalho de enfermagem, este artigo apresenta o relato de uma experiência de aplicação da CIPESC®, tomando como exemplo a meningite meningocócica.
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O objeto deste estudo é a incorporação em revisões sistemáticas de resultados de pesquisas desenvolvidas na vertente marxista de produção do conhecimento, como evidências em saúde. Os objetivos são: rever os pressupostos do materialismo histórico e dialético (MHD) e discutir as implicações da dialética para a revisão da literatura e síntese de evidências. O MHD constitui um referencial potente para geração de conhecimento e transformação das políticas e práticas em saúde, a partir da explicação de que as contradições sociais estão na base do processo saúde-doença, construção teórica fundamental no campo da saúde coletiva. Atualmente observa-se considerável influência do paradigma crítico, de origem marxista, na construção do conhecimento em saúde. Pesquisas no paradigma crítico apresentam métodos complexos de apreensão do objeto, inerentes às diretrizes da dialética, oferecendo resultados que constituem evidências em saúde. Revisões sistemáticas devem enfrentar a dificuldade metodológica de integrar esses resultados plenamente ao cuidado em saúde.
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O texto analisa questões éticas enfrentadas na pesquisa com crianças de diferentes idades, grupos e contextos. Trata da concepção de infância subjacente às pesquisas em debate e analisa três questões. A primeira focaliza os nomes (verdadeiros ou fictícios) de crianças observadas ou entrevistadas e analisa se devem ou não ser explicitados na apresentação da pesquisa. A segunda discute a utilização de imagens de crianças - seus rostos - em especial a autorização do uso de imagens (em fotografias, vídeos ou filmes). A terceira trata das implicações ou do impacto social de resultados de trabalhos científicos e pergunta se é possível contribuir e devolver os achados, evitando que as crianças ou jovens sofram com as repercussões desse retorno, no interior das instituições educacionais que freqüentam e que foram estudadas na pesquisa. Tais questões emergiram na orientação de monografias, dissertações e teses.
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Trata da noção de autor, abordando a formação e as funções que a autoria desempenha na modernidade e na pós-modernidade.
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Uma investigação do processo de produção de hiperdocumentos evidencia a falta de metodologias apropriadas para a elaboração de modelos conceituais que possam representar unidades de conhecimento. Esta falta de critérios apropriados faz com que a comunicação entre o autor que desenvolve o conteúdo temático do texto e o analista de sistema fique prejudicada, acarretando problemas na implementação de hiperdocumentos. Nesta proposta, adota-se uma perspectiva interdisciplinar envolvendo as áreas da ciência da informação, da ciência da computação e da terminologia. Pretende-se contribuir para a definição de critérios que venham auxiliar a elaboração de metodologias para modelos conceituais, voltados não somente para sistemas de bases de dados, mas também para sistemas que visam à organização de unidades de conhecimento, como é o caso de hiperdocumentos.
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Trata-se de artigo que estuda a viabilidade de identificar a autoria de textos a partir de elementos da linguística, mais precisamente da pragmática, considerando as inter-relações entre os elementos textuais e objetos externos, ligados a particularidades do "punho escritor", a exemplo dos fenômenos sociais em que o autor está inserido. A ideia é buscar a identidade textual a partir da análise do estilo, consideradas duas categorias discursivas: modalidade e avaliação.
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This study aimed to analyze the aspects of scientific language considered by chemistry professors in the evaluation of scientific texts authored by undergraduate chemistry students. Interviews were conducted with four professors who had evaluated reports and scientific articles written by students enrolled in undergraduate chemistry courses. The professors highlighted aspects pertaining to the structure and general organization of scientific texts typically adopted by the scientific community, and mentioned the importance of certain rhetoric elements in scientific language. This study can be an impetus for further investigation into the importance of language in chemistry education.
Resumo:
Este trabalho relata a estratégia de incorporação das bases da Saúde Coletiva no currículo da Faculdade de Medicina de Marília (Famema). Em 1991, a Famema passou a desenvolver o Projeto UNI, financiado pela Fundação Kellogg, iniciando um conjunto de mudanças no ensino de Medicina, resultando, em 1997, na introdução do método de ensino da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). A ABP trabalha com a perspectiva holística do processo ensino aprendizagem e, por isso, estimula a participação ativa dos estudantes, principalmente, na cooperação em pequenos grupos; no auto-estudo e na educação multidisciplinar. Algum tempo após a introdução do ABP, identificou-se a dificuldade do uso de explicações das dimensões psicológicas e sociais para os problemas. A solução construída para a incorporação da dimensão social nos problemas foi a adoção da perspectiva sociológica das categorias fundantes da Saúde Coletiva: tempo, espaço e pessoa. O resultado foi a construção de uma matriz formada por seis tópicos e orientada para estimular os alunos a alcançar as noções de totalidade e integralidade do cuidado em saúde.
Resumo:
Este artigo analisa o enfoque da Saúde Coletiva no desenvolvimento curricular na graduação em Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), focalizando as diferentes visões de gestores, professores e estudantes sobre o processo de ensino-aprendizagem, introduzindo a análise da progressão do conhecimento em Saúde Coletiva no curso médico. Trata-se de um estudo qualitativo sobre a percepção dos entrevistados, tendo como população de estudo quatro gestores, quatro professores e um grupo focal de estudantes. Os resultados evidenciaram uma importante vinculação das atividades docentes da área junto à rede de serviços de saúde. No entanto, constata-se que os temas da área têm pequena inserção no currículo atual (5%), não considerando os estágios do internato e a estratégia de ensino que vem sendo utilizada. Concluiu-se que os docentes do Departamento de Saúde Coletiva sempre tiveram uma participação de vanguarda nos processos de mudança no curso de Medicina da UEL, havendo um grande esforço em tomar a realidade dos serviços de saúde de Londrina como eixo articulador do ensino em Saúde Coletiva, na tentativa de contribuir para a formação de médicos com maior conhecimento da realidade e comprometidos com o SUS.