83 resultados para 54301-008
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Objetivos Identificar a condição tabágica dos idosos e verificar os fatores sociodemográficos e econômicos associados ao hábito de fumar nessa população. Métodos Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, observacional e analítico, com 980 idosos da zona urbana do município de Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos Miniexame do Estado Mental (MEEM) e Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional (BOMFAQ). Os idosos foram classificados como tabagistas, ex-tabagistas e não tabagistas de acordo com as Diretrizes para Cessação do Tabagismo. As análises procederam por meio do software SPSS-17. A condição tabágica dos idosos foi descrita por meio de frequências simples e absolutas. Aplicou-se o teste Cramer’s V (p ≤ 0,05) na análise bivariada e em seguida a Regressão Logística Multinomial Múltipla (p ≤ 0,05) ajustados para sexo e faixa etária de acordo com a classificação tabágica. Resultados Encontraram-se 122 (12,4%) idosos tabagistas, 320 (32,7%) ex-tabagistas e 538 (54,9%) não tabagistas. Os idosos tabagistas apresentaram-se com 3,57, 2,36 e 1,82 mais riscos de chances de ser do sexo masculino (p < 0,001), estar na faixa etária de 60 a 69 anos (p = 0,004) e não ter companheiro(a) (p = 0,008), respectivamente. Para os idosos ex-tabagistas, também foi encontrada maior chance de risco (5,34) para o sexo masculino (p < 0,001). Conclusão Os resultados evidenciam que o sexo, a faixa etária e a situação conjugal são fatores associados ao tabagismo na população idosa.
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ABSTRACT Objective To assess cardiorespiratory capacity through subjective and objective tests in older adults diagnosed with major depression (MDD), Alzheimer disease (AD) and healthy older adults. Methods Fifty seven subjects (72 ± 7.9 years) were divided into three groups: MDD (n = 20), AD (n = 17) and Healthy (n = 20). The subjects answered Hamilton Scale (HAM-D), Mini-Mental State Examination (MMSE), Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ) and 2-minute Step test. Results MDD and AD showed lower scores than healthy group for Nomogram VSAQ (p < 0.001) and 2-minute Step (p = 0.009; p = 0.008, respectively). Adjusted for age and educational level, no differences among groups were observed for Step (MDD, p = 0.097; AD, p = 0.102). AD group did not present differences to healthy group for Step, when adjusting for MMSE (p = 0.261). Conclusions Despite the lower cardiorespiratory fitness of elderly patients with DM and DA have been found in both evaluations, the results should be viewed with caution, since the tests showed low correlation and different risk classifications of functional loss. In addition, age, level educational and cognitive performance are variables that can influence the performance objective evaluation.
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RESUMO Objetivos Descrever a utilização da contenção física em um hospital psiquiátrico público e analisar os fatores de risco associados com seu uso, no contexto da implantação de um protocolo clínico. Métodos Em um hospital psiquiátrico público de Belo Horizonte-MG, os formulários de registro e monitoramento de contenção física (2011-2012) foram analisados e comparados com os registros das demais internações englobadas no mesmo período. Neste estudo transversal, além das análises descritivas das características clínicas e demográficas dos pacientes contidos, das técnicas utilizadas e das complicações reportadas, os fatores de risco associados com o uso da contenção foram analisados por meio de regressão logística múltipla. Resultados A contenção foi utilizada em 13,4% das internações, sendo mais comum em pacientes jovens, do sexo masculino, portadores de psicoses não orgânicas, apresentando agitação/agressividade. A técnica foi geralmente de quatro pontos, durando entre 61-240 minutos. Os únicos fatores de risco significativos para o uso da contenção incluíram a idade (OR = 0,98; p = 0,008) e o tempo de permanência (OR = 1,01; p < 0,001). Conclusões A contenção física foi utilizada usualmente na abordagem aguda do paciente agitado/agressivo inabordável verbalmente, no contexto de um transtorno psicótico. O registro dos dados vitais e dos efeitos adversos foram os itens menos aderentes aos protocolos vigentes.
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OBJETIVO: Avaliar a eficácia de programas de conscientização (PC) sobre o controle de fatores de risco (FR) para doença cardiovascular (DCV). MÉTODOS: Pacientes hipercolesterolêmicos de alto risco para DCV foram divididos em 2 grupos durante 16 semanas. O grupo A (n=417, 54,3±10,0 anos, 55% homens) recebeu orientação verbal e escrita sobre controle de FR, e o grupo B (n=180, 54,4±10,9 anos, 45% homens) apenas orientação verbal. Todos os participantes receberam 10mg/dia de pravastatina por 12 semanas. Avaliaram-se o peso, pressão arterial, o colesterol total (CT) e frações, triglicérides, índices I e II de Castelli (CT/HDL-C e LDL-C/HDL-C) e escores de Framingham. RESULTADOS: No basal, A diferiu de B no HDL-C (40,0±11,0 vs 43,0±11,0mg/dl, p=0,013) e no índice I (8,2±3,0 vs 7,6±2,3, p=0,008). Após 16 semanas as variações % foram maiores em A do que B no CT (-28,0 vs -25,0, p<0,05), LDL-C (-29,0 vs -27,6, p<0,05), HDL-C (+13,7 vs. + 10,8, p<0,05) e índice I (-39,0 vs -33,0; p<0,05). A pravastatina potencializou os efeitos da dieta sobre os lípides. CONCLUSÃO: O PC parece ser mais eficaz a curto prazo, em reduzir os FR para DCV do que a orientação apenas verbal.
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OBJETIVO: Realizar levantamento de fatores de risco para aterosclerose na população > ou = 20 anos de São José do Rio Preto, e comparar os dados obtidos com os coletados, em levantamento similar, em 1991. MÉDOTOS: Pesquisa quantitativa com amostragem estratificada por sexo e idade. Os entrevistados (646 indivíduos, 303 homens) foram abordados em Postos de Saúde e outros pontos de afluxo da população, distribuídos por zona geográfica e por classe social dos bairros. A margem de erro foi de 4%, e o intervalo de confiança (IC) de 95%. RESULTADOS: A) Níveis médios de HDL-colesterol (apenas em 1997): homens 43,7±15mg/dL, mulheres 49,6±13,5mg/dL (p<0,001, 95% IC 3,7 a 8,1); B) níveis médios de colesterol total em 1991 vs 1997: população global 192,5±48,9mg/dL vs 190,5±42,5mg/dL (p=NS); homens 187,6±53,3 vs 190,5±42,5mg/dL (p=NS); mulheres 196,8±40mg/dL vs 187,6±37,8mg/dL (p=0,008, 95% IC 2,4 a 15,9). C) Em análise de regressão, as variáveis que se correlacionaram significativamente com níveis de colesterol, em ambas as pesquisas, foram: idade (p<0,001), pressão arterial sistólica (p<0,001) e diastólica (p<0,001), dieta (p<0,001). Sexo feminino correlacionou-se apenas em 1991 (p=0,011) e sedentarismo apenas em 1997 (p=0,014). CONCLUSÃO: Os níveis de colesterol na população adulta de São José do Rio Preto são bastante aceitáveis, sendo que no sexo feminino diminuíram, de maneira significativa, na pesquisa atual, em relação à realizada em 1991.
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OBJECTIVE: To assess the association between microalbuminuria with ambulatory blood pressure monitoring in normotensive individuals with insulin-dependent diabetes mellitus. METHODS: Thirty-seven patients underwent determination of the rate of urinary excretion of albumin through radioimmunoassay and ambulatory blood pressure monitoring. Their mean age was 26.5±6.7 years, and the mean duration of their disease was 8 (1-34) years. Microalbuminuria was defined as urinary excretion of albumin > or = 20 and <200µg/min in at least 2 out of 3 urine samples. RESULTS: Nine (24.3%) patients were microalbuminuric. Ambulatory blood pressure monitoring in the microalbuminuric patients had higher mean pressure values, mainly the systolic pressure, during sleep as compared with that in the normoalbuminuric patients (120.1±8.3 vs 110.8±7.1 mmHg; p=0.007). The pressure load was higher in the microalbuminuric individuals, mainly the systolic pressure load during wakefulness [6.3 (2.9-45.9) vs 1.6 (0-16%); p=0.001]. This was the variable that better correlated with the urinary excretion of albumin (rS=0.61; p<0.001). Systolic pressure load >50% and diastolic pressure load > 30% during sleep was associated with microalbuminuria (p=0.008). The pressure drop during sleep did not differ between the groups. CONCLUSION: Microalbuminuric normotensive insulin-dependent diabetic patients show greater mean pressure value and pressure load during ambulatory blood pressure monitoring, and these variables correlate with urinary excretion of albumin.
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OBJECTIVE: To report the effects of 2 regimens of hormone replacement therapy during the postmenopausal period on the profile of the major lipoprotein subfractions (HDL, LDL, and VLDL). METHODS: We carried out a cohort study in 38 postmenopausal patients who were starting their hormone replacement therapy due to gynecological indications, for a period of 12 weeks. Analysis of lipoprotein subclasses was performed through nuclear magnetic resonance spectroscopy. RESULTS: Hormone replacement therapy cause an increase in the proportion of larger subfractions of VLDL and HDL (p=0.008 and 0.03, respectively) and in the proportion of larger particles of VLDL due to a 36% increase in the levels of larger particles (p=0.004), concomitantly with a 15% reduction in the levels of smaller particles (p=0.04). In regard to HDL, the increase occurred only a 17% increase in the levels of larger particles (p=0.002). No significant change occurred in the distribution pattern of LDL subfractions. CONCLUSION: The proportion of larger subfractions of VLDL and HDL increases after hormone replacement therapy. The increase in the proportion of larger particles of VLDL occurs due to an increase in the levels of the larger subclasses concomitantly with a reduction in the smaller particles. However, an increase in the proportion of larger particles of HDL occurs only due to an increase in the levels of the larger subfractions.
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OBJECTIVE: To assess whether female sex is a factor independently related to in-hospital mortality in acute myocardial infarction. METHODS: Of 600 consecutive patients (435 males and 165 females) with acute myocardial infarction, we studied 13 demographic and clinical variables obtained at the time of hospital admission through uni- and multivariate analysis, and analyzed their relation to in-hospital death. RESULTS: Females were older (p<0.001) and had a higher incidence of hypertension (p<0.001). Males were more frequently smokers (p<0.001). The remaining risk factors had a similar incidence among both sexes. All variables underwent uni- and multivariate analysis. Through univariate analysis, the following variables were found to be associated with in-hospital death: female sex (p<0.001), age >70 years (p<0.001), the presence of previous coronary artery disease (p=0.0004), previous myocardial infarction (p<0.001), infarction in the anterior wall (p=0.007), presence of left ventricular dysfunction (p<0.001), and the absence of thrombolytic therapy (p=0.04). Through the multivariate analysis of logistic regression, the following variables were associated with in-hospital mortality: female sex (p=0.001), age (p=0.008), the presence of previous myocardial infarction (p=0.02), and left ventricular dysfunction (p<0.001). CONCLUSION: After adjusting for all risk variables, female sex proved to be a variable independently related to in-hospital mortality in acute myocardial infarction.
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OBJECTIVE: To describe the relative incidence, presentation, and evolvement of fetuses with early ductus constriction. METHODS: Twenty fetal echocardiograms indicating ductus constriction were reviewed in a population of 7000 pregnants. RESULTS: The cases were divided into group A (related to maternal use of cyclooxygenase inhibitors [n=7] and group B (idiopathics [n=13]). Mean gestational age was 32.5±3.1 (27-38) weeks and maternal age was 28.2±8.5 (17-42) years. Mean systolic velocity in the ductus was 2.22±0.34 (1.66-2.81) m/s, diastolic velocity 0.79±0.28 (0.45-1.5) m/s, and pulsatility index 1.33±0.36 (0.52-1.83). Two cases of ductal occlusion were noted. In 65% of the cases, an increase occurred in the right cavities; in 90% of the cases, tricuspid or pulmonary regurgitation, or both, occurred, with functional pulmonary atresia in 1 case. Diastolic velocity was greater in group A (1.13±0.33) than in group B (0.68±0.15) (P=0.008). The other data were similar in the 2 groups. The evolvement was not favorable in 4 patients from group B, including 1 death and 2 cases of persistent pulmonary hypertension. CONCLUSION: The high incidence of idiopathic constriction of the ductus arteriosus suggests that its diagnosis is underestimated and that many cases of persistence of fetal circulation in newborns may be related to constriction of the ductus arteriosus not diagnosed during intrauterine life. Group B had a lower severity but a risk of an unfavorable evolvement, suggesting a distinct alteration.
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OBJECTIVE: To identify the variables that may be involved in the persistence of symptoms (functional class II, III, or IV vs. I) in patients being followed up for 30 years after surgical repair of tetralogy of Fallot. METHODS: Fifty-three patients (27 women), who underwent corrective surgery for tetralogy of Fallot between 1960 and 1970, were studied. Their ages ranged from 7 months to 26 years. At the end of follow-up, 13 patients were asymptomatic and the remaining were in functional class II (N=24), III (N=15), and IV (N=1). To differentiate asymptomatic from symptomatic patients, the following variables were analyzed: age at surgery, need for widening the pulmonary ring and trunk, need for a second (2nd OP) or 3rd operation, residual defect of the interventricular septum, residual regurgitation of the pulmonary valve, systolic gradient through the right ventricular outflow tract, right ventricular dilation or hypertrophy (RVH), cardiothoracic index (CTI), right and left ventricular ejection fraction (RVEF/LVEF), and arrhythmias. RESULTS: The univariate analysis showed an association between the presence of symptoms and the 2nd OP (P=0.03), an increase in the CTI (P=0.0001), moderate to severe RVH (P=0.002), and dilation (P=0.0003). In the logistic regression model, the combination of the 2nd OP (P=0.008), the RVH (P=0.002), and the reduction in RVEF (P=0.01) determined the presence of symptoms. CONCLUSION: Despite the surgical treatment, right ventricular remodeling and performance were the major determinants in the late follow-up of tetralogy of Fallot.
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OBJETIVO: Avaliar o efeito do suco de berinjela sobre os lípides plasmáticos em comparação à lovastatina. MÉTODOS: Estudados 21 indivíduos de ambos os sexos, com colesterol total (CT) > 200 mg/dl, sem diabetes, ou contra-indicação para o uso de estatinas ou em uso de drogas hipocolesterolêmicas, divididos em 3 grupos: o grupo berinjela (B), um copo de suco de berinjela com laranja pela manhã, em jejum; grupo estatina (E), 20 mg de lovastatina pela manhã; grupo controle (C) nenhum tratamento. Foram feitas três dosagens de CT, frações (HDL, LDL) e triglicérides, com intervalos de três semanas. RESULTADOS: Os três grupos possuíam níveis lipídicos basais semelhantes. Após 6 semanas ocorreu uma diminuição significativa do CT (245,29 ± 41,69 para 205,71 ± 46,45, p=0,02) e do LDL-colesterol (170,83 ± 41,76 para 121,29 ± 44,90, p=0,008) no grupo E. No grupo B, o colesterol total (230,60 ± 19,30 para 240,20 ± 16,22, p=0,27) e o LDL-colesterol (139,60 ± 21,49 para 154,40 ± 9,66, p=0,06) não apresentaram variação significativa, como ocorrido no grupo C. Não houve variação significativa, em nenhum dos três grupos, nos valores de HDL-colesterol e triglicérides ao longo do estudo. CONCLUSÃO: O suco de berinjela com laranja não pode ser considerado uma alternativa às estatinas na redução dos níveis séricos de colesterol.
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OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia da braquiterapia intracoronariana usando o sistema Beta-CathTM na prevenção da recorrência de restenose intra-stent (RIS), por meio da análise dos resultados clínicos, angiográficos e pelo ultra-som intracoronariano (USIC). MÉTODO: Foram submetidos à angioplastia com cateter-balão, seguida de beta-radiação intracoronariana com o sistema Beta-CathTM (90Sr/Y) 30 pacientes com RIS em artérias coronárias nativas e, posteriormente, avaliados. RESULTADOS: Incluíram-se lesões reestenóticas complexas (77% do tipo difuso-proliferativo) com extensão elevada (18,66±4,15 mm). O sucesso da braquiterapia foi de 100%. A dose média utilizada foi de 20,7±2,3 Gy, liberada em um período médio de 3,8±2,1 min. No seguimento tardio, o diâmetro luminal mínimo (DLM) intra-stent diminuiu discretamente (1,98±0,30mm para 1,84±0,39 aos 6 meses, p=0,13), com uma perda tardia de 0,14±0,18 mm. O DLM intra-segmentar foi significativamente menor do que o intra-stent (1,55±0,40mm vs.1,84±0,39mm, p=0,008), associando-se à perda tardia (0,40±0,29mm vs. 0,14±0,18mm; p=0,0001). No USIC, observou-se discreto incremento do tecido neointimal em 6,8±14,3 mm³ aos 6 meses (p=0,19) e a percentagem de obstrução volumétrica aumentou em 4,7±7,5%. A reestenose binária e a revascularização do vaso-alvo recorreram em 17% dos casos; houve 1 caso (3%) de oclusão tardia, associada a infarto do miocárdio. A sobrevida livre de eventos foi de 80%. CONCLUSÃO: O manejo da reestenose intra-stent com a beta-radiação intracoronariana mostrou-se procedimento seguro e eficaz, com alta taxa de sucesso imediato, representando uma opção terapêutica para a inibição da hiperplasia neointimal.
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OBJETIVO: Avaliar a morbimortalidade de homens e mulheres submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica isolada e os fatores relacionados às diferenças eventualmente encontradas. MÉTODOS: Análise comparativa de 2032 pacientes, 1402 (69%) homens e 630 (31%) mulheres submetidos consecutivamente à cirurgia, de janeiro 1999 a dezembro 2002. RESULTADOS: As mulheres apresentaram idade média mais elevada, maior número de fatores de risco e taxas de angina instável. Enxertos com artéria torácica interna foram mais freqüentemente usados nos homens, 85,6% vs. 78,3%, p<0,001. Não houve diferenças nas taxas de complicações pós operatórias, exceto as infecções, mais freqüentes nas mulheres. A mortalidade hospitalar foi de 4,1% e 6,3%, para homens e mulheres respectivamente, p=0,026. Na análise multivariada o sexo feminino não foi identificado como fator prognóstico independente para óbito, assim como o uso de enxertos com artéria torácica não foi também isoladamente identificado como fator protetor, porém a interação sexo-artéria torácica interna foi significativa; foram ainda selecionados, idade (OR 1,03; [IC] 95% 1,01 a 1,06; p=0,004), insuficiência renal no pré-operatório (OR 1.82; [IC] 95% 1,07 a 3,11; p=0,028) e cirurgia de urgência/emergência (OR 2,85; [IC] 95% 1,32 a 6,14; p=0,008). CONCLUSÃO: O sexo feminino apresentou maior mortalidade operatória porém não se mostrou fator prognóstico independente para óbito; o uso de enxertos com artéria torácica mostrou-se protetor; pacientes mais idosos, com insuficiência renal e em situação emergencial apresentaram maiores índices de óbito hospitalar.
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OBJETIVO: Associar o perfil lipídico, inflamatório (proteína C reativa ultra sensível - PCR us - e fibrinogênio) e metabólico (glicose) com eventos intra e pós-hospitalares de pacientes com síndrome isquêmica aguda (SIA) e descrever preditores de mortalidade nesta população. MÉTODOS: Estudo de coorte com 199 pacientes com SIA (angina instável, infarto agudo do miocárdio com ou sem supradesnivelamento de ST) internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de uma instituição de referência cardiológica, no período de março a novembro de 2002. Foram registrados as doenças prévias, as medicações em uso e os fatores de risco coronarianos. Os eventos clínicos intra-hospitalares considerados foram Re-IAM, angina, insuficiência cardíaca (IC), fibrilação ventricular e óbito e os pós-hospitalares (30 dias após a alta) foram Re-IAM, angina, IC, óbito e re-internação para procedimentos percutâneos (ACTP) ou de revascularização (CRM). RESULTADOS: A PCR us e a glicemia alterada associaram-se, significativamente, com os eventos intra-hospitalares (p=0,03 e p<0,01, respectivamente), mas não com os eventos pós-hospitalares (p=0,19 e p=0,61, respectivamente). O perfil lipídico e o fibrinogênio não mostraram associação estatisticamente significativa em nenhum dos momentos avaliados. Após regressão logística múltipla, idade (p=0,04), IAM prévio (p=0,04), infarto do miocárdio com supra ST (p=0,008) ou sem supra de ST (p=0,048) e glicemia alterada (p=0,002) foram preditores de mortalidade hospitalar. CONCLUSÃO: A PCR us elevada e a glicemia alterada associaram-se a maior incidência de eventos intra-hospitalares enquanto a idade, IAM prévio, IAM com ou sem supra de ST e glicemia alterada foram preditores de mortalidade hospitalar.
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OBJETIVO: Avaliar o tratamento da insuficiência cardíaca (IC) avançada em relação à redução das pressões de enchimento ventricular, com a utilização de doses maiores de vasodilatadores, através da monitorização hemodinâmica invasiva. MÉTODOS: Foram estudados 19 pacientes com IC avançada, nos quais foi instalado o cateter de Swan-Ganz para guiar a administração de diurético intravenoso (IV) e nitroprussiato de sódio, com o objetivo de se reduzir de forma significativa as pressões de enchimento ventricular. Depois de alcançado esse objetivo ou 48 horas, foram introduzidas drogas orais até serem retirados os fármacos venosos, mantendo o benefício hemodinâmico. RESULTADOS: Dos 19 pacientes estudados, 16 (84%) eram do sexo masculino. A idade média foi de 66 ± 11,4 anos; a fração de ejeção média foi de 26 ± 6,3%; 2 pacientes (10,5%) apresentavam classe funcional (CF) III e 17 (89,5%), CF IV. Houve queda da pressão de oclusão da artéria pulmonar de 23 ± 11,50 mmHg para 16 ± 4,05 mmHg (p=0,008), do índice de resistência vascular sistêmica de 3.023 ± 1.153,71 dynes/s/cm-5/m² para 1.834 ± 719,34 dynes/s/cm-5/m² (p=0,0001) e aumento do índice cardíaco de 2,1 ± 0,56 l/min/m² para 2,8 ± 0,73 l/min/m² (p=0,0003). Um subgrupo com hipovolemia foi identificado. CONCLUSÃO: Foi possível reduzir as pressões de enchimento ventricular para valores significativamente menores, obtendo melhora significativa do índice cardíaco, do índice de resistência vascular sistêmica e da pressão média da artéria pulmonar, utilizando-se doses significativamente maiores de vasodilatadores.