53 resultados para 266
Resumo:
O presente trabalho caracteriza a região 3'-terminal do genoma de um isolado do Southern bean mosaic virus encontrado no Estado de São Paulo (SBMV-SP). O RNA foi extraído de partículas virais purificadas e submetido a RT-PCR usando oligonucleotídeos desenhados para amplificar 972 nt da região 3'-terminal do RNA viral. Foi obtido fragmento de tamanho esperado que inclui o gene da proteína capsidial e a região 3'-terminal não codificadora. O gene da proteína capsidial (ORF4) contém 801 nucleotídeos, incluindo-se o códon de terminação UGA, com seqüência deduzida de 266 aminoácidos e massa molecular estimada de 28.800 Da. Sessenta e um aminoácidos terminais da ORF2 estão sobrepostos na ORF4. O "sinal de localização nuclear", encontrado dentro do "Domínio R" na região 5'-terminal da ORF4 de alguns sobemovírus, não foi identificado no SBMV-SP. Esse dado pode explicar a ausência de partículas virais do SBMV-SP no núcleo celular. A seqüência do SBMV-SP apresentou identidade de nucleotídeos e aminoácidos de, respectivamente, 91% e 93% com o isolado "Arkansas" (SBMV-ARK) descrito nos EUA. Os resultados obtidos indicam que o SBMV-SP e o SBMV-ARK são isolados muito proximamente relacionados.
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A incidência da murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum, em viveiros clonais de eucalipto, no período de abril a setembro de 2005, resultou no descarte de cerca de 553.991 minicepas, 6.837.691 propágulos na fase de enraizamento e 11.266.819 mudas, nos Estados da Bahia, do Espírito Santo, do Maranhão, de Minas Gerais e do Pará, totalizando um prejuízo estimado em, no mínimo, seis milhões de reais (US$ 2,7 milhões). Em minijardim clonal, a doença caracteriza-se por necrose foliar, escurecimento anelar ou completo do lenho, murcha e morte de minicepas. Os sintomas na parte aérea são similares à morte gradual de minicepas submetidas a podas drásticas ou com sistema radicular malformado. Na fase de enraizamento, miniestacas infectadas podem apresentar arroxeamento das nervuras do limbo foliar e podridão. No campo, a doença caracteriza-se por bronzeamento e necrose foliar, desfolha basal, ascendente escurecimento interno do lenho e morte da planta, geralmente a partir do quarto mês após o transplantio. Os sintomas geralmente se agravam em árvores com enovelamento de raízes e afogamento de coleto. A etiologia da doença foi confirmada por meio de testes de exsudação, microscopia de varredura, isolamento da bactéria, análises de PCR/RFLP, reação de hipersensibilidade (HR) em mudas de fumo, testes de patogenicidade em plântulas de eucalipto e tomate e re-isolamento da bactéria. Como o sistema de produção de mudas clonais de eucalipto é altamente favorável à multiplicação bacteriana e na falta de conhecimento sobre a resistência genética e de outras estratégias de controle da doença, é essencial evitar a introdução da bactéria em viveiros.
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O eucalipto é a espécie florestal mais plantada no Brasil, e por pertencer à família Myrtaceae sofre ataques de insetos que migram de hospedeiros nativos dessa planta, entre os quais Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae), espécie responsável por danos significativos a plantas desse grupo, em várias regiões do País. O estabelecimento e a preservação de reservas nativas têm sido uma das alternativas para reduzir a ação de agentes daninhos, pois promovem o aumento da diversidade ecológica e, conseqüentemente, favorecem a multiplicação e diversidade de inimigos naturais. Neste estudo, a coleta dos Lepidoptera foi realizada em duas situações, ou seja, em povoamentos de eucalipto sem e com faixas de vegetação nativa, utilizando armadilhas luminosas, dispostas em cinco diferentes situações de composição vegetal: 1 - no interior de uma área de cerrado a 100 m de sua borda; 2 - na zona de contato entre o cerrado e o eucaliptal; 3 - no interior do eucaliptal a 250 m de sua borda; 4 - no centro da faixa de cerrado, portanto a aproximadamente 500 m da borda; e 5 - no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda. O. vesulia apresentou 329 indivíduos, sendo mais abundante no sistema sem faixas, com 266 indivíduos, e apenas 63 indivíduos no sistema com faixas. Essa espécie foi constante (51,43%) no sistema sem faixas e acessória (45,71%) no com faixas, com freqüência de 1,15 e 1,66%, respectivamente, com coleta de maior número de indivíduos dessa espécie a partir da segunda quinzena de fevereiro, em ambos os sistemas. No sistema com faixas, O. vesulia foi mais coletada no interior do eucaliptal a 250 m da borda, com 31 indivíduos, enquanto no sem faixas o maior número de indivíduos dessa espécie foi registrado no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda.
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RESUMO Este trabalho objetivou avaliar os custos envolvidos na construção de modelos de biodigestores (indiano, chinês e canadense) no município de Cascavel – PR. Determinaram-se os custos de produção de energia a partir do biogás produzido por dejetos de caprinos, bovinos e suínos, para sistemas de semiconfinamento. Foram utilizadas propriedades rurais com 20; 40; 60; 80 e 100 animais de cada um dos três grupos avaliados. A partir do volume de dejetos produzidos por animal, foram dimensionados os biodigestores e calculados os custos para a construção e a implantação de cada modelo, e o custo total da produção anual de energia em função do número de animais. O biodigestor modelo canadense apresentou o menor custo de construção e de implantação, variando de R$ 2.104,00 a R$ 7.266,00. A geração de energia com dejetos de suínos apresentou o menor custo, variando de 0,015 a 0,050 R$/KWh em biodigestor modelo canadense. A maior produção anual de energia foi verificada para bovinos, variando de 24.090 kWh/ano a 120.450 kWh/ano, para os três modelos de biodigestor em estudo.
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OBJETIVO: Comparar a expressão gênica (mRNA) e protéica dos protooncogenes c-fos, c-myc e c-jun em miométrio normal e mioma humanos. MÉTODOS: Foi realizado um estudo do tipo caso-controle. O material foi coletado de 12 pacientes submetidas a histerectomia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A expressão do mRNA específico para c-myc, c-fos, c-jun e beta-microglobulina foi avaliada pela técnica de RT-PCR, utilizando primers específicos para cada gene. A expressão protéica destes protooncogenes foi avaliada através de Western blot com anticorpos específicos. RESULTADOS: Não houve diferença significativa para expressão gênica desses protooncogenes entre miométrio normal e mioma (c-myc: 0,87 ± 0,08 vs 0,87 ± 0,08, p = 0,952; c-fos: 1,10 ± 0,17 vs 1,01 ± 0,11, p = 0,21; c-jun: 1,03 ± 0,12 vs 0,96 ± 0,09, p = 0,168, respectivamente). Não houve diferença significativa para expressão protéica desses protooncogenes entre miométrio normal e mioma (c-myc: 1,36 ± 0,48 vs 1,53 ± 0,29, p = 0,569; c-fos: 8,85 ± 5,5 vs 6,56 ± 4,22, p = 0,434; e c-jun: 6,47 ± 3,04 vs 5,42 ± 2,03, p = 0,266, respectivamente). CONCLUSÃO: A expressão gênica (transcrição) e a expressão protéica (tradução) dos protooncogenes c-myc, c-fos e c-jun em mioma e miométrio normal são semelhantes.
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OBJETIVO: a identificação e biópsia do linfonodo sentinela (LS) no câncer de mama em estádio inicial vêm substituindo a dissecção axilar total. Neste estudo, será apresentada a técnica de processamento do LS, visando o diagnóstico de metástase oculta com base no exame histológico e imuno-histoquímico. MÉTODOS: entre os anos de 2002 e 2005, 266 linfonodos sentinelas foram dissecados em 170 pacientes com câncer de mama em estádio inicial. Foram incluídos apenas os linfonodos considerados negativos durante análise intra-operatória por citologia. Os linfonodos foram seccionados tranversalmente em quatro ou cinco fatias e incluídos em parafina. Em cada bloco de parafina, dois cortes histológicos com 4 µm de espessura foram montados em lâminas para microscopia de luz e corados pela técnica da hematoxilina-eosina e imunoperoxidase (citoqueratina AE1/AE3). RESULTADOS: a avaliação histológica convencional identificou metástase no LS de 22 pacientes (12,9%). Em seis destas (3,5%), o acometimento foi do tipo micrometástase. Já a metástase oculta diagnosticada exclusivamente pela imuno-histoquímica ocorreu em 16 pacientes (9,4%). Em 11 destas (6,5%) foram detectadas células tumorais isoladas e em cinco (2,9%), micrometástases. CONCLUSÕES: a associação do exame histológico de parafina e imuno-histoquímica aumenta a capacidade de identificar metástase oculta no LS de pacientes com câncer de mama em estádios iniciais.
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OBJETIVO: avaliar a frequência de quedas e sua associação com parâmetros estabilométricos de equilíbrio corporal em mulheres na pós-menopausa com e sem osteoporose. MÉTODOS: estudo corte transversal que incluiu 266 mulheres com e sem osteoporose, acima de 60 anos, amenorreia de no mínimo 12 meses. As mulheres foram entrevistadas quanto à ocorrência de quedas nos últimos 12 meses, informações clínicas e sociodemográficas. O diagnóstico de osteoporose foi verificado pela densitometria óssea e o equilíbrio corporal avaliado com plataforma de força. Para análise estatística foram calculadas médias, desvios padrão, percentuais, teste de Mann-Whitney, χ2 e Odds Ratio, coeficiente de correlação de Spearman. RESULTADOS: mulheres com osteoporose apresentaram menor índice de massa corpórea (IMC), menor escolaridade, menor tempo de uso de terapia hormonal e menor idade na menopausa. A frequência de quedas foi significativamente maior no grupo de mulheres com osteoporose (51,1%) (p<0,01), que apresentaram risco ajustado 1,9 (1,3 a 3,4) vez maior de quedas e 3,2 (1,2 a 8,2) vezes maior de quedas recorrentes que o grupo sem osteoporose. Mulheres com osteoporose apresentaram maior amplitude de deslocamento no eixo Y do que aquelas sem, no teste com olhos abertos. A análise de correlação ajustada entre os parâmetros de equilíbrio e quedas não mostrou correlação significativa com nenhum dos parâmetros avaliados. CONCLUSÕES: mulheres com osteoporose pós-menopausa apresentam maior frequência de quedas e maior risco de quedas recorrentes comparadas com mulheres sem osteoporose.
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OBJETIVO: estudar o perfil clínico e microbiológico de mulheres portadoras de vaginose bacteriana participantes de um ensaio clínico randomizado, duplamente mascarado, que comparou aroeira e metronidazol, em uso vaginal, para tratamento do corrimento genital. MÉTODOS: o estudo constitui-se em uma série de casos de 277 mulheres portadoras de vaginose bacteriana diagnosticada, concomitantemente, pelos critérios de Amsel e Nugent, selecionadas a partir de um total de 462 recrutadas, utilizando as informações colhidas antes da intervenção. A análise dos dados foi efetuada utilizando-se o programa Epi-Info 3.32. Para comparar as frequências dos desfechos entre os grupos de intervenção, foi utilizado o teste do χ2 e foi calculada a razão de risco e o intervalo de confiança a 95%. Foi feita análise por intenção de tratar. Além dos parâmetros de diagnósticos, foram também colhidas cultura do conteúdo vaginal e uma citologia de Papanicolaou. RESULTADOS: entre as queixas clínicas, as mais frequentes foram o corrimento genital, observado em 206 participantes (74,4%) e o odor de peixe da secreção vaginal, que ocorreu em 68,6% dos casos (190 pacientes). Dentre os critérios clínicos de diagnósticos, a presença de clue-cells foi positiva em 275 mulheres (99,3%), o teste de Whiff positivo apareceu em 266 participantes (96,0%), seguido do pH >4,5, que ocorreu em 92,8% dos casos e da presença de corrimento fluido e acinzentado, citado por 206 participantes (74,4%). Com relação ao critério de Nugent, a mediana dos escores foi o valor 8,0. As culturas de conteúdo vaginal permitiram a identificação de Gardnerella vaginalis em 96,8% e de Mobiluncus, em 53,1% dos casos. Apenas uma terça parte dos exames mostrou a presença de Lactobacillus (89 mulheres - 32,1%). Houve crescimento de fungos em culturas de 14 participantes (5,1%). Na maior parte dos casos, os resultados das culturas demonstraram a presença de Corynebacterium (94,2%), Cocos Gram-positivos (98,2%), além de bacilos Gram-positivos (99,3%) e negativos (91,0%). As colpocitologias oncóticas mostraram presença muito escassa de lactobacilos, que estiveram presentes em apenas 8 citologias (2,9%) do total de 273 exames realizados. CONCLUSÕES: os resultados do estudo não mostraram diferença em relação à literatura quanto aos sintomas referidos pelas mulheres, os critérios clínicos mais observados no diagnóstico, ou as espécies bacterianas demonstradas nas culturas de conteúdo vaginal. Os achados demonstram serem necessários novos estudos que melhor elucidem as inter-relações entre os achados microbiológicos e a expressão clínica da vaginose bacteriana. Registro do ensaio clínico: ISRCTN18987156
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OBJETIVO: Descrever a prevalência dos fatores de risco gestacionais e sua associação com desfechos materno-fetais desfavoráveis. MÉTODOS: Estudo longitudinal, descritivo e analítico, levando em conta 204 gestantes atendidas no ambulatório de pré-natal de maternidade pública entre maio de 2007 e dezembro de 2008. Os fatores de risco incluíram aspectos sociodemográficos, antecedentes pessoais, obstétricos e familiares, índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional elevado, excesso de ganho de peso gestacional e anemia. Desfechos adversos incluíram pré-eclâmpsia (PE), diabetes mellitus gestacional (DMG), parto cesariano, prematuridade e recém-nascido (RN) com peso alterado. RESULTADOS: A média de idade foi 26±6,4 anos, predominando as pardas (59,8%), com segundo grau completo e superior incompleto de escolaridade (51,8%), união estável (67,2%) e ocupação remunerada (51,0%). A maioria foi admitida no segundo trimestre (63,7%) e 16,7% no primeiro; 42,6% eram primíparas. Hipertensão arterial crônica (2,9%), pré-eclâmpsia (9,8%), excessivo ganho de peso na gestação (15,2%) e diabetes mellitus gestacional (1,0%) foram relatados em gestações anteriores. Na atual gestação foi encontrado IMC pré-gestacional elevado em 34,6% e ganho excessivo de peso em 45,5%, bem como anemia em 25,3% e dislipidemia em 47,3%. O rastreamento para diabetes mellitus gestacional indicado em 17,5% foi confirmado em 3,4% das mulheres. A proteína urinária elevada em amostra única ocorreu em 16,4%. Resultados materno-fetais adversos incluíram PE (4,5%), DMG (3,4%), prematuridade (4,4%) e partos cesarianos (40,1%). RNs grandes para a idade gestacional (GIG) somaram 9,8% e pequenos para a idade gestacional (PIG), 13,8%. A análise de regressão de Poisson multivariada identificou IMC pré-gestacional elevado (>25 kg/m²) como preditor independente para PE (risco relativo (RR) de 17,2 e intervalo de confiança (IC) 95% 2,1-137,5) e parto cesariano (RR=1,8; IC95% 1,1-2,8). A cesárea prévia mostrou-se preditora para novo parto cirúrgico (RR=2,3; IC95% 1,3-3,9). Ganho de peso gestacional excessivo e anemia foram preditores de risco para RN com peso aumentado (RR=4,7; IC95% 1,6-14,0 e RR=3,4; IC95% 1,4-8,1, respectivamente). CONCLUSÃO: O sobrepeso e a obesidade pré-gestacionais, o ganho excessivo de peso na gestação e a anemia foram fatores de risco para pré-eclâmpsia, parto cesariano e alteração de peso do RN.
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PURPOSE: To investigate relationship between placental thickness during the second and third trimesters and placental and birth weights. METHODS: From January 2011 to June 2012, a total of 250 singleton pregnant women presented at our antenatal clinic were enrolled in this prospective study. All recruited women were assessed at the 1st trimester screening for baseline demographic and obstetric data. The placental thickness was measured trans-abdominally by placing the ultrasound transducer perpendicularly to the plane of the placenta, in the area of the cord insertion at second and third trimester. Pearson's correlation analysis was used to establish the degree of relationship between placental thickness and birth and placental weights. RESULTS: Of 250 recruited participants, 205 women were able to complete the study. The mean age of cases was 26.4±5.1. Values of mean birth and placental weights were 305.56±657.0 and 551.7±104.8 grams respectively. Ultrasonographic measures of placental thickness in second and third trimester and changes between them were 21.68±4.52, 36.26±6.46 and 14.67±5.67 mm respectively. There was a significant positive correlation between placental thickness and birth weight in the second and third trimesters (r=0.15, p=0.03; r=0.14, p=0.04 correspondingly). CONCLUSION: According to our study, birth weight has a positive relation with both second and third trimester placental thickness; however, placental thickness change could not predict low birth weight.
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Objetivo Avaliar se há correlação das dosagens de frutosamina e de hemoglobina glicosilada (HbA1c) com as frequências de desvios de glicemia capilar em gestantes com diabetes mellitus. Métodos estudo observacional, retrospectivo, de corte transversal, incluindo todas as gestantes comdiabetes que iniciaram o pré-natal emhospital terciário de ensino durante o ano de 2014 e que apresentavam pelo menos 20 dias de auto monitoramento glicêmico previamente às dosagens séricas de frutosamina e de HbA1c. Os desvios de glicemia capilar foram considerados "hipoglicemias" quando menores que 70mg/dL ou "hiperglicemias" quando acima do alvo glicêmico terapêutico para o horário. Foram testadas as correlações lineares par a par das dosagens de frutosamina e de HbA1c com as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias capilares pelo teste Tau-b de Kendall. Na sequência, foi avaliada a regressão linear entre as dosagens de HbA1c e de frutosamina e as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias. Resultados Foram incluídas 158 gestantes que contribuíram com 266 amostras para dosagem sérica de frutosamina e HbA1c. As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes τ de Kendall de 0,29 (p < 0,001) e 0,5 (p < 0,001) com a frequência de hiperglicemias, e de 0,09 (p = 0,04) e 0,25 (p < 0,001) com a frequência de hipoglicemias capilares. No modelo de regressão linear, as dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes de determinação R2 = 0,26 (p < 0,001) e R2 = 0,51 (p < 0,001) para a predição de hiperglicemias, e R2 = 0,03 (p = 0,003) e R2 = 0,059 (p < 0,001) para a predição de hipoglicemias. Conclusão As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentam correlação fraca a moderada com as frequências de hiperglicemias e hipoglicemias capilares no auto monitoramento glicêmico e não são capazes de traduzir com precisão os desvios da meta glicêmica no tratamento de gestantes com diabetes.
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Um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA de bloqueio com anticorpo monoclonal (ELISA-M) foi desenvolvido e padronizado para a detecção de anticorpos contra o vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (Herpesvírus Bovino tipo 1; BHV-1). Foram utilizadas nesta avaliação 266 amostras de soros bovinos, sendo 148 negativos e 118 positivos em testes de soroneutralização (SN). Em comparação com este último, o ELISA-M demonstrou uma sensibilidade de 92,37%, especificidade de 92,56%, valor preditivo positivo de 90,83%, valor preditivo negativo de 93,83% e precisão de 92,48%. O índice de concordância (k) entre os testes foi de 0,85. O ELISA-M apresentou como vantagens a rapidez e a praticidade de execução. Com base nestes resultados, o ELISA-M foi considerado uma alternativa apropriada para o diagnóstico sorológico de infecções pelo BHV-1. Entretanto, o teste não foi capaz de diferenciar anticorpos induzidos por BHV-1 ou BHV-5.
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Resumo: Neoplasmas em suínos são raros. Esse trabalho descreve os neoplasmas encontrados em suínos na rotina diagnóstica de um laboratório de patologia veterinária localizado na Região Central do Rio Grande do Sul. Durante um período de 49 anos, 2.266 casos de várias afecções em suínos foram encontrados, dos quais 37 (1,6%) eram neoplasmas. Em ordem decrescente de frequência, os seguintes neoplasmas foram encontrados: Linfoma (11/37), nefroblastoma (11/37), melanoma (8/37) e papiloma (2/37). Adicionalmente, um caso de cada um dos seguintes tumores foi observado: Adenoma hepatocelular, carcinoma hepatocelular, colangiocarcinoma, histiocitoma fibroso maligno e sarcoma granulocítico. O aspecto macroscópico e histológico desses tumores é descrito e a sua epidemiologia é comparada com os dados disponíveis na literatura para neoplasia suína.
Resumo:
(Fungos microscópicos da Mata Atlântica de Paranapiacaba, São Paulo, Brasil). Na Mata Atlântica de Paranapiacaba, no estado de São Paulo, 1770 ocorrências de diferentes táxons de fungos foram registradas de julho de 1988 a maio de 1990. Para a água do riacho foram reportadas 319 ocorrências, 405 para o solo, 565 em folhas submersas de Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. e 481 em folhas dispostas sobre o solo. Mastigomycotina representou 316 ocorrências com 20 espécies, Zygomycotina 266 ocorrências com 13 espécies, Deuteromycotina 1107 ocorrências com 82 táxons e Ascomycotina 81 ocorrências com oito espécies. Os fungos foram isolados pelos métodos da lavagem de discos de folhas, placa de solo e iscagem utilizando substratos quitínicos, queratínicos e celulósicos. As folhas de A. triplinervia suportaram o maior número de táxons e de ocorrências de fungos, seguidas pelo solo e pela água do riacho.
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Temporal variation of Nitella furcata (Roxburgh ex Bruzelius) C. Agardh emend. R. D. Wood subsp. mucronata (A. Braun) R. D. Wood var. mucronata f. oligospira (A. Braun) R. D. Wood biomass and chemical composition were studied at the Ninféias Pond (23°38'18.9" S, 46°37'16.3" W), a mesotrophic reservoir located in the Parque Estadual das Fontes do Ipiranga Biological Reserve, Municipality of São Paulo, Southeast Brazil. Plants were collected monthly from October 1996 to October 1997 at three fixed stations of reservoir's littoral region. Charophyte biomass spatial distribution pattern did not vary significantly throughout the study period at all sampling stations. As to seasonal variation, the highest average values of the total alga biomass (98.35-266.06 g m-2 DW) were registered during the rainy season, whereas lowest values (48.86-170.56 g m-2 DW) were in the dry season. P values varied from 23.8 to 225.2 mg m-2 and C from 139 to 353 mg m-2. During the rainy season, greatest air and water temperature, rain precipitation, turbidity and dissolved inorganic nitrogen values were measured, constituting the best conditions for charophyte growth. Water temperature and nutrient availability in the reservoir played a decisive role towards growth and accumulation of algal biomass.