52 resultados para 189-1168A
Resumo:
FUNDAMENTO: No Brasil, desde 2001, as anomalias congênitas constituem a segunda causa de morte em crianças menores de um ano, respondendo os defeitos cardiovasculares por 39,4% destes óbitos. OBJETIVOS: Conhecer a prevalência e as características das malformações cardíacas congênitas em necropsias pediátricas realizadas no Hospital Regional da Asa Sul, Brasília, DF, de janeiro de 1996 a dezembro de 2007. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, sendo revisadas 1591 necropsias realizadas de janeiro de 1996 a dezembro de 2007 e encontradas 189 (11,9%) com malformações cardíacas congênitas, incluídas neste trabalho. RESULTADOS: As anomalias cardíacas foram observadas principalmente no grupo dos neomortos (117/61,9%), seguindo-se o grupo dos natimortos (35/18,5%), o grupo dos lactentes (30/15,9%) e o grupo dos pré-escolares (7/3,7%), não havendo nenhum caso entre os escolares. As principais alterações detectadas nessa população foram: a comunicação interatrial em 96 pacientes (27%), a comunicação interventricular em 66 (18,5%) e a persistência do canal arterial em 51 (14,3%), sem predomínio entre os sexos. Em 133 pacientes (70,4%), as cardiopatias eram múltiplas e em 96 (50,8%) estavam associadas a anomalias de outros órgãos e sistemas; dentre esses, 45 (23,8%) apresentaram cardiopatias como componentes de síndromes, destacando-se a alta prevalência de doenças cromossômicas, especialmente as trissomias, em todas as faixas etárias. CONCLUSÕES: Os resultados deste trabalho mostram elevada prevalência de anomalias cardíacas congênitas em nosso meio e distribuição e associações semelhantes às observadas em países desenvolvidos. A elevada mortalidade associada a essas anomalias alerta para a necessidade de pesquisas mais abrangentes a fim de se conhecer os fatores de risco e buscar a prevenção primária de alguns desses defeitos.
Resumo:
FUNDAMENTO: De um ponto de vista mecanístico, a apneia obstrutiva do sono (SAOS) pode causar distúrbios extras à homeostase cardiovascular na presença de síndrome coronariana aguda (SCA). OBJETIVO: Investigar se um diagnóstico clínico padronizado de SAOS, em pacientes com SCA, prediz o risco de eventos cardiovasculares durante hospitalização. MÉTODOS: Em um estudo de coorte prospectivo, um grupo de 200 pacientes com diagnóstico de SCA estabelecido entre Setembro de 2005 e Novembro de 2007, foram estratificados pelo Questionário de Berlim (QB) para o risco de SAOS (alto ou baixo risco). Foi testado se o subgrupo de alto risco para SAOS apresenta maior tendência à eventos cardiovasculares. O endpoint primário avaliado foi um desfecho composto de morte cardiovascular, eventos cardíacos isquêmicos recorrentes, edema pulmonar agudo e acidente vascular cerebral durante a hospitalização. RESULTADOS: Noventa e quatro (47%) dos pacientes identificados pelo QB apresentavam suspeita de SAOS. Alto risco para SAOS estava associado com uma mortalidade mais elevada, embora sem diferença estatística (4,25% vs 0,94%; p=0,189), mas com uma estatisticamente significante maior incidência de desfecho composto de eventos cardiovasculares (18,08% vs 6,6%; p=0,016). No modelo de regressão logística, os preditores multivariados de desfecho composto de eventos cardiovasculares foram idade (OR = 1,048; IC95%: 1,008 a 1,090; p=0,019), fração de ejeção do VE (OR = 0,954; IC95%: 0,920 a 0,989; p=0,010), e risco mais elevado de SAOS (OR = 3,657; IC95%: 1,216 a 10,996; p=0,021). CONCLUSÃO: O uso de um questionário simples e validado (QB) para identificar pacientes com risco mais elevado de SAOS pode ajudar a prever o desfecho cardiovascular durante a hospitalização. Além disso, nossos dados sugerem que SAOS é muito comum em pacientes com SCA.
Resumo:
FUNDAMENTO: O controle das respostas cardiovasculares durante exercício resistido (ER) é importante para a segurança do paciente. OBJETIVO: Investigar a influência do número de repetições máximas (RM) e dos intervalos de recuperação entre séries (IR) sobre a frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e duplo produto (DP) durante ER. MÉTODOS: Vinte sujeitos saudáveis (26 ± 5 anos) realizaram protocolos de ER envolvendo três séries do leg press (6 e 12 RM) e IR proporcional ao tempo de contração (1:3 e 1:5). Aferiu-se a FC continuamente com cardiofrequencímetro e a PAS foi verificada ao final das séries, por meio de protocolo validado com método auscultatório. RESULTADOS: A FC sofreu influência da carga (p = 0,008) e das séries (p < 0,001), mas não do IR (p = 0,087). A PAS sofreu efeito isolado do número de séries (p < 0,001) e do IR (p = 0,017), mas não da carga (p = 0,95). O DP elevou-se em relação direta com a carga (p = 0,036) e com as séries (p < 0,001), mas inversamente ao IR (p = 0,006). Nos protocolos de 6 RM, a variação da FC foi maior para IR = 1:3 (Δ = 11,2 ± 1,1 bpm) do que para IR = 1:5 (Δ = 4,5 ± 0,2 bpm; p = 0,002), mas não houve diferença para 12 RM (Δ 1:3 = 21,1 ± 2,2 bpm; Δ 1:5 = 18,9 ± 2,0 bpm, p = 0,83). O IR influenciou a variação da PAS em todas as cargas (6 RM - Δ 1:3 = 10,6 ± 0,9 mmHg, Δ 1:5 = 6,6 ± 0,7 mmHg; p = 0,02 e 12 RM - Δ 1:3 = 15,2 ± 1,1 mmHg, Δ 1:5 = 8,4 ± 0,7 mmHg; p = 0,04). O DP elevou-se proporcionalmente à carga (p = 0,036) e para séries (p < 0,001), mas inversamente ao IR (p = 0,006). Com IR = 1:3, houve diferença de DP para 6 RM (Δ = 2.892 ± 189 mmHg.bpm) e 12 RM (Δ = 4.587 ± 300 mmHg.bpm; p = 0,018), mas não com IR = 1:5 (6 RM: Δ = 1.224 ± 141 mmHg.bpm, 12 RM: Δ = 2.332 ± 194 mmHg.bpm; p = 0,58). CONCLUSÃO: Independentemente da carga, um maior IR associou-se a menores respostas cardiovasculares durante ER, especialmente de PAS.
Resumo:
FUNDAMENTO: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é comum em pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e estenose aórtica (EAo) e, com certa frequência, encontramos associação entre estas patologias. Mas, em tal situação, não está clara a importância de cada uma na HVE. OBJETIVO: 1 - Avaliar em pacientes portadores de EAo, submetidos previamente a estudo ecocardiográfico, a magnitude da HVE, nos casos de EAo isolada e associada à HAS; 2 - Avaliar o padrão de remodelamento geométrico nas duas situações. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional e transversal, incluindo 298 pacientes consecutivos, com EAo ao ecocardiograma. HVE foi considerada para massa miocárdica > 224g em homens e > 162g em mulheres. Os pacientes foram classificados como portadores de EAo leve (gradiente máximo < 30,0 mmHg), moderada (entre 30 e 50,0 mmHg) e grave (> 50,0 mmHg), além disso, foram separados em dois subgrupos: com e sem HAS. RESULTADOS: Nos três níveis de lesão aórtica, a massa ventricular esquerda foi maior na EAo associada à HAS do que na EAo isolada (EAo leve: 172 ± 45 vs 223 ± 73g, p < 0,0001; EAo moderada: 189 ± 77 vs 245 ± 81g, p = 0,0313; EAo grave: 200 ± 62 vs 252 ± 88g, p = 0,0372). Presença de HAS esteve associada a maior risco de HVE (OR = 2,1,IC95%:1,2-3,6; p = 0,012). Pacientes com EAo grave e HAS apresentaram predomínio de hipertrofia concêntrica, quando comparados com aqueles normotensos (p = 0,013). CONCLUSÃO: Em pacientes com EAo, a presença de HAS foi um fator adicional de aumento da massa ventricular esquerda, interferindo também na geometria ventricular.
Resumo:
FUNDAMENTO: Sabe-se que hábitos de vida inadequados favorecem a hipertensão, e os adventistas preconizam hábitos saudáveis. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da hipertensão nos adventistas do sétimo dia na capital e no interior paulistas. MÉTODOS: Foram estudados 264 adventistas (41,17 ± 15,27 anos, 59,8% mulheres, com alto nível de religiosidade avaliada pela escala Duke-DUREL). A medida da pressão arterial foi realizada com aparelho automático validado. Nível de significância adotado foi p < 0,05. Resultados: A prevalência total de hipertensão foi 22,7%, (27,4% no interior e 15% na capital). Os adventistas da capital diferiram dos do interior (p < 0,05), respectivamente, quanto: escolaridade superior (62% vs 36,6%); ter vínculo empregatício (44%) vs autônomos (40,9%); renda familiar (8,39 ± 6,20 vs 4,59 ± 4,75 salários mínimos) e renda individual (4,54 ± 5,34 vs 6,35 ± 48 salários mínimos); casal responsável pela renda familiar (35% vs 39,6%); vegetarianismo (11% vs 3%); pressão arterial (115,38 ± 16,52/68,74 ± 8,94 vs 123,66 ± 19,62/74,88 ± 11,85 mmHg); etnia branca (65% vs 81,1%); casados (53% vs 68,9%); menor apoio social no domínio material (15,7 ± 5,41 vs 16,9 ± 4,32) e lembrar da última vez que mediu a pressão arterial (65% vs 48,8%). A análise multivariada associou hipertensão com: 1) vegetarianismo (OR 0,051, IC95% 0,004-0,681), 2) escolaridade (OR 5,317, IC95% 1,674-16,893), 3) lembrar quando mediu a pressão (OR 2,725, IC95% 1,275-5,821), 4) aposentado (OR 8,846, IC95% 1,406-55,668), 5) responsável pela renda familiar (OR 0,422, IC95% 0,189-0,942). CONCLUSÃO: A prevalência de hipertensão dos adventistas foi menor se comparada com estudos nacionais, sendo menor na capital em relação ao interior possivelmente por melhores condições socioeconômicas e hábitos de vida.
Resumo:
FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca (IC) é doença que cursa com má evolução, especialmente naqueles com IC avançada. A dosagem de peptídeo natriurético tipo B(BNP), ao lado da utilidade no diagnóstico da descompensação cardíaca, vem se mostrando útil na avaliação prognóstica. OBJETIVOS: Verificar se os níveis de BNP identificam quais pacientes evoluiriam pior e se o BNP seria fator independente de mortalidade considerando-se idade, sexo, funções cardíaca e renal e etiologia da cardiopatia. MÉTODOS: 189 pacientes com IC avançada em classe funcional III/IV foram estudados. Todos tinham disfunção sistólica e dosaram-se os níveis de BNP na hospitalização. Analisaram-se as variáveis relacionadas com a mortalidade através de análises univariada e multivariada. RESULTADOS: Os níveis de BNP foram mais elevados nos pacientes que morreram no primeiro ano de seguimento (1.861,9 versus 1.408,1 pg/dL; p = 0,044) e nos chagásicos (1.985 versus 1.452 pg/mL; p = 0,001), e esses pacientes chagásicos tiveram maior mortalidade no primeiro ano de seguimento (56% versus 35%; p = 0,010). Pela curva ROC, o valor de BNP de 1.400 pg/mL foi o melhor preditor de eventos, estando os valores elevados associados a FEVE mais baixa (0,23 versus 0,28; p = 0,002) e maior grau de disfunção renal (ureia média 92 versus 74,5 mg/dL; p = 0,002). CONCLUSÃO: Na IC avançada, os níveis elevados de BNP identificam pacientes com maior potencial de pior evolução. Os pacientes chagásicos apresentam níveis mais elevados de BNP do que as outras etiologias e têm pior evolução.
Resumo:
FUNDAMENTO: A relevância do padrão de geometria após o infarto do miocárdio não é conhecida. OBJETIVOS: Analisar a presença de diferentes padrões de geometria ventricular esquerda (VE) e seu impacto como preditor de remodelação em pacientes com infarto do miocárdio. MÉTODOS: Pacientes com infarto agudo anterior (n = 80) foram divididos de acordo com o padrão de geometria: normal (índice de massa [IMVE] normal e espessura relativa da parede [ERP] normal), remodelação concêntrica (IMVE normal e ERP aumentada), hipertrofia concêntrica (IMVE e ERP aumentadas) e hipertrofia excêntrica (IMVE aumentado e ERP normal). Após seis meses, foi repetido o ecocardiograma. RESULTADOS: Quatro pacientes foram a óbito. Dos sobreviventes, 41 apresentaram remodelação (R+), enquanto 39 não remodelaram (R-). Considerando-se o padrão geométrico, houve a seguinte distribuição: 24 pacientes com padrão normal, 13 com remodelação concêntrica, 29 com hipertrofia concêntrica e 14 com hipertrofia excêntrica. Os pacientes que remodelaram apresentaram maiores tamanhos de infarto analisados pelo pico da CPK (R+ = 4.610 (1.688 - 7.970), R- = 1.442 (775 - 4.247), p < 0,001) e da CK-MB (R+ = 441 (246 - 666), R- = 183 (101 - 465), p < 0,001), tendência a maior prevalência de remodelação concêntrica (R+ = 10, R- = 3, p = 0,08) e menor prevalência de hipertrofia excêntrica (R+ = 2, R- = 12, p = 0,006). Na análise de regressão multivariada, o tamanho do infarto foi preditor (OR = 1,01; p = 0,020) e a hipertrofia excêntrica foi fator protetor (OR = 0,189; p = 0,046) de remodelação ventricular após a oclusão coronariana. CONCLUSÃO: O padrão de geometria ventricular pode ter impacto no processo de remodelação em pacientes com infarto do miocárdio.
Blood Pressure Variation Throughout Pregnancy According to Early Gestational BMI: A Brazilian Cohort
Resumo:
Background: The maternal cardiovascular system undergoes progressive adaptations throughout pregnancy, causing blood pressure fluctuations. However, no consensus has been established on its normal variation in uncomplicated pregnancies. Objective: To describe the variation in systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) levels during pregnancy according to early pregnancy body mass index (BMI). Methods: SBP and DBP were measured during the first, second and third trimesters and at 30-45 days postpartum in a prospective cohort of 189 women aged 20-40 years. BMI (kg/m2) was measured up to the 13th gestational week and classified as normal-weight (<25.0) or excessive weight (≥25.0). Longitudinal linear mixed-effects models were used for statistical analysis. Results: A decrease in SBP and DBP was observed from the first to the second trimester (βSBP=-0.394; 95%CI: -0.600- -0.188 and βDBP=-0.617; 95%CI: -0.780- -0.454), as was an increase in SBP and DBP up to 30-45 postpartum days (βSBP=0.010; 95%CI: 0.006-0.014 and βDBP=0.015; 95%CI: 0.012-0.018). Women with excessive weight at early pregnancy showed higher mean SBP in all gestational trimesters, and higher mean DBP in the first and third trimesters. Excessive early pregnancy BMI was positively associated with prospective changes in SBP (βSBP=7.055; 95%CI: 4.499-9.610) and in DBP (βDBP=3.201; 95%CI: 1.136-5.266). Conclusion: SBP and DBP decreased from the first to the second trimester and then increased up to the postpartum period. Women with excessive early pregnancy BMI had higher SBP and DBP than their normal-weight counterparts throughout pregnancy, but not in the postpartum period.
Resumo:
AbstractBackground:Human tissue kallikrein (hK1) is a key enzyme in the kallikrein–kinin system (KKS). hK1-specific amidase activity is reduced in urine samples from hypertensive and heart failure (HF) patients. The pathophysiologic role of hK1 in coronary artery disease (CAD) remains unclear.Objective:To evaluate hK1-specific amidase activity in the urine of CAD patientsMethods:Sixty-five individuals (18–75 years) who underwent cardiac catheterism (CATH) were included. Random midstream urine samples were collected immediately before CATH. Patients were classified in two groups according to the presence of coronary lesions: CAD (43 patients) and non-CAD (22 patients). hK1 amidase activity was estimated using the chromogenic substrate D-Val-Leu-Arg-Nan. Creatinine was determined using Jaffé’s method. Urinary hK1-specific amidase activity was expressed as µM/(min · mg creatinine) to correct for differences in urine flow rates.Results:Urinary hK1-specific amidase activity levels were similar between CAD [0.146 µM/(min ·mg creatinine)] and non-CAD [0.189 µM/(min . mg creatinine)] patients (p = 0.803) and remained similar to values previously reported for hypertensive patients [0.210 µM/(min . mg creatinine)] and HF patients [0.104 µM/(min . mg creatinine)]. CAD severity and hypertension were not observed to significantly affect urinary hK1-specific amidase activity.Conclusion:CAD patients had low levels of urinary hK1-specific amidase activity, suggesting that renal KKS activity may be reduced in patients with this disease.
Resumo:
Muscidae flies belonging to four Familia and 13 species in a total number of 3.652 specimens were collected from beaches at Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Brazil using different breeding substrates, and subsequently bred in the laboratory. Captures were done from April to November 1989, using in a first phase different substrates: fruits (banana and papaya), vegtable (tomato), animal viscera (bovine liver), marine animals (fish, crab, shrimp, squid), mouse carcass and feaces (human and canine). The species collected more often were: Fannia sp. (subgroup pusio), Chrysomya megacephala, Phaenicia eximia, Synthesiomyia nudiseta, Peckya chrysostoma, Musca domestica and Atherigona orientalis. In a later phase, only fish was used, as bait and placed directly on the beach sand. From a total of 189 pupae, the following adult specimen were obtained: Peckia chrysostoma (58.06%), Chrysomya megacephala (30.64%) and in lesser numbers Synthesiomyia nudiseta and Phaenicia eximia.
Resumo:
Aspects related to hatching, time-lapse between presenting the blood meal and beginning of feeding, feeding time, postfeed defecation delay,life time, mortality and fecundity for each stage of Meccus picturatus, life-cycle were evaluated and compared in two cohorts of M. picturatus fed on hens or rabbits. The hatching rate observed for each of the two studied groups of eggs was 78.1% (n = 2298) on the group fed on hens and 82.1% (n = 2704) on that fed on rabbits, and the average time of hatching was 20 days. Mean time-lapse for beginning feeding was under 3 min in nymphal stages and postfeed defecation delay was under 10 min in all stages, in both cohorts. Mean feeding time was significantly (P < 0.05) shorter in triatomines fed on hens than on rabbits. A similar number of nymphs of each cohort, 69 fed on hens (34.5%) and 68 fed on rabbits (34%), completed the cycle. No significantly (P > 0.05) differences were recorded among the average times from NI to adult in the cohort fed on hens (196.8 ± 15.8 days) and the average time in the cohort fed on rabbits (189.5 ± 22.9). The average span in days for each stage fed on hens was not significantly different to the average span for each stage fed on rabbits. The number of blood meals at each nymphal stage varied from 1 to 6 in both cohorts. The mortality rates were higher on fifth nymphal stage, in both cohorts. No significant (P > 0.05) differences were recorded on mortality rates on most nymphal stages of both cohorts. The average number of eggs laid per female from the cohort fed on hens in a 9-month period was 791.1, whereas the average number of eggs in the cohort fed on rabbits was 928.3.
Resumo:
Mycobacterium kansasii is the most common cause of pulmonary nontuberculous mycobacteria infection and classical identification of this pathogen needs a time consuming phenotypic tests. Polymerase chain reaction-restriction fragment lenght polymorphism analysis (PRA) of the gene enconding for the 65kDa heat shock (hsp65) protein offers an easy, rapid, and inexpensive procedure to identify and subtype M. kansasii isolates. In the present study, we performed a retrospective analysis of patients who had mycobacteria identified on the basis of phenotypic tests by means of a review of database at Mycobacteria Laboratory of the Instituto Adolfo Lutz in the period 1995-1998. A total of 9381 clinical isolates were analyzed of which 7777 (82.9%) were identified as M. tuberculosis complex and 1604 (17.1%) as nontuberculous mycobacteria. Of the 296 M. kansasii isolates, 189 (63.8%) isolates obtained from 119 patients were viable and were analyzed by PRA-hsp65. Hundred eight two (98.9%) were classified as M. kansasii type I. Two isolates were classified as type II and III and five isolates were characterized as other Mycobacterium species. Clinical isolates of M. kansasii in the state of São Paulo was almost exclusively subtype I regardless of HIV status.
Resumo:
The population genetic structure of Anopheles darlingi, the major human malaria vector in the Neotropics, was examined using seven microsatellite loci from nine localities in central and western Amazonian Brazil. High levels of genetic variability were detected (5-25 alleles per locus; H E = 0.519-0.949). There was deviation from Hardy-Weinberg Equilibrium for 59.79% of the tests due to heterozygote deficits, while the analysis of linkage disequilibrium was significant for only two of 189 (1.05%) tests, most likely caused by null alleles. Genetic differentiation (F ST = 0.001-0.095; Nm = 4.7-363.8) indicates that gene flow is extensive among locations < 152 km apart (with two exceptions) and reduced, but not absent, at a larger geographic scale. Genetic and geographic distances were significantly correlated (R² = 0.893, P < 0.0002), supporting the isolation by distance (IBD) model. The overall estimate of Ne was 202.4 individuals under the linkage disequilibrium model, and 8 under the heterozygote excess model. Analysis of molecular variance showed that nearly all variation (~ 94%) was within sample locations. The UPGMA phenogram clustered the samples geographically, with one branch including 5/6 of the state of Amazonas localities and the other branch the Acre, Rondônia, and remaining Amazonas localities. Taken together, these data suggest little genetic structure for An. darlingi from central and western Amazonian Brazil. These findings also imply that the IBD model explains nearly all of the differentiation detected. In practical terms, populations of An. darlingi at distances < 152 km should respond similarly to vector control measures, because of high gene flow.
Resumo:
Rhodnius ecuadoriensis is the second most important vector of Chagas Disease (CD) in Ecuador. The objective of this study was to describe (and compare) the life cycle, the feeding and defecation patterns under laboratory conditions of two populations of this specie [from the provinces of Manabí (Coastal region) and Loja (Andean region)]. Egg-to-adult (n = 57) development took an average of 189.9 ± 20 (Manabí) and 181.3 ± 6.4 days (Loja). Mortality rates were high among Lojan nymphs. Pre-feeding time (from contact with host to feeding initiation) ranged from 4 min 42 s [nymph I (NI)] to 8 min 30 s (male); feeding time ranged from 14 min 45 s (NI)-28 min 25 s (male) (Manabí) and from 15 min 25 s (NI)-28 min 57 s (nymph V) (Loja). The amount of blood ingested increased significantly with instar and was larger for Manabí specimens (p < 0.001). Defecation while feeding was observed in Manabí specimens from stage nymph III and in Lojan bugs from stage nymph IV. There was a gradual, age-related increase in the frequency of this behaviour in both populations. Our results suggest that R. ecuadoriensis has the bionomic traits of an efficient vector of Trypanosoma cruzi. Together with previous data on the capacity of this species to infest rural households, these results indicate that control of synanthropic R. ecuadoriensis populations in the coastal and Andean regions may have a significant impact for CD control in Ecuador and Northern Peru.
Resumo:
Brazil was the first Latin American country to introduce universal group A rotavirus (RV-A) vaccination in March 2006, resulting in a unique epidemiological scenario. Since RV-A first identification in Brazil, 2,691 RV-A-positive stool samples, collected between 1982- 2007, were typed by independent research groups throughout the country. In the pre-vaccination era, 2,492 RV-A-positive samples collected from 1982-2005 were successfully typed, while 199 samples were analyzed from 2006-2007. According to the reviewed studies, there were two important times in the pre-vaccination era: (i) the period from 1982-1995, during which the detection of G5P[8] RV-A, in addition to the classical genotypes G1-4, challenged vaccine development programs; and (ii) the period from 1996-2005, during which genotype G9P[8] emerged, following a global trend. The rate of G2P[4] RV-A detection decreased from 26% (173/653) during 1982-1995 to 2% (43/1,839) during 1996-2005. The overall detection rate of RV-A genotypes from 1982-2005 was as follows: 43% (n = 1,079) G1P[8]/G1P[not typed (NT)]; 20% (n = 488) G9P[8]/G9P[NT]; 9% (n = 216) G2P[4]/G2P[NT]; 6% (n = 151) G3P[8]/G3P[NT]; 4% (n = 103) G4P[8]/G4P[NT]; and 4% (n = 94) G5P[8]/G5P[NT]. Mixed infections accounted for 189 (7%) of the positive samples, while atypical G/P combinations or other genotypes, including G6, G8, G10 and G12, were identified in 172 (7%) samples. The initial surveillance studies carried out in several Brazilian states with RV-A-positive samples collected in 2006 and 2007 show a predominance of G2P[4] strains (148/199 or 74%). Herein, we review RV-A typing studies carried out since the 1980s in Brazil, highlighting the dynamics of RV-A strain circulation profiles before and early after universal use of RV-A vaccine in Brazil.