512 resultados para comparação múltipla


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OBJETIVO: comparar a acurácia de dois radiocolóides na marcação do linfonodo sentinela (LNS) por imagem. MÉTODOS: as pacientes foram incluídas no período de maio de 2002 a abril de 2004. Neste estudo duplo-cego, a paciente foi submetida duas vezes ao mesmo exame, mas com fármacos diferentes, sendo que os fármacos, tecnécio-99m-dextrano 500 (dextrano) e tecnécio-99m-fitato (fitato), foram injetados, na mama, em quatro pontos na área peritumoral e no subcutâneo superficialmente ao tumor, com volume de 2 ml, contendo de 1,0 a 1,5 mCi, em alíquotas de 0,4 ml. Para a obtenção das imagens, duas horas após a injeção do radiofármaco, usamos gama-câmera com colimador de alta resolução. A drenagem linfática axilar foi identificada em imagens radiográficas estáticas, anterior e lateral. A estatística para pares discordantes foi realizada pelo teste de MacNemar e pelo teste Z para proporções. RESULTADOS: na análise das 40 pacientes, obtiveram-se 15 pares com imagens positivas iguais, 4 pares com imagens negativas e 21 pares com imagens distintas, seja porque uma era negativa, seja porque o número de LNS marcados era diferente. A análise do desempenho quanto ao sucesso e insucesso mostrou 35 e 27 imagens positivas e 5 e 13 imagens negativas, respectivamente para o dextrano e o fitato, sendo que das negativas 4 eram comuns. O estudo estatístico pelo teste de MacNemar mostrou p=0,026, com odds ratio (OR) = 0,11 e IC 95% 0,01

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OBJETIVO: avaliar a prevalência do hipotiroidismo subclínico e suas repercussões sobre o perfil lipídico e a densidade mineral óssea (DMO) em mulheres na pós-menopausa. Métodos: trata-se de estudo transversal com recuperação de dados de prontuários de pacientes acompanhadas em ambulatório de climatério. Critérios de inclusão: mulheres na pós-menopausa com dosagem do hormônio estimulador da tiróide (TSH) e de tiroxina livre (T4-L). Critérios de exclusão: hipertiroidismo e carcinoma de tiróide. Considerou-se hipotiroidismo subclínico valores de TSH superiores a 5,0 mUI/mL e T4-L normal. Foram selecionadas 320 pacientes (idade 55,2±6,4 anos) divididas em 3 grupos: função tiroideana normal (n=208), hipotiroidismo subclínico (n=53) e hipotiroidismo clínico sob tratamento (n=59). Foram analisados dados clínicos, uso de terapia hormonal, índice de massa corpórea (IMC=kg/m²), perfil lipídico (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos) e DMO da coluna lombar e fêmur. Na análise estatística, as diferenças entre as médias dos grupos foram comparadas utilizando-se a análise de variância (ANOVA). Para múltipla comparação, assumindo que a variância era diferente entre os grupos, utilizou-se o método de Tukey. RESULTADOS: o hipotiroidismo subclínico foi diagnosticado em 16,1% dos casos. Os grupos foram homogêneos quanto às características clínicas, IMC e perfil lipídico e uso de terapêutica hormonal. Nas pacientes com hipotiroidismo subclínico ou clínico encontrou-se menor freqüência de osteopenia na coluna lombar e fêmur quando comparadas às eutiroidianas (p<0,001). Houve correlação negativa entre os valores de TSH e DMO da coluna lombar e fêmur (p<0,001). Não se constatou correlação entre os valores de TSH e idade, tempo de menopausa, IMC e perfil lipídico. O total de usuárias de terapia hormonal foi de 65,1%, duração média de 3,43±2,42 anos, não diferindo entre os grupos. CONCLUSÃO: o hipotiroidismo subclínico com prevalência de 16,1% na pós-menopausa associou-se à baixa DMO, mas sem repercussões sobre o perfil lipídico.

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OBJETIVO: descrever os resultados maternos e perinatais das gestações com amadurecimento precoce da placenta detectado pela ultra-sonografia. MÉTODOS: realizou-se estudo retrospectivo, descritivo, tipo série de casos, com comparação de grupos. Foram incluídas 146 gestantes, internadas entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002 e em cujo prontuário constavam diagnóstico de amadurecimento precoce da placenta (presença de placenta grau II antes da 32ª semana de gestação ou grau III, antes da 35ª semana de gestação) e descrição das condições materno-fetais. Foram excluídas gestantes com diagnóstico de: amniorrexe prematura, gravidez múltipla, forma aguda de descolamento prematuro de placenta normoinserida e malformação fetal. As complicações clínico-obstétricas foram: doenças hipertensivas, redução do crescimento intra-uterino, alterações do volume de líquido amniótico, infecções, diabete materno, anemia falciforme, soropositividade para HIV, drogadição, litíase renal, epilepsia e asma brônquica. Pelos prontuários, foram identificadas 106 gestantes com complicações clínico-obstétricas (Gcom) e 40, sem essas complicações (Gsem). Para comparação entre os grupos, empregaram-se os testes de chi2 e exato de Fisher, ao nível de significância de 0,05. RESULTADOS: o grupo Gcom apresentou maior freqüência de oligoâmnio (27,3%), restrição de crescimento intra-uterino (44,3%) e cesárea antecedente ao trabalho de parto (36,8%). Comparado ao grupo Gsem, o Gcom caracterizou-se por maior incidência de óbitos fetais, prematuros (58,8 versus 40%), menor índice de Apgar de 5º minuto, peso ao nascer <2.500 g (67,9 versus 40%), recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (39,2 versus 10%) e intercorrências mais graves. CONCLUSÕES: o prognóstico perinatal não dependeu do amadurecimento precoce da placenta, mas sim da presença de complicações clínico-obstétricas maternas.

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OBJETIVOS: comparar o perfil dos fatores maternos, aspectos clínicos e os resultados perinatais no descolamento prematuro da placenta (DPP), em dois períodos. MÉTODOS: avaliação retrospectiva dos casos de DPP ocorridos entre 01 de janeiro de 1994 e 31 de dezembro de 1997 (período 94-97), e entre 1 de abril de 2001 e 31 de março de 2005 (período 01-05), em gestações únicas com peso do recém-nascido superior a 500 g e idade gestacional acima da 20ª semana. Foram analisados os fatores: idade materna, cor, antecedentes obstétricos, pré-natal, rotura prematura de membranas, intercorrências clínicas e/ou obstétricas, sangramento, tônus uterino, malformação fetal, tipo de parto, hemoâmnio e complicações maternas (histerectomia, atonia uterina, CIVD, insuficiência renal aguda e morte materna), e os resultados perinatais. RESULTADOS: no período 94-97, foram realizados 7692 partos e o DPP ocorreu em 0,78% (60 casos), e, no período 01-05, foram 8644 partos com 0,59% (51 casos) de DPP (sem diferença significativa). Observou-se diferença significativa entre os períodos 94-97 e 01-05 em relação à média do número de gestações (3,5±2,4 e 2,6±1,8; p=0,04), não realização de pré-natal (13,3 e 2,0%; p=0,03) e intercorrências maternas (38,3 e 64,7%; p=0,01). Não foram observadas diferenças significativas quanto ao sangramento, à alteração no tônus e aos resultados perinatais, entre os períodos, verificando-se apenas maior proporção de hemoâmnio no período 94-97 que no 01-05 (28,3 e 11,8%, p=0,03). CONCLUSÕES: apesar dos avanços da obstetrícia, as complicações maternas e os resultados perinatais foram semelhantes nos períodos analisados. A gravidade e a imprevisibilidade do fenômeno alertam para a prevenção e controle adequados diante dos fatores associados ao DPP, na abordagem desta doença.

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OBJETIVOS: descrever, em gestantes do Estudo Brasileiro do Diabetes Gestacional (EBDG), a distribuição da altura uterina de acordo com a idade gestacional e validar a curva do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP), curva de referência para a predição de anormalidades do crescimento fetal. MÉTODOS: o EBDG é uma coorte de 5564 gestantes, com mais de 19 anos, seguidas até e após o parto. Entrevistas e medidas antropométricas padronizadas foram feitas no arrolamento entre a 20ª e a 28ª semana. Os prontuários foram revisados segundo protocolo padronizado, abrangendo os períodos de pré-natal e parto. As análises referem-se a 3539 gestantes com datação da gravidez confirmada por ultra-sonografia. Determinamos as propriedades diagnósticas dos percentis 10 e 90 de altura uterina de ambas as curvas (EBDG e CLAP) como indicadores de anormalidade no peso neonatal. RESULTADOS: as medidas de altura uterina no EBDG foram maiores que as do CLAP em todas as semanas de gestação (1 a 4 cm e 2 a 6 cm, respectivamente, nos percentis 10 e 90). O percentil 10 do CLAP identificou como pequenas as medidas uterinas de 0,3 a 1,7% das gestantes brasileiras, ao passo que o percentil 90 classificou como grandes as medidas uterinas de 42 a 57% das brasileiras. A sensibilidade do percentil 10 do CLAP para predizer recém-nascidos pequenos para a idade gestacional variou de 0,8 a 6% e a especificidade do percentil 90 para predizer grandes para a idade gestacional, de 46 a 61%. CONCLUSÕES: a curva de referência do CLAP não reflete o padrão de crescimento uterino das gestantes brasileiras, limitando sua capacidade de identificar anormalidades de crescimento fetal, especialmente a restrição de crescimento.

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OBJETIVOS: comparar duas diferentes técnicas de congelação e dois tipos de envase do sêmen humano durante processo de criopreservação. MÉTODOS: estudo experimental, no qual foi analisada a criopreservação de 18 amostras de sêmen de 18 voluntários. Após a adição de meio crioprotetor, "Test-yolk buffer" , as amostras de sêmen foram envasadas em palhetas com capacidade de 0,25 mL ou em criotubos de 2 mL e submetidas à criopreservação por dois métodos, um lento e outro rápido, totalizando quatro tratamentos distintos: RP (congelação pelo método rápido e envasado em palheta), RT (rápido-criotubo), LP (lento-palheta) e LT (lento-criotubo). As amostras, após 24 horas, foram descongeladas em temperatura ambiente e mantidas a 37ºC. Os dados coletados foram analisados através do teste t de Student, com p<0,05, utilizando o programa de computador SPSS for Windows® versão 11.0.0. RESULTADOS: houve redução da motilidade espermática após o processo de criopreservação. A taxa de motilidade inicial foi 58,1% e as motilidades após os diferentes métodos de criopreservação foram: 19,2% (RP), 27% (RT), 21,1% (LP) e 30,3% (LT). Houve redução significativa na morfologia normal. A taxa de morfologia normal inicial foi 14,2% e as morfologias após os diferentes métodos de criopreservação foram: 12,8% (RP), 12,6% (RT), 12,6% (LP) e 12,4% (LT). CONCLUSÕES: o método de criopreservação lento com envase em criotubo esteve associado à melhor motilidade espermática após o descongelamento. Não houve diferença entre os métodos quando avaliada a morfologia espermática.

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OBJETIVO: avaliar o efeito da obesidade sobre a função das célulasbeta pancreáticas de pacientes portadoras de síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: estudo transversal no qual foram avaliadas 82 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma consecutiva, no momento do diagnóstico de SOP. Pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m² foram consideradas SOP obesas (n=31). Valores de índice de massa corporal menores que este limite foram consideradas SOP não-obesas, o que correspondeu a 51 mulheres. Foram utilizadas a glicemia e a insulina de jejum para cálculo da função das células beta pancreáticas (HOMA-%beta-Cell) e da resistência à insulina (HOMA-IR e QUICKI) entre os grupos. Analisaram-se, também, variáveis secundárias como idade, idade da menarca, níveis séricos hormonais (testosterona, prolactina, LH e FSH) e de colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol e LDL-colesterol. RESULTADOS: a idade da menarca das pacientes obesas com SOP (11,7±1,8 anos) foi menor que as não-obesas (12,7±1,9) (p<0,05). As SOP obesas tiveram LH inferior (7,9±5,0 mUI/mL) ao valor encontrado nas não-obesas (10,6±6,0 mUI/mL) (p<0,05). Ambos os grupos apresentaram a média de HDL colesterol inferior a 50 mg/dL. As pacientes obesas apresentaram insulina basal (32,5±25,2 mUI/mL) e glicemia de jejum (115,9±40,7 mg/dL) mais elevadas que as não-obesas (8,8±6,6 mUI/mL e 90,2±8,9 mg/dL, respectivamente) (p<0,01). No grupo SOP obesas, a freqüência de resistência à insulina foi de 93 versus 25% no grupo SOP não-obesas (p<0,01). Foi verificada hiperfunção das células beta do pâncreas em 86% das obesas com SOP contra 41% das não-obesas portadoras de SOP (p<0,0001). CONCLUSÕES: as pacientes com SOP obesas apresentaram freqüência mais alta de resistência à insulina e hiperfunção de células beta do pâncreas quando comparadas com pacientes SOP não-obesas.

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OBJETIVO: avaliar e comparar os efeitos da oxibutinina, da eletroestimulação e dos exercícios perineais no tratamento da hiperatividade do detrusor. MÉTODOS: foram randomizadas mulheres com idade variando de 35 a 80 anos, predominantemente brancas. As pacientes foram randomizadas nos grupos: Oxibutinina (n=22), Eletroestimulação (n=21) e Exercícios Perineais (n=21). Os grupos eram semelhantes quanto à raça (p=0,948), idade (p=0,747), estado hormonal (p=0,813), tempo de sintomatologia (p=0,789), cirurgias prévias para correção de incontinência urinária (p=0,993) e índice de massa corpórea (p=0,897). Avaliaram-se antes e depois do tratamento o estudo urodinâmico, o diário miccional, a presença de urgência e a satisfação. A duração do tratamento foi de 12 semanas consecutivas. Para análise estatística, utilizaram-se os testes do chi2 de Pearson, análise de variância (ANOVA) e o t-pareado. RESULTADOS: na avaliação do diário miccional, houve diminuição da urge-incontinência e dos absorventes utilizados nos três grupos (p<0,05) e diminuição da freqüência miccional no Grupo Oxibutinina (p=0,014). Observou-se redução dos episódios de noctúria nos Grupos Oxibutinina (p=0,003) e Eletroestimulação (p=0,036). Na comparação entre as três técnicas, a análise desses dados foi semelhante (p>0,05). A urgência desapareceu em 63,6% das pacientes do Grupo Oxibutinina, em 52,4% das do Grupo Eletroestimulação e em 57,1% das pacientes do Grupo Exercícios Perineais, resultado semelhante entre os grupos (p=0,754). A avaliação subjetiva mostrou que 77,3, 52,4 e 76,2% estavam satisfeitas nos Grupos Oxibutinina, Eletroestimulação e Exercícios Perineais, respectivamente, após o tratamento, sem diferença entre os grupos (p=0,142). A cura urodinâmica foi observada em oito (36,4%) das pacientes do Grupo Oxibutinina, 12 (57,1%) do Grupo Eletroestimulação e em 11 (52,4%) das mulheres tratadas com exercícios perineais, o que foi semelhante quando se compararam os grupos entre si (p=0,358). A diminuição da perda urinária correlacionou-se com a satisfação das pacientes (p<0,05). CONCLUSÃO: os tratamentos foram igualmente eficazes; a diminuição da perda urinária influenciou a satisfação das pacientes.

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OBJETIVO: avaliar características clínicas, patológicas e moleculares de carcinomas mamários em mulheres muito jovens em comparação a tumores de mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: foram selecionados 106 casos de câncer de mama de mulheres jovens e 130 casos de mulheres pós-menopausa. Foram analisados dados clínicos (idade ao diagnóstico, estadiamento, ocorrência de metástases, tempo de sobrevida global e livre de doença), anátomo-patológicos (tamanho do tumor, tipo e grau histológico do tumor primário) e marcadores moleculares (receptores de estrógeno e progesterona, HER2, p53, p63, citoqueratinas 5 e 14 e EGFR) com uso da imunoistoquímica empregando microarranjo de tecido. Foi analisada a relação entre as características clínico-patológicas, imunoistoquímicas e de sobrevidas global e livre de doença. RESULTADOS: as pacientes muito jovens apresentaram maior frequência de nuliparidade (p=0,03), maior diâmetro dos tumores (p<0,000), estadiamento clínico mais avançado (p=0,01), maior número de linfonodos positivos (p=0,001) e tumores pouco diferenciados (p=0,004). A maioria das pacientes jovens recebeu tratamento com quimioterapia (90,8%) e radioterapia (85,2%) e em menor proporção com tamoxifeno (31,5%), comparado às mulheres na pós-menopausa. Observamos baixa positividade para o receptor de estrógeno (49,1%; p=0,01) e alta positividade para a proteína HER2 (28,7%; p=0,03) nas mulheres jovens. O fenótipo triplo-negativo foi observado em 29,6% no grupo jovem e em 20% nas mulheres na pós-menopausa. Os tumores de fenótipo basal foram mais frequentes nas mulheres jovens (50%). As metástases sistêmicas ocorreram em 55,3% dos casos nas jovens e em 39,2% nas idosas. As sobrevidas global e livre de doença em cinco anos foram, respectivamente, 63 e 39% para as mulheres jovens e 75 e 67% para o grupo de mulheres na pós-menopausa. CONCLUSÕES: carcinomas mamários de mulheres muito jovens têm características clínicas, patológicas e moleculares mais agressivas quando comparadas às mulheres acima de 50 anos.

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OBJETIVO: comparar a mortalidade materna declarada pelo Sistema Nacional de Informação sobre Mortalidade (SIM) com a investigação pela pesquisa de óbitos de mulheres em idade reprodutiva (RAMOS), de 10 a 49 anos; identificar a subnotificação e investigar as causas de morte materna (MM) no período de 1999 a 2006. MÉTODOS: série temporal e de base populacional a partir das informações das declarações de óbito (DO), fornecidas em banco de dados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e com as causas de morte codificadas pela Classificação Internacional de Doenças (CID), décima revisão e o número de nascidos vivos (NV). Os óbitos foram categorizados em MM declarada, presumível e não-materna. A identificação dos casos foi feita a partir de listagem com a data de nascimento e de óbito no velório municipal, e as informações complementares ao estudo foram obtidas no Setor de Vigilância Epidemiológica do Comitê Municipal de Investigação da MM (CMIMM). Foram levantadas informações sobre MM contidas no SIM. Nos casos de MM declaradas e não-declaradas, foi identificado o percentual de subnotificação; foram calculadas as razões de mortalidade materna (RMM) oficial e corrigida e o fator de ajuste para o período, e as causas de MM foram revisadas e classificadas. RESULTADOS: foram identificadas 12 MM, sendo seis declaradas e seis não-declaradas. A subnotificação foi de 50%, o que correspondeu a um fator de ajuste igual a dois. A RMM oficial foi 14,7 e a corrigida de 29,4 mortes por 100.000 NV. As causas básicas foram mal atribuídas na maioria dos casos. As causas obstétricas diretas foram mais prevalentes, dentre elas a eclâmpsia e a síndrome HELLP, seguida por infecções. CONCLUSÕES: são necessárias medidas políticas e administrativas para a efetiva atividade dos Comitês de Investigação das MM. A prevalência de causas obstétricas diretas é indicativa de falhas na assistência materna e perinatal.

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OBJETIVO: pesquisar fatores que motivam a prática de sexo seguro, investigando os antecedentes da intenção de uso do preservativo masculino na população de jovens estudantes da cidade de Belo Horizonte. MÉTODOS: um levantamento, baseado na Teoria do Comportamento Planejado (TCP), foi realizado em amostra de 732 estudantes, com idade entre 18 e 19 anos. Utilizando-se regressão múltipla em dados obtidos com questionário anônimo, investigou-se a importância de antecedentes da intenção de usar preservativo masculino, a saber: atitude, norma subjetiva, norma moral, resistência à tentação e controle percebido. Procurou-se ainda evidenciar diferenças comportamentais e de atitudes entre as classes sociais alta e baixa e entre homens e mulheres, por meio de teste t, para comparação de médias de amostras independentes. RESULTADOS: na amostra global não foi verificada associação significativa entre atitude e intenção comportamental. No teste da TCP, quando a intenção de uso do condom foi operacionalizada como decisão de uma única pessoa relativa ao uso de preservativo (intenção-eu), explicou-se maior percentual da variância da intenção do que quando se interpretou a intenção como decisão conjunta do casal (intenção-nós). Não houve diferenças significativas entre grupos de classe social alta e baixa, mas encontraram-se algumas entre homens e mulheres. Homens mostraram menor resistência à tentação de não usar preservativo. Na avaliação da pressão social (norma subjetiva), médicos e mães destacam-se como as influências mais expressivas em relação à intenção de uso do condom, especialmente entre as mulheres. A inclusão do antecedente 'norma moral' aumentou a variância explicada da intenção de uso de condom de 22 para 31%. CONCLUSÕES: diferenças atitudinais entre homens, que são menos resistentes à tentação de não usar preservativo, e mulheres, que destacam a importância da influência de ginecologistas e pais na orientação para que façam sexo seguro, podem nortear campanhas para promover o uso regular de preservativos.

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OBJETIVO: descrever os resultados perinatais adversos em pacientes com centralização de fluxo sanguíneo fetal, utilizando a relação entre os índices de pulsatilidade das artérias cerebral média e umbilical (IPACM/IPAU) e entre os índices de resistência das artérias cerebral média e umbilical (IRACM/IRAU), assim como comparar os dois índices diagnósticos. MÉTODOS: foram incluídas 151 gestantes com diagnóstico de centralização de fluxo sanguíneo atendidas na maternidade da Universidade Estadual de Campinas, cujo parto ocorreu até 15 dias após o diagnóstico ultrassonográfico. Foram considerados como resultados perinatais adversos: índice de Apgar inferior a sete no quinto minuto, internação em UTI neonatal, concepto pequeno para a idade gestacional, sofrimento fetal agudo, mortalidade perinatal, hipoglicemia, policitemia, enterocolite necrosante, hemorragia cerebral, hemorragia pulmonar, anemia, septicemia, doença de membrana hialina, síndromes convulsivas, síndrome de hiper-reflexia e insuficiência renal. As frequências dos resultados perinatais adversos (RPA) para as relações cérebro-placentária foram comparadas utilizando-se o teste exato de Fisher ou o do χ2 de Pearson, considerando-se como estatisticamente significativo o nível de 5%. Os resultados perinatais adversos foram avaliados de acordo com a idade gestacional, utilizando-se o teste de tendência de Cochrane-Armitage. RESULTADOS: os resultados perinatais adversos para o grupo em que os dois índices apresentaram-se alterados constatou que 62,5% dos recém-natos necessitaram de internação em UTI, conceptos pequenos para a idade gestacional (PIG) ocorreram em 75,2%, sofrimento fetal agudo em 35,3%, hipoglicemia em 84,4%, policitemia em 8,3%, enterocolite necrosante em 4,2% e hemorragia cerebral em 2,1%. Constatou-se associação significativa das relações IPACM/IPAU e IRACM/IRAU, no decorrer da idade gestacional, para necessidade de cuidados intensivos neonatais, fetos pequenos para a idade gestacional, septicemia, enterocolite necrosante, insuficiência renal, doença de membrana hialina e anemia. Não houve diferença significativa entre um ou outro índice para resultados perinatais adversos.