474 resultados para Teste de associação livre de palavras
Resumo:
OBJETIVO: Analisar caractersticas relacionadas vulnerabilidade individual de mulheres com sorologia positiva para o HIV segundo cor da pele. MTODOS: Pesquisa multicntrica realizada em 1999-2000, em servios de sade especializados em DST/Aids no Estado de So Paulo, envolvendo 1.068 mulheres maiores de 18 anos, vivendo com HIV. Informaes sociodemogrficas e caractersticas relacionadas infeco e aos cuidados em sade foram obtidas em entrevistas individuais com questionrio padronizado. A varivel raa/cor foi auto-referida, tendo sido agrupadas como negras as mulheres pretas e pardas. A descrio das variveis segundo raa/cor foi feita por medidas de tendncia central e propores, e o estudo de associação pelo teste chi2 Pearson. RESULTADOS: As diferenas entre negras e no-negras foram estatisticamente significantivas em relao a: escolaridade; renda mensal, individual e familiar per capita; nmero de dependentes diretos; oportunidades de ser atendida por nutricionista, ginecologista ou outro profissional mdico; de compreender o que o infectologista diz; de falar com o infectologista ou com o ginecologista sobre sua vida sexual; de ter conhecimento correto sobre os exames de CD4 e carga viral; a via sexual de exposio. CONCLUSES: O uso de raa/cor como categoria analtica indica caminhos para melhor compreender como as interaes sociais, na interseco gnero e condies socioeconmicas, produzem e reproduzem desvantagens na exposio das mulheres negras aos riscos sua sade, assim como impem restries quanto ao uso de recursos adequados para o seu cuidado.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia das infeces pelo HIV, vrus das hepatites B e C, e da sfilis em moradores de rua. MTODOS: Estudo transversal com interveno educativa, realizado no municpio de So Paulo, de 2002 a 2003. Selecionou-se amostra de convenincia de moradores de rua que utilizavam albergues noturnos, segundo os critrios: >18 anos e no apresentar distrbios psiquitricos. Em entrevistas, foram coletados dados sociodemogrficos e de comportamento, e realizados exames laboratoriais para HIV, hepatite B e C e sfilis, e aconselhamento ps-teste. RESULTADOS: Participaram 330 usurios dos albergues, com 40,2 anos (mdia), 80,9% homens, nas ruas, em mdia, h um ano. Observaram-se prevalncias de 1,8% de HIV, 8,5% de vrus de hepatite C, 30,6% de infeco pregressa por hepatite B, 3,3% de infeco aguda ou crnica pelo vrus hepatite B e 5,7% de sfilis. Uso consistente de preservativo foi referido por 21,3% e uso de droga injetvel, por 3% dos entrevistados. A positividade para HIV foi de 10% e 50% para vrus da hepatite C entre usurios de drogas injetveis, versus 1,5% para HIV e 7,3% para hepatite C nos demais, evidenciando associação entre esse vrus e uso de droga injetvel. Priso anterior foi referida por 7,9% das mulheres e 26,6% dos homens, com prevalncia de 2,6% para HIV e 17,1% para vrus da hepatite C. CONCLUSES: As elevadas prevalncias de HIV e vrus de hepatite B e C requerem programas de preveno baseados na vacinao contra hepatite B, diagnstico precoce dessas infeces e insero dos moradores de rua em servios de sade.
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OBJETIVO: Descrever as impresses, experincias, conhecimentos, crenas e a receptividade de usurios de drogas injetveis para participar das estratgias de testagem rpida para HIV. MTODOS: Estudo qualitativo exploratrio foi conduzido entre usurios de drogas injetveis, de dezembro de 2003 a fevereiro de 2004, em cinco cidades brasileiras, localizadas em quatro regies do Pas. Um roteiro de entrevista semi-estruturado contendo questes fechadas e abertas foi usado para avaliar percepes desses usurios sobre procedimentos e formas alternativas de acesso e testagem. Foram realizadas 106 entrevistas, aproximadamente 26 por regio. RESULTADOS: Caractersticas da populao estudada, opinies sobre o teste rpido e preferncias por usar amostras de sangue ou saliva foram apresentadas junto com as vantagens e desvantagens associadas a cada opo. Os resultados mostraram a viabilidade do uso de testes rpidos entre usurios de drogas injetveis e o interesse deles quanto utilizao destes mtodos, especialmente se puderem ser equacionadas questes relacionadas confidencialidade e confiabilidade dos testes. CONCLUSES: Os resultados indicam que os testes rpidos para HIV seriam bem recebidos por essa populao. Esses testes podem ser considerados uma ferramenta valiosa, ao permitir que mais usurios de drogas injetveis conheam sua sorologia para o HIV e possam ser referidos para tratamento, como subsidiar a melhoria das estratgias de testagem entre usurios de drogas injetveis.
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OBJETIVO: Analisar as inter-relaes entre auto-avaliao de sade, percepo de doena de longa durao e diagnstico de doenas crnicas. MTODOS: Na Pesquisa Mundial de Sade, realizada no Brasil em 2003, foram entrevistados 5.000 indivduos com 18 anos ou mais, selecionados a partir de amostra estratificada em trs estgios. Foi utilizado o questionrio original adaptado ao contexto brasileiro, abordando a presena de doena de longa durao ou incapacidade, a auto-avaliao de sade (geral e dos vrios domnios) e o diagnstico de seis doenas crnicas (artrite, angina, asma, depresso, esquizofrenia e diabetes mellitus). Para comparar as relaes entre a auto-avaliao de sade, percepo de doena de longa durao e as doenas crnicas avaliadas foram utilizados teste estatstico de homogeneidade de propores e modelos de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: A auto-avaliao de sade "no boa" e a percepo de ser portador de doena de longa durao foram significativamente mais freqentes entre mulheres, indivduos com 50 anos ou mais e aqueles com alguma das doenas pesquisadas. Os entrevistados com diagnstico de diabetes mellitus apresentaram as piores avaliaes de sade: 70,9% referiram doena de longa durao e 79,3% avaliaram sua sade como "no boa". Verificou-se pior avaliao de sade com a associação de duas ou mais doenas. O efeito da auto-avaliao de sade sobre a percepo de doena de longa durao foi maior que o nmero de doenas. CONCLUSES: As trs formas de aferio da morbidade mostraram inter-relaes significativas. A auto-avaliao de sade "no boa" apresentou efeito mais importante para a percepo de doena de longa durao, sugerindo que as medidas subjetivas do estado de sade possam ser mais sensveis para estabelecer e monitorar o bem-estar do indivduo.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia da polifarmcia e a influncia da renda na associação entre uso de medicamentos e disfuno cognitiva, entre idosos. MTODOS: Dos 1.606 integrantes da linha base da coorte de idosos de Bambu (Minas Gerais), iniciada em 1997, 1.554 participaram do estudo. Todos os participantes foram submetidos ao questionrio mini-exame do estado mental. A associação entre disfuno cognitiva e polifarmcia foi testada por meio de regresses ordinais multivariadas, realizadas para a populao total e para cada um dos estratos de renda. RESULTADOS: A prevalncia de polifarmcia (consumo de dois ou mais medicamentos) foi de 70,4%, e o nmero de medicamentos consumidos mostrou-se negativa e independentemente associado disfuno cognitiva (OR=0,72; IC 95%: 0,55;0,95). Quando estratificada pela renda pessoal (<2 salrios mnimos versus > 2), observou-se associação negativa entre uso de medicamentos e disfuno cognitiva entre idosos com renda mais baixa (OR=0,64; IC95%: 0,48;0,86), mas no entre aqueles de renda mais elevada (OR=1,74; IC 95%: 0,81;3,74). CONCLUSES: Com referncia associação entre disfuno cognitiva e nmero de medicamentos consumidos, os resultados indicam desigualdade social no uso de medicamentos. possvel que esses idosos no estejam consumindo os medicamentos necessrios ao adequado tratamento de seus problemas de sade.
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OBJETIVO: Estimar o incremento no nmero adicional de afetados com base na prevalncia de sndromes falciformes em familiares de casos-ndice. MTODOS: Estudo transversal em familiares de amostra aleatria dos casos-ndice identificados por programa de triagem neonatal em Pernambuco, no perodo de 2001 a 2005. O modelo de triagem familiar ampliado incluiu 463 membros familiares de 21 casos-ndice. Os familiares foram categorizados como: ncleo reduzido (NR -pai, me e irmos); de primeiro grau (N1 - avs, tios e primos de primeiro grau); de segundo grau (N2 - filhos dos primos de primeiro grau); ampliado (NA - NR+N1+N2) e ampliado de primeiro grau (NA1 -NR+N1). A confirmao da presena de HBB*S e deteco de hemoglobinas anormais foram realizadas por meio da High Performance Liquid Chromathgraphy. A associação entre a presena de HBB*S e variveis foi testada pelo clculo da razo de prevalncia e respectivos IC 95% e a diferena entre mdias verificadas pelo teste t de Student, ao nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: A anemia falciforme era desconhecida por 81% dos familiares; o gene HBB*S esteve presente em 114 familiares. Observou-se que 53,3% da populao estudada estava na faixa considerada reprodutiva e 80% das pessoas portadoras do gene HBB*S j tinham gerado filhos. A freqncia foi maior no ncleo NR (69%), mas tambm elevada no N1 (22,8%). O NA1 resultou na deteco de 69 portadores adicionais (aumento de 172%). CONCLUSES: Os resultados indicam que a triagem familiar para identificao de portadores de sndrome falciforme deve ser estendida para os familiares at o primeiro grau.
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OBJETIVO: Analisar a histria de rastreamento citolgico anterior em mulheres que apresentaram alteraes citolgicas e confirmao histolgica para cncer cervical. MTODOS: Estudo transversal com 5.485 mulheres (15-65 anos) que se submeteram a rastreamento para o cncer cervical entre fevereiro de 2002 a maro de 2003, em So Paulo e Campinas, SP. Aplicou-se questionrio comportamental e foi feita a coleta da citologia oncolgica convencional ou em base lquida. Para as participantes com alteraes citolgicas indicou-se colposcopia e, nos casos anormais, procedeu-se bipsia cervical. Para investigar a associação entre as variveis qualitativas e o resultado da citologia, utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Dentre os resultados citolgicos, 354 (6,4%) foram anormais, detectando-se 41 leses intra-epitelial escamosa de alto grau e trs carcinomas; em 92,6% revelaram-se normais. De 289 colposcopias realizadas, 145 (50,2%) apresentaram alteraes. Dentre as bipsias cervicais foram encontrados 14 casos de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 e quatro carcinomas. Referiram ter realizado exame citolgico prvio: 100% das mulheres com citologia compatvel com carcinoma, 97,6% das que apresentaram leses intra-epiteliais de alto grau, 100% daquelas com confirmao histolgica de carcinoma cervical, e 92,9% das mulheres com neoplasia intra-epitelial cervical grau 3. A realizao de citologia anterior em perodo inferior a trs anos foi referida, respectivamente, por 86,5% e 92,8% dessas participantes com alteraes citolgicas e histolgicas. CONCLUSES: Entre as mulheres que apresentaram confirmao histolgica de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 ou carcinoma e aquelas que no apresentaram alteraes histolgicas no houve diferena estatisticamente significante do nmero de exames citolgicos realizados, bem como o tempo do ltimo exame citolgico anterior.
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OBJETIVO: Analisar as diferenas nas condutas de sade de estudantes da rea de sade de universidades pblicas no incio e no final do curso. MTODOS: Estudo realizado com amostra estratificada por curso e por universidade, de 735 estudantes de cincias da sade de universidades pblicas do estado de Pernambuco, em 2006. Os dados foram coletados com a aplicao do questionrio National College Health Risk Behavior Survey, validado previamente para utilizao com estudantes universitrios. Para anlise de associação foi utilizado o teste qui-quadrado ou exato de Fisher. Os resultados foram considerados significantes para p<0,05. RESULTADOS: A maioria dos estudantes era do gnero feminino (69,5%). Um menor percentual de estudantes ao final da graduao informou morar com os pais ou responsveis. As condutas de violncia, relacionadas ao peso e atividade fsica no apresentaram diferenas significativas, assim como a maioria das condutas de segurana no trnsito e de alimentao. O consumo de lcool (68,8% vs 83,3%), tabaco (40,7% vs 52,5%) e inalantes (10,2% vs 21,9%) e a prtica de relao sexual (62,5% vs 85,0%) foram mais freqentes entre estudantes do final do curso, com diferenas estatisticamente significativas. CONCLUSES: Em geral, as condutas de sade no diferiram significativamente entre os estudantes do incio e os do final do curso de graduao na rea de sade.
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OBJETIVO: Avaliar o nvel de atividade fsica em estudantes universitrios e sua associação com hbito de fumar. MTODOS: Estudo transversal com amostragem estratificada proporcional por conglomerados realizado em Gurupi, TO, em 2005. A amostra estudada incluiu 871 universitrios. Para avaliar o nvel de atividade fsica foi aplicado o questionrio International Physical Activity Questionnaire-8. O consumo tabagstico foi avaliado por questionrio modificado da Organizao Mundial de Sade e o grau de dependncia nicotnica dos fumantes pela escala de Fagerstrm. As freqncias, prevalncias e razes de prevalncia de tabagismo e sedentarismo foram determinadas aplicando-se o teste qui-quadrado pelo mtodo de Yates ou o teste exato de Fisher, segundo grupo geral e estratificadas por rea, curso, turno e sexo, ao nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: A mdia de idade foi 25 (dp8) anos e a mdia da idade da primeira experincia tabagstica foi 17 (dp4) anos. A prevalncia de sedentarismo foi de 29,9% e de tabagismo 7,2%. A prevalncia geral de sedentrios fumantes foi de 8,5% e a de no-fumantes 91,5%; mas sem diferena na proporo de sedentrios entre fumantes e no-fumantes. Tabagismo e sedentarismo foram mais prevalentes em indivduos acima de 25 anos (48,6%, p<0,05). O grau de dependncia nicotnica muito baixo foi o mais prevalente (68,2%, p<0,05). O consumo tabagstico foi mais prevalente no sexo masculino (10,8%, p<0,05) e a prevalncia de sedentarismo no foi diferente entre os sexos (p>0,05). CONCLUSES: Sedentarismo ocorreu em fumantes e no-fumantes na mesma proporo, no indicando associação entre esses dois fatores. As baixas prevalncias de sedentarismo e tabagismo encontradas podem estar associadas atuao de programas nacionais, pela aplicao de medidas preventivas e educativas contnuas, sendo necessrio que sejam mantidos em longo prazo.
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OBJETIVO: Poucos estudos no Brasil investigaram a validao de testes cognitivos em amostras populacionais de idosos e nenhum deles analisou as propriedades psicomtricas do Teste do Relgio de Tuokko. O objetivo do estudo foi traduzir e adaptar o modelo desse teste ao contexto brasileiro e avaliar sua validade de construto. MTODOS: Estudo transversal com uma amostra populacional constituda por 353 sujeitos de Juiz de Fora (MG), 2004-2005. Para avaliar as validades convergente e discriminante, utilizou-se a correlao de Pearson. Os subtestes do Teste do Relgio foram correlacionados com os instrumentos de referncia: cubos e dgitos, e mini-exame do estado mental para avaliar a validade convergente. A validade discriminante foi investigada por meio da correlao dos subtestes com a Center for Epidemiologic Studies Depression Scale. RESULTADOS: Da amostra, 74,1% eram do sexo feminino, com idade entre 63 e 107 anos (73,8+8,5) e mdia de escolaridade foi 7,4 anos (DP=4,7). Obteve-se validade convergente, com correlaes estatisticamente significativas entre todos os subtestes (p<0,01). Quanto validade discriminante, o nico subteste que teve correlao significativa com a escala de referncia foi o "indicao das horas" (p<0,05). CONCLUSES: O Teste de Relgio traduzido e adaptado em uma amostra comunitria de idosos mostrou ser um instrumento de rastreio cognitivo breve, com boa validade de construto quando analisado com outros dados da literatura. Futuros trabalhos devem investigar outras propriedades psicomtricas, como as validades de critrio e de contedo.
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O objetivo do estudo foi descrever as figuras humanas retratadas nas propagandas de medicamentos psicoativos quanto ao gnero, a idade, a etnia e o contexto social. Foi realizada anlise de contedo de 86 impressos publicitrios inditos divulgados em Araraquara (SP) no ano de 2005. A associação entre as categorias foi analisada usando o teste exato de Fisher. Houve predomnio de mulheres (62,8%), sendo quatro vezes mais freqentes que os homens em propagandas de antidepressivos e ansiolticos. A maioria era constituda de jovens adultos (72%), de etnia branca (98,8%). As pessoas estavam em lazer (46,5%), em suas casas (29%) ou em contato com a natureza (16,2%). A mensagem transmitida foi que os medicamentos tratam sintomatologias subjetivas de desconforto do dia-a-dia, induzindo a um apelo irracional que pode refletir na prescrio medicamentosa.
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OBJETIVO: Identificar a presena do vrus dengue em formas larvais de Aedes aegypti e relacionar a presena do vetor com ndice pluviomtrico e nmero de casos de dengue. MTODOS: Dezoito domiclios foram selecionados aleatoriamente para coleta de ovos em um bairro da cidade de Boa Vista (RR). Foram instaladas duas ovitrampas por domiclio e removidas aps uma semana, mensalmente, de novembro de 2006 a maio de 2007. Foram calculados o ndice de positividade de ovitrampa e o ndice de densidade dos ovos. Aps ecloso de 1.422 ovos coletados, foram formados 44 pools de no mximo 30 larvas para teste de presena do vrus dengue por meio de RT-PCR e hemi-nested PCR. O ndice de incidncia de dengue no perodo foi correlacionado com a precipitao pluvial. A associação entre essas variveis e nmero de ovos coletados foi analisada pelo coeficiente de Pearson. RESULTADOS: Nenhum dos pools apresentou positividade para o vrus dengue, apesar do bairro ter apresentado elevados ndices de incidncia de dengue no perodo estudado. A densidade da populao de Ae. aegypti aumentou conforme a pluviosidade, mas no apresentou correlao com ndices de incidncia de casos de dengue. CONCLUSES: Os resultados sugerem que a transmisso transovariana do vrus em mosquitos ocorre a uma freqncia muito baixa e por isso sua persistncia em meio urbano pode no depender desse fenmeno. A populao do mosquito aumentou no perodo de chuvas devido formao de criadouros; a no-correlao com o ndice de incidncia de dengue deve-se possibilidade desse dado ser subestimado em perodos de epidemia.
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OBJETIVO: Identificar a prevalncia de atitudes discriminatrias em dois momentos da epidemia brasileira de HIV/Aids e possveis mudanas ocorridas. MTODOS: O ndice de Inteno de Discriminao foi obtido por pontuao, somando 1 para situaes de discriminao ou 0, para o caso contrrio. As faixas de inteno de discriminao foram estabelecidas por meio da tcnica de cluster, compatibilizadas entre os estudos de 1998 e 2005. Para verificar associação entre o ndice e as variveis sociodemogrficas, utilizou-se comparaes de mdias, teste qui-quadrado, e modelos ajustados de regresso logito ordenado. RESULTADOS: Houve reduo estatisticamente significante na proporo de pessoas entre as pesquisas de 1998 e 2005 que responderam sim obrigatoriedade do teste anti-HIV para: a admisso no emprego, antes do casamento, ingresso nas foras armadas, usurios de drogas, entrada de estrangeiros no pas, profissionais do sexo e para todas as pessoas. Possuir menor escolaridade, ser do sexo feminino, ter acima de 45 anos e residir na regio Norte/Nordeste so fatores associados ao maior nvel de inteno de discriminao. CONCLUSES: O crescimento da inteno de discriminao mostra que as informaes sobre formas de transmisso e no transmisso da Aids ainda necessitam de melhor elaborao e divulgao, principalmente entre as populaes de menor escolaridade, residentes nos estados do Norte/Nordeste, do sexo feminino e pertencentes faixa etria acima de 45 anos.
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OBJETIVO:Analisar os fatores preditivos na evoluo do grau de incapacidade em pacientes com hansenase. MTODOS:Foram analisados dados de coorte retrospectiva, que acompanhou 595 pacientes com incapacidades, registrados em uma unidade de sade de Belo Horizonte (MG), de 1993 a 2003. Informaes sociodemogrficas e clnicas dos pacientes foram coletadas dos respectivos pronturios. Comparou-se o grau de incapacidade na admisso e no final do tratamento por meio do teste de homogeneidade marginal. Para identificar os fatores associados evoluo do grau de incapacidade foram utilizadas as anlises univariada (teste qui-quadrado de tendncia linear) e multivariada pelo algoritmo Chi-square Automatic Interaction Detector. RESULTADOS:Dos casos com registro de grau de incapacidade na admisso e na alta, observou-se que 43,2% que tinham grau 1 na primeira avaliao evoluram para grau 0. Dos que apresentavam grau 2, 21,3% passaram a ter grau 0 e 20% passaram a grau 1. Na anlise univariada as variveis que se mostraram estatisticamente associadas evoluo no grau de incapacidade foram: neurite, tempo at a ocorrncia de neurite, nmero de nervos acometidos, tipo de tratamento fisioterpico e maior dose de prednisona. Na anlise multivariada, o principal fator que se associou evoluo do grau de incapacidade foi o grau de incapacidade na admisso. CONCLUSES:Os resultados mostraram a importncia do diagnstico precoce de neuropatia, assim como da eficiente associação das intervenes medicamentosas e no-medicamentosas por meio das tcnicas de preveno de incapacidade e dosagens adequadas de corticoterapia.
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OBJETIVO: Analisar a idade como fator prognstico no cncer de mama em estdio clnico inicial. MTODOS: Estudo retrospectivo que analisou as caractersticas clnicas e a sobrevida livre de doena de 280 pacientes entre 25 e 81 anos com cncer de mama estgio clnico I e II com acompanhamento em hospital de Porto Alegre (RS), de 1995 a 2000. Dados clnicos, patolgicos, tratamento e desfechos foram extrados dos pronturios das pacientes. As pacientes foram divididas em dois grupos conforme a idade ao diagnstico (<40 anos e >40 anos). Os dois grupos foram comparados quanto ao estgio clnico, histologia, expresso de receptores hormonais, terapia e radioterapia utilizando o teste qui-quadrado e/ou exato de Fisher e para anlise de sobrevida, o teste de long-rank e mtodo de Kaplan-Meier. RESULTADOS: Do total de 280 mulheres estudadas, 54 (19,3%) tinham at 40 anos de idade. Ambos os grupos de pacientes eram similares em estgio clnico, histologia e expresso de receptores hormonais. A proporo de pacientes com sobrevida livre de doena em seguimento de 56 meses foi significativamente maior nas pacientes acima de 40 anos (84% versus 70%). Proporcionalmente, as pacientes mais jovens receberam mais terapia adjuvante (88,8% versus 77,8%). Houve diferena significativa na probabilidade das mulheres acima de 40 anos de permanecerem livre de doena (84%), sendo mais evidente quando comparadas s pacientes com < 40 anos em estgio clnico I. CONCLUSES: Os achados confirmam que mulheres de at 40 anos com cncer de mama inicial apresentam um pior prognstico. Entretanto, tal prognstico parece no estar relacionado a maior nmero de casos com receptores hormonais negativos. Pacientes jovens que permaneceram livre de doena receberam mais terapia adjuvante, sugerindo efeito positivo da quimioterapia e hormonioterapia.