499 resultados para nefrologia
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Introduction: Numerous studies examined the associations between socio-demographic, economic and individual factors and chronic kidney disease (CKD) outcomes and observed that the associations were complex and multifactorial. Socioeconomic factors can be evaluated by a model of social vulnerability (SV). Objective: To analyze the impact of SV on the outcomes of predialysis patients. Methods: Demographic, clinical and laboratory data were collected from a cohort of patients with predialysis stage 3 to 5 who were treated by an interdisciplinary team (January 2002 and December 2009) in Minas Gerais, Brazil. Factor, cluster and discriminant analysis were performed in sequence to identify the most important variables and develop a model of SV that allowed for classification of the patients as vulnerable or non-vulnerable. Cox regression was performed to examine the impact of SV on the outcomes of mortality and need for renal replacement therapy (RRT). Results: Of the 209 patients examined, 29.4% were classified as vulnerable. No significance difference was found between the vulnerable and non-vulnerable groups regarding either mortality (log rank: 0.23) or need for RRT (log rank: 0.17). In the Cox regression model, the hazard ratios (HRs) for the unadjusted and adjusted impact of SV on mortality were found to be 1.87 (confidence interval [CI]: 0.64-5.41) and 1.47 (CI: 0.35-6.0), respectively, and the unadjusted and adjusted impact of need for RRT to be 1.85 (CI: 0.71-4.8) and 2.19 (CI: 0.50-9.6), respectively. Conclusion: These findings indicate that SV did not influence the outcomes of patients with predialysis CKD treated in an interdisciplinary center.
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Introduction: Contrast induced nephropathy is the third most prevalent preventable cause of acute kidney injury in hospitalized patients. It defined as an absolute increase in serum creatinine ≥ 0.5 mg/dL and relative ≥ 25% increase. Objective: We studied the risk factors to intravenous injection contrast nephropathy after computed tomography. Methods: We studied 400 patients prospectively. Results: The incidence of contrast induced nephropathy, with an absolute or a relative increase were 4.0% and 13.9%, respectively. Diabetes and cardiac failure were independent risk factors for CIN a relative increase de serum creatinine (O.R.: 3.5 [95% CI: 1.92-6.36], p < 0.01, 2.61 [95% CI: 1.14-6.03%], p < 0.05, respectively). Conclusions: We showed association between uses of intravenous injection contrast after computed tomography with acute injury renal, notably with diabetes and heart failure.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva da função renal. Intervenções em estágios iniciais melhoram significativamente o prognóstico dos pacientes com DRC e vários estudos mostram que o encaminhamento precoce (EP) ao nefrologista reduz a taxa de mortalidade. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes em diálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo com dois eixos de análise: perfil socioepidemiológico e clínico dos pacientes em hemodiálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Utilizaram-se métodos analíticos para comparar estes dados com o EP e com a mortalidade em 12 meses após o início da diálise. Resultados: Foram analisados 111 pacientes. A taxa de mortalidade dos pacientes encaminhados tardiamente e precocemente foi, respectivamente, de 47,8% e 20,5% (razão de risco [HR] = 2,38; intervalo de confiança [IC] = 1,06-5,36; p = 0,035). Os pacientes que iniciaram a diálise por cateter e fístula arteriovenosa (FAV) tiveram mortalidade, respectivamente, de 51,4% e 10,3% (HR = 4,61; IC = 1,54-13,75; p = 0,006). Conclusão: O tempo de encaminhamento foi predominantemente tardio. Foi demonstrado que o encaminhamento tardio (ET) esteve relacionado a maior mortalidade. Outros fatores associados a maior mortalidade foram a idade maior ou igual a 70 anos, presença de DM e uso de cateter ao início da diálise.
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Introdução e Objetivos: Comparar características clínicas e evolução dos pacientes com e sem injúria renal aguda (IRA), avaliar a incidência, mortalidade da IRA e fatores de risco de IRA e de óbito em pacientes em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Métodos: Estudo retrospectivo que analisou 152 pacientes em uma única UTI. Avaliamos a idade, o sexo, o motivo do internamento, fatores de risco para IRA, dados laboratoriais, a necessidade de terapia renal substitutiva e a mortalidade. Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e RIFLE foram registrados no dia de admissão na UTI. Determinamos a incidência da IRA, mortalidade e os preditores independentes de IRA e de óbito utilizando o modelo de regressão logística. Resultados: A idade média foi de 57,1 ± 20 anos e 60,1% eram masculinos. IRA não dialítica ocorreu em 81 pacientes (53,2%) e a IRA dialítica ocorreu em 19 pacientes (12,4%). A mortalidade global foi de 35,9%, enquanto que a taxa de mortalidade nos pacientes com IRA não dialítica foi de 43,2% e a dos com IRA dialítica de 84,2%. Na análise multivariada, a ventilação mecânica invasiva, a creatinina e a ureia elevadas na admissão foram fatores de risco independentes para IRA, enquanto que diagnóstico clínico, uso de ventilação mecânica invasiva, ureia e lactato aumentados e hipernatremia foram fatores de risco independentes para mortalidade na UTI. Conclusão: A incidência e a mortalidade de IRA na UTI foram elevadas neste estudo, apesar dos avanços que vêm surgindo no seu manejo.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) interfere diretamente na capacidade funcional, na independência e, consequentemente, na qualidade de vida (QV). Objetivo: Comparar a capacidade funcional e a qualidade de vida de doentes renais crônicos em hemodiálise (G1) e pré-dialíticos (G2). Métodos: Estudo transversal descritivo, 54 pacientes com DRC, 27 do G1 (58,15 ± 10,84 anos) e 27 do G2 (62,04 ± 16,56 anos). Verificaramse os fatores de risco cardiovasculares, medidas antropométricas, força muscular respiratória verificada por meio da pressão inspiratória (PImax) e expiratória (PEmax) máximas, teste de caminhada de seis minutos (TC6'), teste cardiopulmonar de exercício, teste de sentar e levantar de um minuto (TSL1') e o Short-Form Questionary (SF-36) para avaliar a QV. Os pacientes apresentavam estadiamento da doença entre 2 a 5. Realizou-se o teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov e utilizou-se o teste t (Student) ou o teste U (Mann Whitney) para a comparação das médias das variáveis quantitativas e o teste de Quiquadrado de Pearson e exato de Fischer para as variáveis qualitativas. Para identificar as correlações, foi utilizado o teste de Pearson ou de Spearman. Resultados: Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre G1 e G2, no VO2pico (p = 0,259), no TC6' (p = 0,433), na PImax (p = 0,158) e somente foi encontrada diferença na PEmax (p = 0,024) para G1. Os escores do questionário SF-36 mostram em ambos os grupos um pior estado de saúde evidenciada pela pontuação baixa nos escores de QV. Conclusão: Os pacientes com DRC apresentaram reduzida capacidade funcional e QV, sendo que a hemodiálise não demonstrou estatisticamente ter repercussão negativa quando comparados com os pacientes pré-dialíticos.
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Introdução: Sintomas de desesperança, ideação suicida e depressão influenciam na qualidade e expectativa de vida de doentes renais crônicos. Objetivo: Avaliar se existe diferença nos sintomas de desesperança, ideação suicida e depressão entre pacientes renais crônicos em hemodiálise ou transplantados. Analisamos também se variáveis sociodemográficas como atividade laboral, ter dependentes, sexo e estado civil interferem nesses sintomas. Métodos: Estudo comparativo, de corte transversal, em que 50 pacientes em hemodiálise crônica e 50 transplantados renais, clinicamente estáveis, sem psicopatologias, pareados por sexo e idade, foram selecionados aleatoriamente. Instrumentos -Beck Hopelessness Scale (BHS), Beck Scale for Suicide Ideation (BSI) e Beck Depression Inventory (BDI). Resultados: BHS: 2% de cada grupo tiveram escore > 8 (p = 1,00). BSI: 4% em hemodiálise e 6% dos transplantados tinham escore > 1 (p = 1,00). BDI: 20% em hemodiálise e 12% dos transplantados apresentaram escore > 14 (p = 0,275). Não houve relação entre as variáveis testadas e os sintomas de desesperança e ideação suicida. Não exercer atividade laboral implicou mais sintomas depressivos (escore médio BDI: 10,5 vs. 7,3, p = 0,027). Transplantados de doadores falecidos apresentaram mais sintomas depressivos comparados aos receptores de doadores vivos (escore médio BDI: 11,0 vs. 6,7, p = 0,042). Conclusão: Não houve diferença na intensidade dos sintomas de desesperança, ideação suicida e depressão entre pacientes estáveis em hemodiálise e transplantados. Não exercer atividade laboral e receber transplante de doador falecido levou a mais sintomas depressivos. A prevalência de ideação suicida e sintomas depressivos, nas duas modalidades, merece atenção e indica a necessidade de monitorização e cuidados nesses pacientes.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade, especialmente na população em diálise. Objetivo: Determinar a taxa de sobrevida; caracterizar o perfil epidemiológico e clínico; identificar as comorbidades e as variáveis associadas à sobrevida dos pacientes submetidos à hemodiálise. Métodos: Trata-se de um estudo de natureza descritiva e longitudinal constituído por 162 pacientes submetidos à hemodiálise, em um hospital universitário. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequências e porcentagem e as numéricas por meio de média ± desvio padrão. A análise por meio da regressão de Cox foi utilizada para estudar a influência de diversas variáveis clínicas e demográficas. Foram construídas as curvas de sobrevida das variáveis significantes com o método de Kaplan Meyer. Resultados: A idade média foi de 48,09 anos, a renda familiar mensal e o nível de instrução mostraram-se reduzidos na maior parte dos estudados. A hipertensão arterial mostrou-se a principal comorbidade associada à insuficiência renal crônica terminal, seguida pelo diabetes mellitus. Os fatores que comprometeram significativamente a sobrevida dos pacientes foram a idade avançada no início da terapia, a hemoglobina e a albumina. A taxa de sobrevida global foi de 84,71% e 63,32% em um e cinco anos, respectivamente. Conclusão: A taxa de sobrevida foi considerada baixa e mostrou-se decrescente ao longo dos anos, não representando melhorias apesar dos avanços tecnológicos, diagnósticos e terapêuticos. A idade avançada, a hipoalbuminemia e a anemia são fortes preditores de mortalidade.
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Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) tem alta prevalência em hemodiálise (HD) e é fator de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de mortalidade na doença renal crônica (DRC). Objetivo: Analisar a frequência do diagnóstico de SM em pacientes em hemodiálise e a diferença na prevalência segundo os critérios do NCEPATP III e do IDF. Métodos: Pacientes de duas clínicas de Fortaleza, com tempo de diálise superior a 3 meses e idade maior ou igual a 18 anos, foram submetidos à medição da circunferência abdominal, pressão arterial (PA), dosagens de glicose, triglicerídeos e HDL-colesterol em jejum. Resultados: Foram incluídos 115 pacientes e a prevalência de SM foi de 41,7% segundo o NCEP-ATP III e de 42,6% segundo o IDF. Entre os 48 pacientes com diagnóstico de SM, de acordo com NCEP-ATP III, 87,5% foram diagnosticados pelo IDF. Entre os 67 pacientes não portadores de SM pelo NCEP-ATP III, 89,5% também não foram diagnosticados pelo IDF. As variáveis da SM segundo o NCEP que tiveram maior prevalência foram o HDL-col alterado em 83,4% dos pacientes e a PA alterada ou uso de anti-hipertensivos em 81,3%. Conclusão: A frequência de SM na população em estudo foi elevada, independentemente do critério utilizado. As variáveis que mais contribuíram para o diagnóstico de SM foram a dislipidemia e a PA. A avaliação rotineira do diagnóstico de SM em HD deve ser implementada, uma vez que pacientes em diálise com SM tem aumento do número de hospitalizações e do risco de eventos cardiovasculares.
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Introdução: Estudos recentes demonstram o aumento da prevalência de Disfunção Cognitiva em pacientes com Doença Renal Crônica. Objetivo: Avaliar a referida associação nos utentes inscritos na Unidade de Saúde Familiar-Ponte. Métodos: Estudamos uma amostra constituída por 246 idosos. Avaliamos a função cognitiva por meio do Mini Mental State Examination e a Taxa de Filtração Glomerular com recurso à equação Modification of Diet in Renal Disease. Os valores da Taxa de Filtração Glomerular obtidos (ml/min/1,73 m2) foram distribuídos por três categorias: < 60,00, 60-89,99 e ≥ 90. Recolhemos variáveis adicionais do Serviço de Apoio ao Médico e estudamos os dados recorrendo a análises bivariadas e a modelos de regressão logística. Resultados: Os grupos com Taxa de Filtração Glomerular < 60 e ≥ 90 apresentaram maior prevalência de Disfunção Cognitiva, independentemente de outros fatores. Os odds-ratio foram, respectivamente, de 4,534 (IC95%: 1,257-16,356) e 3,302 (IC95%: 1,434-7,607). Discussão: Conforme a literatura, verificamos maior prevalência de Disfunção Cognitiva no grupo com Taxa de Filtração Glomerular < 60. A elevada prevalência de Disfunção Cognitiva nos utentes com Taxa de Filtração Glomerular ≥ 90 está descrita em alguns estudos e poderá dever-se a situações que induzam a sobrestimação da mesma taxa, como nos estados de caquexia, ou a situações de hiperfiltração glomerular. Conclusão: Constatamos que a relação entre a função renal e a prevalência de Disfunção Cognitiva não foi linear, mas sim parabólica. Novos estudos são necessários para se explicar o porquê deste achado e para se averiguar a necessidade de vigilância da Disfunção Cognitiva em pacientes com alterações da função renal.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) constitui importante problema de saúde pública mundial. Contudo, dados sobre prevalência e comorbidades são escassos no Brasil. Objetivo: Identificar a prevalência e fatores associados à DRC em pacientes internados em um hospital universitário. Métodos: Foram selecionados, aleatoriamente, 826 prontuários de pacientes internados em clínica médica. A DRC foi baseada no diagnóstico médico descrito no prontuário. Foram coletadas informações clínico-demográficas e feitas comparações entre pacientes com e sem DRC. Resultados: A prevalência de DRC foi 12,7%. Os pacientes com DRC se distinguiram daqueles sem a doença (p < 0,05) por terem companheiro (59,8% vs. 47,3%); idade mais elevada (65,8 ± 15,6 vs. 55,3 ± 18,9 anos); mais comorbidades como hipertensão arterial (75,2% vs. 46,3%), diabetes (49,5% vs. 22,4%), dislipidemia (23,8% vs. 14,9%), infarto do miocárdio (14,3% vs. 6,0%) e insuficiência cardíaca congestiva (18,1% vs. 4,3%); maior período de internação (11 (8-18) vs. 9 (6-12) dias) e; mais óbitos (12,4% vs. 1,4%). A análise de regressão logística indicou associação independente (OR, odds ratio; IC, intervalo de confiança de 95%) da DRC com idade (OR 1,019, IC 1,003-1,036), hipertensão arterial (OR 2,032, IC 1,128-3,660), diabetes (OR 2,097, IC 1,232-3,570) e insuficiência cardíaca congestiva (OR 2,665, IC 1,173-6,056). Conclusão: A prevalência de DRC em pacientes internados em clínica médica foi alta, sendo estes pacientes clinicamente mais complexos, visto apresentarem idade mais elevada e maior número de comorbidades, refletindo em maior risco de óbito durante internação hospitalar.
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A sarcopenia é uma condição crônica associada ao processo fisiológico de envelhecimento e é definida pela redução da massa, força e função musculares. Na Doença Renal Crônica (DRC), a sarcopenia é prevalente, e associa-se ao aumento da morbimortalidade e à ocorrência de complicações cardiovasculares. Ao analisarmos a sarcopenia em pacientes com insuficiência renal, destacam-se mecanismos complexos que contribuem para a perda de massa muscular, como ativação de mediadores que estimulam o sistema da ubiquitina-proteossoma (SUP) dependente de ATP, inflamação, acidose metabólica, angiotensina II e alguns fatores hormonais. A abordagem terapêutica da sarcopenia na DRC inclui a realização de exercícios, correção da acidose metabólica, reposição hormonal e tratamento da resistência insulínica. Desta forma, é de suma importância o reconhecimento precoce da sarcopenia nesta população, com o intuito de estabelecer intervenções terapêuticas eficazes, evitando-se, assim, toda a gama de complicações associadas à perda de massa muscular na DRC.
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Resveratrol (RESV) is a polyphenolic compound found in various plants, including grapes, berries and peanuts, and its processed foods as red wine. RESV possesses a variety of bioactivities, including antioxidant, anti-inflammatory, cardioprotective, antidiabetic, anticancer, chemopreventive, neuroprotective, renal lipotoxicity preventative, and renal protective effects. Numerous studies have demonstrated that polyphenols promote cardiovascular health. Furthermore, RESV can ameliorate several types of renal injury in animal models, including diabetic nephropathy, hyperuricemic, drug-induced injury, aldosterone-induced injury, ischemia-reperfusion injury, sepsis-related injury, and endothelial dysfunction. In addition, RESV can prevent the increase in vasoconstrictors, such as angiotensin II (AII) and endothelin-1 (ET-1), as well as intracellular calcium, in mesangial cells. Together, these findings suggest a potential role for RESV as a supplemental therapy for the prevention of renal injury.
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This review will focus on long-term outcomes after acute kidney injury (AKI). Surviving AKI patients have a higher late mortality compared with those admitted without AKI. Recent studies have claimed that long-term mortality in patients after AKI varied from 15% to 74% and older age, presence of previous co-morbidities, and the incomplete recovery of renal function have been identified as risk factors for reduced survival. AKI is also associated with progression to chronic kidney (CKD) disease and the decline of renal function at hospital discharge and the number and severity of AKI episodes have been associated with progression to CKD. IN the most studies, recovery of renal function is defined as non-dependence on renal replacement therapy which is probably too simplistic and it is expected in 60-70% of survivors by 90 days. Further studies are needed to explore the long-term prognosis of AKI patients.
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Objetivo: Descrever quadro clínico-laboratorial de glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) subtipo colapsante em associação com infecção por parvovírus B19 (PVB19). Relato do caso: Paciente feminino, 37 anos, parda, iniciou quadro de faringoalgia e febre aferida com melhora parcial após penicilina. Com uma semana, observou redução de débito urinário e edema de membros inferiores. Tabagista, com histórico familiar e pessoal negativos para hipertensão, diabetes ou nefropatias. À admissão, apresentava-se com oliguria, hipertensão e edema, associados à anemia microcítica e hipocrômica hipoproliferativa, proteinúria nefrótica, hematúria microscópica e alteração da função renal. A investigação reumatológica e sorologias para hepatites e HIV foram negativas. Ultrassonografia de rins e vias urinárias sem alterações. PCR foi positivo para PVB19 em aspirado de medula óssea e sangue. A biópsia renal conclusiva de GESF subtipo colapsante. Ocorreu remissão espontânea com duas semanas do quadro. Em retorno ambulatorial, o PCR em sangue periférico foi negativo para PVB19, sugerindo associação de GESF colapsante a fase aguda ou reativação da infecção viral. Conclusão : Este relato registra a associação temporal entre GESF colapsante e viremia pelo PVB19, seja por infecção aguda ou reativação de infecção latente. A associação GESF colapsante e PVB19 é descrita na literatura, com demonstração da presença do vírus em tecido renal, porém, a real relação do vírus na patogênese dessa glomerulopatia permanece indefinida.
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Descrever uso do Eculizumab na síndrome hemolítica urêmica atípica (SHUa) após transplante renal. Paciente de 16 anos, com diagnóstico de doença renal crônica desde 2010, decorrente de SHUa, submetida à hemodiálise. Transplante renal por doador falecido: fevereiro de 2012. Apresentou boa evolução clínica até 14º DPO, quando iniciou quadro de febre, oligúria, piora da função renal [creatinina sérica (CRs): 4,0 mg/dl] e sinais de hemólise [plaquetas: 110.000 mm3; hemoglobina (Hb): 4,5 g/dL; LDH: 3366 U/L]. Biópsia do enxerto: microangiopatia trombótica. Realizado manejo com hemoderivados (plasma fresco) e plasmaférese, com melhora da função renal (CRs: 1,46 mg/dl). Uma semana após esta intercorrência, reapresentou quadro de febre, anemia, sinais de hemólise e ITU, então manejados com ciprofloxacina, pulsoterapia com metilprednisolona e transfusão de plasma (plaquetas: 43.000 mm3; Hb: 6,0 mg/dl, reticulócitos: 1,3%, haptoglobina < 5,8 mg/dl, LDH: 1181 U/L). Após piora clínica, iniciada terapêutica com Eculizumab, 900 mg a cada cinco dias durante duas semanas. Evoluiu com boa resposta clínica, caracterizada pela melhora da função renal, normalização hematológica (plaquetas: 160.000 mm3; Hb: 11,4 g/dL) e alta hospitalar em cinco dias. Desde então, mantém uso de Eculizumab 900 mg de 15/15 dias, com quadro renal e hematológico estável. O uso de Eculizumab foi de grande utilidade no controle da recidiva da SHUa e preservação do enxerto.