428 resultados para comportamento físico-hídrico
Resumo:
Este artigo visa a contribuir para o conhecimento mais aprofundado sobre estudos de comportamento informacional de usuários com base em como são tratados na literatura da ciência da informação nas últimas seis décadas. Para tanto, a análise se fundamenta nas revisões publicadas no periódico Annual Review of Information Science and Technology (Arist) e em outros trabalhos que complementam o tema abordado, mostrando sua evolução teórica e metodológica. Uma diferença crucial está relacionada à mudança conceitual observada, a qual denota a ampliação da visão epistemológica dos estudos. Tal mudança referese, especialmente, à nova terminologia adotada, que passa de "estudos de usuários" ou "necessidades e uso de informação" para "comportamento informacional de usuários". Trata-se, contudo, não somente de alteração terminológica, mas, sobretudo, de mudança paradigmática, resultado de transformações no modo como o tópico é definido e abordado, e na forma como é investigado.
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Neste trabalho foram avaliados os efeitos dos sistemas de preparo com arado de aiveca, com grade aradora e plantio direto, na compactação do solo, na disponibilidade de água, no desenvolvimento radicular e na produtividade do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). A área experimental consistiu de um Latossolo Vermelho-Escuro, sob irrigação via pivô central, o que possibilitou dois cultivos ao ano. O preparo com arado propiciou menores valores de resistência à penetração, ao longo do perfil do solo. O preparo com grade condicionou uma camada mais compacta entre 10 e 24 cm de profundidade e, em plantio direto, houve maior compactação até 15 - 22 cm. A distribuição do sistema radicular, em profundidade, foi mais uniforme no preparo com arado. No preparo com grade houve concentração das raízes na camada de 0-10 cm de profundidade e, em plantio direto, a concentração ocorreu até 20 cm. Sob irrigação, a menor resistência do solo à penetração e a melhor distribuição do sistema radicular, no preparo com arado, não possibilitou ao feijoeiro obter maior produtividade em relação aos outros sistemas de preparo. A maior produtividade observada no plantio direto deveu-se, entre outros fatores, aos menores valores e à menor variação ao longo do ciclo da tensão matricial da água no solo, em comparação aos demais sistemas de preparo do solo.
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Este trabalho teve por objetivos fazer a caracterização fisiográfica da microbacia Quatro Bocas, quantificar por meio de Sistema de Informação Geográfica (SIG) as classes de ocupação do meio físico (área por classe de solo; área por classe de solo e de declividade; área por classe de solo, de declividade e de uso atual das terras) e, paralelamente, fazer considerações sobre o seu planejamento. Os planos de informações utilizados para entrada no SIG foram os mapas de solo, de declividade e de uso atual das terras (ano 1989). Os solos apresentam uma forte deficiência na fertilidade natural e o Podzólico Vermelho-Amarelo abrúptico plíntico abrange 87% da área, com 63% em relevo forte ondulado, o que favorece a erosão, impede a mecanização e exige cuidados especiais com relação ao uso e manejo. O Regossolo distrófico e o Aluvial distrófico ocupam 13% da área, com relevos suave ondulado e plano, favorecendo o uso de culturas anuais.
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As soluções analíticas de distribuição de água para ponto fonte e regime de fluxo não- permanente são dependentes de parâmetros de solos considerados constantes em suas deduções. Erros na determinação desses parâmetros implicam insucesso dessas soluções. Este trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento dos parâmetros alfada equação de Gardner k(h) = Ks ealfah e o parâmetro de linearização k = dK(teta)/dteta em diferentes posições do bulbo molhado, considerando os processos de infiltração isolado e seguido de redistribuição de água, à semelhança de um ciclo de irrigação. Dados de potencial matricial foram coletados em diversas posições do bulbo molhado em duas situações:(i) início da irrigação até atingir regime permanente em todo o bulbo molhado (infiltração); e (ii) durante dois ciclos de irrigação envolvendo infiltração e redistribuição de água. Os resultados mostraram que os parâmetros alfa e k variaram nas posições do bulbo molhado em relação ao gotejador, de acordo com o regime de umidade a que tais posições estiveram sujeitas. A obtenção desses parâmetros pelo método inverso requer testes que considerem as fases de infiltração e redistribuição em pelo menos dois ciclos de irrigação.
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O estudo teve como objetivo avaliar um modelo físico do sistema de cria de bovinos para as áreas mais secas do Semi-Árido brasileiro, associando a pastagem natural com pastos cultivados tolerantes à seca. A caatinga foi pastejada no período verde, e o capim buffel no restante do ano. A suplementação com leucena ocorreu no período seco, sob pastejo direto e feno no cocho. Parâmetros de desempenho, monitorados de novembro de 1991 a outubro de 1995, mostraram uma taxa média de parição da ordem de 72,8% ao ano e taxas de mortalidade praticamente nulas. O peso vivo médio dos bezerros aos 205 dias de idade foi de 153,4 kg e a produ- ção de bezerros desmamados foi de 109,5 kg/matriz exposta/ano e de 25,5 kg/hectare/ano. Os resultados são considerados bastante expressivos, considerando-se que mais da metade da área era ocupada com pastagens nativas de caatinga e que a oferta de leucena foi limitada pela ocorrência de uma forte estiagem.
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O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a evolução física do processo de remoção de água das sementes em secador estacionário, com cilindro central perfurado e distribuição radical de ar. A pesquisa foi conduzida com sementes de soja, variando o fluxo (26,9, 28,4 e 33,2 m³/minuto/t) e a temperatura do ar insuflado (42, 46 e 50ºC), considerando a posição das sementes (17, 34 e 51 cm em relação ao cilindro de insuflação) e o tempo de secagem (zero a doze horas, com intervalos de duas horas). Foram caracterizados o ar ambiente, o ar insuflado, as temperaturas e os teores de água da massa, as velocidades e curvas de secagem. As avaliações realizadas destacaram vantagens físicas operacionais da combinação de 28,4 m³/minuto/t com 46ºC e o contrário, com a combinação de 26,9 m³/minuto/t com 42ºC.
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Dezesseis cultivares de milho foram avaliadas em treze ambientes dos tabuleiros costeiros do Nordeste brasileiro, no período de 1994/95, em blocos ao acaso, com três repetições, visando conhecer o potencial dessa região para a produção do milho e a adaptabilidade e a estabilidade desses materiais para recomendação. As produtividades médias alcançadas, especialmente com os híbridos, mostraram o grande potencial dessa faixa costeira do Nordeste para a produção do milho, sobressaindo os tabuleiros costeiros do Piauí, Sergipe e Bahia, onde o milho poderá se tornar uma grande alternativa para os produtores. A análise de variância conjunta mostrou diferenças entre os locais e as cultivares, e a inconsistência das cultivares em face das variações ambientais. Usou-se o método de Cruz et al. para atenuar o efeito da interação cultivares x ambientes, de modo a permitir uma recomendação com mais segurança. Os híbridos mostraram melhor adaptação que as variedades e populações, e são recomendados para exploração em ambientes mais tecnificados. O AG 510, por mostrar adaptação em ambiente desfavorável, é também recomendado para esta condição. As variedades BR 5011, BR 5028, BR 106 e BR 5033, de bons rendimentos, constituem alternativas importantes para pequenos e médios produtores de milho.
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Com o objetivo de obter linhagens resistentes ao bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis Boheman), a Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Algodão vem testando progênies oriundas de raças primitivas de algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.) originárias do México e da América Central, que apresentam níveis aceitáveis de resistência ao bicudo. Em 1991 e 1992, as progênies em BC1F5 e BC1F6 oriundas das linhagens Texas 277, Texas 326 e Texas 1180, Texas 297, Texas 339, Texas 766 e Texas 1134, foram avaliadas com relação à resistência ao bicudo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com seis repetições. A unidade experimental foi constituída por duas fileiras de 5 m, sob um espaçamento de 0,75 m x 0,20 m. As parcelas foram infestadas com adultos do bicudo recém-emergidos, a uma taxa de 10.000 adultos/ha. Aos seis dias após a liberação dos adultos, as parcelas foram pulverizadas com Cipermethrim, sendo realizadas em intervalos semanais. Foram procedidas cinco avaliações através da coleta de 33 botões florais ao acaso, por parcela. Os maiores níveis de resistência ao bicudo foram obtidos pelas progênies Texas 326-95-1, Texas 277-87-5, Texas 1180-99-2, Texas 297 e Texas 339, com redução de ataque de 44,0, 41,2, 32,0, 40,4 e 36,4%, respectivamente, em relação à testemunha CNPA 6H.
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Com o objetivo de avaliar o crescimento e desenvolvimento de leguminosas utilizadas como adubos verdes, instalaram-se três ensaios, em três épocas de semeadura e dois espaçamentos na região dos Cerrados, durante o ano agrícola de 1991/1992, na área experimental da Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa do Solo (CNPS), em Senador Canedo, GO. As espécies avaliadas foram Crotalaria juncea L., mucuna-preta (Mucuna aterrima (Piper & Tracy) Merr.), guandu cv. Kaki (Cajanus cajan (L.) Millsp.) e Crotalaria ochroleuca G. Don. O delineamento experimental utilizado, dentro de cada época, foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com três repetições. Os resultados indicaram que C. juncea e C. cajan apresentaram as maiores produções de fitomassa seca. O atraso da semeadura, em relação ao início da estação chuvosa, reduziu os rendimentos de fitomassas verde e seca produzidos pelas leguminosas, exceto pela mucuna-preta. Os espaçamentos de 0,5 m e 0,4 m não influenciaram o período para o florescimento e as produções de fitomassas verde e seca.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de dois sistemas de pasteurização (High Temperature Short Time ¾ HTST¾ e ejetor de vapor) nas características físico-químicas e sensoriais do queijo tipo Gorgonzola. As coletas de amostras de queijo e análises foram realizadas aos 5, 25, 45, 65 e 85 dias de maturação. Durante o período de maturação ocorreu aumento gradual de pH, sal/umidade e índice de acidez nos dois tratamentos. Os queijos fabricados com leite pasteurizado pelo sistema HTST obtiveram valores médios de pH superiores aos dos queijos fabricados com leite pasteurizado pelo sistema ejetor de vapor; os queijos fabricados com leite pasteurizado pelo sistema ejetor de vapor, obtiveram teores de índice de acidez e metilcetonas superiores aos dos queijos fabricados com leite pasteurizado pelo sistema HTST, indicando maior atividade lipolítica nesses queijos. Pela análise sensorial realizada aos 65 dias de maturação, pode se observar que não houve diferença significativa entre os tratamentos em relação à aparência, cor, consistência, textura e sabor. Porém foi observada diferença significativa com relação ao desenvolvimento do mofo e aroma. Os queijos fabricados com leite pasteurizado pelo sistema ejetor de vapor apresentaram maior atividade lipolítica e massa mais macia e fechada.
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O teste de envelhecimento artificial, recomendado para avaliar o vigor de lotes de sementes, apresenta variabilidade em seus resultados; a ação dos fungos é considerada uma das causas dessa variabilidade. Este trabalho objetivou verificar os efeitos de diferentes períodos de envelhecimento artificial, no comportamento fisiológico de sementes do feijoeiro e dos fungos Aspergillus spp., Penicillium spp., Fusarium oxysporum e Colletotrichum lindemuthianum, inoculados artificialmente. Foram conduzidos testes de sanidade, germinação, tetrazólio, emergência, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. As respostas obtidas, dependentes da duração do período de envelhecimento, indicaram efeitos da espécie fúngica presente. Concluiu-se que o teste de envelhecimento artificial associa a expressão de causas fisiológicas e sanitárias, o que prejudica a interpretação dos dados obtidos; a presença de fungos, principalmente de Aspergillus spp., pode ser considerada como capaz de interferir de modo negativo no desempenho das sementes envelhecidas artificialmente.
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Os efeitos da utilização de interenxerto (filtro) da ameixeira 'Januária' (Prunus salicina L.) foram verificados em duas cultivares de pessegueiro (Prunus persica L.), Tropical e Ouromel-2. O porta-enxerto básico utilizado foi o pessegueiro 'Okinawa'. Foram avaliadas duas safras, respectivamente, na 4ª e 5ª folha de plantas enxertadas e estabelecidas no campo em 1994. O uso do enxerto intermediário diminuiu o vigor das plantas -- perímetro e área da secção do tronco, perímetro das pernadas e comprimento dos entrenós -- e aumentou o peso do fruto e a produção por planta, em comparação com as copas-controle enxertadas diretamente no 'Okinawa'. A eficiência produtiva, o índice de fertilidade, o florescimento e a frutificação efetiva foram incrementados com o uso do filtro. A interenxertia com ameixeira 'Januária' apresenta adequadas características de compatibilidade com o pessegueiro, como forma de compactar as copas e aumentar a produtividade e o tamanho do fruto.
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Este trabalho objetivou avaliar o curso diário e sazonal das trocas gasosas, da temperatura foliar e do potencial hídrico da acerola (Malpighia emarginata D.C.), no campo. O experimento realizou-se no município de Paudalho, PE. Os valores da transpiração e do potencial da água foram, de modo geral, mais elevados no início da manhã e no final da tarde; os da resistência difusiva e temperatura foliar foram menores no início da manhã e no final da tarde. Houve uma limitação das trocas gasosas com o ambiente, em decorrência da redução da transpiração nas horas mais quentes do dia, sendo mais acentuada na estação seca e na matriz UFRPE 7. Os valores mínimos do potencial ocorreram na época seca, variando de -3,4 MPa (UFRPE 7) a -4,3 MPa (UFRPE 8), enquanto os valores máximos da resistência variaram de 16,30 s cm-1 (UFRPE 7) a 22,10 s cm-1 (UFRPE 8) na mesma estação. O potencial hídrico e a resistência difusiva mostraram forte correlação com o déficit de pressão de vapor. A maior capacidade fotossintética foi verificada em folhas maduras da matriz UFRPE 8. Os mecanismos fisiológicos apresentados pelas plantas demonstram que elas podem resistir a períodos de estresse hídrico quando estes se manifestam. A matriz UFRPE 8 é mais adaptada a períodos de estiagem do que a UFRPE 7.
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Três experimentos de competição entre genótipos de feijão-fradinho (Vigna unguiculata (L.) Walp.) foram instalados em Coimbra (17 de novembro de 1993), Ponte Nova (19 de novembro de 1993) e Viçosa (1º de dezembro de 1994), municípios da Zona da Mata de Minas Gerais, com o objetivo de avaliar-lhes o comportamento na primavera-verão, nessa região. Foram testados 18 genótipos em 1993 e 10 em 1994. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com três (1993) e quatro (1994) repetições. Os rendimentos variaram de 106 a 2.562 kg/ha. Em 1993, quando houve veranico nas três primeiras semanas de fevereiro, os rendimentos máximos foram de 1.587 (Coimbra) e 1.438 kg/ha (Ponte Nova), obtidos com a linhagem precoce e de porte intermediário IT 85F-2687. Em 1994, quando choveu regularmente até o mês de março, o rendimento máximo (2.562 kg/ha) foi alcançado com a linhagem de ciclo tardio e porte semi-ereto IT 85F-899. A mancha-café (Colletotrichum falcatum f. truncata) foi a única doença observada e as linhagens IT 85F-2687, IT 85D-34284, IT 83S-818, IT 83S-899 e IT 86D-716 foram consideradas resistentes. A primeira colheita foi realizada entre 69 e 79 dias após a emergência, e o período de colheita variou de 16 a 62 dias, dependendo do genótipo e do regime de chuvas.
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Este trabalho foi desenvolvido na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada no município de Eldorado do Sul, nos anos agrícolas de 1993/94 e 1994/95. O objetivo foi avaliar o potencial da água na folha como indicador do déficit hídrico, em milho (Zea mays L.), relacionando-o ao potencial da água no solo. O experimento constou de três níveis de irrigação, desde a capacidade de campo até a ausência de irrigação. Os valores do potencial mínimo da água na folha foram desde -1,2 a -1,5 MPa em plantas irrigadas (na capacidade de campo) e de -1,6 a -2,0 MPa em plantas não irrigadas. O potencial mínimo da água na folha correlacionou-se com o potencial matricial da água no solo a 45 cm de profundidade (r² = 0,73), e mostrou ser um indicador adequado de déficit hídrico. O potencial da água na folha ao entardecer mostrou relação com o potencial mínimo da água na folha, indicando, assim, que pode ser utilizado como indicador de déficit hídrico. O potencial foliar de base apresentou diferenças evidentes entre os tratamentos extremos, mas não teve relação consistente com o potencial mínimo da água na folha.