616 resultados para Insuficiência cardíaca Teses
Resumo:
apresentada uma reviso dos estudos realizados no Brasil sobre distrbios no metabolismo mineral em bovinos, sobretudo deficincias minerais, no perodo de 1987-1998. Esta reviso foi feita em continuao de duas revises prvias sobre o assunto, que abrangeram os perodos de 1943-1976 e 1976-1987. Nessas revises so omitidos os estudos realizados apenas atravs de dosagens qumicas de amostras de pastagem e de solo, sendo referidos aqueles baseados em anlises de amostras de fgado ou outros tecidos ou fluidos dos animais e/ou experimentao, complementados ou no por anlises qumicas de pastagem e de solo. Em relao aos macroelementos, destacam-se os estudos sobre a deficincia de fsforo, j estabelecida anteriormente como a deficincia mineral mais importante no Brasil. Valores baixos de ferro em amostras de fgado foram constatados em bovinos afetados pela hematria enzotica, o que compreensvel, j que os animais apresentam marcada anemia devido a perda contnua de sangue. Destacaram-se, por outro lado, os valores elevados de ferro em diversas regies; em algumas delas foi demonstrado que os nveis desse elemento estavam associados a valores baixos de cobre. As deficincias de cobre e cobalto foram as mais frequentes entre as de microelementos. Diversas ocorrncias de intoxicao por cobre em ovinos foram comunicadas. A deficincia subclnica de zinco tem sido verificada com bastante frequncia. A deficincia subclnica de mangans foi raramente constatada; ao contrrio, houve verificaes de valores elevados deste elemento. Em relao ao selnio, os dados continuam escassos, insuficientes para se saber qual a importncia da deficincia desse elemento em bovinos e ovinos no Brasil; a miopatia nutricional em bezerros foi diagnosticada uma nica vez. Entre os estudos realizados neste ltimo perodo devem ser mencionados, especialmente, aqueles que abordam duas doenas cuja etiologia ainda no foi estabelecida, vulgarmente conhecidas como "ronca" e "doena do peito inchado", ambas de evoluo crnica, afetando bovinos adultos. Na enfermidade conhecida como "ronca", os valores hepticos de cobre so muito baixos e os de ferrro extremamente altos; deve-se considerar a hiptese de que os nveis hepticos de ferro esto muito elevados em decorrncia da sua no-utilizao em funo da deficincia de cobre. Na "doena do peito inchado", os valores hepticos de mangans e de cobalto so baixos e os de ferro so muito elevados; possvel que as alteraes nos nveis hepticos de ferro sejam apenas o reflexo do acmulo de sangue no fgado, uma vez que essa enfermidade caracterizada por insuficiência cardíaca crnica que cursa com acentuada congesto heptica. Ainda deve ser destacada, no Rio Grande do Sul, a ocorrncia de "morte sbita" em bovinos, cujos valores hepticos para cobre foram muito baixos; nenhuma planta txica pode ser responsabilizada por essas ocorrncias. Nesta mesma rea, a hipomielinognese congnita em bovinos foi diagnosticada. A ocorrncia das deficincias minerais diagnosticadas durante o perodo correspondente a esta reviso foram lanadas em um mapa, com as respectivas referncias bibliogrficas.
Resumo:
Coelhos, cobaias, ratos e camundongos foram utilizados com a finalidade de reproduzir a forma cardíaca da intoxicao por Ateleia glazioviana. Quatro animais de cada espcie receberam por 4 meses a planta, secada sombra, na concentrao de 10% na rao, fornecida na forma de pelets. Os pelets foram preparados misturando 700 g de rao comercial, 200 g de amido de milho, 1000 ml de gua destilada e 100 g de planta seca e, posteriormente, secados em estufa a 100C, durante 16 a 20 horas. Quatro animais de cada espcie serviram como testemunhas, recebendo a rao preparada da mesma forma, porm com a utilizao de azevm (Lolium multiflorum) em lugar de A. glazioviana. Era fornecida gua vontade e, para os coelhos e cobaias, tambm aveia (Avena sativa) verde diariamente. Esses animais no apresentaram nenhuma alterao clnica, e foram pesados semanalmente nas ltimas 5 semanas do perodo experimental, no apresentando diferena significativa no ganho de peso. necropsia no foram observadas alteraes macroscpicas e pelo exame histolgico tambm no foram detectadas leses significativas no corao e em outros rgos. Para testar a atividade abortiva de A. glazioviana, rao contendo 10% de planta seca, preparada da mesma forma que no experimento anterior, foi administrada a 11 outros ratos, fmeas, prenhes, nos dois ltimos teros da gestao. Um grupo controle de 11 fmeas recebeu a rao com azevm a 10%, durante o mesmo perodo. Esses animais tiveram filhotes normais e no prazo correto. Para determinar a possvel perda de toxidez da planta durante a preparao dos pelets, A. glazioviana foi aquecida por 16 a 20 horas a 100C e, posteriormente, administrada a um ovino em 26 doses dirias de 2,65 g/kg de planta seca. Durante o perodo experimental, a ovelha apresentou batimentos cardacos mais fortes, taquicardia e arritmia cardíacas, depois bradicardia e, no perodo final, apatia acentuada. Foi sacrificada 7 dias aps a ltima administrao da planta. Esse animal apresentava gestao de 2,5 a 3 meses e o feto no apresentava sinais de autlise. As alteraes macroscpicas mais evidentes necropsia foram ascite, hidrotrax, reas esbranquiadas no msculo cardaco e fgado de colorao clara. Na histologia do corao foram observadas degenerao e necrose de fibras cardíacas e proliferao de tecido conjuntivo fibroso. O fgado apresentava congesto e degenerao de hepatcitos nas reas centrolo-bulares. Os resultados indicam que esses animais de laboratrio no foram susceptveis ao cardiotxica de A. glazioviana, por via oral, e sugerem a possibilidade de que o princpio ativo da planta, que resistente ao calor, seja semelhante ao princpio ativo das plantas do sul da frica que causam fibrose cardíaca.
Resumo:
So descritos dois surtos da intoxicao espontnea por Tetrapterys multiglandulosa em bovinos e a reproduo experimental da toxicose em ovinos. Os dois surtos espontneos ocorreram na mesma fazenda localizada no municpio de Bataipor, Mato Grosso do Sul. O primeiro surto ocorreu em julho-outubro de 2004 e envolveu uma populao bovina sob risco de 290 vacas prenhes que haviam sido introduzidas em um pasto de 60 hectares onde havia uma rea de reserva legal, altamente infestada por T. multiglandulosa. Dessas, 230 vacas (79,3%) abortaram, pariram natimortos ou bezerros fracos que morreram alguns dias aps o nascimento. Sete vacas adultas morreram. Uma vaca e um bezerro de 10 dias foram necropsiados. O segundo surto ocorreu em setembro-outubro de 2005, 40 dias aps 285 novilhas de dois anos de idade terem sido introduzidas no mesmo pasto infestado por T. multiglandulosa onde ocorrera o primeiro surto no ano anterior. Nove novilhas adoeceram e morreram; trs foram necropsiadas. Os sinais clnicos dos bovinos afetados, incluindo um bezerro de 10 dias de idade, consistiam de acentuada letargia, emagrecimento com distenso do abdmen (ascite), edema subcutneo de declive, ingurgitamento e pulso venoso da jugular, dispnia e arritmia cardíaca. Os achados de necropsia incluam coraes globosos e com cmaras cardíacas dilatadas, reas brancas e firmes no miocrdio e alteraes relacionadas a insuficiência cardíaca como edemas cavitrios, fgado de noz-moscada, edema pulmonar e grande cogulo no ventrculo esquerdo. As alteraes histopatolgicas incluam necrose e fibrose do miocrdio, congesto centrolobular passiva crnica do fgado, edema pulmonar e degenerao esponjosa da substncia branca do encfalo. Os ovinos do experimento morreram 29 (Ovino 1) e 35 (Ovino 2) dias aps terem recebido as folhas de T. multiglandulosa nas doses mdias dirias de 14 g/kg (Ovino 1) e 7,5 g/kg (Ovino 2). O aparecimento dos sinais clnicos ocorreu a partir do 7 dia (Ovino 1) e do 4 dia (Ovino 2) de experimento e incluam taquicardia e arritmia, letargia e presso da cabea contra objetos. Os achados de necropsia e histopatologia em ambos os ovinos experimentais foram estreitamente semelhantes aos observados nos bovinos afetados nos dois surtos espontneos.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo principal determinar a prevalncia das doenas que culminam em morte ou que fazem com que os ces da Mesorregio do Centro Ocidental Rio-Grandense sejam submetidos eutansia. Para isso, foram revisados todos os protocolos de necropsia de ces, arquivados no Laboratrio de Patologia Veterinria (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realizadas entre janeiro de 1965 e dezembro de 2004. Nos arquivos do LPV-UFSM foram encontrados 4.844 protocolos de necropsia de ces. A distribuio dos casos em relao s categorias de doenas diagnosticadas foi a seguinte: doenas infecciosas e parasitrias (1.693 [35,0%]), neoplasmas (378 [7,8%]), distrbios causados por agentes fsicos (369 [7,6%]), doenas degenerativas (342 [7,1%]), intoxicaes e toxiinfeces (112 [2,3%]), eutansia por convenincia (101 [2,1%]), doenas metablicas e endocrinolgicas (97 [2,0%]), distrbios iatrognicos (83 [1,7%]), distrbios do desenvolvimento (25 [0,5%]), doenas imunomediadas (10 [0,2%]) e doenas nutricionais (6 [0,1%]). Outros distrbios, que incluem doenas multifatoriais ou idiopticas, contriburam com 80 (1,6%) casos. Dos 4.844 casos, em 1.548 (32,0%) no foi possvel estabelecer a causa da morte ou a razo para a eutansia. Doenas infecciosas e parasitrias (principalmente cinomose, parvovirose e verminose intestinal), neoplasmas (principalmente neoplasmas mamrios e linfoma), distrbios causados por agentes fsicos (principalmente atropelamento por veculos automotivos) e doenas degenerativas (principalmente insuficiência renal crnica, cirrose e insuficiência cardíaca congestiva) foram as principais categorias de doenas relacionadas com morte ou eutansia de ces dessa mesorregio. Entretanto, quando os ces so avaliados de acordo com suas idades, tais categorias possuem prevalncias diferentes. As principais causas de morte em filhotes foram as doenas infecciosas e parasitrias, principalmente parvovirose, cinomose e verminose intestinal. Em adultos, as causas de morte mais importantes foram cinomose, neoplasmas e trauma. Em idosos, neoplasmas e doenas degenerativas foram responsveis por aproximadamente a metade das mortes.
Resumo:
Neste trabalho descrevem-se, em bovinos, um surto de intoxicao por Palicourea aeneofusca no municpio de Jacara e um surto de intoxicao por Mascagnia rigida, no municpio de Sap. Ambos os surtos ocorreram na zona da Mata Paraibana, onde no havia, anteriormente, informao sobre intoxicao por plantas que causam mortes sbitas associadas ao exerccio. A toxicidade de ambas as plantas frescas recm coletadas foi testada em coelhos, sendo a dose letal de 3g por kg de peso animal (g/kg) para P. aeneofusca e de 10g/kg para M. rigida. Na fazenda onde ocorreu o surto de intoxicao por P. aeneofusca foi encontrada, tambm M. rigida e o produtor informava que esta tinha causado, anteriormente, mortes de bovinos. M. rigida coletada nesta ltima fazenda foi txica na dose de 10g/kg da planta seca. Anteriormente a intoxicao por P. aeneofusca tinha sido diagnosticada na Zona da Mata e Agreste Pernambucano e leste da Bahia. H tambm numerosos histricos da ocorrncia desta intoxicao na Zona da Mata Alagoana, o que sugere sua ocorrncia no litoral do nordeste, desde a Bahia at Paraba. M. rigida a planta txica mais conhecida e mais importante do nordeste ocorrendo no serto e no agreste. Este trabalho comprova que, pelo menos na Paraba, a intoxicao ocorre, tambm, na Zona da Mata.
Resumo:
Descreve-se a intoxicao natural por Pseudocalymma elegans em pelo menos um bovino em Rio Bonito, RJ e a reproduo experimental dessa intoxicao em trs bovinos e em 3 coelhos com exemplares dessa planta colhida no local onde ocorreu a morte. Necropsia e histopatologia do bovino naturalmente intoxicado no revelaram alteraes significativas. A administrao, por via oral, de 1g/kg da brotao da planta causou a morte do bovino dentro de 5h e 30 minutos aps o incio da administrao, j pela administrao de 0,5 g/kg, a morte do animal ocorreu aps 76 horas e 36 minutos. A dose de 0,25g/kg foi capaz de causar sintomas, mas no levou a morte. A sintomatologia caracterizou-se por arritmia cardíaca, taquicardia, aumento da freqncia respiratria, relutncia em se mover, pulso venoso positivo, jugulares e grandes vasos ingurgitados, queda ao solo e movimentos de pedalagem, seguindo-se o bito. necropsia foram verificadas alteraes compatveis com s observadas na insuficiência cardíaca aguda, e o exame histopatolgico revelou a leso renal tpica (degenerao hidrpica em tbulos contornados distais) de intoxicao por plantas que causam "morte sbita". Nos coelhos, a evoluo variou entre menos de um minuto a dois minutos. O exame histopatolgico do rim de dois coelhos tambm revelou a leso microscpica caracterstica. Essa planta ainda no havia sido mapeada nessa rea do Estado do Rio de Janeiro. Conclui-se que a planta pode ser mais txica do que anteriormente descrito.
Resumo:
Esse estudo teve por objetivo demonstrar experimentalmente que Tetrapterys acutifolia Cav. (fam. Malpighiaceae) capaz de provocar aborto em bovinos e caracterizar as alteraes clnico-patolgicas nas vacas e nos fetos. Estas plantas so responsveis por significativo nmero de mortes em bovinos com mais de um ano de idade, especialmente nos Estados de Rio de Janeiro e So Paulo, mas at agora no havia sido comprovado experimentalmente seu efeito abortivo em bovinos. Os experimentos foram realizados no municpio de Barra do Pira, RJ. Quatro vacas de descarte receberam brotos e folhas novas frescas de T. acutifolia, coletadas em propriedades vizinhas, nas doses de 2,5g/kg/dia, 5,0g/kg/dia (2 vacas) e 10g/kg/dia, at ocorrer o abortamento. O quadro clnico nas vacas caracterizou-se por arritmia cardíaca, tremores musculares, anorexia, ascite, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela e aborto (23-76 dias aps o incio da ingesto da planta); todas as vacas abortaram. Das quatro vacas apenas uma (a que recebeu 10g/kg/dia) morreu 36 dias aps o abortamento, com sintomas de insuficiência cardíaca. O exame necroscpico dos fetos/natimortos revelou hidrotrax, hidropericrdio, hidroperitnio e congesto heptica; ao corte do miocrdio, verificaram-se reas plidas. No exame histolgico havia edema intersticial com fibrose incipiente. Na vaca que recebeu a maior dose e foi a bito, bem como em outra intoxicada naturalmente, os achados de necropsia foram similares aos observados nos fetos, exceto pela dilatao dos vasos da base do corao e mais acentuada palidez do miocrdio. Observaram-se ainda edema subcutneo nas regies cervical e esternal, bem como veias jugulares ingurgitadas. Os achados histopatolgicos foram necrose e edema intersticial com acentuada fibrose no miocrdio, espongiose da substncia branca do encfalo e, no fgado, congesto e leve fibrose. Adicionalmente, observou-se na vaca intoxicada espontaneamente, 17 dias aps o aborto, arritmia cardíaca, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela, anorexia com morte 43 dias aps o aborto. Este estudo demonstra que Tetrapterys acutifolia capaz de induzir aborto e, dependendo da dose, ainda causar a morte das vacas que abortarem.
Resumo:
Sob consenso recente em pacientes humanos, os valores basais da presso intra-abdominal (PIA) e seus provveis limiares em casos mrbidos, foram estipulados com intuito de favorecer a homogeneidade de estudos cientficos, alm de fornecer diretrizes para conduta diagnstica e teraputica destes pacientes. Valores basais e alteraes na presso intra-abdominal em animais no so ainda suficientemente conhecidos e cientificamente determinados. Mdicos veterinrios necessitam conhecer melhor os estados mrbidos que cursam com Hipertenso Intra-Abdominal (HIA) ou Sndrome de Compartimento Abdominal (SCA). O presente estudo objetivou testar em ces a tcnica j descrita sob consenso na medicina como modelo de mensurao da presso intra-abdominal, assim como determinar os valores normais para a espcie. Foram utilizados 15 ces hgidos, machos e fmeas, homogneos e todos sem raa definida. A mensurao da presso intra-abdominal foi realizada por meio da tcnica indireta de sondagem vesical e utilizao de coluna de gua com rgua graduada em cm de H2O, sendo seu valor final convertido para a unidade de mm de Hg. Foi observado valor mnimo subatmosfrico (abaixo de zero mm de Hg) at o valor mximo de 3,75 mmHg. Houve importante variao entre os valores encontrados individualmente em determinados ces, colocando sob discusso questes como massa corporal, freqncia/volume total de soluo fisiolgica a ser infundida e agitao destes pacientes no momento do exame. Os valores limtrofes encontrados so considerados fisiolgicos, indicando confiabilidade da tcnica e possibilidade do seu emprego clnico. A ausncia de sedao e utilizao de sonda uretral no inviabilizou a realizao da mensurao, porm podendo culminar numa sub ou superestimativa dos valores encontrados.
Resumo:
As doenas de chinchilas foram estudadas atravs da avaliao de laudos de necropsia entre janeiro de 1997 e dezembro de 2011. Em 202 chinchilas necropsiadas, 189 (93,5%) tiveram o diagnstico determinado, e 13 (6,5%) tiveram diagnstico inconclusivo, por ausncia de leses ou autlise acentuada. Dentre as 202 chinchilas computadas, 162 eram fmeas (80%), 37 eram machos (18%), e em quatro chinchilas (2%) o sexo no foi anotado. As chinchilas tinham entre um dia a 12 anos de idade. As doenas foram agrupadas nas seguintes categorias: doenas inflamatrias, doenas causadas por intoxicaes, doenas causadas por agentes fsicos, doenas metablicas, doenas parasitrias, doenas degenerativas, distrbios circulatrios, neoplasmas, distrbios do desenvolvimento e "outros distrbios". As doenas inflamatrias foram as mais prevalentes (52 casos [25,7%]) e foram representadas por casos de gastrite (10 casos), listeriose (5 casos), septicemia (5 casos), broncopneumonia bacteriana (4 casos), enterite necrosante (4 casos), piometra (4 casos), diarreia com isolamento de Proteus sp. (3 casos), abscessos subcutneos e em linfonodos (2 casos), endometrite (2 casos), otite (2 casos), pielonefrite (2 casos), abscesso do ligamento redondo do fgado (1 caso), pneumonia fibrinosa (1 caso), pneumonia intersticial (1 caso), hepatite e colecistite com isolamento de Salmonella sp. (1 caso), histiocitose pulmonar (1 caso), miosite linfo-histioctica (1 caso) e um caso de dermatofitose (Trichopyton metagrophytes). O segundo grupo de doenas mais prevalentes foram as intoxicaes (22,3%), representado por 45 casos de intoxicao por salinomicina. As doenas causadas por agentes fsicos (21 casos [10,4%]) incluam casos de traumas causados por outros animais (8 casos), automutilao aps injeo intramuscular (8 casos), prolapso de reto (3 casos) e parto distcico (2 casos). A categoria de doenas metablicas foi representada por 16 casos (7,9%) de lipidose heptica. As doenas parasitrias (8 casos [4%]) consistiram em infestao por pulga (4 casos), piolho (3 casos) e giardase (1 caso). Doenas degenerativas (4 casos [2,5%]) incluam insuficiência renal crnica (2 casos), necrose aleatria de hepatcitos (1 caso) e necrose muscular de origem desconhecida (1 caso). Os distrbios circulatrios incluram dois casos (0,99%) de insuficiência cardíaca congestiva. Neoplasmas foram representados por dois casos (0,99%) de adenocarcinoma gstrico. Um caso de atresia ani, associado a ausncia do trato reprodutor, intestino grosso e rins policticos representou a categoria de distrbios do desenvolvimento (0,5%). Algumas doenas no se enquadraram nas categorias acima e foram enquadradas em "outros distrbios" (38 casos [18,8%]). Nesta categoria, doenas dentrias foi o distrbio mais comum, diagnosticado em 9% (18 de 202) de todas as chinchilas examinadas. Seguido por casos de hipertermia (14 casos), dois casos de anemia, dois casos de metaplasia de clulas adiposas do crtex da adrenal, e dois casos de mucometra.
Resumo:
Com o objetivo de comprovar se doses no txicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Mll. Arg.) Standl. criam resistncia intoxicao, 12 caprinos foram distribudos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistncia mediante a administrao, durante quatro perodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo perodo de administrao e entre o segundo e o terceiro perodo os animais no receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto perodo de administrao os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro perodo de administrao. O Grupo 2 no foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias aps a adaptao ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diria de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20 dia de administrao continuada a dose diria de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clnicos foram retirados do experimento imediatamente aps a observao dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clnicos de intoxicao e morreu no 12 dia de administrao e dois apresentaram sinais clnicos no 24 dia; um se recuperou e outro morreu. Aps finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que no tinham adoecido no Grupo 2 tinham tambm adquirido resistncia, foi introduzido outro grupo com trs caprinos. Esses trs caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os trs sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diria de 0,06g/kg. Os trs caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia aps o incio da ingesto, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se aps 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clnico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administrao de doses no txicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente resistncia intoxicao e que esta tcnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicao por P. aeneofusca e outras espcies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistncia intoxicao por plantas que contm MFA devida a proliferao de bactrias que degradam MFA no rmen.
Resumo:
INTRODUO: A doena renal crnica (DRC) dialtica afeta a qualidade de vida do paciente, por vezes de maneira mais intensa que outras doenas crnicas, como artrite reumatide, insuficiência cardíaca, doena arterial coronariana e doena pulmonar obstrutiva crnica, exercendo efeito negativo sobre os nveis de energia e vitalidade, limitando as interaes sociais e prejudicando a sade psquica. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com IRC em programa de hemodilise ambulatorial em um hospital pblico de Belm - Par. MTODO: O estudo baseou-se em dados coletados em entrevista, utilizando a verso brasileira do questionrio SF-36. Foram avaliados 50 pacientes, com idade mdia de 48 16 anos e tempo mdio em hemodilise de 3 2,9 anos, 62% do sexo masculino. RESULTADOS: A dimenso mais afetada foi relativa aos aspectos fsicos, com pontuao mdia de 36 36 e 58% dos pacientes no quartil mais baixo, enquanto sade mental e aspectos sociais demonstraram relativa preservao, com a maioria dos pacientes alocados no quartil mais elevado. A populao masculina apresentou piores escores que a feminina quanto a aspectos fsicos e vitalidade. A idade correlacionou-se negativamente com a capacidade funcional. Os pacientes em hemodilise h mais de um ano apresentaram melhores nveis no domnio aspectos sociais e houve correlao positiva entre o tempo em dilise e a capacidade funcional. CONCLUSO: Os domnios analisados estiveram globalmente comprometidos na populao estudada, em especial com relao aos aspectos fsicos, sugerindo a influncia negativa da presena de doena crnica, com tratamento prolongado, sobre esses mbitos.
Resumo:
Hiponatremia o distrbio hidroeletroltico mais comum em pacientes hospitalizados. A presena de hiponatremia est associada a uma srie de desfechos desfavorveis, tais como: necessidade de internamento em unidade de terapia intensiva, hospitalizao prolongada e de maior custo, transferncia para abrigos e mortalidade. Ainda no est claro se existe relao de causalidade direta ou se a hiponatremia apenas um marcador de gravidade da doena de base. No entanto, sabe-se que o manejo inadequado de um paciente hiponatrmico pode causar graves danos neurolgicos ou at mesmo a morte. Neste manuscrito, os conceitos bsicos sobre a fisiopatologia da hiponatremia sero revisados, seguido de uma abordagem prtica sobre sua investigao e tratamento.
Resumo:
FUNDAMENTO: H grande controvrsia quanto ao diagnstico de Insuficiência Renal Aguda (IRA), existindo mais de 30 diferentes definies. OBJETIVO: Avaliar a incidncia e os fatores de risco para desenvolvimento de IRA no ps-operatrio de cirurgia cardíaca de acordo com os critrios RIFLE, AKIN e KDIGO, e comparar o poder prognstico desses critrios. MTODOS: Estudo de corte transversal que incluiu 321 pacientes (62 [53 - 71] anos, 140 homens) consecutivamente submetidos a cirurgia cardíaca entre junho de 2011 e janeiro de 2012. Os pacientes foram acompanhados por 30 dias, com vistas ao desenvolvimento de um desfecho composto (mortalidade, necessidade de dilise e internao prolongada). RESULTADOS: A incidncia de IRA variou de 15% - 51%, conforme o critrio diagnstico adotado. Enquanto a idade se associou ao risco de IRA nos trs critrios, houve variao nos demais determinantes. Durante o acompanhamento, 89 pacientes apresentaram o desfecho e todos os critrios se associaram ao risco aumentado na anlise Cox univariada e aps o ajuste para idade, sexo, diabetes e tipo de cirurgia. Contudo, aps novo ajuste para tempo de circulao extracorprea e presena de baixo dbito cardaco, apenas o diagnstico de IRA pelo critrio KDIGO manteve esta associao significativa (HR= 1,89 [95% IC: 1,18 - 3,06]). CONCLUSES: A incidncia e os fatores de risco para IRA ps-cirurgia cardíaca tm grande variao de acordo com os critrios diagnsticos utilizados. Em nossa anlise, o critrio KDIGO se mostrou superior ao AKIN e ao RIFLE quanto ao seu poder prognstico.
Resumo:
Sessenta e trs pacientes com insuficiência renal aguda secundria a acidente ofdico foram tratados no CTI do Hospital das Clnicas da UFMG. Em 32 pacientes (51%) o acidente foi produzido por serpentes do gnero Bothrops (grupo bio-trpico) e em 32 pacientes (49%) pela cascavel sul-americana (grupo crotlico). As principais complicaes apresentadas pelos pacientes foram a uremia (100% dos casos), hiperpotassemia (89% dos casos), anemia (78% dos casos), infeco urinria (37% dos casos), hiper-hidratao (17% dos casos), parada cardíaca (14% dos casos) e edema agudo dos pulmes (11% dos casos). Cinco pacientes do grupo crotlico (16%) tiveram insuficiência respiratria aguda atribuda ao neurotxica do veneno, quatro dos quais se recuperaram completamente. Sete pacientes do grupo botrpico (22%) tiveram necrose cortical renal diagnosticada em cinco atravs da bipsia renal e em dois na necropsia. Quarenta e cinco pacientes (71%) foram tratados com dilise peritoneal e a hemodilise foi necessria em dois pacientes, um dos quais havia sido submetido a dilise peritoneal. Em 17 pacientes (27%) o tratamento foi conservador. Cinqenta e cinco pacientes receberam alta hospitalar, quatro dos quais com insuficiência renal crnica secundria a necrose cortical renal e oito (13%) faleceram. Os bitos foram atribudos a edema pulmonar agudo em quatro pacientes, a estado de choque em dois pacientes e a coma e infeco respiratria aps parada cardíaca em dois pacientes.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar a incidncia, fatores de risco e mortalidade de insuficiência renal aguda (IRA), em pacientes submetidos cirurgia para revascularizao miocrdica com circulao extracorprea. MTODOS: Estudados prospectivamente todos os pacientes submetidos a cirurgia de revascularizao miocrdica e as variveis clnicas e laboratoriais analisadas atravs de mtodos uni e multivariado (regresso logstica). RESULTADOS: Insuficiência renal aguda ocorreu em 16,1% dos 223 pacientes estudados, dilise foi necessria em 4,9% dos pacientes. Os fatores de risco associados IRA na anlise univariada foram: idade > 63 anos OR 3,6 (95% IC=1,6 a 8,3), creatinina srica pr-operatria > 1,2 mg/dl OR 5,9 (95% IC=2,4 a 14,6), durao da circulao extracorprea > 90 min OR 2,1 (95% IC=1,0 a 4,4), uso de balo intra-artico OR 2,6 (95% IC=1,2 a 5,5); necessidade de drogas inotrpicas OR 4,4 (95% IC=1,9 a 10,2) e, na anlise multivariada, foram fatores independentes associados IRA idade > 63 anos OR 3,0 (95% IC=1,3 a 7,2), creatinina srica pr-operatria > 1,2 mg/dl OR 4,3 (95% IC=1,6 a 11,4), necessidade de drogas inotrpicas OR 3,2 (95% IC=1,3 a 8,0). A mortalidade nos pacientes com IRA foi de 25,0 % em comparao com 1,1% entre os sem IRA e 63,6% entre os que necessitaram de dilise. CONCLUSO: Insuficiência renal aguda em cirurgia de revascularizao miocrdica uma complicao freqente e est associada alta mortalidade. Sendo fatores de risco independentes: idade, insuficiência renal prvia e necessidade de drogas inotrpicas.