657 resultados para Calcificação Fisiológica
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os efeitos do uso de cloreto de gadolínio como pré-tratamento e tratamento em um modelo experimental de pancreatite em ratos induzida por tauracolato de sódio a 3%. MÉTODOS: Ratos Wistar foram divididos em cinco grupos: grupo SF - controle com solução fisiológica intra-ductal e IV; grupo TS - controle com PA induzida por tauracolato de sódio a 3% e solução fisiológica a 0,9% IV; grupo GD - controle com SF intra-ductal e cloreto de gadolínio IV; grupo GDTS - pré-tratamento com GD (24h antes da indução da PA) e grupo TSGD - tratamento com GD (1h após a indução da PA). Foi realizado dosagem sérica de amilase, transaminases e TNF-á; determinação da atividade da MPO no tecido pulmonar; histologia pancreática e pulmonar. RESULTADOS: O número de animais mortos antes do término previsto do experimento foi significativamente maior no grupo TSGD (p=0,046). Os escores de pancreatite e de dano pulmonar foram mais elevados nos grupos que utilizaram tauracolato em comparação aos grupos com infusão intra-ductal de solução salina. Não houve diferenças nas demais variáveis estudadas na comparação entre os grupos TS; GDTS e TSGD. CONCLUSÃO: Não foram demonstrados benefícios com o uso de cloreto de gadolínio de forma profilática e terapêutica.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da bromoprida sobre a formação de aderências e a cicatrização de anastomoses de cólon esquerdo de ratos. MÉTODOS: Foram incluídos 40 ratos, divididos em dois grupos contendo 20 animais, para administração de bromoprida (grupo de estudo- E) ou solução fisiológica (grupo controle- C). Cada grupo foi dividido em subgrupos contendo 10 animais cada, para eutanásia no terceiro (E3 e C3) ou no sétimo dia (E7 e C7) de pós-operatório. Os ratos foram submetidos à secção do cólon esquerdo e anastomose término-terminal. No dia da relaparotomia, foi avaliada a quantidade total de aderências e removido um segmento colônico contendo a anastomose para análise histopatológica, da força de ruptura e da concentração de hidroxiprolina. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos em relação à evolução clínica. Dois animais do grupo de estudo apresentaram deiscência de anastomose bloqueada. Os animais que receberam bromoprida apresentaram número de aderências intracavitárias e aderências à anastomose semelhantes ao grupo controle. As anastomoses dos animais do grupo E3 apresentaram menor resistência de ruptura do que as do grupo C3 (p=0,04). Este efeito não ocorreu no sétimo dia de pós-operatório (p=0,37). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à histopatologia ou concentração de hidroxiprolina das anastomoses. CONCLUSÃO: O uso da bromoprida está associado à diminuição da resistência tênsil de anastomoses do cólon esquerdo de ratos no terceiro dia de pós-operatório.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a prevalência de disfunção sexual em pacientes com obesidade e sobrepeso atendidos no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA - UFAL). MÉTODOS: trata-se de um estudo descritivo transversal. A amostra foi constituída por pacientes do sexo feminino com sobrepeso ou obesidade. Foram coletados os dados antropométricos para avaliação do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência da cintura (CC). Em todos os indivíduos foi realizada a avaliação dos níveis séricos de glicose, colesterol total e triglicerídeos. Aplicou-se a versão validada em português do Índice de Função Sexual Feminina (IFSF), que analisa a resposta sexual quanto a desejo, excitação, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. O escore total é a soma dos escores para cada domínio multiplicada pelo fator correspondente e pode variar de '2' a '36', considerando risco para disfunção sexual um escore total menor ou igual a '26'. RESULTADOS: foram avaliadas 23 mulheres com média de idade de 44 anos, onde 73,9% eram obesas e 82,6% apresentaram risco muito aumentado para complicações metabólicas (CC e"88cm). O risco aumentado para disfunção sexual esteve presente em 78,3% das entrevistadas, ocasionando prejuízos biopsicossociais. HAS, DM e dislipidemia estavam presentes em 33,3%, 22,2% e 61,1%, respectivamente, das pacientes sob risco para disfunção sexual. CONCLUSÃO: a análise dos resultados demonstra a necessidade de uma melhor investigação e atenção dos médicos para com pacientes com obesidade ou sobrepeso.
Resumo:
Objetivo: divulgar a metodologia da indução de endometriose experimental em animais de laboratório. Método: utilizamos ratas albinas, virgens, adultas de aproximadamente três meses de idade, que foram inicialmente anestesiadas pelo éter etílico. Aberta a cavidade abdominal, identificamos os cornos uterinos e retiramos um fragmento de aproximadamente 4 cm do corno uterino direito. Esse fragmento foi mergulhado em solução fisiológica e sob lupa estereoscópica foi separado o endométrio do miométrio e feitos retângulos de aproximadamente 4 por 5 mm. Esses foram fixados por meio de fio de sutura, sobre vasos sangüíneos visíveis a olho nu, na parede lateral do abdômen, tomando-se sempre o cuidado de manter a porção do endométrio livre voltada para a luz da cavidade abdominal. Após 21 dias os animais foram novamente operados para verificarmos o tamanho dos implantes e para retirada do endométrio ectópico para análise histológica. Resultados: macroscopicamente observamos crescimento significativo dos implantes endometriais. Ao exame microscópico pudemos observar a presença de epitélio glandular e estroma semelhantes ao do endométrio tópico. Conclusões: o modelo utilizado reproduz a doença, em ratas, sendo método auxiliar de valia para estudar esta afecção, principalmente a ação de medicamentos sobre esses implantes.
Resumo:
Objetivos: investigar se a adição do swab de algodão à espátula de Ayre e o seu prévio umedecimento com solução salina fisiológica aumentam a obtenção de células endocervicais nos esfregaços colpocitológicos. Métodos: foi realizado um estudo diagnóstico, randômico e simples cego envolvendo três técnicas de colheita (espátula de Ayre, combinação espátula de Ayre-swab de algodão seco e combinação espátula de Ayre-swab de algodão úmido). Foram avaliados 307 esfregaços preparados por estudantes de Medicina e residentes de Ginecologia e Obstetrícia. Resultados: não houve aumento significativo na obtenção de células endocervicais (colunares e/ou metaplásicas), nem com a adição do "swab" seco (p = 0,2), tampouco com a do swab umidecido (p = 0,8). Conclusões: concluiu-se que, principalmente quando as colheitas forem realizadas por profissionais em treinamento e na ausência de outro dispositivo de coleta endocervical mais eficiente, é mais econômico utilizar apenas a espátula de Ayre no preparo do esfregaço.
Resumo:
Objetivos: observar o comportamento da pressão arterial entre gestantes normotensas e hipertensas, determinando a presença ou não da queda noturna, a adesão ao método e possíveis complicações. Métodos: monitorização ambulatorial da pressão arterial em dois momentos distintos da gravidez, em 17 gestantes normotensas e 14 hipertensas crônicas, todas atendidas no Hospital das Clínicas da UFMG. Utilizou-se o método oscilométrico para as comparações entre os grupos. Resultados: tanto as gestantes normotensas quanto as hipertensas apresentaram queda noturna da pressão arterial nos dois exames realizados. Notou-se também nos dois grupos incremento dos níveis pressóricos com o avanço da gravidez. As complicações do uso do aparelho foram insignificantes e não interferiram na porcentagem de adesão ao método, que foi de 100%. Conclusão: a monitorização ambulatorial da pressão arterial é útil na avaliação da variabilidade pressórica de gestantes normotensas e hipertensas, confirmando o gradual incremento da pressão arterial no decorrer da gravidez e a sua queda fisiológica noturna, independentemente dos níveis pressóricos maternos.
Resumo:
OBJETIVOS: avaliar o grau de aderências pélvicas em função do tempo e da utilização de diferentes substâncias empregadas na sua profilaxia. MATERIAL E MÉTODOS: estudo prospectivo com 120 ratas Wistar, albinas, virgens, 3 a 4 meses de idade, pesando aproximadamente 250 gramas, divididas aleatoriamente em 10 grupos de 12 animais cada: controle, sem lesão; lesões e sem tratamento; lesões + solução fisiológica 0,9%; lesões + Ringer-lactato; lesões + dextrano 70 a 32%; lesões + Ringer-lactato/heparina; lesões + Ringer-lactato/dexametasona; lesões + Ringer-lactato/hidrocortisona/dexametasona/ampicilina; lesões + Ringer-lactato/albumina e lesões + carboximetilcelulose 1%. Após anestesiados os animais, realizaram-se dois tipos de lesões nos cornos uterinos (escarificação e eletrocauterização), seguidos de tratamento profilático intraperitoneal com as soluções citadas. No 7º, 14º e 28º dia pós-operatório, momentos M1, M2 e M3, respectivamente, avaliaram-se quatro ratas de cada grupo quanto à presença de aderências. Os métodos empregados na quantificação das aderências encontradas basearam-se na classificação de Cohen, com escores variando de 0 a 4+ de acordo com a quantidade, características e localização das aderências. Foram usadas provas paramétricas para análise da variância e Kruskal-Wallis. RESULTADOS: os melhores tratamentos para prevenção de aderência pélvica em ratas foram: Ringer-lactato/dexametasona (predomínio do escore 1+), dextrano 70 a 32% (predomínio do escore 2+) e Ringer-lactato/hidrocortisona/dexametasona/ampicilina (predomínio do escore 2+). O período pós-operatório, representado pelo momento M3, e a técnica cirúrgica, predominantemente com escore 0, influíram na adesiólise e manutenção de aderências pélvicas em ratas. CONCLUSÕES: a prevenção de aderências pélvicas em ratas inicia-se no processo cirúrgico de baixo dano tecidual; o uso de substâncias profiláticas (soluções) tem eficácia variada, sendo que algumas mostraram-se mais eficazes que outras.
Resumo:
OBJETIVO: descrever as alterações ultra-sonográficas em fetos com toxoplasmose congênita, correlacionando-as com o prognóstico neonatal. MÉTODOS: entre junho de 1997 e maio de 2003 foram examinadas 150 gestantes com suspeita de toxoplasmose. A infecção aguda foi confirmada em 72 (48%) gestantes e a toxoplasmose congênita foi diagnosticada em 12 (16%) fetos. O diagnóstico pré-natal foi realizado pela reação em cadeia da polimerase no líquido amniótico. Todas as pacientes receberam terapia antiparasitária. O acompanhamento ultra-sonográfico foi quinzenal e todos os recém-nascidos foram acompanhados no primeiro ano de vida. RESULTADOS: as alterações ultra-sonográficas foram observadas em oito fetos. Todos apresentavam dilatação ventricular bilateral, associada a calcificações periventriculares em cinco casos. Outras alterações como calcificação hepática, hepatomegalia, poliidrâmnio e derrame pericárdico foram menos freqüentes. Dentre esses fetos, quatro foram neomortos e três apresentaram seqüelas (coriorretinite e retardo neuropsicomotor). Os quatro fetos com ultra-sonografia normal evoluíram satisfatoriamente. CONCLUSÃO: observou-se elevada incidência de alterações ultra-sonográficas nos fetos com toxoplasmose congênita, principalmente cerebrais. Outras alterações como hepatomegalia e derrame pericárdio são menos freqüentes e traduzem infecção sistêmica. O prognóstico dos fetos parece correlacionar-se com a presença de lesões ultra-sonográficas, uma vez que nesse grupo de fetos observou-se alta mortalidade e entre os sobreviventes a incidência de seqüelas foi importante. Os fetos sem alterações ultra-sonográficas evoluíram de forma favorável, sem seqüelas de desenvolvimento. Esses resultados destacam a importância da ultra-sonografia no acompanhamento desses fetos, a fim de se estabelecer um prognóstico e permitir a elaboração de conduta pós-natal adequada.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar as repercussões ultra-sonográficas do tabagismo materno na placenta, com ênfase no seu grau de maturação (calcificação), e correlacionar estes achados com o padrão hemodinâmico útero-placentário com uso da doplervelocimetria das artérias uterinas e umbilicais. MÉTODOS: estudo prospectivo do tipo coorte envolvendo 244 gestantes, sendo 210 não-fumantes e 34 fumantes. Cada paciente submeteu-se a quatro exames ecográficos sendo o primeiro até a 16ª semana, para datar a gestação. Subseqüentemente, na 28ª, 32ª e 36ª semana, foram efetivadas novas ultra-sonografias para biometria fetal, avaliação da ecotextura placentária e estudo doplerfluxométrico das artérias uterinas e umbilicais. O achado ultra-sonográfico de placenta grau III antes da 36ª semana foi considerado como calcificação precoce. Para análise estatística foram aplicados os testes do chi2 e o exato de Fisher na avaliação comparativa dos graus placentários, e o teste de Mann-Whitney para o índice de resistência das artérias uterinas e umbilicais. RESULTADOS: não foram observadas diferenças significantes na freqüência de placenta grau III e no índice de resistência das artérias uterinas entre as fumantes e não fumantes, nas diferentes idades gestacionais. O índice de resistência da artéria umbilical na 32ª semana foi significantemente maior nas tabagistas (0,64 versus 0,61, p<0,05). CONCLUSÕES: não se evidenciou associação do tabagismo com aceleração da maturação placentária. Neste estudo o vício de fumar esteve associado a alterações vasculares da circulação útero-placentária apenas na 32ª semana de gravidez.
Resumo:
OBJETIVO: correlacionar a presença de leveduras do gênero Candida na cavidade bucal e vaginal de mulheres com e sem candidíase vulvovaginal (CVV) com os níveis de IgA secretora (IgAs) presentes na saliva. MÉTODOS: cinqüenta e uma mulheres foram incluídas; 13 apresentaram CVV e 38 formaram o Grupo Controle. De cada paciente, foram coletados 2,0 mL de saliva sem estimulação e secreção vaginal com o auxílio de swab, que foi imerso a seguir em 2,0 mL de solução fisiológica. As amostras foram semeadas em ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol para isolamento e contagem de colônias, e os isolados foram identificadas fenotipicamente. Na saliva de ambos os grupos foi quantificada IgA pela técnica ELISA. RESULTADOS: nas 13 pacientes com diagnóstico clínico e micológico de CVV, a média de unidades formadoras de colônias de Candida por mililitro de secreção vaginal (ufc/mL) foi de 52.723 e 23,8% dos pacientes apresentaram colonização na mucosa bucal com menor quantidade de ufc/mL (6.030). Os níveis de IgAs na saliva foram mais baixos no grupo com CVV (média de densidade: 0,3) quando comparados aos níveis de IgA do Grupo Controle (média de DO: 0,6). Onze pacientes (37%) do Grupo Controle apresentaram colonização por Candida na cavidade bucal, com média de ufc/mL mais baixa quando comparada ao grupo com CVV. O Grupo Controle também apresentou menor quantidade de ufc/mL (1.973) na cavidade vaginal quando comparado com o Grupo CVV (52.942). CONCLUSÕES: os resultados demonstraram que os pacientes com diagnóstico clínico de candidíase vulvovaginal apresentaram maior quantidade de Candida, tanto na cavidade vaginal quanto na bucal, e apresentaram menores níveis de IgA anti-Candida na saliva.
Resumo:
A disfunção sexual tem alta prevalência entre as mulheres. No entanto, os médicos raramente avaliam a vida sexual de suas pacientes, ou por se sentirem desconfortáveis em abordar a sexualidade ou porque desconhecem as técnicas de investigação. O modelo PILSET (PLISSIT), uma técnica de abordagem da função sexual humana, é composto por quatro elementos: permissão, informação limitada, sugestão específica e terapia sexual, que favorecem o diálogo entre o médico e a paciente, permitindo o acesso às queixas sexuais. A terapêutica consta de medidas de aconselhamento e orientações básicas sobre a função sexual, farmacoterapia e intervenções nos aspectos anátomo-funcionais do aparato sexual, com impacto positivo na vida sexual da mulher. Esta revisão mostra como usá-lo. Adicionalmente, vários aspectos da função sexual feminina, como prevalência, diagnóstico e outras modalidades de tratamento são discutidos.
Resumo:
OBJETIVO: estudar a candidíase vulvovaginal em mulheres com e sem suspeita clínica a partir de fluido vaginal, identificando frequência de Candida spp. e associando a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos. MÉTODOS: foram coletadas 286 amostras de pacientes atendidas em clínicas e postos de saúde entre Agosto de 2005 e Agosto de 2007. Foram 121 mulheres com suspeita e 165 sem suspeita clínica. Com zaragatoas estéreis, as amostras foram coletadas, transportadas ao laboratório em solução fisiológica 0,85%, semeadas em CHROMagar Candida e em meio ágar Sabouraud 4% com cloranfenicol. Foram realizados os procedimentos clássicos para identificação: macro e micromorfologia, zimograma e auxanograma. Os dados obtidos foram analisados através de testes de frequência e tabelas de contingência (χ2). RESULTADOS: Um total de 47,9% das mulheres com suspeita clínica obteve confirmação de candidíase pelos exames laboratoriais. Das pacientes sem suspeita clínica (Grupo Controle), 78,2% foram negativas para candidíase vulvovaginal pelos testes laboratoriais. Candida albicans foi a espécie prevalente com 74,5% dos casos. Foram encontradas diferenças significativas para os casos positivos, de acordo com as pacientes das duas cidades avaliadas (p<0,05). O vestuário foi um aspecto diferencial encontrado entre as duas populações estudadas. CONCLUSÕES: a presença de fatores predisponentes não define, seguramente, a candidíase vulvovaginal. A localização geográfica tem mostrado ser um fator relevante na distribuição dos eventos. O tipo de vestuário pode ser uma das razões. O cultivo de amostras do conteúdo vaginal, seguida de identificação do micro-organismo, é importante.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar os efeitos da administração de dois esteroides sintéticos sobre a morfologia do útero e parâmetros reprodutivos de ratas adultas. MÉTODOS: quarenta ratas foram aleatoriamente distribuídas nos grupos experimentais: controle (C; solução fisiológica); tratados com decanoato de nandrolona (DN; 7,5 mg/kg de peso corpóreo); composto de ésteres de testosterona (T; 7,5 mg/kg de peso corpóreo); e, simultaneamente, com DN e T (7,5 mg/kg de peso corpóreo de cada esteroide), em uma única dose/semana, intraperitoneal, durante oito semanas. Cinco fêmeas de cada grupo foram sacrificadas e os cornos uterinos foram coletados, pesados e preparados para avaliação histológica e morfométrica. As ratas restantes foram acasaladas com machos normais para avaliação dos parâmetros reprodutivos, constituindo os grupos tratados durante o período pré-gestacional. Outro grupo de 20 ratas recebeu os tratamentos durante o período gestacional (7º-14º dias). Foi aplicada a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis, complementada com o teste de Dunn ou de Student-Newman-Kleus para análise dos dados (5% de significância). RESULTADOS: houve aumento significativo no peso corpóreo das fêmeas androgenizadas (DN: 305±50; T: 280±35; DN+T: 275±30 versus C: 255±22 g) (p<0,05). O peso uterino não foi afetado pelos tratamentos esteroidais (DN: 0,6±0,2; T: 0,4±0,04; DN+T: 0,7±0,1 versus C: 0,4±0,09 g). Todas as fêmeas androgenizadas apresentaram aciclicidade estral e endométrio caracterizado pelo revestimento luminal papilífero, estroma edematoso com áreas hemorrágicas e atividade secretora. Houve alterações nos parâmetros morfométricos de espessura do epitélio luminal, miométrio e perimétrio, em função do grupo androgenizado. Nenhuma rata exibiu prenhez quando tratada com os esteroides no período pré-gestacional, e o tratamento durante a organogênese afetou negativamente os parâmetros reprodutivos. CONCLUSÕES: os agentes esteroidais alteram a estrutura uterina e comprometem a fertilidade e os produtos da gestação em ratas.
Avaliação da sexualidade em mulheres submetidas à histerectomia para tratamento do leiomioma uterino
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o impacto da histerectomia sobre a sexualidade de mulheres portadoras de leiomioma uterino. MÉTODOS: estudo prospectivo, no qual foram incluídas 33 mulheres sexualmente ativas, com idade de 35 a 50 anos, experiência orgástica e parceiro fixo capacitado para o coito. Todas as mulheres foram submetidas a dois instrumentos para avaliação da sexualidade: Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F) e Inventário de Satisfação Sexual - Versão Feminina (GRISS). Os mesmos instrumentos foram aplicados pelo mesmo examinador antes da histerectomia e seis meses após o procedimento. RESULTADOS: o QS-F apontou que 39,4% das pacientes apresentaram piora no relacionamento sexual, apesar de não ter sido encontrada associação entre os resultados obtidos no QS-F antes e depois da histerectomia (χ2=10,6; grau de liberdade=12; p=0,05). Os escores médios obtidos após a aplicação do questionário de GRISS mostraram piora significante nos parâmetros "satisfação sexual" (p=0,03); "expressão da sensualidade feminina" (p=0,01); "vaginismo/dispareunia" (p=0,02) e "anorgasmia" (p=0,04). CONCLUSÕES: a histerectomia parece impactar negativamente a vida sexual das mulheres, sendo referida pela diminuição do desejo, da excitação e da capacidade orgásmica.
Resumo:
OBJETIVO: analisar as repercussões histomorfométricas da embolização das artérias uterinas (EAU) no tecido uterino, especialmente mediante quantificação de tecido colágeno, através de biópsia uterina antes e após tratamento de leiomioma uterino. MÉTODOS: participaram do estudo 15 pacientes portadoras de leiomiomas sintomáticos e/ou com infertilidade, submetidas à EAU após ciência do termo de consentimento livre e esclarecido, obedecendo aos critérios de exclusão do estudo. Foi realizada biópsia uterina na fase secretória do ciclo menstrual antes e três meses após o procedimento, para avaliação do colágeno. Após o processamento histológico do material, foram feitos cortes de 3µ, sendo alguns corados pela hematoxilina-eosina (HE), e outros pela coloração específica para fibras colágenas (Picrosirius red). Em seguida, foi realizada a leitura e interpretação das lâminas e a quantificação do colágeno. Sua quantificação foi calculada como o percentual da área composta por colágeno, e o resultado expresso em média±desvio padrão (DP). Os dados foram então submetidos à análise estatística pelo teste t de Student pareado (p<0,05). RESULTADOS: nas biópsias realizadas antes do tratamento, foi notada a presença de células musculares lisas, rodeadas por rica trama de fibras colágenas que compõem o tumor, vasos sanguíneos e núcleos de fibroblastos. Nas lâminas das biópsias realizadas após o tratamento, foi observada a presença de necrose de coagulação difusa, trombose vascular, áreas de calcificação e de infiltração linfoplasmocitária e nítida diminuição do componente colágeno. A porcentagem de fibras colágenas foi maior no grupo pré-EAU (84,07±1,41) do que no grupo pós-EAU, (81,05±1,50), com p<0,0001, e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre 2,080 e 3,827. CONCLUSÃO: a redução quantitativa e qualitativa do colágeno evidencia que o tratamento proposto é eficaz em reduzir a massa tumoral, composta principalmente por fibras colágenas de permeio às células musculares lisas neoplásicas. Todavia, são necessários estudos complementares a fim de se investigar a repercussão funcional e biológica dessas alterações histológicas.