566 resultados para Artéria uterina
Resumo:
OBJETIVO: O presente estudo visa a fornecer dados anatômicos sobre a incidência, a origem, e o trajeto da artéria que transita pela parede posterior do canal inguinal, permitindo evitar acidentes durante as intervenções cirúrgicas na região inguinal. MÉTODO: Os autores realizaram a dissecação de 40 regiões inguinais de cadáveres fixados. RESULTADOS: Em 38 casos (95%) existia uma artéria, às vezes, de calibre insignificante, que estava presente posteriormente ao canal inguinal. Em 27/38 casos (67,5%), esta artéria representava a "coroa mortal", pois era constituída pela origem anômala da artéria obturatória, na artéria epigástrica inferior, ou representava uma anastomose da artéria epigástrica inferior com a artéria obturatória. Nos 11/38 casos restantes (27,5%), existia uma artéria, de reduzido calibre, que tinha origem na artéria epigástrica inferior, e capilarizava-se, após curto trajeto na parede posterior do canal inguinal. CONCLUSÃO: A existência da "coroa mortal", situada posteriormente ao canal inguinal, sempre implica em risco de hemorragias nas herniorrafias inguinais
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OBJETIVOS: A importância anatômica e cirúrgica das glândulas paratireóides, notadamente, no curso das tireoidectomias continua viva e despertando interesse científico. Por outro lado, são raros os trabalhos científicos sobre a investigação da anatomia das paratireóides. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é contribuir para estabelecer essa ponte anatomocirúrgica. MÉTODO: Estudo macro e microscópico das glândulas paratireóides dissecadas nas peças anatômicas de dezenove cadáveres, todos do sexo masculino e com idade entre 20 e 60 anos. Na abordagem do suprimento vascular foi utilizada a técnica de corrosão para identificar a vascularização e a glândula tireóide adotada como referência espacial na localização das paratireóides. RESULTADOS: Foram identificadas na macro e microscopia 76 glândulas paratireóides cervicais. Trinta e quatro (44,73%) possuíam a coloração vermelho-amarelada, 26 (34,21%) a cor preto-acinzentada e dezesseis (21,06%) a cor castanho-amarelada. O tamanho encontrado ficou entre 3 e 15mm, prevalecendo o intervalo de 4 a 6,9mm em 43 (56,58%) glândulas. Foram encontradas de duas a seis paratireóides por cadáver, prevalecendo o número de quatro (47,37%) em nove necrópsias. Quarenta e duas (55,26%) glândulas localizavam- se superior à tireóide e 34 (47,74%) inferiormente. Os moldes da vascularização das paratireóides após a corrosão demonstraram que os capilares provenientes das artérias tireóideas superiores e inferiores se unem próximo à glândula. CONCLUSÕES: Com forte influência no curso das tireoidectomias, o estudo evidenciou que as glândulas paratireóides cervicais superiores e inferiores podem ser encontradas em diferentes posições frente à tireóide com maior ou menor intimidade em relação à cápsula tireóidea e que a irrigação vascular de uma paratireóide não é proveniente apenas de uma artéria.
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OBJETIVO: A nefrectomia laparoscópica em doadores vivos para transplante renal vem assumindo um papel importante na era das cirurgias minimamente invasivas, acarretando menor morbidade aos doadores, e resultados semelhantes à técnica aberta no que se refere ao enxerto renal. O objetivo do presente artigo é relatar a experiência do nosso serviço utilizando a técnica de controle dos vasos renais usando fio cirúrgico e clips vasculares. MÉTODO: Foram realizadas 45 nefrectomias utilizando a técnica vídeo-assistida, com ligadura dos vasos renais com clips de titânio (LT-300) e fio cirúrgico. As variáveis analisadas foram tempo cirúrgico, perda sangüínea, tempo de isquemia quente, permanência hospitalar, necessidade de conversão e complicações. RESULTADOS: O procedimento foi realizado com sucesso em todos os casos. O tempo cirúrgico médio foi de 118 minutos, com perda sangüínea estimada em 84ml e tempo de isquemia quente de 4,3 minutos. Dois casos de íleo prolongado, uma lesão de veia gonadal, um escape de artéria renal e uma necrose de ureter foram observados. A permanência hospitalar média foi de 3,7 dias. O uso de clips vasculares e fio cirúrgico reduziu a perda de tecido venoso comparado à técnica com staplers e gerou redução de custos. CONCLUSÕES: A nefrectomia vídeo-assistida com a técnica descrita é factível e mostrou ser efetiva na contenção de gastos e na redução de tecido venoso perdido.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados iniciais de um serviço de transplante hepático que utiliza a técnica piggyback como padrão. MÉTODO: Análise retrospectiva de 19 transplantes de fígado enfatizando as complicações pós-operatórias e a taxa de sobrevida dos pacientes. A indicação mais freqüente de transplante foi cirrose pelo vírus C em nove pacientes (47%). De acordo com a gravidade da doença hepática, nove casos (47,3%) foram classificados como Child C e oito (42%) como B. Os dois casos restantes foram hepatite fulminante e trombose tardia de artéria hepática. RESULTADOS: Foram realizados 19 transplantes em 18 pacientes com doador cadáver empregando a técnica com preservação da veia cava (piggyback) em 100% dos casos. A indicação mais freqüente de transplante foi cirrose pelo virus C em nove pacientes (47%). De acordo com a gravidade da doença hepática nove casos (47,3%) foram classificados como Child C e oito (42%) como B. Os dois casos restantes foram hepatite fulminante e trombose tardia de artéria hepática. A idade média foi de 45,6 anos. O tempo de isquemia fria do enxerto foi em média de 7,8 horas e a permanência hospitalar média de 18 dias. As complicações mais freqüentes foram as biliares (21%), sendo que três pacientes necessitaram de reoperação e um foi tratado por endoscopia. Houve dois casos de trombose tardia de artéria hepática, sendo um deles tratado por retransplante. Houve um óbito (5,2%) no 8o dia de pós-operatório ocasionado por disfunção primária do enxerto. A sobrevida inicial maior que 30 dias foi de 94,7%. CONCLUSÕES: É possível ter bons resultados no início de um programa de transplante de fígado, desde que haja uma técnica padronizada e uma equipe bem treinada e envolvida com as complicações pós-operatórias.
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OBJETIVO: A reconstituição biliar no transplante hepático intervivos é associada à elevada taxa de complicações. O objetivo do presente estudo é apresentar a nossa experiência com as complicações biliares pós-transplante hepático intervivos e o seu tratamento. MÉTODO: De um total de 300 transplantes hepáticos, 51 (17%) foram com doadores vivos. Todos receptores tinham o grupo sangüíneo ABO idêntico aos dos doadores. Os prontuários eletrônicos dos receptores foram avaliados para determinar a presença e o tipo de anomalia da via biliar, o tipo de reconstituição da via biliar, presença de complicações vasculares e biliares e o método e o resultado do tratamento das complicações. RESULTADOS: A via biliar era dupla em sete enxertos (16,7%) e tripla em dois (4,8%) enxertos do lobo hepático direito. Nos demais, ela era única. O tipo de reconstituição mais comum foi a hepaticohepaticostomia única ou dupla (38 transplantes; 75%). Complicações biliares ocorreram em 21 pacientes (41,2%) e incluíram fístula biliar em 11 (21,6%), estenose biliar em seis (11,8%) e fístula com estenose em quatro (7,8%). O local da fístula foi na anastomose biliar em 11 pacientes (21,6%) e na superfície cruenta do fígado em quatro (7,8%). O tratamento consistiu de inserção de prótese biliar em oito, papilotomia em um, retransplante em dois que tinham trombose da artéria hepática e sutura do ducto em um. A fístula fechou com o tratamento conservador em três pacientes. A maioria dos pacientes com estenose biliar foi tratada com dilatação seguida da colocação de prótese biliar. CONCLUSÕES: As complicações biliares são freqüentes após o transplante hepático intervivos e são associadas à elevada taxa de morbidade e mortalidade.
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OBJETIVO: Verificar o efeito da esplenectomia total, da ligadura dos vasos esplênicos principais e da esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior, nos lípides plasmáticos de ratos alimentados com dieta-controle ou dieta acrescida com 2,5% de colesterol. MÉTODO: Foram utilizados 111 ratos Wistar, machos, pesando entre 273g e 427g, com idade aproximada de 12 semanas, assim distribuídos: Grupo 1, controle (N = 20), não operado; Grupo 2 (N = 20) submetido à manipulação do baço; Grupo 3 (N = 31) submetido à esplenectomia total; Grupo 4 (N = 20), ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas; Grupo 5 (N = 20), esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior. Foram dosados os lípides plasmáticos, e os ratos foram distribuídos em dois subgrupos, de acordo com a dieta (Subgrupo A- dieta-controle; Subgrupo B - dieta acrescida com 2,5% de colesterol). Todos os animais foram submetidos à nova colheita de sangue após 90 dias do início do experimento. RESULTADOS: Os animais submetidos à esplenectomia total, independentemente do tipo de dieta, apresentaram aumento significante (p < 0,05) do colesterol total, LDL, VLDL e triglicérides. O aumento da HDL foi significante nos ratos alimentados com dieta-controle (p < 0,05) e não significante nos alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol (p > 0,05). Os animais submetidos à ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas e à esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior e alimentados com dieta-controle, não apresentaram alterações nos níveis de lípides plasmáticos, exceto pelo aumento da HDL (p < 0,05) observado no grupo da esplenectomia subtotal. Nos animais desses grupos, alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol, houve aumento significante de colesterol total, LDL, e VLDL e triglicérides. CONCLUSÕES: A esplenectomia total produz aumento significante do colesterol total, das frações LDL e VLDL e dos triglicérides, tanto nos ratos alimentados com dieta-controle quanto nos alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol. O aumento é mais significante nos animais alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol. A ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas e a esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior previnem contra as alterações dos níveis de lípides plasmáticos observadas em ratos submetidos à esplenectomia total alimentados com dieta-controle ou acrescida com 2,5% de colesterol.
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OBJETIVO: Relacionar a influência dos dois tipos de anastomoses arteriais empregadas (término-terminal e término-lateral), da idade do receptor, do rim de doador vivo ou cadáver e do uso de remendo aórtico ("patch") quanto à presença ou não de estenose da artéria renal e, avaliar o tratamento destas estenoses. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 278 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), de maio de 1989 a maio de 2001. RESULTADOS: Não se mostrou relação entre as variáveis estudadas com a presença ou não de estenose da artéria renal. A estenose da artéria renal foi detectada em oito casos, que foram tratados, com sucesso, mediante angioplastia transluminal percutânea (ATP), com implante primário de "stent" (n = 7) ou sem implante de "stent" (n = 1). CONCLUSÕES: As variáveis estudadas não influenciaram no aparecimento da estenose da artéria renal e o tratamento endovascular foi efetivo na correção destas lesões estenóticas.
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OBJETIVO: Estudar as alterações hemodinâmicas e as repercussões sobre o sistema nervoso central ocasionados pela síndrome do compartimento abdominal. MÉTODO: Utilizou-se cães sem raça definida submetidos à anestesia geral e monitorização das pressões arterial média(PAM), intracraniana(PIC), de perfusão cerebral(PPC), da artéria pulmonar(PAP) e venosa central(PVC), do débito cardíaco(DC) e da freqüência cardíaca(FC). Aumentou-se a pressão intra-abdominal(PIA) para níveis de 10,20,30 e 40cmH2O . Após atingir-se nível PIA=40cmH2O realizou-se a descompressão cirúrgica da cavidade abdominal. Em cada etapa realizou-se a medida dos parâmetros PIA, PIC, PAM, PPC, PVC e DC. RESULTADOS: Observou-se que o aumento da PIA causou as seguintes alterações fisiológicas: aumento progressivo da PIC; aumento da PAM até PIA=20cmH2O e diminuição progressiva da mesma após PIA= 40cmH2O; aumento da PPC até PIA=10cmH2O e diminuição progressiva da mesma após PIA= 30cmH2O; aumento progressivo da PVC; diminuição progressiva do DC após PIA= 30cmH2O; Após a descompressão da cavidade, notou-se o retorno da PIC, PAM, PPC, PVC e do DC para valores próximos aos dos iniciais (antes do aumento da PIA). CONCLUSÕES: Concluímos que o aumento da PIA provocou alterações nos sistemas cardiovascular e nervoso central, que foram revertidas após a descompressão cirúrgica da cavidade abdominal.
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OBJETIVO: avaliar, por meio de testes de prenhez e de perviedade, a eficácia da obstrução tubária de ovelhas com adesivo de cianoacrilato aplicado por via histeroscópica. MÉTODO: 12 ovelhas adultas, com uma gestação anterior, foram distribuídas em três grupos: G-PO (n=3) submetidas à laqueadura tubária tipo Pomeroy; G-SH (n=3) aplicação de solução salina no istmo tubário por histeroscopia, e G-AD (n=6) aplicação de 0,5mL de n-butil-2-cianoacrilato no interior do istmo tubário, por histeroscopia. Depois de acasaladas por 90 dias com machos de comprovada fertilidade, as ovelhas não prenhas foram submetidas à laparotomia, retiradas as tubas uterinas, medidos os seus diâmetros e preparadas para testes de perviedade pela aplicação de azul de metileno e de pressão hidráulica (80mmHg). RESULTADOS: As ovelhas de G-PO e G-AD não ficaram prenhas (0%), em contraste com as SH (100%). O G-PO apresentou maior concentração de aderências (66,6%) e de granulomas (100%) em relação ao grupo AD (0%); o adesivo manteve-se íntegro no lúmen tubário. O diâmetro da tuba uterina em G-AD (0,650 ± 0,16 cm) foi significantemente maior do que o das tubas em G-PO (0,195 ± 0,04* cm) (p=0,01). Os testes de perviedade de pressão e corante foram negativos para todo o grupo PO e somente um animal em AD mostrou-se positivo para o teste de pressão. CONCLUSÃO: a aplicação histeroscópica de cianoacrilato no lúmen tubário de ovelhas impediu eficientemente a fecundação, constituindo procedimento eficaz e de boas perspectivas para aplicação futura em humanos.
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OBJETIVO: Avaliar e comparar a resposta tecidual de uma endoprótese biosintetica implantada na aorta torácica descendente e veia cava inferior de suínos. MÉTODO: Foi implantada uma endoprótese auto-expansível composta de aço inoxidável, revestida por veia jugular de bovino, processada pelo método L-hydro, com auxilio de uma bainha de liberação Taheri-Leonhardt (Flórida, EUA) na aorta torácica descendente, e a veia cava infra-renal de 10 suínos. Sessenta dias após, as endopróteses foram retiradas e analisadas sob o ponto de vista macro e microscópicos. Foram observados: perviedade, grau de incorporação a parede do vaso, tipo de reação inflamatória, e local de maior resposta, tanto em relação a camada do vaso quanto ao local de contato com o anel de aço RESULTADOS: Todas as endopróteses encontravam-se pérvias, e incorporadas à parede. No setor venoso, seis apresentaram traves fibrosas em sua luz, e quatro apresentaram fibrose perivascular. No setor arterial somente uma prótese apresentou discreta estenose, sem fibrose perivascular. A reação inflamatória crônica tipo corpo estranho ocorreu em 100% das peças, a camada média foi a mais acometida no setor venoso, enquanto a íntima foi mais constante na artéria, o grau de incorporação foi mais firme na veia em comparação a artéria. A reação tecidual mostrou maior tendência nas áreas em intimo contato com o anel de aço (intra-anelar), mais intensa na artéria do que na veia. CONCLUSÃO: A prótese apresentou baixa trombogenicidade em ambos os sistemas, houve maior reação tecidual e baixa biocompatibilidade no setor venoso.
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OBJETIVO: Acrescentar na literatura dados sobre a independência macroscópica, o tipo de limite e o tipo de disposição da segmentação arterial esplênica. MÉTODO: Foram utilizados 100 baços não fixados, através da técnica de injeção e corrosão de resina de acetato de vinil. RESULTADO: Observou-se independência segmentar arterial em 98% dos casos. Verificou-se que o tipo de limite entre segmentos adjacentes é regular em ambas as faces em 52% dos casos, irregular em ambas as faces em 27% dos casos e regular em uma face e irregular em outra em 21% dos casos. O tipo de disposição dos segmentos mostrou-se semelhante nas duas faces do órgão em 78% dos casos. CONCLUSÃO: Concluímos que os segmentos arteriais do baço são independentes em 98% dos casos.
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OBJETIVO: A presente pesquisa objetivou aferir a localização, a quantidade e as dimensões dos segmentos arteriais do baço, bem como sua relação com a anatomia de superfície. MÉTODO: Foram utilizados 19 baços, procedentes do Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Ceará. O peso médio dos baços era de 148,2±52g e suas dimensões médias de 11,2x7,1x4,0cm. Foi injetada, nos ramos superior e inferior da artéria esplênica, resina sintética (resapol T-208) para preenchimento dos segmentos. Utilizando o método de corrosão, identificou-se a segmentação, diferenciando-a através de cores, analisando e comparando com a anatomia de superfície através de planimetria. RESULTADOS: Os baços apresentavam em média 2,4±0,61 segmentos (2-4) e seus moldes representavam 70% da superfície diafragmática. Encontrou-se evidência de correlação entre os sulcos das chanfraduras esplênicas e a segmentação correspondente em 17 dos 19 baços 89,4%±7,1% (p< 0,05) que possuíam este relevo anatômico. CONCLUSÃO: A segmentação arterial esplênica pode estar diretamente relacionada com sua anatomia de superfície e ser utilizada como parâmetro na esplenectomia parcial e estudos de anatomia vascular esplênica.
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OBJETIVO: Determinar se a termografia infravermelha é capaz de detectar com precisão a perda de perfusão tecidual em áreas de parênquima esplênico. MÉTODOS: Cinco porcos Landrace pesando entre 12 a 15 kg, após medicação pré-anestésica intramuscular e anestesia por infusão endovenosa, foram submetidos a quatro etapas de ligaduras sequenciais, dos vasos arteriais para o pólo inferior do baço: 1-vasos do ligamento esplênico; 2-ramo da artéria esplênica para o pólo inferior; 3-ramo arterial para o pólo inferior na face visceral do órgão; 4-parênquima esplênico dividindo o órgão. As imagens foram captadas por câmera Therma CAM SC500 instalada a 50 centímetros da superfície do órgão. As temperaturas foram medidas na região proximal (vascularizada) e na região distal (isquêmica), em três áreas circulares distintas de cada região através do software SAT Report, antes e após cada etapa de ligaduras, constituindo cinco grupos de medidas: tempo 0 = antes da etapa 1; tempo 1 = após etapa 1; tempo 2 = após etapa 2; tempo 3 = após etapa 3; tempo 4 = após etapa 4. RESULTADOS: Houve manutenção da temperatura da região proximal (vascularização preservada) durante todos os tempos de desvascularização. A temperatura da região distal (desvascularizada) iniciou queda a partir da primeira ligadura e tornou-se estatisticamente menor que a da região proximal a partir da ligadura 3 (Etapa 3). Houve diferença estatisticamente significativa entre as temperaturas proximais e distais do órgão na medida em que foram sendo realizadas as ligaduras vasculares. CONCLUSÃO: A termografia infravermelha foi capaz de distinguir com precisão áreas de parênquima esplênico com vascularização preservada de áreas isquêmicas e pode contribuir para a avaliação da viabilidade de órgãos sólidos.
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OBJETIVO: Analisar os pacientes submetidos à toracotomia para o tratamento de traumatismo torácico. MÉTODOS: Estudo retrospectivo por meio da análise de prontuários nos dois principais hospitais de referência para trauma em adultos desta cidade, por um período de cinco anos, interessando dados epidemiológicos, agente causal, indicações, tipo de incisão, classificação do escore anatômico do trauma, fatores prognósticos e a mortalidade. RESULTADOS: Foi analisado neste estudo 124 pacientes submetidos à toracotomia com idade média de 28 anos, tendo como o agente causal mais incidente a arma branca (68% dos casos). A principal indicação da toracotomia foi hemotórax maciço com 50,7% dos casos, seguido de choque cardiogênico ou hipovolêmico com 48,4%. Ocorreram 28 óbitos (20,6%), sendo que os pacientes com lesões de veia cava (cinco pacientes) e aorta (dois pacientes) tiveram uma mortalidade de 100%. Observou-se uma maior mortalidade em pacientes com escore anatômico do trauma superior a 14 (p=0,004) e maior quantidade de sangue transfundido (p=0,090). CONCLUSÃO: O perfil do paciente que foi vítima de traumatismo torácico e submetido à toracotomia exploradora é o seguinte: jovem, do sexo masculino e vítima de trauma por arma branca. Os fatores que mais contribuíram para o êxito letal foram o elevado escore anatômico do trauma e a associação com lesões vasculares importantes, como da artéria aorta e veia cava.
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OBJETIVO: Verificar a prevalência e a distribuição das artérias renais e de seus ramos in vivo, relacionando as particularidades encontradas nas artérias renais com o sexo e sua lateralidade. MÉTODO: Duzentos pedículos renais foram estudados por meio de angiotomografias e suas artérias analisadas de acordo com número, posição de origem, calibre, comprimento e trajeto em relação aos segmentos renais. Sua frequência e lateralidade foram pesquisadas quanto ao sexo e idade. RESULTADOS: Foram observadas múltiplas artérias em 61,5% dos pedículos (56% à direita e 67% à esquerda), ocorrendo em 65% dos homens e 58% das mulheres. A origem aórtica para as múltiplas artérias foi mais frequente à direita e, com maior frequência, as artérias renais se originaram entre as vértebras L1 e L2 como divisões pré-hilares da artéria principal. O comprimento médio da artéria principal foi maior em rins direitos com artéria única. Não houve diferença entre o diâmetro da artéria renal principal. CONCLUSÃO: Existe maior prevalência das múltiplas artérias renais do que aquela descrita na literatura, sem diferença entre os sexos ou lateralidade. As artérias renais originaram-se com maior frequência entre as vértebras L1 e L2, como divisões pré-hilares da artéria principal e com trajeto ao hilo do rim. O comprimento médio da artéria principal é maior à direita e nos rins com artéria única. Não houve diferença no diâmetro da artéria renal principal entre rins com artérias únicas e múltiplas.