760 resultados para hospedeiras daninhas
Resumo:
Estudos relacionados ao tamanho de sementes e sua influência no processo germinativo de plantas daninhas são necessários devido à grande importância das espécies e à escassez de informações relacionadas à produção de sementes dessas plantas. Dessa forma, este trabalho objetivou estudar a variação do tamanho de sementes de 12 espécies de plantas daninhas e a emergência de duas dessas espécies semeadas em diferentes profundidades. Foi mensurado o peso unitário de 200 sementes por espécie de planta daninha selecionada e estabelecidas curvas de distribuição das frequências não acumuladas para o peso das sementes das espécies, utilizando-se o modelo de Gompertz. Após a classificação por tamanho (pequenas, médias e grandes), sementes de Ipomoea purpurea e Brachiaria decumbens foram semeadas em campo, em canteiros de 1,2 m², em diferentes profundidades no solo (2, 4, 6, 8 e 10 cm) de cada tratamento (profundidade); efetuaram-se quatro repetições. De maneira geral, no primeiro estudo, os resultados indicaram que não há como se referir ao peso de sementes das espécies de plantas daninhas estudadas considerando-se apenas a média dessa característica, devido à variação que pode ser encontrada. Essa grande variação no tamanho das sementes pode estar associada, também, a variações nos padrões de emergência, o que foi verificado no segundo estudo para a espécie I. purpurea. O índice de velocidade de emergência para I. purpurea foi maior para 4 cm de profundidade nas sementes pequenas, 8 cm nas sementes médias e de 6 a 10 cm de profundidade nas sementes grandes.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a fitossociologia de plantas daninhas em cafezais sob diferentes períodos de consórcio com leguminosas em dois anos de cultivo. Os tratamentos corresponderam à combinação fatorial entre as leguminosas feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e lablabe (Dolichos lab-lab) e períodos de consorciação com cafeeiros aos 30, 60, 90 e 120 dias após o plantio, mais uma testemunha sem leguminosa. O experimento foi composto por nove tratamentos em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. As leguminosas foram semeadas em dezembro de 2007 e outubro de 2008 e cortadas conforme os períodos de consorciação, sendo removidas da entrelinha, para ficarem sob a copa dos cafeeiros. As plantas daninhas foram amostradas nas entrelinhas e na projeção das copas dos cafeeiros, em outubro de 2008 e em outubro de 2009, refletindo o efeito dos tratamentos após um e dois anos de consorciação, respectivamente. As avaliações constaram da similaridade da comunidade, do índice do valor de importância e da importância relativa das plantas daninhas mais frequentes. Nos dois anos agrícolas foram identificadas 17 espécies de plantas daninhas, distribuídas em dez famílias botânicas, sendo mais frequentes as espécies Cyperus rotundus, Paspalum conjugatum, Amaranthus retroflexus e Oxalis latifolia. No primeiro ano, o feijão-de-porco (2,65 t ha-1) produziu mais massa que a lablabe (1,89 t ha-1), e no segundo ano a lablabe produziu mais massa (4,21 t ha-1) que o feijão-de-porco (2,73 t ha‑1). Nas entrelinhas, a diferença da flora de plantas daninhas em relação à testemunha foi maior do que na projeção da copa dos cafeeiros, no final dos dois anos. Em 2008, quando a lablabe ficou por 90 ou 120 dias nas entrelinhas, houve crescimento da importância da tiririca, enquanto em 2009 a importância relativa desta foi mais elevada na testemunha. As entrelinhas do cafeeiro apresentaram massa de matéria seca de plantas daninhas maior do que a projeção da copa, possivelmente devido ao sombreamento proporcionado pelos cafeeiros. A espécie Cyperus rotundus foi a de maior importância nos dois anos, seguida de Paspalum conjugatum, que teve sua importância aumentada de 2008 para 2009, devido à sua adaptação às condições de baixa luminosidade.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar a composição da comunidade infestante na cultura da soja, em função de sucessões de culturas por distintos períodos (uma ou três safras consecutivas). O ensaio foi instalado em campo na Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS. Foram avaliados cinco tratamentos de outono-inverno com histórico de uma ou três safras de implantação: milho solteiro - 90 cm entrelinhas; milho solteiro - 45 cm entrelinhas; consórcio milho + Brachiaria ruziziensis; Brachiaria ruziziensis solteira; e feijão-caupi. No final do mês de setembro de 2011, as áreas foram dessecadas com glyphosate para semeadura da soja; 30 dias após a dessecação, foram realizadas as avaliações. A caracterização fitossociológica das plantas daninhas estimou a abundância, a frequência, a dominância e o índice de valor de importância de cada espécie em cada área. As áreas foram ainda intra-analisadas quanto à diversidade de espécies, pelos índices de Simpson e Shannon-Weiner, e intercaracterizadas pela matriz de similaridade de Jaccard, pelo método UPGMA. O cultivo da soja deve ser seguido pela semeadura de espécie que proporcione elevada quantidade de palha residual na entressafra, com distribuição uniforme na superfície do solo. Essa palhada deve ser formada por resíduos de plantas com elevada relação C/N. Neste estudo, os sistemas de consórcio milho+braquiária, ou mesmo braquiária solteira, resultaram em menor nível de infestação por plantas daninhas em áreas de sucessão à soja, ao longo do tempo de utilização.
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A habilidade competitiva constitui-se em importante ferramenta para o manejo integrado de plantas daninhas. Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial de cultivares de trigo em competir com as plantas daninhas azevém e nabo, em diferentes períodos de convivência. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, arranjado em esquema fatorial 4 x 2 x 3, com três repetições. No fator A alocaram-se os cultivares de trigo (BRS Guamirim - ciclo precoce e estatura baixa; Fundacep Cristalino - ciclo precoce e estatura média; Fundacep Raízes - ciclo médio e estatura média; e BRS 296 - ciclo precoce e estatura alta); no B, a ausência ou presença de controle das espécies daninhas; e no C, a época de manejo das plantas daninhas (todo o ciclo da cultura ou até a colheita, até 15 dias após a semeadura e até 30 dias após a semeadura - DAS). O cultivar Fundacep Cristalino, precoce e de estatura média, demonstrou maior habilidade competitiva do que o azevém e o nabo, quando comparado aos demais cultivares, em todos os períodos avaliados. O controle das plantas daninhas em trigo deve ser realizado precocemente, em especial para cultivares com menor habilidade competitiva.
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O sucesso de uma aplicação de herbicida está diretamente relacionado a uma boa deposição da calda no alvo, com o mínimo de perdas para o ambiente. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a deposição e o controle de plantas daninhas promovido pela aplicação de glyphosate em diferentes volumes de calda e com a adição do adjuvante nonil fenol etoxilado. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, em esquema fatorial 3x2, sendo três volumes de calda (30, 60 e 150 L ha‑1) e duas composições (com e sem adjuvante adicionado ao tanque). Inicialmente, foi realizada a caracterização físico-química das caldas pulverizadas. Foram avaliados, após a aplicação do glyphosate, utilizando pontas de pulverização hidráulicas de jato plano defletor: deposição de calda no alvo, perdas para o solo e controle de plantas daninhas. O adjuvante promoveu alterações de pequena magnitude nas propriedades físico-químicas da solução. Conclui-se que os menores volumes de calda proporcionaram maiores deposições nas plantas daninhas e menores perdas para o solo. O herbicida estudado proporcionou bom controle das plantas daninhas, independentemente da utilização do adjuvante e do volume de calda.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos da capina química e mecânica e da desrama precoce sobre o crescimento do eucalipto em sistema silvipastoril, composto por Eucalyptus saligna (9 x 3 m) e Brachiaria brizantha. Os tratamentos constaram de um fatorial 5 x 2, sendo cinco níveis de desrama (0, 10, 20, 30 e 40% da altura de copa viva do eucalipto) e dois tipos de coroamento: capina mecânica e química. Foram avaliados o ganho em altura, diâmetro ao nível do solo e volume de copa aos 90, 180, 270 e 360 dias após aplicação dos tratamentos (DAA). Aos 640 DAA, avaliou-se o crescimento em diâmetro e altura, bem como a matéria seca do tronco. Diferenças significativas não foram observadas nos parâmetros avaliados em função dos métodos de capina, porém houve efeito para a intensidade de desrama e época de avaliação. Em todas as épocas avaliadas, o aumento no nível de desrama proporcionou redução no crescimento das plantas. Aos 90 DAA, plantas com 40% de desrama apresentaram redução no crescimento em altura de 69% e de 87% para diâmetro, em relação às plantas não desramadas; aos 360 DAA, essa diferença caiu para 21,8 e 22,8% para altura e diâmetro, respectivamente. Aos 640 DAA, observaram-se indicativos de recuperação das plantas desramadas; entretanto, ainda foram verificados efeitos negativos da intensidade de desrama sobre o crescimento do eucalipto. Conclui-se que o tipo de capina não influenciou o crescimento inicial do eucalipto e que a desrama precoce facilita a aplicação de glyphosate, porém causa redução no crescimento das plantas.
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O mapeamento e a caracterização da distribuição espacial de plantas daninhas por meio da agricultura de precisão, associada a levantamentos fitossociológicos, têm sido utilizados no controle localizado da infestação. O presente trabalho avaliou a incidência e a dinâmica de plantas daninhas, além da distribuição espacial em distintos sistemas de mobilização do solo, na cultura do sorgo forrageiro. O experimento foi conduzido em Petrolina-PE. Os tratamentos constaram de quatro sistemas de mobilização do solo: sem preparo primário, grade tandem mais arado de aivecas, grade off-set de discos de 0,61 m e grade tandem mais escarificador. A coleta de dados ocorreu na cultura do sorgo forrageiro aos 110 dias após emergência, em uma área retangular de 20 x 12 m (240 m²) com malha regular de 4 x 3 m, referenciadas em coordenadas x e y. A caracterização fitossociológica foi realizada pela avaliação da densidade, frequência, abundância, dominância e índice de valor de importância das espécies, e a variabilidade espacial, por meio da geoestatística com a construção de mapas de isolinhas. Cenchrus echinatus teve maior incidência e índice de valor de importância. O mapeamento de plantas daninhas tem relevância para a aplicação de métodos de controle, principalmente quando aliado ao levantamento fitossociológico.
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Objetivou-se, neste trabalho, avaliar o crescimento e o rendimento do milho e da braquiária em monocultivos e consorciados, com diferentes manejos das plantas daninhas. O experimento foi realizado em área de pastagem degradada, num Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 4 x 4 + 5, sendo o primeiro fator correspondente aos cultivares de milho (UFV M100, DKB 390, DKB 455 e DKB 789) em consórcio com Urochloa brizantha, combinados com os diferentes manejos de plantas daninhas - capinado; sem controle de plantas daninhas; atrazine (1,5 kg ha-1); e atrazine + nicosulfuron (1,5 kg ha-1 + 8 g ha-1) -, além dos monocultivos capinados de U. brizantha e dos quatro cultivares de milho. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Aos 30, 60, 90, 120 e 150 dias após o plantio (DAP), avaliou-se a matéria seca do milho e da braquiária; na última avaliação, determinou-se, também, o rendimento de grãos do milho. Os maiores acúmulos de matéria seca e rendimentos foram obtidos nos monocultivos da braquiária e do milho. No entanto, a aplicação de atrazine + nicosulfuron no consórcio proporcionou rendimento de grãos de milho similar ao obtido no monocultivo. Os efeitos dos manejos das plantas daninhas e dos cultivares de milho no crescimento da braquiária somente se manifestaram nas avaliações realizadas aos 90, 120 e 150 DAP. Os híbridos de milho mostraram-se mais competitivos com a braquiária do que a variedade; o maior rendimento de grãos foi obtido com o híbrido simples (DKB 390), e o menor, com o híbrido triplo (DKB 455). A interferência de U. brizantha no milho, quando cultivados em consórcio, depende das práticas de manejo de plantas daninhas e do cultivar de milho adotado.
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A tecnologia de aplicação influencia diretamente o sucesso da dessecação de présemeadura, auxiliando na eficácia de controle das plantas daninhas. O experimento avaliou a deposição de calda herbicida em plantas daninhas, a perda para o solo e a eficácia de controle dessas plantas promovido por duas tecnologias de aplicação (pulverizador de barra convencional e pulverizador com barra auxiliar de arrasto, variando os volumes de calda entre eles: 100 e 150 L ha-1 no sistema convencional e 30 e 50 L ha-1 no sistema com barra auxiliar). O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados com cinco repetições. Foi adicionado um traçador à calda contendo o herbicida glyphosate, para ser detectado por espectrofotometria. A deposição de calda nas plantas daninhas não diferiu em função da presença ou ausência da barra auxiliar de pulverização e do volume de calda aplicado, demonstrando a viabilidade do uso de volumes de aplicação entre 30 e 50 L ha-1 com a barra auxiliar. As perdas para o solo foram maiores quando foi utilizada a barra convencional do pulverizador. A eficácia de controle das plantas daninhas foi muito boa, independentemente do tratamento empregado.
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A semeadura adensada do algodoeiro na safrinha é uma estratégia adotada pelos cotonicultores para reduzir os custos de produção e aumentar a rentabilidade dessa atividade. O objetivo deste trabalho foi determinar os períodos de convivência e controle das plantas daninhas no algodoeiro em semeadura adensada na safrinha. O experimento foi conduzido na Fazenda Pouso Frio, em Chapadão do Sul-MS. A semeadura do cultivar BRS 293 ocorreu no dia 07/02/2010, adotando-se espaçamento de 0,45 m entre linhas e a densidade de 260 mil sementes por hectare. Os tratamentos constaram de dois grupos. No primeiro, a cultura foi mantida por períodos iniciais crescentes em convivência com plantas daninhas, após sua emergência, para determinação do PAI, e no segundo grupo, para determinação do PTPI, o algodoeiro permaneceu por períodos iniciais livre da matocompetição. Foram analisados períodos de 0, 5, 10, 15, 22, 29, 36, 43, 50, 57, 64, 71 e 165 dias após emergência (DAE) de convivência ou controle inicial das plantas daninhas. As plantas daninhas de maior importância relativa foram Bidens pilosa, Amaranthus retroflexus, Digitaria horizontalis, Eleusine indica, Commelina benghalensis e Euphorbia heterophylla. Tolerando a redução da produtividade de até 5%, o PAI foi até 4 DAE; o PTPI, até 32 DAE; e o PCPI com duração de 28 dias, entre 4 e 32 DAE. Quando se admitiu a queda de produtividade equivalente ao desvio-padrão da média do tratamento mantido no limpo, estabeleceu-se o PAI de 1 DAE; PTPI, de 37 DAE; e PCPI durando 36 dias, entre 1 e 37 DAE.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar a comunidade microbiana do solo cultivado com pimentão (Capsicum annum) nos sistemas de plantio direto e convencional, associado às estratégias de manejo de plantas daninhas. O experimento foi conduzido no esquema de parcelas subdivididas, distribuídas no delineamento experimental em blocos casualizados. Nas parcelas, foram avaliados os dois sistemas de plantio (direto e convencional), e nas subparcelas, três estratégias de manejo de plantas daninhas (cobertura do solo com filme de polietileno, capinas regulares e tratamento sem capinas). Avaliaram-se as médias diárias das temperaturas máximas e mínimas do solo, utilizando-se sensores termopares acoplados a dataloggers, e a comunidade de bactérias, fungos e actinomicetos totais, que foram quantificados em amostras de solo coletadas aos 0, 21, 42, 63, 84 e 105 dias após o transplantio. A comunidade microbiana no solo apresentou a seguinte ordem em termos de população: bactérias > actinomicetos > fungos, com variação entre as diferentes épocas de coleta de amostras ao longo do ciclo da cultura, para todos os tratamentos, sendo influenciada pelos sistemas de preparo do solo e manejo de plantas daninhas. O revolvimento do solo no plantio convencional reduziu a população de microrganismos por ocasião do transplantio, em relação ao plantio direto. A cobertura do solo com palhada no sistema de plantio direto ou com plantas daninhas nos dois sistemas de plantio reduziu o aquecimento do solo em relação aos tratamentos com solo mantido sem cobertura, por meio de capinas, e com cobertura com filme de polietileno, proporcionando melhores condições para o desenvolvimento de fungos, bactérias e actinomicetos.
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As espécies eudicotiledôneas sempre foram um desafio no manejo de plantas daninhas na cultura da soja. Essa dificuldade foi aumentada pelo surgimento de plantas de difícil controle com os herbicidas atualmente existentes no mercado. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi o de buscar alternativas de manejo que diminuam a pressão de seleção devido ao uso contínuo de glifosato na soja Roundup Ready®. O trabalho foi implantado no delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcelas sub-subdivididas, com quatro repetições. Foram avaliadas cinco coberturas de inverno (parcelas), seis manejos químicos em pré-semeadura da soja (subparcelas) e três manejos químicos em pós-emergência da soja (sub-subparcelas). Nenhum dos tratamentos avaliados mostrou fitotoxicidade visual às plantas de soja. No entanto, as aplicações sequenciais em pós-emergência diminuíram a altura da soja, mas sem impactar negativamente a sua produtividade. Nos tratamentos com cobertura de aveia, trigo ou azevém, qualquer combinação de aplicações em pré e pós-semeadura propiciou controle de buva acima de 90%. De maneira geral, os tratamentos que propiciaram os maiores controles para leiteiro foram as combinações de glifosato + diclosulam e glifosato + sulfentrazone em pré-semeadura. Quando a soja foi semeada em área de pousio de inverno, a produtividade foi em média 8% inferior do que quando semeada em áreas com cobertura de aveia e trigo. De modo geral, os tratamentos que resultaram em maiores produtividades foram aqueles em que se utilizou glifosato + diclosulam ou glifosato + sulfentrazone na pré-semeadura da soja.
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A interferência causada pelas plantas daninhas pode reduzir em até 80% a produtividade de grãos do feijão quando não manejadas de forma correta. Portanto, a decisão sobre o momento de controlá-las é um dos principais aspectos do manejo integrado. Nesse sentido, objetivou-se com este trabalho determinar o período anterior à interferência das plantas daninhas (PAI) em cultivares de feijão com diferentes tipos de hábitos de crescimento. Adotou-se o delineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos experimentais foram constituídos de dez períodos de convivência da cultura com as plantas daninhas: 0-7, 0-14, 0-21, 0-28, 0-35, 0-42, 0-49, 0-56, 0-97 (colheita) dias após a emergência (DAE) e mais uma testemunha sem convívio com as plantas daninhas. O PAI foi determinado por meio de distintas abordagens: o nível arbitrário de 5% de perda na produtividade, o nível de tolerância (NT) e o de dano no rendimento econômico (PADRE). O PAI obtido foi diferente em todas as abordagens, e os feijoeiros de crescimento indeterminado tipo II apresentaram os menores tempos de convivência.
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a cobertura do solo e o efeito supressivo sobre plantas daninhas utilizando plantas de cobertura, em diferentes densidades de semeadura. Os experimentos foram instalados em Votuporanga-SP e Selvíria-MS, em março de 2008, após o preparo convencional do solo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições, onde as plantas de cobertura com diferentes densidades de semeadura constituíram os tratamentos: Sorghum bicolor : 6, 7 e 8 kg ha-1; Pennisetum americanum: 10, 15 e 20 kg ha-1; Sorghum sudanense: 12, 15 e 18 kg ha-1; híbrido de S. bicolor com S. sudanense: 8, 9 e 10 kg ha-1; Urochloa ruziziensis: 8, 12 e 16 kg ha-1; e um tratamento controle com vegetação espontânea. Após o manejo das coberturas, foi semeada a soja. Avaliou-se a biomassa seca e densidade das plantas daninhas no momento do corte/colheita das plantas de cobertura. Em Votuporanga, também foi feita uma avaliação das plantas daninhas aos 35 dias após a semeadura da soja. A cobertura do solo proporcionada pelas coberturas foi avaliada no momento da dessecação e no florescimento da cultura da soja. Concluiu-se que U. ruziziensis e S. sudanense reduziram a infestação das plantas daninhas em mais de 90% e mantiveram a cobertura do solo superior a 80% até o florescimento da cultura da soja.
Controle de plantas daninhas pelo indaziflam em solos com diferentes características físico-químicas
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No solo, os herbicidas estão sujeitos a processos de degradação e sorção, que regulam seu destino e sua disponibilidade. Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência do indaziflam no controle de cinco espécies de plantas daninhas em três solos com características físico-químicas contrastantes. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no delineamento de blocos ao acaso, arranjado em esquema fatorial 6 x 3 x 5, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de seis doses de indaziflam (0, 30, 60, 90, 120 e 150 g i.a. ha-1), três solos (texturas areia, argila e franco-argiloarenosa) e cinco espécies daninhas (Rottboellia cochinchinensis, Panicum maximum, Digitaria horizontalis, Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia). O solo foi peneirado e colocado em bandejas perfuradas, e as espécies, semeadas a 0,015 m de profundidade. O herbicida foi aplicado sobre solo úmido, e as bandejas, colocadas sob irrigação diária de 5 mm, aproximadamente. Avaliou-se a emergência, sete dias após a emergência, e o controle das espécies, 40 dias depois da aplicação. O indaziflam foi mais eficiente no controle das espécies D. horizontalis, P. maximum e R. cochinchinensis. As duas primeiras foram muito sensíveis ao herbicida, com controle total dessas espécies em todas as doses e solos testados. No solo argiloso, R. cochincinensis só foi eficientemente controlada a partir da dose de 50 g ha-1 de indaziflam. O controle de E. heterophylla e I. grandifolia pelo indaziflam foi mais eficiente no solo franco-argiloarenoso.