570 resultados para Sulfato de alumínio
Resumo:
As deficiências de boro (B) e zinco (Zn) são as mais freqüentes na citricultura brasileira e há escassez de conhecimento sobre critérios de diagnóstico e manejo desses nutrientes nessa cultura. A aplicação foliar tem sido a forma tradicional de fornecimento desses nutrientes, a despeito da baixa redistribuição na planta cítrica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da aplicação complementar de B e Zn no solo em comparação com a aplicação via foliar e estabelecer curvas de calibração de análises de solo e de folhas com a produtividade da laranjeira Pêra. Os tratamentos foram arranjados em delineamento fatorial 4², com três repetições. Foram aplicadas no solo as doses anuais de 0, 2, 4 e 6 kg ha-1 de B (ácido bórico) e Zn (sulfato de zinco), em complemento à adubação foliar. A produção de frutos aumentou significativamente com a aplicação de B no solo até a dose de 4 kg ha-1, enquanto a aplicação de Zn no solo mostrou-se pouco eficiente. As doses de B afetaram a qualidade dos frutos. A produtividade máxima foi obtida com teor de B no solo de 1,0 mg dm-3, e na folha de cerca de 300 mg kg-1. A aplicação foliar de B, apesar de evitar os sintomas típicos de deficiência, não otimizou a produtividade e a qualidade dos frutos, enquanto a aplicação foliar de Zn mostrou-se eficiente. Curvas de calibração de análises de solo e de folhas mostraram a necessidade de rever as classes de interpretação desses micronutrientes na citricultura.
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Na busca de técnicas mais apuradas para a determinação e avaliação de parâmetros físicos do solo com aplicabilidade em várzeas, vem se destacando a tomografia computadorizada, por medir a densidade e a umidade com boa sensibilidade e alta resolução espacial. O presente trabalho teve como objetivo descrever aspectos e procedimentos da calibração de um minitomógrafo de raios-X e gama para estudo da densidade e umidade de um Planossolo no Rio Grande do Sul, bem como estabelecer parâmetros estatísticos para sua adequada utilização. A calibração do minitomógrafo foi obtida pela regressão linear entre as unidades tomográficas (UT), apresentadas pelo programa de reconstrução de imagem, e os coeficientes de atenuação linear (µl, cm-1), medidos por transmissão direta de raios gama, em amostras dos horizontes A e B do Planossolo, água destilada, benzina e alumínio. Para as medidas de transmissão direta de radiação utilizaram-se recipientes com água destilada, benzina, solo e Al, obtendo-se as seguintes fórmulas para o cálculo da densidade do solo no horizonte A: Ds = [(UT/986,16)-(0,200xteta)]/0,267; e no horizonte B: Ds = [(UT/986,16)-(0,200xteta)]/0,297, em que UT é o valor médio de UT em cada linha e teta é a umidade volumétrica da amostra de solo, em m³ m-3. Com as configurações obtidas, verificou-se variabilidade média de 2,74% e 0,73%, respectivamente, em termos de homogeneidade e repetibilidade. Os erros atribuídos ao equipamento são de 0,051 e 0,046 Mg m-3, respectivamente, nos horizontes A e B, revelando precisão e adaptabilidade no emprego da técnica em estudos do Planossolo.
Seleção de rizóbios nativos para guandu, caupi e feijão-de-porco nos tabuleiros costeiros de Sergipe
Resumo:
A inoculação de estirpes de rizóbios em sementes de feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), caupi (Vigna unguiculata) e guandu (Cajanus cajan), recomendadas para outras regiões do País, não tem resultado em incrementos nas taxas de fixação biológica de N2 nem no crescimento dessas leguminosas em solos dos tabuleiros costeiros de Sergipe. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a eficiência simbiótica de rizóbios nativos dos tabuleiros costeiros associados a essas leguminosas e a tolerância deles a estresses. Das 17 estirpes de rizóbios isoladas e analisadas em casa de vegetação, quatro foram selecionadas para o guandu, sete para o caupi e três para o feijão-de-porco. O número e a massa de nódulos secos por planta correlacionaram-se com a massa da parte aérea seca, a área foliar e o N total acumulado nas folhas das três leguminosas. Os mesmos rizóbios foram eficientes para o caupi e para o guandu. Três estirpes do guandu (R35, R43 e R45) e duas do caupi (R10 e R17) foram caracterizadas in vitro e todas apresentaram tolerância às concentrações elevadas de ácido nalidíxico, cloranfenicol e tetraciclina, porém, foram sensíveis à estreptomicina e à kanamicina. Todas as estirpes cresceram a 35ºC e, exceto a R17, toleraram o alumínio (10 mg L-1).
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O objetivo deste trabalho foi descrever um procedimento de modelagem de fertilidade do solo que integra propriedades químicas do solo utilizando-se do método de Monte Carlo. A espacialização das propriedades químicas foi obtida por procedimento geoestatístico de simulação estocástica, com modelagem das incertezas associadas às estimativas. As incertezas das propriedades químicas foram propagadas para o modelo de fertilidade resultante, possibilitando a geração de mapas de fertilidade condicionados a níveis de risco prédefinidos. O método aqui apresentado é ilustrado por um estudo de caso de fertilidade para cultura de soja, no Estado de Santa Catarina, considerando as seguintes propriedades químicas do solo: alumínio trocável, potássio e capacidade de troca catiônica.
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O crescimento radicular apresenta variabilidade genética, e é afetado pelo Al tóxico e baixos teores de Ca e Mg do solo, que podem comprometer o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema radicular de cultivares de feijão em resposta à calagem. O experimento foi realizado em vasos de 13 dm³ de solo, em casa de vegetação, até 43 dias após a emergência das plantas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 4x4, composto por quatro doses de calcário (0, 1,59, 3,18 e 4,48 t ha-1) e quatro cultivares de feijão (Campeão 1, Carioca, FT-Bonito e Pérola), com quatro repetições. O sistema radicular da cultivar Pérola foi mais tolerante à baixa saturação por bases do que o das demais cultivares. O máximo crescimento radicular das cultivares Campeão 1, Carioca e Pérola ocorreu em saturação por bases ao redor de 43%. Em condições de elevada acidez, o diâmetro radicular das cultivares é reduzido e há um incremento em comprimento. A calagem promove aumento do sistema radicular e da parte aérea das cultivares.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar as modificações nas propriedades químicas de um Argissolo Amarelo fragipânico pelo cultivo contínuo com cana-de-açúcar. Em uma mesma situação topográfica de topo plano de tabuleiro costeiro, foram feitas coletas em três perfis: um perfil sob vegetação nativa (Tn) e os outros dois cultivados com cana-de-açúcar por períodos de dois e trinta anos. Os solos foram morfologicamente caracterizados e, nas amostras de cada horizonte, foram determinados pH, carbono orgânico, fósforo assimilável, bases trocáveis, capacidade de troca catiônica, saturação por bases e saturação por alumínio. O manejo adotado no cultivo da cana-de-açúcar reduziu significativamente o cálcio, o magnésio, a saturação por bases, a capacidade de troca de cátions e o carbono orgânico, e aumentou o fósforo assimilável e a saturação por alumínio.
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O objetivo deste trabalho foi testar a eficiência de tratamentos convencionais no controle da infestação do ictio no jundiá (Rhamdia quelen). Vinte alevinos (3-6 cm) foram estocados em 28 aquários (10 L) durante 192 horas e submetidos aos seguintes tratamentos: controle, formalina comercial (0,2 mL L-1), permanganato de potássio (1,3 mg L-1), sulfato de cobre (0,63 mg L-1), sal comum (10 g L-1), verde de malaquita (0,05 mg L-1) e elevação da temperatura para 32°C. O sulfato de cobre, o sal e a elevação da temperatura reduziram o número de parasitas ao final do experimento, podendo ser utilizados como substitutos do verde de malaquita no controle do ictio no jundiá.
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A cultivar BRS 220, indicada para todas as regiões tritícolas do Paraná, apresenta elevado potencial de rendimento, ampla adaptação e é dotada de força de glúten que a inclui na classe de trigo pão. É resistente às ferrugens e moderadamente resistente às manchas foliares, à brusone e ao vírus-do-mosaico. É moderadamente suscetível à giberela e ao oídio. Apresenta ciclo de precoce a médio, altura média de planta, boa resistência ao acamamento e moderada tolerância ao alumínio tóxico. É moderadamente tolerante à debulha e suscetível à germinação pré-colheita. Apresentou, nos cinco anos de experimentação, média de rendimento de grãos da ordem de 4.853 kg ha-1, na região 6, 3.794 kg ha-1, na região 7, e 4.039 kg ha-1, na região 8, superando a média das cultivares testemunhas em 5%, 13% e 8%, respectivamente.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento adsortivo do nitrato em relação às modificações da carga líquida do solo decorrentes da adição de ácidos, bases (carbonatos), fosfato e sulfato. Foram utilizadas amostras dos horizontes A e B de dois solos: Latossolo Vermelho acriférrico e Nitossolo Vermelho eutrófico. Para verificar o comportamento adsortivo do nitrato em relação aos tratamentos, ajustaram-se isotermas de adsorção de Freundlich (exponencial). O modelo de Freundlich descreve satisfatoriamente a adsorção do nitrato ao solo em todos os tratamentos. Existe correlação significativa entre o pH e a carga líquida dos solos, considerando-se os tratamentos aplicados ao horizonte B do Latossolo Vermelho. A adsorção do nitrato nos horizontes A e B comporta-se de maneira diferenciada nos dois solos utilizados. No Latossolo Vermelho, a adsorção é maior no horizonte subsuperficial em relação ao superficial. No Nitossolo Vermelho, a adsorção é maior no horizonte superficial em relação ao subsuperficial. As adições de sulfato e de fosfato ao solo resultam em pequena diminuição na adsorção de nitrato em relação ao observado no horizonte B do Latossolo Vermelho acriférrico.
Resumo:
Os solos de cerrado apresentam alta acidez e alumínio tóxico, por isso é necessário aplicar calcário para obter boas produtividades das culturas de grãos. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da calagem e de formas de aplicação do calcário na correção da acidez de um Latossolo Vermelho, e na produtividade da soja e do milho, cultivados em rotação, nos sistemas de plantio convencional (aração e gradagem) e de plantio direto (sem preparo). Plantas de cobertura foram cultivadas de forma intercalada: mucuna após soja e milheto após milho. No plantio convencional, utilizou-se um tratamento sem plantas de cobertura, com calcário incorporado. O veranico prejudicou a soja no primeiro cultivo, porém a produtividade aumentou com a calagem no terceiro cultivo. Nos segundo e quarto cultivos, a produtividade do milho aumentou com a calagem, sendo superior no plantio convencional apenas no segundo cultivo. No plantio direto, os tratamentos sem incorporação do calcário mostraram produtividades de milho inferiores em relação aos tratamentos com incorporação do calcário. A resposta do milho ao parcelamento do calcário foi proporcional às quantidades parceladas e incorporadas. A ausência da mucuna no plantio convencional resultou em redução de produtividade do milho. O calcário aplicado na superfície alterou as condições químicas do solo, principalmente na profundidade de 0-5 cm.
Resumo:
O alumínio e a acidez dos solos da Amazônia podem diminuir a população de rizóbios que fixam o nitrogênio, solubilizam fosfatos pouco solúveis e aumentam a disponibilidade do fósforo em sistemas produtivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade nodulífera, tolerância à acidez e ao alumínio, bem como a capacidade de solubilizar fosfatos insolúveis de isolados de rizóbios, obtidos de amostras de solos agrícolas do Município de Iranduba, AM. As amostras de solos apresentavam isolados de rizóbios com potencialidades para serem utilizados como fonte de inóculos para o caupi, de cujos nódulos foram extraídos para testes de tolerância e solubilização. O inóculo INPA-M10 tendeu a superar todos os demais quanto ao rendimento da biomassa seca da parte aérea das plantas. Houve correlação significativa entre o número e massa dos nódulos, o que indica que os isolados apresentaram nódulos de tamanho semelhante. A sensibilidade à acidez e ao alumínio foi apresentada por 43% dos isolados; os demais se comportaram como tolerantes. A solubilização de fosfatos de cálcio foi observada na presença de 57% dos isolados. Nessa mesma proporção também foram encontrados isolados que solubilizaram fosfato de alumínio.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi efetuar a caracterização mineralógica dos óxidos de ferro de horizontes B de três perfis de solos desenvolvidos sobre gnaisse do geodomínio do Complexo Bação, no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. As amostras foram coletadas ao longo dos segmentos de alta, média e baixa vertente. As frações de terra fina (diâmetro médio, fi = 2 mm) foram separadas, em todas as amostras. A composição química dos elementos maiores foi determinada por meio da técnica de fluorescência de raios X; a análise mineralógica foi realizada com difratometria de raios X e espectroscopia Mössbauer. Todas as amostras têm composição mineralógica similar, cuja ocorrência geral corresponde à seqüência quartzo >> gibbsita > caulinita > goethita. Os resultados Mössbauer a 4,2 K confirmam a coexistência de goethita (majoritária) e hematita. Os conteúdos de alumínio isomórfico foram deduzidos dos valores de campos hiperfinos e correspondem às seguintes fórmulas químicas das goethitas: alfaFe0,79Al0,21OOH (alta vertente), alfaFe0,75Al0,25OOH (meia vertente) e alfaFe0,78Al0,22OOH (baixa vertente). A dinâmica de transformação dos óxidos de ferro nos horizontes B ao longo da vertente é um indicador das oscilações paleoclimáticas na área: goethita mais aluminosa é um indicador do paleoambiente úmido, e goethita menos aluminosa revela condições pedogênicas mais secas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da disponibilidade hídrica e da acidez do solo, no teor de prolina livre da parte aérea das cultivares de guandu, IAPAR 43-Aratã e IAC Fava Larga. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2x3x4 (cultivar x disponibilidade hídrica x acidez), com quatro repetições. Em condições de restrição hídrica severa, a cultivar IAC Fava Larga pode ser considerada tolerante, em virtude do maior acúmulo de prolina livre. A presença de alumínio no solo, associada à restrição hídrica severa, apresentou efeito sinergístico sobre os teores de prolina livre.
Resumo:
A cultivar BRS 229, indicada para o Paraná, apresenta glúten médio a forte, e é considerada apropriada para fazer pão. É moderadamente resistente à brusone, às manchas marrom e bronzeada e ao vírus do nanismo amarelo da cevada, além de moderadamente suscetível à ferrugem da folha, ao oídio, ao vírus do mosaico e à giberela. Apresenta ciclo médio, moderada resistência ao acamamento e tolerância ao alumínio tóxico. No Paraná, na média de cinco anos, o rendimento de grãos foi de 4.633 kg ha-1, na região 6 (norte); 3.233 kg ha-1, na região 7 (centro-oeste e oeste); e 4.349 kg ha-1, na região 8 (sul).
Resumo:
Este trabalho teve o objetivo de avaliar, por meio da análise foliar, as limitações nutricionais para produção de mudas de mangostãozeiro. Após 12 meses do plantio, em condições de viveiro, com sombreamento no início do desenvolvimento, foi observado amarelecimento progressivo das folhas novas, com diminuição significativa dos teores foliares de Fe e Mn. A aplicação de sulfato de manganês (0,8 mg L-1 de Mn) + 2,5 g L-1 de uréia, via foliar, não ocasionou recuperação da tonalidade verde do limbo foliar. Entretanto, com sulfato de ferro, na concentração de 0,8 mg L-1 de Fe + 2,5 g L-1 de uréia, houve aumento da pigmentação verde nas folhas, o que mostra a baixa eficiência do mangostãozeiro na absorção de Fe, apesar da alta concentração desse nutriente no terriço (223,7 mg dm-3). Isto indica a necessidade de aplicação suplementar de Fe, no substrato ou nas folhas, na fase de viveiro do mangostãozeiro.