Efeito de fosfatos naturais em plantas de mel��o cultivadas em vasos

Com o advento da agricultura org��nica no Vale do Subm��dio S��o Francisco, surge a demanda por t��cnicas que atendam aos princ��pios desse sistema de explora����o agr��cola. Dessa forma, realizou-se este trabalho com o objetivo de avaliar a efici��ncia de fosfatos naturais em tr��s solos (Argissolo Acinzentado distr��fico - PACd, Argissolo Amarelo eutr��fico - PAe e Vertissolo - V) da regi��o, cultivados com mel��o (Cucumis melo) em vasos, na Embrapa Semi-��rido. Os tratamentos constitu��ram um fatorial (3 x 4) + 1, sendo tr��s doses de P (40, 80 e 160 mg dm-3 de P2O5), quatro fontes de P (superfosfato triplo-ST, termofosfato-TM, fosfato natural de Gafsa-FG e fosfato natural Fosbahia-FB) e uma testemunha sem P, dispostos no delineamento experimental inteiramente casualizado, com tr��s repeti����es. Cada solo constituiu um ensaio. Ap��s 38 dias de cultivo do mel��o, avaliaram-se a produ����o de mat��ria seca (MS) da parte a��rea, o P absorvido pela planta e o P do solo extra��do pelos m��todos de Mehlich-1 e resina de troca ani��nica (RTA). No V e PACd, os fosfatos apresentaram-se menos eficientes que no PAe. O TM foi a fonte de P que apresentou maior efici��ncia para produ����o de MS do mel��o nos tr��s solos (56 a 100 % em rela����o ao superfosfato triplo). No PAe, o FG tamb��m mostrou boa efici��ncia, sendo equivalente a 80 % do superfosfato triplo. Os extratores Mehlich e RTA foram igualmente eficientes para avaliar a disponibilidade do P.

Efeito residual do lodo de esgoto na produtividade do milho safrinha

Das op����es de disposi����o final do lodo de esgoto, a reciclagem agr��cola tem sido uma das mais utilizadas em diversos pa��ses desenvolvidos, sendo considerada a forma mais adequada em termos t��cnicos, econ��micos e ambientais. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito residual do lodo de esgoto na produtividade do milho safrinha, ap��s dois anos de aplica����o consecutiva desse res��duo em um Latossolo Vermelho eutrof��rrico. O experimento foi realizado em campo, em delineamento em blocos ao acaso com tr��s repeti����es, e os tratamentos foram os seguintes: testemunha e aduba����es com lodo de esgoto nas doses de 6, 12, 24 e 36 t ha-1 (peso de mat��ria seca). Houve efeito residual do uso do lodo de esgoto caleado na produtividade de milho safrinha; a dose de 36 t ha-1 foi estatisticamente superior ��s doses de 6 e 12 t ha-1.

Efeito da adi����o de fontes de mat��ria org��nica como amenizantes do efeito t��xico de B, Zn, Cu, Mn e Pb no cultivo de Brassica juncea

Atividades humanas como minera����o, siderurgia e aplica����o de fertilizantes tornam a polui����o por metais s��rio problema ambiental na atualidade. A fitorremedia����o - uso de plantas e da microbiota, associada ou n��o a adi����es de amenizantes de solo, para extrair, seq��estrar e, ou, reduzir a toxicidade dos poluentes - tem sido descrita como uma tecnologia efetiva, n��o-destrutiva, econ��mica e socialmente aceita para remediar solos polu��dos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a efici��ncia da mostarda na remo����o de Zn, Cu, Mn, Pb e B de um solo contaminado e o efeito da adi����o de materiais org��nicos na redu����o da disponibilidade de metais pesados e B para essa planta. O trabalho foi realizado em casa de vegeta����o, com delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5 com quatro repeti����es, utilizando 0, 7, 14, 21 e 28 g kg-1 de C no solo. Os materiais org��nicos utilizados foram: solomax, turfa e concentrado h��mico mineral (CHM). A adi����o de turfa e concentrado h��mico mineral reduziu os teores de Zn, Cu, Pb e B extra��veis do solo e na parte a��rea da mostarda; contudo, essa redu����o n��o foi suficiente para impedir os efeitos fitot��xicos dos elementos. A adi����o dos materiais org��nicos promoveu aumento nos teores de Mn no solo, entretanto apenas o solomax proporcionou aumento na concentra����o do elemento na parte a��rea das plantas. Os efeitos da turfa e do CHM sobre a disponibilidade de Zn, Cu, Mn, Pb e B no solo, a concentra����o na parte a��rea e o crescimento das plantas indicaram o potencial desses materiais como agentes amenizantes de toxicidade e do solomax como auxiliar em programas de fitoextra����o induzida.

Efeito da natureza do eletr��lito e da for��a i��nica na energia livre da rea����o de adsor����o de n��quel em solos

A adsor����o �� o principal processo respons��vel pelo ac��mulo de metais pesados na superf��cie dos col��ides do solo. O conhecimento detalhado desse fen��meno pode fornecer subs��dios para o aprimoramento das pr��ticas de remedia����o de solos contaminados. Avaliou-se a energia livre (deltaG0) de adsor����o de Ni em amostras superficiais (0,0-0,2 m) e subsuperficiais (na maior express��o do horizonte B) de um Latossolo Vermelho acrif��rrico t��pico textura argilosa (LVwf) e de um Nitossolo Vermelho eutrof��rrico textura muito argilosa (NVef), utilizando-se solu����es de NaCl e CaCl2 em tr��s for��as i��nicas (1,0, 0,1 e 0,01 mol L-1). As amostras de solo receberam 2, 5, 10, 20, 30, 40, 50 e 70 mg dm-3 de Ni, na propor����o solo:solu����o de 1:10. A adsor����o de Ni pelos solos foi espont��nea, visto que a deltaG0 apresentou valores negativos em todas as concentra����es estudadas. Os valores de deltaG0 diminu��ram com o aumento da dose de Ni adicionada. O NVef apresentou maior deltaG0 que o LVwf devido, principalmente, ��s suas caracter��sticas qu��micas e mineral��gicas. Os horizontes superficiais apresentaram, em geral, maior deltaG0 em rela����o aos subsuperficiais, em raz��o do elevado teor de mat��ria org��nica encontrado em superf��cie. A deltaG0 foi maior para as menores for��as i��nicas do meio, tanto para CaCl2 quanto para NaCl.

Efeito de doses e da ��poca de aplica����o de nitrog��nio nos caracteres agron��micos da cultura do milho sob plantio direto

A cultura do milho �� de grande import��ncia na regi��o Centro-Oeste para produ����o de gr��os. Com o objetivo de avaliar o efeito da melhor dose e ��poca de aplica����o de N nos caracteres agron��micos do milho em sistema plantio direto, instalou-se um ensaio no munic��pio de Rio Verde (GO), no ano agr��cola 2002/03. O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 4 + 1, com quatro repeti����es, sendo constitu��do por seis ��pocas de aplica����o de N (antecipada; semeadura; 30 dias em cobertura; semeadura mais 30 dias em cobertura; semeadura mais 30 e 45 dias em cobertura; e antecipada mais semeadura mais 30 dias em cobertura) e quatro doses de N (25, 50, 100 e 150 kg ha-1), acrescido da testemunha sem a aplica����o de N. Foi utilizado o h��brido P30K75 e a ur��ia como fertilizante nitrogenado. A dose de 150 kg ha-1 proporcionou maiores valores de rendimento de gr��os, teor de N nas folhas, peso de gr��os por espiga e altura de plantas. Os maiores teores de N nas folhas foram obtidos nas aplica����es em cobertura, semeadura mais 30 dias em cobertura e semeadura mais 30 e 45 dias em cobertura. As aplica����es de N em cobertura (30 dias) e parcelada (antecipada mais semeadura mais 30 dias em cobertura) proporcionaram maiores pesos de gr��os por espiga e de mil gr��os. N��o foi constatado efeito significativo das doses e ��pocas de aplica����o de N para rendimento de prote��na e severidade de doen��as. A maior rentabilidade da aplica����o de N foi obtida com aplica����o de 25 kg ha-1 na semeadura.

Efeito da variabilidade da precipita����o pluvial e do uso e manejo do solo sobre o escoamento superficial e o aporte de sedimento de uma bacia hidrogr��fica do Distrito Federal

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da variabilidade da precipita����o sobre o escoamento direto e sobre o aporte de sedimento na bacia do rio Pipiripau (A = 235 km��), no Distrito Federal. Cinco anos t��picos da s��rie de precipita����o foram selecionados: o ano mais ��mido, o ano mais seco, o ano m��dio e dois anos que representaram os desvios-padr��o da s��rie (m��dio-seco e m��dio-��mido). Depois de o modelo ser calibrado com dados di��rios de chuva e vaz��o da bacia, simula����es foram realizadas para cada evento chuvoso de cada um dos cinco anos selecionados da s��rie, e o escoamento direto e o aporte de sedimento da bacia foram calculados com a MUSLE em tr��s diferentes cen��rios de uso e manejo do solo: o cen��rio atual, onde predomina o preparo convencional do solo (PC) nas ��reas de agricultura da bacia; o passado recente, em que predominava o Cerrado nativo (CER); e o cen��rio de plantio direto (PD), nas ��reas de agricultura da bacia. Apesar de as vaz��es m��dias anuais observadas terem apresentado rela����o linear com os volumes de precipita����o pluvial anual, em todos os cen��rios, o escoamento direto e o aporte de sedimento apresentaram aumento exponencial com o aumento da precipita����o pluvial anual, sendo esse mais pronunciado na condi����o de preparo convencional (PC) do que nos outros cen��rios estudados (CER e PD). O aumento observado pode ser explicado pela n��o-linearidade do modelo MUSLE ao volume de precipita����o e ao volume de escoamento.

Ponto de efeito salino nulo de Latossolos da microbacia Chico Nunes, Mato Grosso

A utiliza����o de atributos eletroqu��micos tem sido sugerida por muitos autores como forma de caracterizar o complexo coloidal do solo e servir como ��ndices de avalia����o de certas propriedades relacionadas �� fertilidade e �� nutri����o das plantas e �� pedog��nese, possibilitando diferenciar os solos de regi��o para regi��o. No presente trabalho foram avaliadas as rela����es entre o ponto de efeito salino nulo (PESN) e as propriedades qu��micas de tr��s Latossolos de uma toposseq����ncia pertencente �� Microbacia Chico Nunes, Mato Grosso. Amostras superficiais e subsuperficiais dos solos foram submetidas ��s caracteriza����es qu��mica, mineral��gica e eletroqu��mica. O teor de C org��nico, de maneira inversa, e o teor de Al vinculado a formas mal cristalizadas, de forma direta, explicaram a quase totalidade da varia����o do PESN nos solos estudados. Os valores do PESN determinados por meio de titula����o potenciom��trica mostraram-se bem correlacionados com os valores de ponto de carga zero (PCZ) estimados a partir de valores de pH medidos em solu����o de KCl 1 mol L-1 (pH KCl) e em ��gua (pH H2O) por meio da equa����o PCZ = 2 pH KCl - pH H2O, reiterando sua utilidade na estimativa de valores de PESN de solos tropicais com carga vari��vel. Do mesmo modo, o ��ndice DpH (DpH = pH KCl - pH H2O) mostrou-se altamente correlacionado com a diferen��a PESN - pH H2O, comprovando a aplicabilidade desse ��ndice na estimativa do sinal e da magnitude da carga l��quida superficial de solos altamente intemperizados.

Nodula����o e produ����o do caupi (Vigna unguiculata L. Walp) sob efeito de plantas de cobertura e inocula����o

Um experimento de campo foi realizado no munic��pio de Crato - Cear�� para estudar como a planta de cobertura afeta a nodula����o e produtividade de caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp), submetido a diferentes inocula����es. Empregou-se o delineamento em blocos casualizados, no esquema em parcelas subsubdivididas, com quatro repeti����es. Os tratamentos consistiram de plantas de cobertura, formando a parcela principal; inocula����o, como subparcela; e amostragens quinzenais, como subsubparcela. As plantas de cobertura foram: milheto - Pennisetum americanum; mucuna-preta - Stizolobium aterrimum ou vegeta����o espont��nea, enquanto as fontes de N foram: sem inocula����o; sem inocula����o + 50 kg ha-1 de N na forma de ur��ia; inocula����o com estirpes rizobianas (Bradyrhizobium sp.) recomendadas pela RELARE -BR 3301 + BR 3302; ou pela UFRPE - NFB 6156 + NFB 700. Foi utilizada a cultivar Patativa de caupi, recomendada para a regi��o. A partir de sete dias ap��s a emerg��ncia e at�� a maturidade final da cultura, foram realizadas amostras quinzenais, colhendo-se duas plantas, por subparcela para determina����o do n��mero de n��dulos, mat��ria seca de n��dulos e mat��ria seca da parte a��rea. A partir dos 60 dias ap��s emerg��ncia, foram realizadas colheitas semanais da ��rea ��til da subparcela, para determina����o da produtividade de gr��os. A mucuna aumentou a nodula����o do caupi n��o-inoculado. A inocula����o do caupi com estirpes recomendadas, ou o aumento da popula����o nativa, permitiu produ����o de biomassa e gr��os semelhante da aduba����o com 50 kg ha-1 de N.

Efeito de glyphosate e imazaquin na comunidade bacteriana do rizoplano de soja (Glycine max (L.) Merrill) e em caracter��sticas microbiol��gicas do solo

Pr��ticas culturais, como a aplica����o de agrot��xicos, podem interferir diretamente na comunidade microbiana do solo e naquela associada ��s ra��zes vegetais. Os efeitos, no entanto, s��o complexos e, na maioria das vezes, de dif��cil detec����o, quando se utilizam t��cnicas convencionais na avalia����o. Por outro lado, o recente desenvolvimento e utiliza����o de m��todos moleculares, baseados no DNA, t��m permitido melhorar a avalia����o desses efeitos muitas vezes negativos. Este trabalho teve como objetivo avaliar altera����es provocadas pela aplica����o de herbicidas �� base de glyphosate e imazaquin no C da biomassa microbiana do solo (C-BMS), respira����o basal do solo (RBS) e quociente metab��lico (qCO2), bem como na comunidade bacteriana associada ao rizoplano de soja (Glycine max (L.) Merril), por meio das t��cnicas de eletroforese em gel com gradiente desnaturante (DGGE) e an��lise da regi��o espa��adora interg��nica ribossomal (RISA). Realizou-se um experimento em casa de vegeta����o com solo coletado em ��rea com hist��rico de cultivo de soja e aplica����o desses herbicidas. A C-BMS, RBS e qCO2 foram avaliadas antes da aplica����o dos herbicidas e aos 2, 14, 30 e 62 dias depois desta. A comunidade bacteriana associada ao rizoplano de soja foi avaliada por DGGE e RISA aos 14, 30 e 62 dias ap��s a aplica����o dos herbicidas. Os resultados mostraram que ambos os herbicidas n��o ocasionaram altera����es significativas no teor de C da biomassa microbiana do solo, na respira����o basal do solo e no quociente metab��lico; contudo, ocasionaram altera����es na comunidade bacteriana associada ao rizoplano de soja, na forma de restri����o do crescimento de determinadas bact��rias e est��mulo de outras, em todas as coletas realizadas. As similaridades entre os perfis bacterianos os tratamentos com herbicidas e o controle foram inferiores a 55 % em todas as coletas.

Efeito do intervalo de desseca����o antecedendo a semeadura do milho e do uso de diferentes esp��cies de plantas de cobertura

O intervalo entre a desseca����o e a semeadura da cultura de interesse comercial pode favorecer o crescimento e desenvolvimento dessas plantas e, conseq��entemente, aumentar sua produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes intervalos de desseca����o e uso de diferentes tipos de plantas de cobertura na fertilidade do solo, no teor nutricional e no crescimento inicial da cultura do milho. O experimento foi realizado em condi����es controladas de casa de vegeta����o, sendo constitu��do dos seguintes tratamentos: quatro intervalos de desseca����o antecedendo a cultura comercial, que corresponderam a 21, 14, 7 e 0 dias, em intera����o com tr��s esp��cies de cobertura vegetal; Crotalaria juncea (crotal��ria); Pennisetum americanum (milheto) e Brachiaria brizantha cv. marandu (braqui��ria). O maior intervalo entre a desseca����o e a semeadura do milho aumentou o teor de MO, P e K no solo; o teor desses dois nutrientes no solo depende da planta de cobertura em quest��o. O milho apresentou maior absor����o de N, P e K, em raz��o do maior intervalo de desseca����o das plantas de cobertura. O crescimento do milho foi favorecido em raz��o dos maiores intervalos de desseca����o das esp��cies de cobertura, devendo ser respeitado o intervalo superior a 14 dias para maior disponibilidade de nutrientes ��s plantas.

Efeito de escarifica����o e da erosividade de chuvas sobre algumas vari��veis de valores de eros��o h��drica em sistemas de manejo de um nitossolo h��plico

O preparo do solo altera as suas condi����es f��sicas de superf��cie e subsuperf��cie e, conseq��entemente, influencia os valores de propriedades que se relacionam com a eros��o h��drica. O trabalho, realizado entre junho de 2005 e mar��o de 2006 em um Nitossolo H��plico alum��nico t��pico, objetivou estudar o efeito de uma escarifica����o e da erosividade de chuvas sobre algumas vari��veis relacionadas �� eros��o h��drica do solo nos sistemas de manejo: (a) preparo convencional sem cultivo do solo (SCE); (b) preparo convencional (PCE); (c) semeadura direta em solo nunca preparado e com res��duos queimados (SQE); e (d) semeadura direta tradicional (STE). Nos tratamentos PCE, SQE e STE, cultivaram-se aveia-preta, soja, ervilhaca-comum, milho, feij��o preto, nabo forrageiro, em rota����o durante cinco anos e meio. Ap��s a escarifica����o, aplicaram-se cinco testes de chuva simulada, com 64 mm h-1 e dura����o de 20, 30, 40, 50 e 60 min cada um. Entre os testes 2 e 3 de chuva simulada, ocorreram 57 mm de chuva natural; entre os testes 3 e 4, 21 mm; e entre os testes 4 e 5, 30 mm. Determinaram-se o teor de ��gua no solo antes das chuvas, a rugosidade superficial do solo, o tempo de empo��amento e de in��cio da enxurrada, a infiltra����o de ��gua no solo, o escoamento superficial, a concentra����o de sedimentos na enxurrada e a perda total de solo. O teor de ��gua do solo praticamente n��o variou nos tratamentos e nos testes de chuva. A rugosidade superficial foi influenciada pelo manejo anterior do solo, tendo sido menor no SCE do que nos demais tratamentos, sem diferen��a entre estes. Ao final dos testes de chuva, a rugosidade superficial era menor do que antes do seu in��cio em todos os tratamentos, com exce����o do SCE. Esse comportamento da rugosidade influenciou o empo��amento da ��gua da chuva na superf��cie do solo e, principalmente, o in��cio da enxurrada, refletindo-se tamb��m na infiltra����o de ��gua no solo e no volume de enxurrada. O tratamento STE foi o mais eficaz na redu����o do volume de enxurrada, na concentra����o de sedimentos na enxurrada e na perda total de solo. O modelo exponencial do tipo y = a e-bx ajustou-se �� taxa de perda de solo e �� erosividade das chuvas no tratamento SCE, enquanto em PCE, SQE e STE foi o modelo linear do tipo y = a + bx que se ajustou aos referidos dados.

Efeito da solu����o de separa����o densim��trica na quantidade e qualidade da mat��ria org��nica leve e na quantifica����o do carbono org��nico da fra����o pesada

A mat��ria org��nica leve tem se mostrado um indicador precoce das mudan��as na mat��ria org��nica do solo (MOS) acarretadas por diferentes usos e sistemas de manejo. V��rias solu����es s��o empregadas na sua separa����o, mas pouco se sabe sobre o efeito delas na quantidade e qualidade da fra����o extra��da, tampouco se conhecem as poss��veis interfer��ncias que a solu����o de separa����o pode ocasionar na posterior quantifica����o do carbono (C) org��nico. Assim, foram selecionados 20 solos com diferentes teores de argila e que se encontravam sob diferentes usos, onde foram coletadas amostras, em tr��s repeti����es, na profundidade de 0-20 cm. Depois de secas ao ar, destorroadas, passadas em peneira com malha de 2 mm e homogeneizadas, retiraram-se subamostras para determina����o do teor de argila e para realiza����o do fracionamento densim��trico da MOS. Do fracionamento densim��trico com ��gua ou NaI (1,8 kg L-1), foram obtidas a fra����o leve (FL) e a fra����o pesada (FP) da MOS. O teor de C da FL foi determinado por combust��o via seca, em analisador elementar (CHN), e o teor de C da FP foi determinado por oxida����o via ��mida com aquecimento externo, segundo Yeomans & Bremner (1988) (Y & B), e em analisador elementar (CHN). Adicionalmente, foi determinado o teor equivalente em C org��nico por via ��mida em solu����es-padr��o com NaI em diferentes concentra����es. Foi observado que a quantidade da FL extra��da com NaI foi, em m��dia, 4,86 vezes maior em rela����o �� extra��da com ��gua destilada. A rela����o C:N da fra����o extra��da com NaI foi, em m��dia, 1,85 vez superior �� apresentada pela extra����o com ��gua destilada, mas com grande varia����o entre solos. Com rela����o �� FP da MOS, o teor de C determinado por Y & B foi similar quando se procedeu �� separa����o densim��trica com ��gua, mas foi cerca de 1,5 vez superior ao determinado pelo CHN quando esta fra����o foi separada com NaI, indicando que houve superestima����o do teor de C org��nico devido �� interfer��ncia do NaI. Esse fato foi confirmado pelo aumento linear no consumo de Cr2O7-2 quando da presen��a de concentra����es crescentes de NaI em solu����es isentas de C. Dessa forma, a extra����o com NaI recupera maior propor����o da FL, mas que difere em qualidade daquela extra��da com ��gua. Al��m disso, algum poss��vel res��duo de NaI usado na separa����o pode interferir na quantifica����o do C org��nico quando este for determinado por dicromatometria. Resultados de estudo adicional sugerem que cada mol de I- consome aproximadamente 1 mol de Cr2O7-2.

Efeito da moagem do solo no teor de f��sforo disponivel por Mehlich-1, resina em esferas e em l��mina

A moagem intensa de amostras de solo �� necess��ria �� utiliza����o do m��todo da resina de troca i��nica, para a determina����o do P dispon��vel, adotado em alguns laborat��rios no Brasil. Como conseq����ncia dessa moagem, espera-se a extra����o de P da fra����o l��bil do interior de agregados, aumentando o teor "dispon��vel" e, por outro lado, aumentando a superf��cie espec��fica da amostra, expondo s��tios adicionais de adsor����o e fixa����o de P. Objetivou-se com este trabalho conhecer o efeito de diferentes graus de moagem das amostras de solo sobre a efici��ncia de extra����o do Mehlich-1 e da resina na forma de esferas e de l��minas na determina����o do P dispon��vel em amostras de solo. Para isso, realizaram-se dois experimentos, um constitu��do por amostras superficiais de 14 solos n��o cultivados, nas quais foram determinados os teores de P pelos m��todos: Mehlich-1, resina em esfera e resina em l��mina com amostras de solo submetidas a diferentes graus de moagem. No segundo experimento, utilizaram-se os mesmos m��todos de extra����o em amostras de tr��s solos, dos 14 solos utilizados no experimento anterior, adubados e cultivados com milho. Os resultados mostraram que a moagem das amostras de solo n��o aumentou a extra����o de P pelo Mehlich-1 e resina em l��mina. Todavia, para a resina em esfera, a moagem causou aumento da extra����o de P, principalmente para os solos adubados e cultivados. O P determinado pelos m��todos correlacionou-se bem com a resposta vegetal, embora essa correla����o, quando as amostras foram mo��das, tenha sido inferior.

Efeito da calagem superficial em plantio direto na concentra����o de c��tions hidrossol��veis na parte a��rea de culturas anuais

A acidez do solo no sistema plantio direto pode ser minimizada com aplica����o superficial de calc��rio. Tal pr��tica �� favorecida pela perman��ncia de restos vegetais na superf��cie do solo, pela libera����o de compostos org��nicos hidrossol��veis, que variam de planta para planta. Por isso foi instalado um experimento em Latossolo Vermelho distr��fico (V = 41 %) em Botucatu (SP), objetivando avaliar os efeitos da aplica����o superficial de calc��rio dolom��tico na concentra����o de c��tions sol��veis nos res��duos vegetais das culturas de milheto, feij��o e aveia preta em dois anos agr��colas (2002/2003 e 2003/2004). No caso do feijoeiro, o delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repeti����es. As parcelas foram representadas por cultivares de feij��o (Carioca, IAC Carioca Et��, P��rola, IAPAR 81 e Campe��o 2), enquanto as subparcelas foram formadas por doses de calc��rio dolom��tico (sem aplica����o, 1,8; 3,6 e 5,4 t ha-1). Para o milheto e aveia preta foram consideradas apenas as doses como fator. Foram avaliados os teores de Ca, Mg, K e Mn na parte a��rea de todas as culturas, bem como a condutividade el��trica no extrato. Os resultados evidenciaram que os teores de Ca, K e Mg sol��veis na parte a��rea das culturas anuais avaliadas n��o foram alterados com a aplica����o superficial de doses de calc��rio dolom��tico. As culturas do milheto e feij��o apresentaram maior teor de c��tions sol��veis na parte a��rea, quando comparado ao da aveia preta.

Efeito residual da silicatagem no solo e na produtividade do capim-marandu sob pastejo

A esc��ria sider��rgica �� uma alternativa para a corre����o da acidez dos solos e �� constitu��da de silicato de c��lcio. Neste estudo, avaliaram-se os efeitos residuais da aplica����o de silicato de c��lcio nos atributos qu��micos do solo e da planta em Latossolo Vermelho distrof��rrico t��pico com capim-Marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu), sob intensidades de pastejo em lota����o rotacionada. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com intensidades de pastejo avaliadas pelas ofertas di��rias de forragem de 50, 100, 150 e 200 kg t-1 de MS por PV nas parcelas experimentais, enquanto a aplica����o superficial de silicato de c��lcio combinado com calc��rio dolom��tico, respectivamente, nas doses 0 + 0; 2 + 0; 4 + 0; 6 + 0; 2 + 4; 4 + 2 e 0 + 6 t ha- 1 nas subparcelas com quatro repeti����es, duas ��pocas (ver��o e inverno) e avalia����o em tr��s profundidades do solo (0-10, 10-20 e 20-40 cm). Os atributos qu��micos do solo pH em CaCl2, Ca, Mg, K, H + Al e V, avaliados 720 dias ap��s a aplica����o, apresentaram resultados favor��veis do poder residual do silicato de Ca e do calc��rio. A oferta de forragem 200 kg t-1 e o tratamento somente com calc��rio dolom��tico (0 + 6 t ha-1) elevaram o valor de pH em CaCl2 e o V, principalmente na camada de 0-10 cm. Os teores de Si no solo foram influenciados pelas doses aplicadas de silicato de Ca, apesar de n��o terem causado altera����es significativas nos teores foliares de Si. A composi����o qu��mico-bromatol��gica foi afetada somente pelas ofertas e ��pocas. As ofertas, ��pocas e a intera����o ��poca x oferta resultaram em efeitos na produ����o de mat��ria seca no pr��-pastejo, com maiores produ����es para a oferta 200 kg t-1 e menores para a de 50 kg t-1 nas duas ��pocas. O res��duo (p��s-pastejo) foi influenciado pelas ofertas e ��pocas. As ofertas 50 e 100 kg t-1 e o tratamento com 2 t ha-1 de silicato de Ca promoveram as maiores taxas de ac��mulo de mat��ria seca.