444 resultados para Arterial
Resumo:
OBJETIVO: analisar os valores da pressão arterial e da freqüência cardíaca durante o trabalho de parto e puerpério imediato de primigestas normais. MÉTODOS: foram incluídas no estudo 60 parturientes, às quais foi aplicada a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) com uso do aparelho modelo SpaceLabs 90207, durante o trabalho de parto e nas primeiras 12 horas após o mesmo. A pressão arterial e a freqüência cardíaca foram registradas a cada 15 minutos durante o trabalho de parto e na primeira hora após o parto, e a cada 30 minutos até a 12ª hora após o parto. Esses parâmetros foram avaliados em três momentos do trabalho de parto (com dilatação cervical até 7 cm, entre 8 cm e dilatação total e durante o período expulsivo) e em dois momentos do puerpério (na primeira e décima segunda hora). Primeiramente os resultados foram analisados sem levar em consideração o tipo de procedimento anestésico, e depois, dividindo-os em grupos conforme o tipo de procedimento realizado: anestesia local, analgesia peridural lombar e anestesia subaracnóidea. Para comparação dentro de cada grupo foram realizados análise de variância (ANOVA) e teste t de Student pareado e, entre os grupos, o teste t não-pareado. Foi considerado o limite de significância estatística de 5%. RESULTADOS: quando os resultados foram avaliados sem levar em consideração o procedimento anestésico, os valores médios da pressão arterial sistólica, registrados durante o trabalho de parto, foram significativamente mais elevados que no puerpério. Durante o trabalho de parto esses valores foram significativamente mais elevados nos períodos de dilatação final e expulsivo que no período de dilatação inicial e, na 12ª hora, inferiores ao da primeira hora após o parto. Os valores médios da pressão arterial diastólica registrados durante o trabalho de parto foram significativamente mais altos que no puerpério. Estes valores não apresentaram alteração durante os diferentes períodos do trabalho de parto ou durante as primeiras doze horas do puerpério. A freqüência cardíaca aumentou progressivamente durante o trabalho de parto, diminuindo nas primeiras 12 horas após o parto. Quando a pressão arterial e a freqüência cardíaca foram avaliadas conforme o tipo de procedimento anestésico empregado, ambas mostraram-se com mesmo comportamento na anestesia local e peridural, embora naquelas submetidas à anestesia subaracnóidea, tanto a pressão arterial sistólica como a diastólica não apresentaram alteração durante o trabalho de parto. CONCLUSÕES: o trabalho de parto determinou aumento da pressão arterial sistólica e da freqüência cardíaca. Durante o trabalho de parto os valores das pressões arteriais sistólica e diastólica foram mais altos que nas primeiras 12 horas do puerpério, havendo queda significativa entre a primeira e a décima segunda hora do mesmo. Diferentes procedimentos anestésicos não interferiram nos valores das pressões arteriais sistólica e diastólica ou da freqüência cardíaca, durante o trabalho de parto e nas primeiras doze horas após o parto.
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OBJETIVO: identificar as respostas de freqüência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e peso hidrostático (PH)em grávidas imersas em diversos pontos anatômicos até o processo xifóide. MÉTODOS: onze gestantes foram submetidas ao seguinte procedimento experimental: 10 minutos em decúbito dorsal, para avaliação da FC e PA no repouso; 2 minutos em pé, para avaliação das medidos iniciais de FC, PA e massa; e um minuto para cada profundidade de imersão. Foram medidos a FC, PA e PH após imersão no nível do tornozelo, joelho, quadril, cicatriz umbilical e processo xifóide. Utilizaram-se estatística descritiva, testes de normalidade de Shapiro-Wilks e homogeneidade de Levene, ANOVA one-way e teste de Bonferroni, com p<0,05 (SPSS versão 8.0). RESULTADOS: encontramos diferenças significativas (p<0,05) para FC, PA diastólica e PA média a partir do processo xifóide (79,1±5,1 bpm; 53,3±6,7 mmHg e 63,9±6,2 mmHg, respectivamente) e para PA sistólica a partir da cicatriz umbilical (92,7±11,1 mmHg). Diferenças significativas (p<0,05) foram observadas em todas as medidas de percentual de redução do PH, dados esses semelhantes a estudos prévios com não-gestantes. CONCLUSÕES: os resultados obtidos mostram diminuição da FC e da PA em imersão aquática comparado ao ambiente terrestre, assim como redução do PH, diminuições essas proporcionais à profundidade de imersão. A diminuição do PH influenciará na redução da carga mecânica imposta às articulações de membros inferiores, uma vez que a carga mecânica depende da força vertical (peso hidrostático) e da aceleração com que o corpo toca o solo. Com esses resultados, podemos inferir que o ambiente aquático é salutar a essa população e pode ser adequado para a prática de atividades físicas.
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OBJETIVO: Analisar a evolução da gestação e partos após tratamento de leiomioma uterino por embolização das artérias uterinas. MÉTODOS: Foram incluídas na avaliação inicial 112 pacientes submetidas a embolização de artérias uterinas para tratamento de mioma uterino. Destas, somente nove desejavam o tratamento conservador para manter a capacidade reprodutiva. Este procedimento foi indicado para estas nove pacientes, pois elas não eram susceptíveis ao tratamento conservador cirúrgico. Submeteram-se a embolização das artérias uterinas com partículas de álcool polivinílico ou embosferas com diâmetro de 500 a 700 µm e evoluíram sem intercorrências. RESULTADOS: Durante o acompanhamento dessas nove pacientes houve boa resposta clínica, com redução significativa no volume do útero e dos miomas. Dessas nove, quatro engravidaram, sendo que duas tiveram abortamento precoce e duas evoluíram normalmente até o final da gestação com parto a termo, sendo um deles gemelar. CONCLUSÃO: A embolização de artérias uterinas é uma opção para o tratamento de miomas uterinos e apresenta bons resultados clínicos e anatômicos, permitindo manter a capacidade reprodutiva.
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OBJETIVO: comparar os fatores ecográficos de risco cardiovascular em pacientes obesas e não obesas, com síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP). MÉTODOS: foram incluídas 30 pacientes obesas com SOMP (Índice de massa corporal, IMC>30 kg/m²) e 60 não obesas (IMC<30 kg/m²), com idade entre 18 e 35 anos neste estudo transversal. Foram avaliados: a dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial, espessura íntima-média da artéria carótida (IMT), o índice de rigidez da artéria carótida (β), as medidas antropométricas, pressão sanguínea sistólica (PAS) e diastólica (PAD). As mulheres estavam sem nenhum tratamento prévio e nenhuma delas apresentava qualquer comorbidade (além da SOMP e/ou da obesidade).Na análise estatística, foram utilizados os testes t não-pareado ou de Mann-Whitney. RESULTADOS: as pacientes obesas com SOMP apresentaram maior peso em relação às não obesas (92,1±11,7 kg versus 61,4±10,7 kg, p<0,0001), bem como a medida da cintura que também, foi mais elevada nas pacientes obesas (105,0±10,4 cm versus 78,5±9,8 cm, p<0,0001). A PAS das pacientes obesas foi superior quando comparadas às não obesas (126,1±10,9 mmHg versus 115,8±9,0 mmHg, p<0,0001) e a IMT também foi maior nas obesas (0,51±0,07 mm versus 0,44±0,09 mm, p<0,0001). Não houve diferença entre os grupos quanto à dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial ou ao índice de rigidez da artéria carótida (β). CONCLUSÕES: a obesidade em portadoras jovens de SOMP está associada a níveis pressóricos mais elevados e à alteração da estrutura arterial, representada pela maior espessura íntima-média da artéria carótida.
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OBJETIVO: analisar as repercussões histomorfométricas da embolização das artérias uterinas (EAU) no tecido uterino, especialmente mediante quantificação de tecido colágeno, através de biópsia uterina antes e após tratamento de leiomioma uterino. MÉTODOS: participaram do estudo 15 pacientes portadoras de leiomiomas sintomáticos e/ou com infertilidade, submetidas à EAU após ciência do termo de consentimento livre e esclarecido, obedecendo aos critérios de exclusão do estudo. Foi realizada biópsia uterina na fase secretória do ciclo menstrual antes e três meses após o procedimento, para avaliação do colágeno. Após o processamento histológico do material, foram feitos cortes de 3µ, sendo alguns corados pela hematoxilina-eosina (HE), e outros pela coloração específica para fibras colágenas (Picrosirius red). Em seguida, foi realizada a leitura e interpretação das lâminas e a quantificação do colágeno. Sua quantificação foi calculada como o percentual da área composta por colágeno, e o resultado expresso em média±desvio padrão (DP). Os dados foram então submetidos à análise estatística pelo teste t de Student pareado (p<0,05). RESULTADOS: nas biópsias realizadas antes do tratamento, foi notada a presença de células musculares lisas, rodeadas por rica trama de fibras colágenas que compõem o tumor, vasos sanguíneos e núcleos de fibroblastos. Nas lâminas das biópsias realizadas após o tratamento, foi observada a presença de necrose de coagulação difusa, trombose vascular, áreas de calcificação e de infiltração linfoplasmocitária e nítida diminuição do componente colágeno. A porcentagem de fibras colágenas foi maior no grupo pré-EAU (84,07±1,41) do que no grupo pós-EAU, (81,05±1,50), com p<0,0001, e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre 2,080 e 3,827. CONCLUSÃO: a redução quantitativa e qualitativa do colágeno evidencia que o tratamento proposto é eficaz em reduzir a massa tumoral, composta principalmente por fibras colágenas de permeio às células musculares lisas neoplásicas. Todavia, são necessários estudos complementares a fim de se investigar a repercussão funcional e biológica dessas alterações histológicas.
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RESUMO OBJETIVO: Avaliar o impacto da embolização arterial de miomas (EAM) sobre o volume uterino (VU), na função ovariana. MÉTODOS: Trinta pacientes com leiomioma se submeteram à EAM. Foram realizados exames de USPTV e FSH antes e três meses após a EAM. Foram analisados o VU em cm³, o diâmetro do mioma dominante (DMD) em cm e o FSH em UI/mL, expressos por média desvio padrão (DP) e submetidos a análise estatística pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS: Foram incluidos na análise 29 casos. A média do VU pré-EAM foi 402,4 165,9 cm³, DMD pré-EAM 5,9 2,1 cm. O VU pós-EAM foi 258,9 118,6 cm³, DMD pós-EAM foi 4,6 1,8 cm. A média da dosagem de FSH pré-EAM foi 4,9 3,5 UI/mL e pós-EAM foi 5,5 4,7 UI/mL com p=0,5. Houve redução de 35% do VU, de 22% no DMD e a EAM não alterou significativamente os valores de FSH após três meses. CONCLUSÃO: O procedimento diminui significativamente o VU e DMD e, não há aumento significativo dos níveis séricos de FSH, não havendo, portanto, alterações na função ovariana.
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PURPOSE: To evaluate parameters related with arterial pressure and metabolic profile in women with polycystic ovary syndrome (POS). METHODS: This monocentric study at the University Hospital Endocrinology Section included 60 women aged 18-45 years, 42 being diagnosed with POS and acting as 18 controls. All women were subjected to transvaginal ultrasound and monitored for arterial pressure for 24 h in the ambulatory (MAP). Venous blood samples were taken between 07.00 and 09.00, after 12 h fasting. Basal (BG) and fasting glucose concentrations, total cholesterol and its fractions, triglycerides and insulin (to calculate the homeostatic assay insulin-resistance, HOMA-IR) were measured. Collected data were the mean arterial blood pressure (24-h awake/sleep cycle), arterial pressure nocturnal descensus, glycemia and fasting glucose for HOMA-IR, and lipid profile. The Student's t test was used to compare homogeneous variables; the Mann-Whitney test was used to compare non-homogeneous variables; the Pearson's correlation coefficient was used to search for correlation between the variables. The c² test was used for comparison of the absence of nocturnal descensus. Significance was taken as p<0.05. RESULTS: The mean age of the patients with POS was 27.4±5.5 (18-45 years, n=42) and the body mass index (BMI) was 30.2±6.5 kg/m² (18.3-54.9). In the Control Group, the mean age was 31.4±6.1 (18-45 years) and the BMI was 27.1±6.2 kg/m² (18.3-54.9, n=18). No difference in the metabolic parameters and insulin resistance was observed between the two groups. Comparison between these parameters and MAP showed that the only parameter with a correlation was the BMI, independent of the POS diagnosis. This was not seen in nocturnal descensus, which was uncorrelated with POS and any of the other studied parameters. CONCLUSION: POS women do not show higher arterial blood pressure, glycemia, HDL-col, TG, HOMA-IR and BMI compared to non-POS women. However, POS patients showed correlation between arterial pressure and BMI, suggesting that obesity is a primary factor involved in arterial pressure changes in these patients.
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OBJETIVOS: Descrever os resultados perinatais e os fatores associados à centralização fetal diagnosticado pelo exame doplervelocimétrico em gestantes com hipertensão arterial. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de corte transversal, retrospectivo, incluindo 129 gestantes com hipertensão arterial submetidas à análise doplervelocimétrica, até quinze dias antes do parto. Mulheres com gravidez múltipla, malformações fetais, sangramento genital, descolamento prematuro de placenta, rotura prematura das membranas, tabagismo, uso ilícito de drogas e doenças crônicas foram excluídas. Foram analisadas as características biológicas, sociodemográficas, obstétricas e os resultados perinatais. Para determinar a associação entre as variáveis, foram utilizados os testes χ² exato de Fisher e t de Student. Realizou-se análise de regressão logística múltipla para determinar fatores associados com a centralização fetal. RESULTADOS: Pré-eclâmpsia grave foi a síndrome hipertensiva mais frequente (53,5%) e a centralização fetal foi observada em 24,0% dos fetos. Os fatores pré-natais associados com centralização fetal foram a persistência da incisura protodiastólica bilateral na artéria uterina (OR 3,6; IC95% 1,4 - 9,4; p=0,009) e a restrição de crescimento intrauterino (RCIU) (OR 3,3; IC95% 1,2 - 9,3; p=0,02). Os desfechos perinatais associados à centralização fetal foram idade gestacional <32ª semana, recém-nascido (RN) pequeno para a idade gestacional (PIG), peso do RN<2.500 g e morte perinatal. Não se encontrou associação com outras variáveis maternas e neonatais. CONCLUSÕES: Os fatores associados à centralização fetal foram persistência da incisura protodiastólica bilateral na artéria uterina, RCIU e aumento da frequência de desfechos perinatais adversos.
Resumo:
Morphometric, immunohistochemical and ultrastructural studies were carried out on the diffuse intimal thickening (DIT) in arteries of 7 sheep with clinical signs of naturally occurring enzootic calcinosis due to ingestion of the plant Nierembergia veitchii. Arterial lesions consisted of medial deposition of calcium salts and DIT. Calcification of the intima was rare, mild and located near the elastic lamina. By immunohistochemistry a-actin was detected in cells of the media and in cells forming the intimal thickening. Receptors for 1,25(OH)2 vitamin D3 were detected in nuclei of intimal, medial and endothelial cells. DIT was irregularly distributed and was neither proportionally related to the intensity of the underlying mineralization area nor to the thickening of the remaining media. Ultrastructural morphometry in smooth muscle cells (SMCs) of the media and thickened intima revealed, in the latter, an increase of 318% in the volumetric fraction of those organelles involved in synthesis and a proportional decrease in contractile elements when compared to normal values of media cells. There were histological and ultrastructural evidences of modification of SMCs and their migration to the intima, where they proliferated causing DIT. It was concluded that DIT is a consistent component of arteriosclerotic lesions in N. veitchii induced calcinosis of sheep and that the predominant cell in this process is the SMCs originated from its predecessors of the media. It is suggested that the inducing factor for the arterial changes is 1,25(OH)2 D3 present in N. veitchii.
Resumo:
O timo é o órgão linfóide que atua no desenvolvimento pós-natal e manutenção da competência imunológica dos animais. Apresenta-se desenvolvido desde a fase final do período pré-natal até o início da puberdade, sendo neste período o maior órgão linfóide e o de maior função linfopoiética. Por causa desta importância, objetivou-se estudar a vascularização arterial da parte cervical do timo da linhagem suína C40, cujas características zootécnicas tem produzido crescente interesse econômico na sua exploração. Para tanto, utilizou-se 30 fetos de suínos (machos e fêmeas com diferentes idades) provenientes de abortos e coletados em criatórios das regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba-MG. Após injeção dos sistemas arteriais e posterior dissecação, verificou-se que os lobos cervicais do timo, de ambos os antímeros, mostraram-se na fase fetal divididos em porções craniais e caudais, unidas por um istmo e estendendo-se desde as glândulas mandibulares até a margem cranial do primeiro par de costelas. Os lobos cervicais tímicos dos antímeros direito e esquerdo foram irrigados pelas artérias subclávia, carótida comum, tireóidea caudal, tireóidea cranial, cervical superficial, laríngea caudal, laríngea cranial. Os lobos cervicais tímicos do antímero direito foram irrigados pelas mesmas artérias do antímero contralateral, excetuando-se a artéria subclávia.