594 resultados para Plantas - Efeito do molibdênio
Resumo:
A adequada combinação entre a escolha da densidade de plantas e do híbrido é um dos fatores que contribuem para o aumento da produtividade do milho. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do incremento na densidade de plantas sobre a incidência de podridões do colmo, de grãos ardidos e o rendimento de grãos de dois híbridos de milho contrastantes quanto a tolerância ao adensamento. O experimento foi conduzido em Lages, SC, nas safras agrícolas 2002/03 e 2003/04, em área de semeadura direta e monocultura, sob sucessão de cobertura morta constituída de aveia preta+ervilhaca. Estudou-se a combinação de dois fatores: híbrido e densidades, utilizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados com parcela sub-dividida. Na parcela principal avaliaram os híbridos: Speed (simples, tolerante ao adensamento) e AG 303 (duplo, intolerante ao adensamento). Nas sub-parcelas testaram-se cinco densidades de plantas: 25, 50, 75, 100 e 125 mil plantas ha-1. O aumento da densidade de plantas, proporcionou incremento linear na incidência das podridões do colmo e grãos ardidos para os dois híbridos e duas safras avaliadas. O fungo Colletotrichum graminicola foi o mais detectado em colmos doentes, seguido do Fusarium graminearum, F. verticillioides e Stenocarpella sp. Nos grãos ardidos, os fungos predominantes foram F. verticillioides, F. graminearum e Penicillium spp. O híbrido AG 303 demonstrou menor resposta no rendimento do que o híbrido Speed com o aumento da população de plantas. Não foi observada associação direta entre o maior rendimento de grãos do híbrido simples em estandes adensados e a menor incidência de doenças de colmo e de grãos ardidos.
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A detecção, a transmissão e o efeito de Xanthomonas campestris pv. campestris (Xcc) na qualidade fisiológica de sementes de brócolis (Brassica oleracea var. italica) foram avaliados, a partir de sementes obtidas de plantas ("Baron, Flórida, Hana Midori Sakata, Precoce Piracicaba de Verão, Ramoso Santana e Sabre") inoculadas com a bactéria, em condições de campo. Para a detecção do patógeno nas sementes foram utilizados os meios de cultura semi-seletivos: SX ágar, NSCAA e BSCAA; a taxa de transmissão da bactéria pelas sementes às plântulas foi avaliada usando semeadura em areia e meio de cultura contido em tubo de ensaio. Para a avaliação da qualidade fisiológica de sementes foram realizados o teste padrão de germinação e os testes de vigor: envelhecimento acelerado, índice de velocidade de emergência, crescimento de plântulas e massa seca. De acordo com os resultados, o meio de cultura semi-seletivo NSCAA foi mais eficaz para detectar Xcc em sementes de brócolis; não houve diferença significativa entre os genótipos na taxa de transmissão da bactéria pelas sementes e Xcc não afetou a germinação e o vigor das sementes.
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O objetivo deste trabalho foi testar o efeito local, residual e sistêmico, de extratos de 17 espécies de macroalgas marinhas e de duas plantas aquáticas, sobre a antracnose do feijoeiro. Para tanto, os espécimes foram coletados, identificados, secos em estufa (50ºC/ 48 h), moídos e seus compostos extraídos com etanol. Plantas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris cv. Uirapuru) foram cultivadas em vasos, em casa-de-vegetação. Os 19 extratos foram subdivididos e testados em duas etapas de seleção e comparação independentes, utilizando-se o delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições (vasos com três plantas). As plantas foram pulverizadas com extratos na concentração de 50 mg de peso seco/mL quando apresentavam o primeiro trifólio expandido. Para verificar o efeito local, as plantas foram inoculadas com uma suspensão de 1,2 x 10(6) conídios/mL 4 horas após o tratamento, enquanto que para o estudo do efeito residual e sistêmico, as plantas foram inoculadas 7 dias após o tratamento. A severidade da antracnose foi avaliada 7 dias após a inoculação (dai) na planta inteira e no trifólio não tratado (efeito sistêmico), utilizando-se uma escala de 1 a 9. As algas e plantas que reduziram significativamente a severidade da doença foram comparadas em experimento avaliado aos 7 e aos 12 dai. O extrato de Bryothamnion seaforthii apresentou efeito local, reduzindo em 35% a severidade da antracnose, enquanto o extrato de Ulva fasciata demonstrou efeito residual com redução de 22% na doença aos 12 dai. Somente os extratos de Lemna sp. e U. fasciata reduziram sistemicamente a severidade de doença aos 7 dai na ordem de 55 e 44%, respectivamente, em relação à testemunha. O possível modo de ação desses extratos é discutido.
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A murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum, é considerada uma doença de importância para a cultura da berinjela, sendo de difícil controle. O controle de doenças através de indução de resistência é um método que vêm se revelando como promissor. Basidiomas de Agaricus blazei e Lentinula edodes possuem substâncias do tipo antibiótico e outras substâncias capazes de atuarem como elicitoras da resposta de resistência em plantas, mostrando-se assim promissores no controle alternativo de fitopatógenos. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de estudar o efeito de extratos aquosos dos fungos e do indutor químico acibenzolar-S-metil (aSm) sobre o crescimento da bactéria in vitro e o controle da murcha bacteriana, bem como investigar seu efeito sobre a atividade de determinadas enzimas da planta. O efeito inibitório sobre o patógeno foi avaliado usando diferentes concentrações dos extratos aquosos. A indução de resistência foi estudada em plantas tratadas com o indutor biológico e químico, medindo-se a intensidade de murcha e determinando-se as alterações de algumas enzimas. Os resultados revelaram que os isolados de A. blazei e L. edodes, utilizados em diversas diluições, não exerceram efeito inibitório in vitro. Em relação à indução de resistência, extratos dos isolados Abl-11 e Abl-28 de A. blazei (15%, v/v) e o aSm (0,05 g/L) promoveram redução significativa na ocorrência de folhas murchas, quando aplicados dois dias antes da inoculação. O aumento na atividade de peroxidase foi verificado em plantas tratadas com extratos de Abl-11, Abl-28 e com suspensão de aSm. A atividade de quitinase, fenilalanina amônia-liase e polifenoloxidase não foi alterada nas plantas tratadas com extrato de Abl-28 e com o aSm. No entanto, plantas de berinjela tratadas com Abl-11 exibiram uma aumento na atividade de fenilalaniana amônia-liase e de polifenoloxidase, enquanto que a atividade de quitinase não foi alterada. Com base nos resultados, ficou evidenciado que o aSm e os isolados Abl-11 e Abl-28 de A. blazei apresentam potencial para induzir resistência em berinjela contra R. solanacearum.
Resumo:
Plantas medicinais apresentam potencial para o controle de fitopatógenos devido ao efeito direto sobre o agente patogênico ou indireto pela ativação de mecanismos de defesa como as fitoalexinas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito antifúngico e elicitor de frações obtidas da citronela (Cymbopogon nardus), a partir dos extratos brutos metanólico (EME) e etanólico (EET) dessa planta. Os extratos EME e EET foram fracionados em cromatógrafo de coluna de filtração em gel (CFG) obtendo-se três frações a partir do extrato metanólico (FMI, FMII e FMIII) e duas frações para o extrato etanólico (FEI e FEII). Os pesos moleculares para as frações FMI, FMII, FMIII, FEI e FEII foram 69,29; 40,51; 18,72; 65,89 e 24,11 kDa, respectivamente. As frações obtidas nas CFG foram utilizadas em bioensaios de germinação de esporos e formação de apressórios por Colletotrichum lagenarium e, de indução de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo e cotilédones de soja. Observou-se que não houve efeito significativo das frações de EME e EET analisadas sobre a germinação e formação de apressórios pelo patógeno. Quanto ao acúmulo de fitoalexinas em cotilédones de soja, não houve efeito significativo das frações FMI, FMII, FMIII, FEI e FEII. Entretanto, observou-se efeito significativo das frações obtidas na CFG, sobre a produção de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo, onde os maiores acúmulos destas fitoalexinas foram promovidas pelas frações FMI e FMIII, diferindo significativamente do tratamento controle. Com base nos resultados obtidos, é possível concluir que frações parcialmente purificadas obtidas de EME de C. nardus apresentam potencial para induzir o acúmulo de fitoalexinas em mesocótilos de sorgo.
Efeito da Incorporação de Folhas de Nim ao Solo sobre o Complexo Fusarium x Meloidogyne em Quiabeiro
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da incorporação de folhas frescas de nim (Azadirachta indica) ao solo, sobre o complexo Fusarium x Meloidogyne em quiabeiro (Abelmoschus esculentum) em um experimento realizado em condições de casa de vegetação. Os tratamentos constaram da adição de 25g ou 50g de folhas trituradas/kg de solo previamente autoclavado e inoculado com M. incognita, Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum, juntos e isoladamente, contidos em vasos com capacidade de 2 L. Solo sem folhas de nim serviu como testemunha. O experimento foi realizado seguindo um delineamento inteiramente casualizado com seis repetições, sendo cada repetição representada por um vaso com 5 plantas. As folhas foram incorporadas 30 dias antes do plantio e a avaliação deu-se 90 dias após o plantio, adotando-se a percentagem de plantas mortas como parâmetro para avaliar o efeito dos tratamentos. A incorporação de 50g de folhas frescas de nim foi eficiente para o controle de Meloidogyne e Fusarium isoladamente, bem como na interação desses patógenos. A incorporação de 25g de folhas de nim mostrou-se eficiente apenas para o controle de Meloidogyne isoladamente.
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O efeito dos produtos acibenzolar S-metil ester (ASM, Bion®), fosfito de potássio (Hortifós PK®) e de um fertilizante foliar (Nutex Axcell®) foi avaliado sobre a germinação de esporos e no crescimento micelial de Phoma costarricensis. O efeito desses produtos também foi avaliado na severidade da mancha de Phoma em mudas de cafeeiro. O percentual de germinação dos conídios de P. costarricensis não foi afetado pelas doses de fosfito e ASM, mas reduções no crescimento micelial do fungo foram observadas. A AACPD e a severidade da doença foram menores em todos os tratamentos quando comparados com a testemunha inoculada. Nas plantas tratadas com o fungicida tebuconazole, utilizado como padrão, foi observada redução de 50,9% na severidade da doença. Os menores valores de severidade e de AACPD foram observados nas plantas tratadas com ASM 0,1 g/L; Fosfito 2,5 mL/L; Fosfito 5,0 mL/L e o fertilizante Nutex Axcell® 4,0 mL/L.
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O lodo de esgoto, atendendo as exigências ambientais, apresenta potencial para disposição em solos agrícolas. Sua incorporação altera as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, pois é rico em macro e micronutrientes e matéria orgânica. Estas alterações podem proporcionar benefícios como aumento da disponibilidade de nutrientes às culturas, indução de supressividade a fitopatógenos habitantes do solo e de resistência às doenças da parte aérea. Por outro lado, pode influenciar negativamente o equilíbrio biológico e químico no solo, devido à presença de contaminantes. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da incorporação de lodo de esgoto ao solo sobre a severidade de oídio (Erysiphe diffusa) e na supressividade a Rhizoctonia solani e a Macrophomina phaseolina da soja (Glycine max). Para tanto, foram utilizados solos que receberam quatro aplicações (1999 a 2001) sucessivas de lodos de esgoto originários das Estações de Tratamento de Esgoto de Barueri e de Franca, SP, nas concentrações de 0, 1, 2, 4 e 8 vezes (0N a 8N) a dose de N recomendada para a cultura do milho. Os estudos com oídio foram realizados em casa de vegetação com inoculação natural em dois cultivos sucessivos de soja. Também foi estudado o efeito de substrato produzido com 0%, 2,5%, 5% 10%, 15% e 20% de lodo de Franca sobre a emergência de plântulas e sobre a severidade de oídio da soja em três e dois ciclos, respectivamente. Nos estudos com R. solani e M. phaseolina, os solos foram artificialmente infestados com os patógenos e posteriormente cultivados com soja por dois ciclos, sendo avaliado o tombamento e a severidade das doenças. A aplicação de lodo de esgoto no solo aumentou a atividade eliciadora de fitoalexinas em soja e a severidade do oídio foi inversamente proporcional às concentrações do lodo, tanto no estudo com o solo de campo, como com o substrato obtido com o lodo de Franca. A emergência das plântulas de soja, nos três cultivos, foi inversamente proporcional à concentração do lodo de Franca, sendo totalmente inibida na concentração de 20%. Nos estudos com R. solani não foram observados efeitos da aplicação do lodo da ETE de Franca sobre o tombamento e a severidade. No primeiro cultivo a resposta ao tombamento foi quadrática para o lodo Barueri, sendo que ocorreu aumento nas concentrações de 1N e 2N, e redução na concentração 4N. No segundo cultivo ocorreu aumento nos índices de tombamento de plantas em relação ao primeiro, com resposta quadrática para o lodo Barueri, mas com ponto de inflexão mínimo na concentração de 1N, sendo que para a concentração 8N o tombamento foi semelhante à testemunha. A severidade da doença no colo das plantas manteve a mesma resposta quadrática para o lodo de Barueri nos dois cultivos, com ponto de máximo na dose 4N. Para M. phaseolina a incidência da doença foi inversamente proporcional à concentração do lodo de Franca. Dessa forma, os resultados não permitem conclusão sobre a indução de supressividade à R. solani e M. phaseolina.
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A hérnia das crucíferas causada por Plasmodiophora brassicae é uma das mais importantes doenças no cultivo de espécies de Brassicas no Brasil. Nos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba, PR a maioria dos solos está contaminada pelo patógeno Plasmodiophora brassicae agente causal da hérnia das crucíferas, inviabilizando o cultivo de espécies de Brassicas em diversas propriedades. A calagem utilizada para elevar o pH do solo é uma das medidas de controle mais indicadas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pH do solo em diferentes concentrações de inóculo, no controle de P. brassicae. Foram utilizados quatro níveis de pH do solo: 4,3; 5,5; 6,2 e 7,3 e três concentrações de inóculo:1.2 x 10(7) ; 2.5 x 10(7); e 5 x 10(7) esporos.mL-1 e testemunha não inoculada. A suspensão de esporos foi obtida a partir de raízes de couve-chinesa com sintomas de hérnias e adicionado no colo das plantas, por ocasião do transplante das mudas de couve-chinesa (Brassica rapa var. pekinensis), para os vasos. Aos 45 dias após a inoculação, foram realizadas as avaliações. O efeito do pH sobre a severidade da doença foi mais expressivo em concentrações médias de inóculo (1.2 x 10(7) a 2.5 x 10(7) esporos.mL-1). Em concentrações elevadas de inóculo, a severidade da doença foi reduzida em pH do solo de 6.2 e 7.3. O melhor desenvolvimento das plantas, quantificado pelo acúmulo de massa seca foliar foi obtido nos tratamentos onde o solo apresentou pH 6,2 e 7,3 e com a menor concentração de inóculo.
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A necrose da haste da soja é causada por um vírus do gênero Carlavirus transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci, também infectante de feijão e identificado como Cowpea mild mottle virus (CpMMV). Neste trabalho foram realizados testes para determinação do número de moscas-brancas B. tabaci biótipo B necessários para transmissão do vírus em feijoeiro e soja. Na sequência foram realizados dois outros testes, com 10 insetos por planta. Avaliaram-se períodos de acesso à aquisição (PAA) de 'Jalo' para 'Jalo', e o efeito de períodos de acesso à inoculação (PAI). Foram visualmente constatados sintomas típicos do carlavírus como mosaico, clareamento de nervuras, necrose sistêmica e redução de crescimento. Houve transmissão do vírus para 'BT-2' de feijão e 'BRS-132' de soja com apenas um inseto por planta, sendo mais eficaz nesta última espécie. A taxa de transmissão do vírus foi maior com o aumento do número de insetos por planta. E o PAA foi determinado após 15' de tempo para aquisição, e o PAI com 5 min e aumentando os períodos de acesso a aquisição e inoculação aumentou-se a taxa de transmissão.
Resumo:
Verificou-se o efeito de indutores de resistência bióticos e abióticos nas atividades de quitinase e peroxidase e na redução da severidade da ferrugem do eucalipto causada por Puccinia psidii. Para isso, mudas de dois clones de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla) denominados VR e C0, com sessenta dias de idade, mantidas em casa de vegetação, receberam tratamentos com Bion® (Acibenzolar-S-metil-ASM), Agro-Mos®, Dipel®, Ecolife40®, Crop-set® e uma preparação obtida a partir de Saccharomyces cerevisiae, 5 dias antes da inoculação com o patógeno. Uma suspensão de uredósporos de P. psidii, coletados a partir de plantas naturalmente infectadas, foi calibrada para 5 x 10(4) uredósporos/ mL. A inoculação foi realizada na face abaxial das folhas e a avaliação se deu 15 dias após, estimando-se a severidade da doença por meio de escala de notas. Os tratamentos ASM, preparado de S. cerevisiae e Ecolife® apresentaram os melhores resultados de controle da doença e os demais tratamentos não se mostraram eficazes para o controle. O aumento de atividade das enzimas quitinase e peroxidase foi observado em ambos os clones, previamente tratados com os indutores(ASM e S. cerevisiae), 48 horas após a inoculação com o fungo.
Resumo:
A temperatura é um dos parâmetros importantes para que ocorra a infecção, processo primordial para que haja doença, visando-se verificar a influência deste parâmetro sobre a severidade de Plasmodiophora brassicae em plantas de couve chinesa Pak choi, montou-se testes de infecção em temperaturas variando de 5 em 5ºC, indo de 10 a 40ºC, e observou-se uma redução da severidade da doença nas mudas de 28 dias de idade, nas temperaturas acima de 30ºC, verificando-se que nas temperaturas de 20 a 25ºC a ocorrência da condição ótima para o desenvolvimento da doença.
Resumo:
As algas e as cianobactérias produzem uma grande diversidade de compostos com atividade biológica direta sobre microrganismos ou agem como ativadores de mecanismos de resistência em plantas. Em vista disso, foi investigada a manifestação dos sintomas causados pelo Tobacco mosaic virus (TMV) em plantas de fumo previamente tratadas com cianobactérias ou algas. Quando as folhas plantas de fumo foram tratadas dois dias antes da inoculação, foi verificado que suspensões de células dos isolados de cianobactérias 004/02, 008/02, Anabaena sp. e Nostoc sp. 61; e do isolado de alga 061/02, bem como as preparações do conteúdo intracelular do isolado 004/02 (4 C) e do filtrado do meio de cultivo do isolado 061/02 (61 M) apresentaram efeito na redução do número de lesões locais provocadas por TMV em folhas de plantas fumo, cultivar TNN. Além disso, foi observado que os isolados Anabaena sp., Nostoc sp. 21 (cianobactéria), Nostoc sp. 61 e 090/02 (alga) mostraram efeito direto sobre o vírus semi-purificado. Em vista disso, pode-se sugerir que os isolados estudados sintetizam compostos que agem diretamente sobre o TMV e/ou ativam o mecanismo de defesa de plantas contra fitopatógenos.
Resumo:
O emprego de fungicidas na agricultura, principalmente quando utilizados de forma inadequada, tem provocado danos tanto ao homem como ao ambiente. O presente trabalho teve por objetivo o estudo in vitro da eficácia de extratos de três plantas e de dois basidiomicetos nativos do Brasil no controle dos fungos Alternaria solani e Colletotrichum acutatum, causadores de graves prejuízos às culturas de tomate e morango, respectivamente, além de Sclerotium rolfsii, considerado como patógeno polífago. No trabalho foram avaliados: a) a inibição de crescimento micelial dos três fitopatógenos, b) inibição da germinação de conídios de A. solani e C. acutatum e c) inibição da germinação de escleródios de S. rolfsii. Os melhores resultados foram obtidos com o extrato de Oudemansiella canarii, que proporcionou os menores valores de crescimento micelial dos três patógenos, além inibir totalmente a germinação de conídios de A. solani e C. acutatum e de escleródios de S. rolfsii. O extrato de Irpex lacteus inibiu parcialmente o crescimento micelial dos patógenos estudados e o extrato de Avicennia schaueriana promoveu apenas 16 % de inibição do crescimento micelial de S. rolfsii. Nenhum efeito sobre os patógenos foi verificado com os extratos de Senna spectabilis e Senna multijuga nas condições em que foram realizados os experimentos.
Resumo:
Estudou-se, in vitro e in vivo a atividade nematicida dos extratos aquosos de vedélia (Sphagneticola trilobata), erva-de-touro (Tridax procumbens), cravo-de-defunto (Tagetes patula), girassol mexicano (Tithonia diversifolia), botão de ouro (Unxia suffruticosa) e zínia (Zinnia peruviana), sobre Meloidogyne incognita. Os extratos foram preparados na proporção de 1,0g do material seco e triturado para 10mL de água destilada e armazenados por 24h, sendo seguidamente utilizados nos experimentos. Nos testes in vitro, foram depositados 4,0mL do extrato bruto e 2,0mL de uma suspensão aquosa contendo 200 ovos do nematóide em placas de Petri de 5cm de diâmetro e, quinze dias após, procedeu-se a contagem do número de juvenis eclodidos e dos ovos remanescentes para o cálculo das porcentagens de eclosão. Nos testes in vivo, os extratos foram aplicados, separadamente, via pulverização foliar, tratamento de raiz e vertido no solo, semanalmente durante 60 dias. Como testemunha utilizou-se apenas água nos dois experimentos. No ensaio in vitro observou-se que todos os extratos foram eficientes na redução da eclosão de juvenis de M. incognita quando comparados à testemunha, as porcentagens de redução foram 89,96%, 91,13%, 92,48%, 92,72%, 93,2% e 97,48% para erva-de-touro, cravo-de-defunto, girassol mexicano, vedélia, botão de ouro e zínia, respectivamente, e no ensaio in vivo, que os tratamentos não exerceram nenhum efeito sobre o peso do sistema radicular dos tomateiros, no entanto, observou-se que os resultados diferiram entre as espécies utilizadas e a forma de aplicação do extrato na avaliação do peso fresco da parte aérea das plantas. Quanto ao fator de reprodução, observou-se que nenhum dos extratos apresentou diferença estatística em relação à testemunha, no entanto, quando se compara as diferentes formas de aplicação dos mesmos, observa-se que houve diferença estatística quando os extratos de erva de touro e girassol mexicano foram aplicados via pulverização foliar e no tratamento de raiz, contudo, não houve diferença quando estes extratos foram aplicados em forma de rega no solo.