647 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os nveis de confiabilidade teste-reteste de informaes relativas rede social no Estudo Pr-saúde. MTODOS: Foi estimada a confiabilidade pelo estudo teste-reteste por meio de questionrio multidimensional aplicado a uma coorte de trabalhadores de uma universidade. O mesmo questionrio foi preenchido duas vezes por 192 funcionrios no efetivos da universidade, com duas semanas de intervalo entre as aplicaes. A concordncia foi estimada pela estatstica Kappa (variveis categricas), estatstica Kappa ponderado e modelos log-lineares (variveis ordinais), e coeficiente de correlao intraclasse (variveis discretas). RESULTADOS: As medidas de concordncia situaram-se acima de 0,70 para a maioria das variveis. Estratificando-se as informaes segundo gnero, idade e escolaridade, observou-se que a confiabilidade no apresentou padro consistente de variabilidade. A aplicao de modelos log-lineares indicou que, para as variveis ordinais do estudo, o modelo de melhor ajuste foi o de "concordncia diagonal mais associao linear por linear". CONCLUSES: Os altos nveis de confiabilidade estimados permitem concluir que o processo de aferio dos itens sobre rede social foi adequado para as caractersticas investigadas. Estudos de validao em andamento complementaro a avaliao da qualidade dessas informaes.
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OBJETIVO: Avaliar as alteraes auditivas perifricas em um grupo de trabalhadores exposto a inseticidas, organofosforados e piretrides, utilizados em campanhas de controle de vetores. MTODOS: Estudo de prevalncia de uma populao de 98 indivduos que pulverizavam venenos nas campanhas de preveno do dengue, da febre amarela e da doena de Chagas. A amostra foi de tipo finalstica, considerando o universo dos trabalhadores de um distrito sanitrio, em Pernambuco, no ano de 2000. Utilizou-se questionrio contendo questes de identificao de riscos ocupacional e no ocupacional, medidas de segurana utilizadas, antecedentes de problemas auditivos e sintomas referidos. Foi investigada a historia pregressa de exposio ao rudo, por ser um fator de confuso para a perda auditiva. Todos os indivduos foram avaliados pelo teste de audiometria tonal. RESULTADOS: Dos expostos apenas aos inseticidas, 63,8% apresentaram perda auditiva. Para o grupo com exposio concomitantemente aos inseticidas e ao rudo, a perda auditiva foi de 66,7%. O tempo mediano para o desenvolvimento de alteraes auditivas nas freqncias mdias altas, para as exposies combinadas de inseticidas e rudo, foi de 3,4 anos e para as exposies apenas aos inseticidas foi de 7,3 anos. A perda auditiva para as exposies concomitantes aos dois fatores foi de maior intensidade nessas freqncias, do que o observado na exposio apenas aos inseticidas. CONCLUSES: H evidncia de que a exposio aos inseticidas induz dano auditivo perifrico e que o rudo um fator que interage com os inseticidas, potencializando seus efeitos ototxicos. Faz-se necessrio avaliar essa possvel associao atravs de estudos epidemiolgicos de carter analtico.
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OBJETIVO: Verificar a qualidade higinico-sanitria da gua de consumo humano em propriedades rurais por meio da contagem de indicadores microbiolgicos de potabilidade. MTODOS: Foram colhidas 180 amostras de gua utilizada para consumo humano das fontes, reservatrios e ponto de consumo em 30 propriedades rurais, situadas na regio Nordeste do Estado de So Paulo. Determinou-se o nmero mais provvel de coliformes totais, Escherichia coli e o nmero de microrganismos mesfilos. Foi verificada a presena de medidas de proteo das fontes de abastecimento. RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que 90% das amostras de gua das fontes, 90% dos reservatrios e 96,7% de gua de consumo humano, colhidas no perodo de chuvas, e 83,3%, 96,7% e 90%, daquelas colhidas respectivamente nos mesmos locais, durante a estiagem, estavam fora dos padres microbiolgicos de potabilidade para gua de consumo humano. CONCLUSES: A gua utilizada nas propriedades rurais foi considerada um importante fator de risco saúde dos seres humanos que a utilizam. A adoo de medidas preventivas, visando preservao das fontes de gua, e o tratamento das guas j comprometidas so as ferramentas necessrias para diminuir consideravelmente o risco de ocorrncia de enfermidades de veiculao hdrica.
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OBJETIVO: O cncer da mama um dos principais problemas de saúde pública e a educao para o auto-exame mamrio uma das etapas fundamentais na identificao de tumores da mama em fase inicial. Realizou-se estudo com o objetivo de avaliar o conhecimento, a atitude e a prtica do auto-exame das mamas entre usurias de centros de saúde. MTODOS: Em estudo tipo inqurito CAP (conhecimento, atitude e prtica) foram entrevistadas 663 mulheres de 13 centros de saúde municipais selecionados de forma aleatria. O nmero de entrevistas em cada centro de saúde foi proporcional ao nmero mdio mensal de mulheres atendidas. As respostas das usurias foram descritas quanto ao conhecimento, atitude e prtica, e suas respectivas adequaes para o auto-exame das mamas, como previamente definido. A adequao foi comparada entre as categorias das variveis de controle pelo teste X RESULTADOS: Os resultados mostraram que o conhecimento e a prtica do auto-exame das mamas foram adequados em 7,4% e 16,7% das entrevistadas respectivamente, embora a atitude frente a este procedimento tenha sido adequada em 95,9% das entrevistas. O estudo tambm mostrou que o esquecimento desta prtica foi a principal barreira para a sua no realizao, sendo referido por 58,1% das mulheres. CONCLUSES: As mulheres que utilizaram os centros de saúde tiveram conhecimento e prtica inadequados para auto-exame das mamas, apesar de apresentarem atitude adequada e favorvel realizao desse procedimento.
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Cincia e tecnologia em saúde constitui-se atualmente objeto de diferentes iniciativas governamentais e acadmicas. Sua consolidao reclama a identificao de um Sistema Nacional de Inovao em Saúde cuja caracterizao depende ainda de um reconhecimento dos setores de atividade econmica envolvidos. Nesse sentido, realizou-se estudo com objetivo de caracterizar as relaes entre reas do conhecimento cientifico e setores de atividade econmica como forma de oferecer um retrato desse Sistema. Foram analisados os registros da verso 4.1 do Diretrio dos Grupos de Pesquisa no Brasil, tendo sido selecionados todos os grupos que registrassem saúde quer como rea do conhecimento ou como setor de atividade. As informaes sobre rea e setor foram transformadas em variveis de resposta mltipla e analisadas numa tabela de contingncia mediante anlise de resduos, anlise de correspondncia e anlise de cluster. A anlise dos dados obtidos mostrou que o Sistema Nacional de Inovao em Saúde caracteriza-se como um sistema setorial onde a competitividade tem contedo social maior do que econmico, o que sugere receptividade para polticas públicas assim orientadas, bem como uma desejvel identidade com valores com o Sistema nico de Saúde.
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OBJETIVO: Identificar se satisfao com aspectos psicossociais no trabalho est associada saúde dos trabalhadores e verificar se essas associaes so influenciadas por caractersticas sociodemogrficas. MTODOS: Estudo transversal realizado com 224 empregados de uma empresa de auto-gesto de planos de previdncia privada e de saúde na cidade de So Paulo. Foram administrados quatro questionrios auto-aplicados referentes a aspectos sociodemogrficos, satisfao no trabalho e saúde (fsica, mental e capacidade para o trabalho. As associaes entre variveis foram analisadas por meio dos testes t-Student, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, coeficiente de correlao de Spearman e da anlise de regresso linear mltipla. RESULTADOS: Satisfao no trabalho apareceu associada ao tempo na empresa (p<0,001) e cargo (p=0,003), onde maiores nveis de satisfao foram observados entre os trabalhadores com menor tempo na empresa e aqueles com cargos de direo. A satisfao no trabalho esteve associada s dimenses da saúde mental e capacidade para o trabalho (vitalidade: p<0,001; aspectos sociais: p=0,055; aspecto emocional: p=0,074; saúde mental: p<0,001 e capacidade para o trabalho: p=0,001). CONCLUSES: Satisfao no trabalho est associada saúde dos trabalhadores nos seus aspectos "saúde mental" e "capacidade para o trabalho", mostrando a importncia dos fatores psicossociais em relao saúde e bem-estar dos trabalhadores. Sugerem-se diretrizes para mudanas na organizao e concepo do trabalho, direcionadas aos aspectos psicossociais. So recomendados estudos longitudinais para investigar a direo causal das associaes encontradas.
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OBJETIVO: A baixa acuidade visual tem elevada prevalncia e o diagnstico precoce necessrio pelos danos que pode causar ao desenvolvimento e aprendizado infantis. O estudo realizado objetivou descrever e analisar a prevalncia de baixa acuidade visual em escolares da rede de ensino fundamental. MTODOS: A partir do diagnstico da acuidade visual, 9.640 escolares de primeira e quarta sries da rede pública de ensino fundamental de Sorocaba, Estado de So Paulo, no ano 2000, foram analisados e classificados seus registros segundo sexo, srie, uso de culos, rea de residncia e grau de acesso assistncia mdica supletiva. Foram realizados testes de correlao de Pearson e anlise de regresso linear. RESULTADOS: A populao estudada apresentou prevalncia de baixa acuidade visual de 13,1% (IC 95%=12,5-13,8%), sendo significantemente menor no sexo masculino (11,5%) quando comparado ao feminino (14,9%) - (RP=0,77); significantemente maior nos escolares de primeira srie (14,1%) quando comparados aos de quarta srie (11,5%) - (RP=1,22); e significantemente menor em no-usurios de culos (12,1%) quando comparados aos usurios (42,0%) - (RP=0,29). Dentre os locais estudados, o bairro de Cajuru apresentou a menor prevalncia de baixa acuidade visual (1,8%) e o bairro de Vila Sabi a maior prevalncia (32,4%). Foi encontrada correlao positiva, segundo a rea de residncia entre a proporo de indivduos que tm acesso assistncia mdica supletiva e a proporo de usurios de culos (r=0,64, p<0,001). CONCLUSES: A prevalncia de baixa acuidade visual aponta falhas no diagnstico precoce e na continuidade da assistncia, indicando urgente necessidade de implementao de um programa pblico de saúde.
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OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemogrfico e as condies de saúde das mulheres encarceradas em penitenciria feminina. MTODOS: Foi realizado estudo descritivo de maro a setembro de 1997, em penitenciria feminina do Estado do Esprito Santo. Todas as presidirias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informaes sociodemogrficas, clnicas e criminais, registradas em questionrio estruturado, seguida de exame clnico-ginecolgico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram includas. A mdia de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas j haviam tido atividade sexual pregressa; a idade mdia do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam histria de doena sexualmente transmissvel (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grvidas no momento da entrevista. Histria de gravidez na adolescncia foi freqente. A maioria no adotava nenhum mtodo contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubria foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSES: O conhecimento sobre problemas de saúde existentes dentro do sistema carcerrio pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitao que lhe conferido. Entretanto, somente a cooperao entre os rgos de saúde pública e o sistema penitencirio pode produzir resultados eficientes.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados de aes preventivas e de promoo saúde institucionalizadas para crianas fenilcetonricas. MTODOS: Foram avaliados os resultados alcanados pelo Programa de Triagem Neonatal, do Estado do Paran, entre os fenilcetonricos, no perodo de 1996 a 2001. Foram investigados dados socioeconmicos e aplicado instrumento de medio da funo motora grossa para determinar as habilidades motoras de 32 crianas fenilcetonricas com diagnstico e tratamento precoces. Optou-se pela utilizao do coeficiente de correlao de Pearson para verificar a relao entre a varivel de interesse (escore motor) e as demais variveis quantitativas (nvel mdio de fenilalanina ps-tratamento, escolaridade do pai e da me, idade da criana no incio do tratamento e renda familiar). RESULTADOS: Dentre as crianas avaliadas, 93,7% apresentaram desenvolvimento de acordo com os parmetros de normalidade referenciados na literatura. O tratamento foi iniciado no primeiro ms em 71,9% dos casos de fenilcetonria. A pesquisa socioeconmica registrou 39,5% de pais com instruo at o quarto ano escolar. Foi encontrada correlao significativa entre o escore motor da criana e a escolaridade dos pais (N=32), e entre o escore motor e a precocidade do tratamento (N=27). CONCLUSES: Os resultados evidenciaram a alta efetividade do programa avaliado. A baixa escolaridade dos pais e sua relao com o escore motor ressaltam a importncia do apoio aos pais na dietoterapia. A relao encontrada entre o escore motor e o incio do tratamento confirma a necessidade da adeso imediata ao programa. A inexistncia na literatura de outros estudos de avaliao dificulta a generalizao dos resultados.
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OBJETIVO: As doenas respiratrias agudas, principalmente as pneumonias, so a causa mais importante de bito em menores de cinco anos e so responsveis por doena grave nos maiores de 60 anos. O estudo realizado tem como objetivo descrever as principais caractersticas epidemiolgicas dos casos de doenas respiratrias agudas notificadas pelas unidades de saúde. MTODOS: Todos os registros de atendimentos de pacientes com doena respiratria aguda, no perodo entre 1996 e 2001, foram revistos semanalmente, em formulrio especfico, a partir dos boletins de atendimento mdico preenchidos por 100 unidades públicas de saúde. Os dados foram classificados em no pneumonia e pneumonia por faixa etria. RESULTADOS: Foram informados 2.050.845 casos de doena respiratria aguda no perodo estudado. Os meses com maior nmero de casos foram maio e junho. A faixa etria mais acometida foi a de um a quatro anos, com cerca do dobro do nmero de casos das outras faixas etrias. Pneumonias representaram, aproximadamente, 7,7% dos casos. CONCLUSES: O acompanhamento das doenas respiratrias agudas serve para mostrar sua magnitude em termos numricos, e estimular seu diagnstico apropriado, tratamento precoce e preveno, tanto das complicaes, quanto de sua ocorrncia.
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OBJETIVO: Avaliar a validade do peso e da estatura informados e do ndice de massa corporal (IMC). MTODOS: Foram estudados 3.713 funcionrios pblicos de uma universidade no Rio de Janeiro, participantes da Fase 1 de um estudo longitudinal. As informaes foram obtidas por meio de questionrio auto-preenchvel; as aferies foram realizadas aps a aplicao. Para avaliar as diferenas entre os parmetros aferidos e informados, utilizou-se o teste t pareado de Student, grficos de Bland & Altman e o coeficiente de correlao intraclasse (CCIC). Estimou-se a sensibilidade e a especificidade das vrias categorias do IMC. RESULTADOS: Houve alta concordncia entre a aferio e a informao do peso (CCIC=0,977) e da estatura (CCIC=0,943). A sensibilidade do IMC, em suas vrias categorias, variou em torno de 80%, e a especificidade foi prxima de 92%. Houve tendncia leve e uniforme subestimao do peso informado e superestimao da estatura informada em ambos os sexos. CONCLUSES: As informaes relatadas e aferidas de peso e estatura apresentaram boa concordncia e validade; em populaes similares, que disponham de recursos escassos, possvel utilizar dados informados ao invs de valores aferidos.
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Pela 'sensibilidade epistemolgica', ferramenta argumentativa baseada no conceito epidemiolgico de 'sensibilidade' ajustada ao campo da epistemologia, se faz uma discusso sobre o alcance da categoria 'comunidade' na promoo de saúde. So apresentadas breves revises de tpicos de suas respectivas propostas e uma sucinta descrio do uso sociolgico do conceito 'comunidade', formulado por Tnnies. Tambm so abordadas questes de definio das comunidades contemporneas. Sugere-se que formulaes hegemnicas da promoo de saúde no levam em conta fundamentos filosficos e aspectos socioculturais cruciais. Assim, sofrem de profundos descompassos tericos que fragilizam seus pressupostos e produzem resultados insuficientes nas intervenes neles baseadas.