516 resultados para Milho consorciado com U. ruziziensis
Resumo:
A determinação da densidade ótima de semeadura do milho, além de ser influenciada pelas características dos híbridos, pelo nível de fertilidade do solo e pela disponibilidade hídrica, pode também variar de acordo com a época da semeadura, uma vez que ela afeta o crescimento e desenvolvimento da planta. Com o objetivo de determinar a densidade ótima de planta em híbridos de milho com elevado potencial de rendimento de grãos, em três épocas de semeadura, com relação a rendimento de grãos, componentes do rendimento e outras características agronômicas, foram feitos quatro experimentos na região fisiográfica da Depressão Central do Rio Grande do Sul, município de Eldorado do Sul, com suplementação hídrica por aspersão. Os tratamentos constaram de quatro híbridos (Pioneer 3063, Pioneer 3207, XL 212 e Cargill 901), quatro densidades de plantas (50, 70, 90 e 110.000 pl/ha) e de três épocas de semeadura (agosto, outubro e dezembro). Não há resposta à densidade de plantas dos híbridos de milho testados nas épocas de semeadura de agosto e dezembro. O aumento na densidade de plantas somente foi vantajosa na semeadura de outubro, quando se obtiveram maiores rendimentos de grãos na densidade de 70.000 pl/ha, independentemente do híbrido avaliado, nas duas estações de crescimento.
Resumo:
Conduziu-se um experimento, em 1994, em casa de vegetação com seis solos do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de avaliar a disponibilidade de fósforo no solo extraído pelos métodos duplo ácido (Mehlich-1), resinas em esferas (RE), em cápsulas (RC) e em membrana (RM) e papéis de filtro impregnados com óxido de ferro em solo umedecido a 75% da capacidade de campo (D1) e solo saturado (D2). Os solos foram previamente incubados com quatro doses de fósforo, e cultivados com milho durante 28 dias. Os coeficientes de determinação obtidos entre o fósforo absorvido pelas plantas de milho e o fósforo extraído foram: 0,85 para o Mehlich-1; 0,82 para o RE; 0,84 para o RC; 0,89 para o RM; 0,75 para o D1 e 0,70 para o D2. As quantidades de fósforo extraídas pelos métodos das resinas foram altamente correlacionadas entre si (r=0,98) e com as extraídas pelo método D1 (r=0,89). Os resultados permitiram concluir que os métodos testados foram igualmente eficientes na extração do fósforo do solo e para avaliar a disponibilidade deste elemento para a cultura do milho.
Resumo:
A resistência do solo à penetração é relacionada com a textura, compactação e umidade do solo. No presente trabalho se estudou o efeito da interação desses fatores sobre o crescimento de raízes de milho. Materiais de solo com 22, 30, 34, 41 e 48% de argila foram acondicionados em tubos de PVC de 10 cm com 4,3 cm de diâmetro interno, nas densidades globais de 1,07, 1,18, 1,36 e 1,53 g cm-3, em três tensões de água: -0,034, -0,106 e -0,640 MPa. Plântulas de milho foram cultivadas nos tubos por 48 horas. Quando a densidade do solo é baixa, a textura tem papel preponderante no crescimento radicular. Esse efeito é menor à medida que aumenta a densidade global. O aumento da resistência do solo à penetração causa diminuição no comprimento e número de raízes seminais adventícias; a raiz seminal primária mostra menor capacidade de penetração do que as raízes seminais adventícias. Resistências do solo à penetração da ordem de 1,3 MPa reduzem à metade o crescimento das raízes seminais adventícias do milho.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar a disponibilidade hídrica para o milho (Zea mays L.) no Estado do Paraná, identificando as regiões de menor risco e contribuindo para definição das melhores épocas de semeadura. A partir de valores diários de evapotranspiração máxima e precipitação pluvial provenientes de 32 estações meteorológicas do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), calculou-se o balanço hídrico utilizando um modelo climatológico adaptado para a cultura. A capacidade de água disponível no solo foi calculada considerando-se 20 cm de profundidade efetiva do sistema radicular na emergência, aumentando-se exponencialmente até 80 cm no início do florescimento e assim permanecendo até o final do ciclo. Foram simuladas dez épocas de semeadura espaçadas a cada 10 dias, entre 20/08 e 20/11, calculando-se a probabilidade de deficiência hídrica no período de florescimento (800 graus-dia após a emergência). Pela análise de agrupamento, o Estado foi classificado em cinco zonas diferenciadas em relação ao nível de risco. Os resultados mostram que, do ponto de vista hídrico, nas regiões norte e noroeste o risco é maior, tornando-se necessária a adoção de práticas de manejo do solo que visem aumentar a capacidade de retenção de água. Em todas as regiões foram identificadas épocas de semeadura que oferecem menor risco de perdas por deficiência hídrica.
Importância das interações cultivares x locais e cultivares x anos na avaliação de milho na safrinha
Resumo:
Com o objetivo de verificar a importância da interação cultivares x locais e cultivares x anos e de identificar entre os híbridos já disponíveis os que sejam mais adaptados e estáveis para o cultivo em safrinha, foram estimados os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade a partir de dados obtidos em experimentos de avaliação de cultivares de milho na safrinha, nos anos de 1993, 1994 e 1995. Esses experimentos foram conduzidos nos Estados de São Paulo, Goiás e Paraná. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com três repetições. Constatou-se que a magnitude da variância da interação cultivares com anos dentro de locais foi mais expressiva do que entre locais, o que indica a necessidade de que as avaliações de cultivares na safrinha sejam realizadas num maior número de anos. As cultivares diferiram quanto à adaptabilidade e estabilidade de produão de grãos. Os materiais que se destacaram como mais adaptados e estáveis foram o híbrido simples Zeneca 8452, o híbrido triplo C 805 e o híbrido duplo Agromen 2012. Já os híbridos duplos BR 201, Planagri 411, AG 303 e C 125 foram os que mostraram menor adaptação e maior instabilidade.
Resumo:
Vinte e cinco cultivares de milho (Zea mays L.) foram avaliadas, em 1994, em doze ambientes, na Região Nordeste do Brasil, em blocos ao acaso, com três repetições, objetivando conhecer sua adaptabilidade e estabilidade de produão, em diferentes condições ambientais. Foram detectados efeitos significativos quanto a ambientes, cultivares e interação cultivares x ambientes, na análise de variância conjunta, e foram evidenciadas diferenças marcantes entre os ambientes, as cultivares e respostas das cultivares com relação às variações ambientais. Os híbridos mostraram melhor desempenho produtivo que as variedades, produzindo, em média, 22,5% mais em relação à média das variedades. Apenas os híbridos Cargill 505 e AG 510 mostraram baixa adaptabilidade a ambientes desfavoráveis, com respostas positivas à melhoria do ambiente. Considerando a média das variedades, a CMS 39 ajustou-se mais ao genótipo ideal proposto pelo modelo. Nenhum dos materiais estudados mostrou coeficiente de determinação (R²) inferior a 80%, o que confere a todos eles uma boa estabilidade de produão.
Resumo:
Avaliou-se o efeito de sistemas de preparo do solo e de doses de nitrogênio, na produão de matéria seca, grãos e palhada, bem como no acúmulo de N, P, K, Ca, Mg, S e Zn, por plantas de milho (Zea mays L.). O experimento foi conduzido, sob irrigação, em um Latossolo Vermelho-Escuro sob vegetação de cerrado, em área experimental da Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG. Os sistemas de preparo do solo estudados foram: plantio direto, plantio convencional com arado de discos, e plantio convencional com arado de aiveca. As doses de nitrogênio, 0, 60, 120 e 240 kg ha-1 de N, foram aplicadas em cobertura. As maiores produões de matéria seca de grãos e de palhada e de acúmulo de nutrientes foram obtidas sob o sistema de plantio direto. Na dose de 60 kg ha-1 de N, ocorreu a maior eficiência da utilização do N pela cultura, constatada pela maior recuperação do N aplicado.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi testar a eficiência do comprimento relativo de raiz seminal (CRRS) e do comprimento líquido de raiz seminal (CLRS) como indicadores fenotípicos quanto à tolerância ao alumínio na avaliação de plantas individuais de milho. Plântulas de genótipos tolerantes e suscetíveis ao Al foram submetidas a soluão nutritiva contendo nível tóxico deste elemento, por um período de sete dias, após o qual, determinaram-se os valores de CRRS e CLRS. Os resultados obtidos quando se utilizaram valores médios para CRRS e CLRS mostraram que ambos os índices foram capazes de discriminar com eficiência os materiais tolerantes dos suscetíveis. Entretanto, quando foram utilizados os valores de CRRS e CLRS obtidos a partir de plantas individuais, observou-se a existência de plantas tolerantes com valores típicos de plantas suscetíveis, o que indica que a avaliação fenotípica de plantas individuais pelos dois índices está sujeita a erros significativos, principalmente na caracterização de plantas suscetíveis. Portanto, em estudos para mapeamento de "quantitative trait loci" (QTLs) ligados à tolerância ao Al, nos quais utilizam-se estes índices fenotípicos, o mais apropriado é avaliar famílias F3, onde é possível obter valores médios para CRRS e CLRS e utilizar estas médias para representar os valores fenotípicos das respectivas plantas F2.
Resumo:
A espécie Diabrotica speciosa (Germar, 1824) é, tradicionalmente, na fase adulta, uma praga polífaga, embora apresente certa preferência por folhas do feijoeiro e soja. Entretanto, nos últimos anos, a fase de larva deste crisomelídeo adquiriu o status de praga, à semelhança de outras espécies do mesmo gênero nos EUA, causando consideráveis danos ao sistema radicular do milho. O objetivo da pesquisa foi avaliar os danos causados por diferentes níveis populacionais de larvas de D. speciosa às raízes de milho, e, pelos adultos às folhas de milho, soja, feijoeiro e arroz. Desde as menores densidades populacionais de larvas, houve reduão significativa no peso seco das raízes do milho, peso seco da parte aérea e na altura das plantas em relação à testemunha. Constatou-se que o nível de controle está aqum de 40 larvas por planta. Os adultos tiveram significativa preferência por folhas do feijoeiro e soja, sendo o milho e o arroz menos consumidos.
Resumo:
Neste trabalho foram estudadas as relações hídricas de dois híbridos de milho (Zea mays L.), em casa de vegetação: o IAC 8222 (híbrido com tolerância ambiental) e o DINA 10 (híbrido comum); submetidos a um ou a dois ciclos de estresse, aos 30 e 46 DAP. O IAC 8222 manteve o potencial hídrico de folha (psihf) superior ao do DINA no primeiro ciclo de estresse e no segundo ciclo, em plantas que sofreram os dois ciclos (com endurecimento), no sexto e último dia de deficiência hídrica, não havendo diferenças em relação ao conteúdo hídrico relativo (CHR) entre os híbridos. Houve um aumento da concentração de açúcares solúveis e de aminoácidos com a deficiência hídrica, sem diferenças entre os híbridos no primeiro ciclo de déficit hídrico, e com aumento significativo somente na concentração de aminoácidos no DINA 10 submetido aos dois ciclos, no último dia do segundo ciclo. A concentração de K+ não variou nem com os ciclos nem entre híbridos. Portanto, só houve diferenças na acumulação de solutos osmóticos entre os híbridos, quanto ao teor de aminoácidos no DINA 10 submetido aos dois ciclos, no segundo ciclo. Contudo, o IAC 8222 manteve o seu psihf alto, podendo ter promovido um ajuste do coeficiente de extensibilidade de parede, que foi acentuado com o endurecimento.
Resumo:
Dezesseis cultivares de milho foram avaliadas em treze ambientes dos tabuleiros costeiros do Nordeste brasileiro, no período de 1994/95, em blocos ao acaso, com três repetições, visando conhecer o potencial dessa região para a produão do milho e a adaptabilidade e a estabilidade desses materiais para recomendação. As produtividades médias alcançadas, especialmente com os híbridos, mostraram o grande potencial dessa faixa costeira do Nordeste para a produão do milho, sobressaindo os tabuleiros costeiros do Piau, Sergipe e Bahia, onde o milho poderá se tornar uma grande alternativa para os produtores. A análise de variância conjunta mostrou diferenças entre os locais e as cultivares, e a inconsistência das cultivares em face das variações ambientais. Usou-se o método de Cruz et al. para atenuar o efeito da interação cultivares x ambientes, de modo a permitir uma recomendação com mais segurança. Os híbridos mostraram melhor adaptação que as variedades e populações, e são recomendados para exploração em ambientes mais tecnificados. O AG 510, por mostrar adaptação em ambiente desfavorável, é também recomendado para esta condição. As variedades BR 5011, BR 5028, BR 106 e BR 5033, de bons rendimentos, constituem alternativas importantes para pequenos e médios produtores de milho.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar o número desejável de progênies S1 para avaliação em programas de seleção recorrente em milho (Zea mays L.). Foram avaliadas, em blocos casualizados, em dois locais e três repetições por local, 200 progênies das populações BR-105 e BR-106. As 200 progênies de cada população foram divididas ao acaso em grupos de 25, sendo que os tamanhos amostrais foram de 25 até 200 progênies. Em cada amostra, as variâncias genética e fenotípica, o coeficiente de herdabilidade e os respectivos intervalos de confiança foram estimados quanto aos caracteres peso de espigas (PE), altura da planta (AP), altura da espiga (AE) e prolificidade (PR). Verificou-se que com o aumento do número de progênies avaliadas, a amplitude dos intervalos de confiança dos parâmetros estimados decresceram, em relação aos caracteres avaliados em ambas as populações. As estimativas dos parâmetros e os intervalos de confiança da análise de peso de espiga, estabilizaram-se ao redor de 175-200 progênies, em ambas as populações. Quanto a AP, AE e PR, os parâmetros estimados se estabilizaram em torno de 125, 125 e 175 progênies, respectivamente, em ambas as populações. Assim, conclui-se que em programas de seleção recorrente, no mínimo 200 progênies poderiam ser usadas, independentemente do tipo de população.
Resumo:
Sessenta amostras de milho pós-colheita foram avaliadas quanto à contaminação fúngica endógena e o potencial toxígeno de espécies do gênero Aspergillus e seus teleomorfos. Quarenta grãos aparentemente sadios de cada amostra foram desinfestados em NaClO e incubados em câmara úmida a 25±1ºC para exteriorização dos fungos, que posteriormente foram isolados em ágar Czapek-Dox. Foram identificadas as espécies Aspergillus flavus, A. parasiticus, Eurotium amstelodami e E. chevalieri. O potencial toxígeno dos fungos A. flavus e A. parasiticus foi avaliado quanto à síntese de aflatoxinas em meio ágar-coco. Espécies do gênero Eurotium foram avaliadas quanto à síntese de esterigmatocistina, nos meios ágar-amendoim e trigo triturado. A porcentagem de grãos contaminados variou entre 0 e 100%, prevalecendo os gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium. A espécie predominante foi a A. flavus (64%), seguida por E. amstelodami (19%), E. chevalieri (10%) e A. parasiticus (7%). A partir de 109 isolados de A. flavus, evidenciou-se que 73 isolados sintetizaram aflatoxinas B1 e B2, 20 sintetizaram B1, sete sintetizaram B1 e G1, três sintetizaram B1, B2 e G1 e em seis não foi detectada a síntese de aflatoxina. A síntese de esterigmatocistina pelas espécies E. amstelodami e E. chevalieri não foi detectada.
Resumo:
Foram desenvolvidos bioensaios, na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), para avaliar o efeito de extratos aquosos, a frio e a quente, da parte aérea de leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit.), sobre a germinação e o desenvolvimento das plantas de milho (Zea mays L.). Os extratos foram preparados na concentração 20% (p/v), e avaliados em solo e papel- germiteste, em casa de vegetação, e em papel-filtro em laboratório. O extrato obtido com água fria (EF) e aplicado ao solo não causou nenhum efeito fitotóxico sobre a germinação e o desenvolvimento das plantas de milho. O extrato obtido com água quente (EQ), quando aplicado em papel-germiteste ou papel-filtro, causou reduão no comprimento da raiz seminal, mas não interferiu na germinação das sementes de milho. O comprimento da raiz seminal foi um indicador mais sensível aos efeitos do EQ do que a germinação.
Resumo:
No ano agrícola de 1997, 21 cultivares de milho foram submetidas a 26 diferentes condições ambientais no Nordeste brasileiro, visando conhecer a estabilidade de produão desses materiais para fins de recomendação na região. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados, com três repetições. Foram detectadas diferenças entre os ambientes, as cultivares e comportamento diferencial das cultivares em face das variações ambientais, na análise de variância conjunta. A produtividade média obtida (4.301 kg/ha) mostra o bom potencial para a produtividade das cultivares avaliadas, e boa aptidão do Nordeste brasileiro para a produão de milho. Todas as cultivares mostraram estabilidade de produão nos ambientes considerados. Os híbridos, de melhores rendimentos que as cultivares, constituem excelentes alternativas para exploração na região, destacando-se, entre eles, o BR 3123, Agromen 2003 e Germinal 600, por expressarem respostas positivas à melhoria ambiental. As cultivares BR 106, BR 5011, BR 5004 e BR 5033 têm recomendação justificada, especialmente, para pequenos e médios produtores rurais, onde certamente contribuirão para a melhoria da produtividade do milho.