561 resultados para Fígado gorduroso Teses
Resumo:
OBJETIVO: Comparar os inventários da cavidade abdominal, quanto à visibilização das estruturas anatômicas, realizadas pelos métodos videolaparoscópico e laparotômico, no trauma abdominal. MÉTODO: De novembro de 2001 a fevereiro de 2002, 25 pacientes foram submetidos ao protocolo de pesquisa, sendo 21 do sexo masculino e quatro do feminino. A idade média foi de 30,88 anos, variando de 18 a 63. O inventário videolaparoscópico foi realizado de forma padronizada e seqüencial. Em seguida, todos os pacientes foram laparotomizados e o inventário refeito com os mesmos critérios. As estruturas e vÃsceras abdominais foram classificadas em visualizadas, parcialmente visualizadas e não visualizadas. RESULTADOS: No inventário videolaparoscópico, o lobo esquerdo do fÃgado, as cúpulas diafragmáticas, a vesÃcula biliar, a parede posterior da bexiga, o fundo de saco anterior e a face interna da parede abdominal foram completamente visualizadas em todos os casos. As demais estruturas e vÃsceras intra-abdominais foram completamente visualizadas em percentuais que variaram de 25% a 76%. O inventário videolaparoscópico apresentou sensibilidade de 45,45%, especificidade de 100%, valor preditivo positivo de 100% e valor preditivo negativo de 20%. O inventário laparotômico identificou 78 injúrias e o videolaparoscópico 56. CONCLUSÕES: O inventário videolaparoscópico no trauma abdominal não é eficiente para a visualização e diagnóstico das lesões intra-abdominais. Entretanto é confiável nas dúvidas de penetração para a cavidade abdominal, no diagnóstico das lesões diafragmáticas e tóraco-abdominais, e para excluir lesões da parede anterior do esôfago, estômago e duodeno, parede posterior da bexiga e da vesÃcula biliar.
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OBJETIVO: Avaliar as alterações bioquÃmicas decorrentes da isquemia hepática normotérmica, seguida de reperfusão em duas modalidades de clampeamento da trÃade portal em ratos. MÉTODO: Trinta ratos Wistar machos pesando entre 250 e 320 gramas foram divididos em três grupos de 10 animais cada. Induzimos 40 minutos de isquemia hepática por clampeamento pedicular contÃnuo (grupo I) ou intermitente (grupo II). No grupo controle não houve clampeamento. Como parâmetro de lesão hepatocelular adotamos a concentração plasmática de: transaminase glutâmico oxalacética (TGO), transaminase glutâmico pirúvica (TGP) e lactato desidrogenase (LDH). Colhemos as amostras de sangue no inÃcio (T1) e no final da cirurgia (T2). Todos os animais foram submetidos ao mesmo tempo operatório: 60 minutos. RESULTADOS: Não houve diferença estatÃstica nos valores iniciais (T1) das três enzimas nos três grupos. Todos apresentaram aumento significativo das enzimas do momento 1 (T1) para o momento 2 (T2). Houve diferença estatÃstica no aumento médio de TGO e TGP entre os três grupos, sendo o maior aumento encontrado no grupo I e o menor, no grupo controle. Não houve diferença significativa, em relação à LDH, entre o grupo II e o grupo controle. No grupo I, entretanto, houve aumento significativo em relação aos demais. Conclusão: Comparado ao clampeamento contÃnuo, para um perÃodo total de 40 minutos de isquemia, o clampeamento da trÃade portal em ratos realizado de forma intermitente, com ciclos de 10 minutos de isquemia e 5 minutos de reperfusão, provoca menor dano hepatocelular, o que foi constatado pela menor alteração enzimática.
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OBJETIVOS: Para se evitar o estado asplênico, muitas medidas preservadoras do baço têm sido propostas na literatura, como a esplenorrafia, a esplenectomia parcial com preservação dos vasos hilares e o auto-implante de tecido esplênico. A esplenectomia subtotal, com conservação do pólo superior do baço, nutrido apenas pelos vasos esplenogástricos é uma alternativa quando o pedÃculo esplênico precisa ser ligado. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência das esplenectomias parcial, subtotal e total na distribuição da Escherichia coli no sistema mononuclear fagocitário. MÉTODO: Foram estudados 32 ratos divididos em 4 grupos: operação simulada (mantendo todo o baço), esplenectomia parcial, esplenectomia subtotal e esplenectomia total. Após cinco semanas da operação, uma alÃquota de Escherichia coli marcada com 99m-tecnécio foi injetada por via venosa. Após 20 minutos, os animais foram mortos, e o baço, os pulmões e o fÃgado foram retirados para se verificar a distribuição das bactérias marcadas. RESULTADOS: A quantidade de Escherichia coli no tecido esplênico foi maior no grupo com o baço Ãntegro em comparação com os grupos esplenectomia parcial e subtotal. A distribuição da bactéria marcada pelo baço não diferiu nos grupos com esplenectomia parcial ou subtotal. A quantidade de bactérias no pulmão foi maior no grupo esplenectomia parcial do que a do grupo com esplenectomia subtotal. Após esplenectomia subtotal, a distribuição da bactéria marcada foi maior no fÃgado em comparação com a captação desse órgão nos demais grupos. CONCLUSÕES: O pólo superior do baço, suprido apenas pelos vasos esplenogástricos, tem capacidade de remover da circulação bactérias vivas, mostrando que, mesmo sem a vascularização pelo pedÃculo esplênico, há uma eficiente depuração sangüÃnea. A distribuição da Escherichia coli pelo sistema mononuclear fagocitário apresenta comportamentos diferentes, dependendo do tipo de esplenectomia a que o animal é submetido.
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OBJETIVO: Aferir a independência da segmentação da drenagem venosa hepática, bem como a relação entre seus segmentos. MÉTODO: Foram utilizados trinta fÃgados humanos, analisados cuidadosamente para exclusão de possÃveis rompimentos extra e intra-parenquimatosos. Foi injetada uma resina sintética (Resapol T-208) nas veias hepáticas direita, média e esquerda isoladamente, com diferentes cores, para identificação dos segmentos, utilizando-se a técnica de injeção-corrosão. Após a obtenção dos moldes, foi realizada a pesagem e a planimetria destes, em conjunto e separadamente. RESULTADOS: Foi observado que todos os moldes hepáticos apresentaram independência entre seus segmentos e que o segmento direito foi o maior (p=0,005). Ao correlacionar o peso do fÃgado com a proporção entre os segmentos, obteve-se um coeficiente de correlação de 0,023. CONCLUSÕES: Os segmentos das veias hepáticas são independentes entre si, ocorrendo preponderância do segmento venoso direito sobre os demais e o aumento do peso do fÃgado sem patologia corresponde a um aumento proporcional entre os seus segmentos.
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OBJETIVO: As metástases hepáticas do carcinoma colorretal, constituem-se, atualmente, em doença potencialmente curável, através dos diversos tipos de ressecções hepáticas, entre as quais se sobressai a hepatectomia direita. Os objetivos deste trabalho são analisar a evolução pré, per e pós-operatória de pacientes submetidos a hepatectomia direita por metástases hepáticas do adenocarcinoma colorretal, seu prognóstico e a exeqüibilidade de re-ressecção nos casos de recidiva tumoral hepática. MÉTODO: Cinquenta e sete pacientes submetidos à hepatectomia direita por metástases hepáticas do carcinoma colorretal com intenção curativa, entre 1990 e 2000, no Hospital Beaujon, Clichy-França, foram analisados retrospectivamente. O perÃodo de seguimento pós-operatório foi de 33±25 meses. RESULTADOS: Não houve mortalidade operatória. Em 29,8% dos casos houve necessidade de transfusão e o Ãndice de complicações pós-operatórias foi de 57,9%. Metástases maiores que 5cm foram observadas em 59% dos pacientes e 78,5% apresentavam mais de uma lesão. A sobrevida de cinco anos foi de 43% e a sobrevida livre de doença no mesmo perÃodo foi de 23%.Recidiva hepática do tumor foi observada em 19,3% dos pacientes e destes, 45,5% foram submetidos à re-ressecção hepática também sem mortalidade. CONCLUSÕES: A hepatectomia direita é um procedimento seguro para o tratamento das metástases hepáticas do carcinoma colorretal confinadas no lobo direito do fÃgado, com baixa mortalidade e morbidez aceitável nos pacientes estudados. A sobrevida de cinco anos encontra-se dentro da média observada na literatura. As re-ressecções hepáticas mostraram-se exequÃveis em cerca de metade dos casos de recidiva.
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OBJETIVO: O auto-implante esplênico parece constituir a única alternativa para preservação de tecido esplênico, após esplenectomia total. O objetivo deste trabalho foi analisar a depuração de Escherichia coli pelos órgãos do sistema mononuclear fagocitário (SMF) após esplenectomia total e auto-implante esplênico. MÉTODO: Utilizou-se um modelo experimental com ratos Wistar jovens e adultos, de ambos os sexos, submetidos a esplenectomia total e auto-implante esplênico. O método de avaliação foi a inoculação intravenosa de suspensão de Escherichia coli marcada com tecnécio - 99m. Analisou-se a captação desta bactéria pelos órgãos do SMF e o remanescente bacteriano na corrente sangüÃnea. RESULTADOS: Dentro de cada grupo, não foi encontrado diferença entre animais jovens e adultos no que se refere à captação de bactérias pelos órgãos do SMF. Na comparação entre os grupos verificou-se que o percentual médio de captação pelo baço e pelo fÃgado de animais do Grupo-Controle foi maior que o dos auto-implantes. Embora a captação de bactérias pelo baço de animais do Grupo-Controle tenha sido maior que o dos auto-implantes esplênicos, o remanescente bacteriano no sangue não foi diferente. Animais submetidos a esplenectomia total isolada apresentam maior remanescente de bactérias na corrente sangüÃnea que animais do Grupo-Controle ou do grupo submetido a esplenectomia total combinada com auto-implante esplênico. CONCLUSÃO: Nossos resultados indicam que o auto-implante esplênico é eficaz na depuração de bactérias, em rato, mediante a fagocitose por seus macrófagos, e não interfere na função de remoção bacteriana do fÃgado e do pulmão.
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OBJETIVO: Investigar os nÃveis de liberação de TNF-alfa?em cultura de monócitos em portadores humanos da forma hepatoesplênica de esquistossomose mansônica. MÉTODO: Foram incluÃdos aleatoriamente, no estudo, 39 voluntários de idades variando entre 15 e 31 anos, 19 homens e 20 mulheres, divididos em três grupos. Grupo 1 (GC) 12 indivÃduos sadios, sem esquistossomose. Grupo 2 (AI) 18 indivÃduos portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica, que tinham se submetido a esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto-implante de tecido esplênico no omento maior, quando tinham idades entre 7 e 16 anos. Esses pacientes receberam oxaminiquine na dose de 20mg/kg 30 dias antes do procedimento cirúrgico. O seguimento médio atual é de cerca de 8 anos. Grupo 3 - pacientes esplenectomizados sem auto-implante esplênico (ESAI) constituÃdo de nove adultos jovens que tinham se submetido à esplenectomia sem auto-implante esplênico e desconexão ázigo-porta. Os pacientes esquistossomóticos dos grupos 2 e 3 tiveram confirmação dessa doença pela presença de fibrose de Symmers nas biópsias hepáticas realizadas durante o ato cirúrgico. Foram colhidos 6 ml de sangue periférico de cada um dos voluntários incluÃdos no presente estudo, cujos monócitos foram separados por centrifugação e cultivados no meio de cultura CultilabÃ’). Amostras de 100ml do sobrenadante da cultura de monócitos (10(6) células/ml), de cada indivÃduo dos três grupos, eram colhidos para determinação das concentrações de TNF-alfa. Essa concentração era mensurada pelo estudo colorimétrico de ELISA para citocinas (QuanticininasTM - Sistema R&D), após 4 horas de estimulação com PMA e incubação, em uma atmosfera úmida com 5% de CO² a 37ºC. RESULTADOS: As concentrações de TNF-alfa? não diferiram significantemente nos três grupos estudados [(GC 135,0 ± 51,6 pg/ml; AI 97,0 ± 25,4 pg/ml e ESAI 107,0 ±. 52,1 pg/ml) - ANOVA, F = 0,210; p = 0,813]. CONCLUSÃO: Os achados contribuem para hipótese de que após esplenectomia com ou sem auto-implante esplênico a função dos monócitos, com relação a produção de TNF-alfa, mantém-se preservada.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos do subgalato de bismuto (SGB) usado na área cruenta pós-hepatectomia parcial, quanto a sangramento, aderências e estudo histológico. MÉTODO: Foram utilizados 30 ratos divididos em dois grupos iguais,submetidos à hepatectomias parciais com bisturi de lâmina. Para realizar a hemostasia no grupo 1 (G1), foi utilizado bisturi eletrônico e no grupo 2 (G2), SGB. No 7º dia de pós-operatório (PO), os animais foram mortos, e na cavidade abdominal foram observados sangramento, aderências e, a seguir, realizada a hepatectomia total englobando todos os tecidos adjacentes para análise histológica. No estudo histológico foram analisados: trombose da microcirculação, reação granulomatosa, necrose, fibrose, grau de inflamação e aderências. RESULTADOS: Não foi observado sangramento no PO nos dois grupos. No G1 estavam presentes aderências de omento ao fÃgado, consideradas neste trabalho como fisiológicas em 80% dos ratos, e no G2 estas aderências foram por outros órgãos, consideradas neste trabalho como anômalas em todos os casos. No exame histológico, quanto à reação granulomatosa e aderências, todos os ratos as apresentaram. Quanto à trombose e necrose o G1 apresentou maior intensidade. Quanto à fibrose e grau de inflamação os resultados foram semelhantes em ambos os grupos. CONCLUSÕES: Ambos os métodos são eficientes para prevenir hemorragia. O G2 apresentou aderências anômalas inviabilizando seu uso em humanos. O G1 revelou mais trombose e necrose. Quanto à reação granulomatosa, fibrose, grau de inflamação e aderências microscópicas, os resultados foram iguais nos dois grupos.
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OBJETIVO: Observar o comportamento do fator de necrose tumoral-a (TNFalfa) e da proteÃna C reativa (PCR) em cirurgias simultâneas de fÃgado e intestino. MÉTODO: Para este objetivo foi desenvolvido um modelo experimental, no qual foram operados quarenta ratos da raça Wistar, divididos em quatros grupos: grupo controle, grupo 1 com ratos submetidos à hepatectomia a 70%, grupo 2 com ratos submetidos à colectomia e grupo 3 com cirurgia simultânea de hepactetomia e colectomia. Em todos os grupos foram dosados TNFalfa e PCR uma hora após o procedimento. Os animais foram mortos em seguida. RESULTADOS: Os valores encontrados mostraram alteração nas dosagens desses elementos nos diversos grupos, sendo que no grupo 3 houve aumento significativo do TNFalfa e queda de PCR. CONCLUSÃO: Quanto mais complexo se tornou o ato cirúrgico os nÃveis sangüÃneos de TFNalfa aumentaram e os nÃveis sangüÃneos da PCR diminuÃram significativamente.
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OBJETIVO: A reconstituição biliar no transplante hepático intervivos é associada à elevada taxa de complicações. O objetivo do presente estudo é apresentar a nossa experiência com as complicações biliares pós-transplante hepático intervivos e o seu tratamento. MÉTODO: De um total de 300 transplantes hepáticos, 51 (17%) foram com doadores vivos. Todos receptores tinham o grupo sangüÃneo ABO idêntico aos dos doadores. Os prontuários eletrônicos dos receptores foram avaliados para determinar a presença e o tipo de anomalia da via biliar, o tipo de reconstituição da via biliar, presença de complicações vasculares e biliares e o método e o resultado do tratamento das complicações. RESULTADOS: A via biliar era dupla em sete enxertos (16,7%) e tripla em dois (4,8%) enxertos do lobo hepático direito. Nos demais, ela era única. O tipo de reconstituição mais comum foi a hepaticohepaticostomia única ou dupla (38 transplantes; 75%). Complicações biliares ocorreram em 21 pacientes (41,2%) e incluÃram fÃstula biliar em 11 (21,6%), estenose biliar em seis (11,8%) e fÃstula com estenose em quatro (7,8%). O local da fÃstula foi na anastomose biliar em 11 pacientes (21,6%) e na superfÃcie cruenta do fÃgado em quatro (7,8%). O tratamento consistiu de inserção de prótese biliar em oito, papilotomia em um, retransplante em dois que tinham trombose da artéria hepática e sutura do ducto em um. A fÃstula fechou com o tratamento conservador em três pacientes. A maioria dos pacientes com estenose biliar foi tratada com dilatação seguida da colocação de prótese biliar. CONCLUSÕES: As complicações biliares são freqüentes após o transplante hepático intervivos e são associadas à elevada taxa de morbidade e mortalidade.
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OBJETIVO: Desenvolver um modelo experimental de formação de varizes esofágicas por hipertensão portal esquistossomótica em hamsters. MÉTODO: Utilizamos 55 hamsters divididos em dois grupos: grupo I composto de 50 animais infectados com injeção percutânea de 100 cercarias de Schistosoma mansoni da cepa BH; e grupo II composto de cinco animais sadios (grupo de controle). Foram mantidos por um perÃodo de incubação de oito semanas. Após este perÃodo os animais eram pesados e posteriormente avaliados cirurgicamente quanto à pressão portal, e aspectos macroscópicos e microscópicos do baço, fÃgado e esôfago tóraco-abdominal. RESULTADOS: Todos os animais do grupo I perderam peso, enquanto os animais do grupo II apresentavam um aumento do peso corporal durante o perÃodo de incubação. Vinte e seis (52%) animais do grupo I morreram. Dos 24 hamsters que permaneceram compondo o grupo I observamos uma pressão portal significativamente elevada quando comparada aos animais do grupo II (8,33 x 4,60 cm H2O respectivamente). Verificamos a presença de varizes esofágicas em 16 hamsters do grupo I (66,70%) sendo nestes animais a pressão portal significativamente mais elevada quando comparada aos animais do grupo I que não desenvolveram varizes (9,50 x 6,00 cm H2O respectivamente). CONCLUSÃO: É possÃvel desenvolver em hamsters um modelo experimental de hipertensão portal esquistossomótica aguda com formação de varizes esofágicas.
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OBJETIVO: Determinar as caracterÃsticas comuns referentes ao mecanismo de trauma, lesões anatômicas e fisiológicas, dor abdominal e à fratura de costelas das vÃtimas de trauma hepático contuso, no momento da admissão hospitalar. MÉTODO: Revisão dos prontuários de dezembro de 1999 a janeiro de 2003, e selecionados 524 através do Software TNVT Plus (versão 2.0.0.213 - ano 1996), admitidos no Serviço de Emergência, vÃtimas de trauma tóraco-abdominal contuso e posteriormente internados, que apresentavam hepatectomia parcial, hepatorrafia, laparotomia exploradora, redução de fratura de costelas ou tratamento conservador de fratura de costelas. Foram excluÃdos aqueles que apresentavam trauma penetrante, que foram a óbito na sala de emergência e os menores de 16 anos, restando 200 prontuários. RESULTADOS: Considerando todos os traumas hepáticos, 37,63% foram causados por acidentes com veÃculo automotor, sendo que os traumas por esse mecanismo provocaram 54,29% das lesões mais graves (grau III, IV e V). Estas lesões causaram dor abdominal em 75,86% dos casos, e as mais leves (grau I e II), em 69,70%. A freqüência cardÃaca e a pressão arterial sistólica média dos pacientes com lesões grau I ou II, foram, respectivamente, 100,37 batimentos por minuto e 114,45 mmHg, e naqueles com lesões grau III, IV, ou V, foram 105,69 batimentos por minuto e 107,88 mmHg, respectivamente. A fratura de costela à direita associou-se à lesão hepática grau I ou II em 29,41% dos casos. CONCLUSÃO: Acidentes por veÃculo automotor foram a causa mais comum de trauma hepático e o mecanismo de trauma que provocou as lesões mais graves. Estas lesões causaram dor abdominal com a mesma freqüência que as mais leves. A freqüência cardÃaca e a pressão arterial sistólica média não possuÃram relação com o grau da lesão hepática e a fratura de costelas à direita influenciou apenas na presença da lesão hepática.
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OBJETIVO: A evolução para fibrose hepática e, posteriormente, para cirrose são fatos bem estabelecidos na colestase extra-hepática prolongada. A despeito dos avanços nos métodos diagnósticos e terapêuticos, essas complicações continuam de difÃcil solução, principalmente, quando não é possÃvel reverter a causa da colestase. Neste trabalho, procurou-se verificar, em modelo experimental de colestase pela ligadura do ducto hepático comum, se a exclusão do Ãleo terminal reduziria o desenvolvimento de fibrose hepática. Não houve abordagem direta da causa da colestase, mas atuou-se nos mecanismos de secreção e regulação do fluxo biliar êntero-hepático. MÉTODO: Foram utilizadas trinta e cinco ratas Wistar, distribuÃdas em três grupos: Grupo 1, apenas laparotomia e laparorrafia; Grupo 2, ligadura do ducto hepático comum; Grupo 3, ligadura do ducto hepático comum associada a ressecção do Ãleo terminal, com reconstrução do trânsito intestinal, por meio de anastomose Ãleo-cólon ascendente. Após trinta dias, os animais foram mortos e o fÃgado de cada rata foi retirado, para a análise histológica. RESULTADOS: Os resultados foram submetidos a análise estatÃstica pelo teste de Kuskal-Wallis, com nÃvel de significância de 95 % (p < 0,05). Verificou-se que houve fibrose hepática nos grupos 2 e 3, porém sem cirrose. O Grupo 3 apresentou fibrose menos acentuada que o Grupo 2. CONCLUSÕES: Conclui-se que a ressecção do Ãleo terminal associa-se a menor alteração histológica, no fÃgado de ratas, decorrente de colestase obstrutiva.
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OBJETIVO: Avaliar a eficácia e as complicações da utilização da janela pericárdica (JP) transdiafragmática no diagnóstico de lesão cardÃaca por ferimento penetrante. MÉTODO: No perÃodo de janeiro de 1994 a dezembro de 2004 a JP foi indicada em 245 casos com suspeita de trauma cardÃaco por ferimento penetrante. Em 38 deles (15,5%) a JP foi realizada através de acesso transdiafragmático, constituindo a população do presente estudo. RESULTADOS: O mecanismo de lesão foi ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) em 26 casos (68,4%) e por arma branca (FAB) em 12 casos (31,6%). Na maioria dos pacientes (27 casos - 71%) os ferimentos eram múltiplos. A média de RTS foi de 7,32 e a média de PATI foi de 9,8. A JP foi considerada positiva em seis casos (15,8%) dos quais cinco (83%) por FPAF e um (17%) por FAB. Houve um paciente, vÃtima de múltiplos FPAF, com JP positiva e toracotomia em que não foi identificada lesão cardÃaca. A sensibilidade do método foi de 97,4% e a especificidade de 100%. Em 12 (31,6%) pacientes houve associação de lesão com perfuração de vÃscera oca. Houve um único caso (2,6%) de complicação diretamente relacionada ao procedimento, em uma vÃtima de múltiplos FPAF com lesão perfurada de fÃgado, estômago e cólon, que evoluiu com pericardite, necessitando posteriormente de drenagem pericárdica, com boa resolução. A mortalidade foi de 7,9% (três casos), um dos quais em pós-operatório de reparo de lesão cardÃaca por coagulopatia/acidose. CONCLUSÕES: A JP trandiafragmática é um procedimento que permite o rápido diagnóstico de lesão cardÃaca em pacientes nos quais a prioridade é a laparotomia. Trata-se de método de fácil realização e alta sensibilidade.
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OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é avaliar a anatomia da artéria hepática nos doadores e receptores do transplante hepático intervivos realizados no Hospital de ClÃnicas da Universidade Federal do Paraná e do Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba. MÉTODO: A avaliação foi retrospectiva de março de 1998 até setembro de 2002 (23 transplantes), quando os dados passaram a ser captados de forma prospectiva (17 transplantes), até agosto de 2003. Foram obtidos dados de 80 pacientes consecutivos (40 doadores e 40 receptores), submetidos a transplante hepático intervivos, sendo 32 transplantes com receptor adulto e 8 transplantes pediátricos (receptor com idade inferior a 15 anos). Entre os 80 pacientes incluÃdos no estudo, 51 eram do sexo masculino (27 receptores e 24 doadores) e 29 eram do sexo feminino (13 receptores e 16 doadores). A idade média dos doadores foi de 32,6 anos e a dos receptores de 36,3 anos. RESULTADOS: No estudo da anatomia da artéria hepática, realizaram-se arteriografias em 43 pacientes, e variações anatômicas foram encontradas em 18 casos (41,86%), sendo a mais comum a artéria hepática direita ramo da artéria mesentérica superior (12,5%; n=5); no estudo da anatomia arterial realizado nas cirurgias, foram verificadas variações em 16 casos (20%) entre os 80 casos estudados, sendo a mais comum a artéria hepática direita como ramo da artéria mesentérica superior (7,5%; n=6). CONCLUSÃO: Conclui-se que a prevalência de variações na anatomia da artéria hepática é elevada.