368 resultados para Cadastro Geométrico da Propriedade Rústica


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Entre os anos de 2007 e 2009 ocorreu uma doença nefrotóxica de evolução subaguda com alta mortandade em caprinos em uma propriedade no município de Itaguaí, estado do Rio de Janeiro. Levantou-se a suspeita de que Metternichia princeps, planta pertencente à família Solanaceae, seria a causa. Através de experimentação em caprinos o quadro clínico-patológico de intoxicação por esta planta e a dose letal foram estabelecidos. Na experimentação foram utilizados 12 caprinos de diferentes raças, de ambos os sexos, jovens a adultos, com pesos acima de 15 kg. Os animais que receberam as doses de 30g/kg em 5 dias, 15g/kg em 3 dias, doses únicas de 10g/kg e de 5g/kg, morreram. Dos três animais que receberam as doses únicas de 2,5g/kg, dois morreram e um não apresentou sinais clínicos e o animal que recebeu a dose única de 1,25g/kg, também não apresentou sinais clínicos. O início dos sinais clínicos após a administração da planta variou entre 7h e 46h45min. A evolução variou entre 3h6min e 126h40min. Os primeiros sinais clínicos apresentados foram inapetência, adipsia, apatia e relutância ao movimento. Em seguida os animais entravam em decúbito esternal e ao serem colocados em estação, mantinham os membros anteriores flexionados, apoiavam apenas os posteriores no chão até evoluírem para flexão dos quatro membros e seguia-se o decúbito lateral. À necropsia destacaram-se o edema de tecido adiposo perirrenal, rins pálidos e, ao corte, com estriação esbranquiçada desde o córtex até a região medular. À histopatologia foi verificada acentuada necrose coagulativa das células epiteliais dos túbulos uriníferos. Comparativamente aos casos naturais, os caprinos intoxicados experimentalmente por M. princeps apresentaram quadro clínico-patológico semelhante. Desta maneira foi comprovado que Metternichia princeps é responsável pela doença nefrotóxica em caprinos no Rio de Janeiro; a menor dose que causou a morte dos caprinos nos experimentos foi 2,5g/kg.

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Este trabalho teve como objetivo a avaliação de duas estratégias para erradicação de focos da doença de Aujeszky (DA) em suínos criados comercialmente no estado de São Paulo. Foram identificados dois focos da enfermidade, no município de Cerqueira César, um apresentando somente animais sororreagentes (Foco 1) e outro, casos clínicos da doença (Foco 2). Foram avaliadas duas estratégias de erradicação, uma por eliminação dos sororreagentes e outra por despovoamento gradual, com acompanhamento durante 12 meses. A erradicação por eliminação dos sororreagentes foi aplicada no Foco 1 e compreendeu na identificação por exame sorológico, isolamento e abate dos positivos; vacinação dos negativos e reposição no plantel com animais provenientes de propriedade livre. No início dos trabalhos, 68% do plantel era positivo e ao final 51%. No Foco 2 utilizou-se o despovoamento gradual, onde todos os animais foram enviados ao abate sanitário, realizado vazio sanitário nas instalações, seguido pelo repovoamento com animais livres. Esta última estratégia, nas condições desse trabalho, mostrou-se a mais eficaz, pois erradicou a DA.

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O objetivo do presente trabalho foi determinar as prevalências de propriedades positivas e animais soropositivos para Chlamydophila abortus em ovinos deslanados da região semiárida do Nordeste do Brasil, bem como identificar fatores de risco. Foram colhidas amostras de sangue de 476 ovinos procedentes de 72 propriedades em 14 municípios na mesorregião do Sertão, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico sorológico da infecção por Chlamydophila abortus foi utilizada a reação de fixação de complemento (RFC). Uma propriedade foi considerada positiva quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 72 propriedades usadas 38 (52,8%) apresentaram pelo menos um animal soropositivo, e dos 476 animais 94 (19,7%) foram soropositivos. Participação em exposições (odds ratio =4,31; IC 95% =1,80-10,35; p=0,011) foi identificada como fator de risco. Sugere-se que a infecção por Chlamydophila abortus encontra-se disseminada em ovinos da região, e baseando-se na análise de fatores de risco, recomenda-se o controle sanitário nas exposições de animais.

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Oito propriedades de leite caprino do semiárido paraibano foram acompanhadas, multidisciplinarmente, durante dois anos, com os objetivos de identificar os principais fatores limitantes da produção, assim como propor e avaliar estratégias de intervenção. Utilizou-se um questionário para obtenção de informações sobre as propriedades e práticas de manejo. Avaliou-se o balanço forrageiro de cada propriedade e foram feitas propostas para correção. Os animais foram identificados para que se viabilizasse a escrituração zootécnica e o controle da produção individual de leite. O diagnóstico das principais enfermidades foi estabelecido. Para análise dos dados, utilizou-se análise de variância, regressão linear múltipla e o teste t. O número médio de animais nos rebanhos era 53 cabeças (início do estudo), 62 (final do primeiro ano) e 49 (último ano). Nenhum rebanho tinha padrão racial definido. Na análise do balanço anual de forragem do primeiro ano, sete propriedades tiveram déficit forrageiro na seca, enquanto apenas duas apresentaram déficit durante o período chuvoso. No segundo ano, após as intervenções, seis das oito propriedades apresentaram déficit durante a seca e duas durante a chuva. Entretanto, em seis propriedades, se fossem armazenadas forragens no período da chuva, a quantidade de alimento produzida durante a chuva seria suficiente para manter os animais durante a estação seca. A média da produção de leite diária nas propriedades foi 1,19 litros por cabra. Os problemas mais graves de instalações foram identificados nos cabriteiros. No início do estudo, nenhum produtor realizava escrituração zootécnica, a qual foi gradativa e parcialmente implantada. As principais enfermidades diagnosticadas foram parasitoses gastrintestinais, linfadenite caseosa, mastite subclínica, ectima contagioso e ceratoconjuntivite. A prevalência de linfadenite, mastite e parasitoses gastrintestinais foram reduzidas, após a adoção de práticas adequadas. Problemas reprodutivos foram relatados por 75% dos proprietários. Em quatro propriedades, as taxas de mortalidade de animais jovens foram maiores do que as aceitáveis (8%). Após análise dos dados, observou-se que a assistência técnica permanente e multidisciplinar pode minimizar os fatores limitantes à caprinocultura leiteira. O estudo demonstrou que os produtores aceitam a implantação de novas tecnologias, desde que estas sejam gradativamente implantadas e adequadas aos sistemas de produção.

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Foi realizado um estudo de casos de osteoporose em caprinos provenientes de uma propriedade na área de abrangência do LPV-UFSM, determinando a epidemiologia, o quadro clínico-patológico e discutindo os prováveis mecanismos patogenéticos. Cinco cabras, fêmeas, SRD, de seis meses a seis anos de idade foram afetadas. As cabras eram mantidas em campo nativo, sem suplementação com ração e sob superlotação. Os principais sinais clínicos foram emagrecimento, dificuldade de locomoção e permanência em decúbito por longos períodos. As principais alterações macroscópicas nos ossos examinados foram vistas nas superfícies de corte e caracterizavam-se por depleção do osso esponjoso (porosidade) e redução acentuada da espessura do osso cortical. Havia também marcada atrofia serosa da gordura da medula óssea. Microscopicamente, nas regiões avaliadas (úmero proximal, rádio distal, fêmur distal, tíbia proximal e corpos das vértebras lombares) foi observada redução moderada a acentuada do número e da espessura das trabéculas ósseas nas epífises e metáfises dos ossos longos e nos corpos vertebrais. Os achados clínico-patológicos indicaram que a osteoporose observada provavelmente foi causada pela desnutrição. As alterações ósseas (diminuição no número e na espessura das trabéculas do osso esponjoso) sugerem que ambos os mecanismos, má formação óssea e reabsorção óssea aumentada, contribuíram para a ocorrência de osteoporose nos caprinos deste estudo.

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O município de Mossoró/RN, no Nordeste do Brasil, tem como destaque a criação de caprinos. A toxoplasmose é uma zoonose que é mais patogênico para os caprinos do que para os demais animais de abate. Em caprinos, o protozoário frequentemente é responsável por problemas reprodutivos e perdas econômicas. Com o objetivo de identificar a soroprevalência e os fatores de risco da toxoplasmose em caprinos de propriedades rurais do Município de Mossoró, amostras de soro de 338 animais (320 fêmeas e 18 machos) de 15 unidades produtoras foram testados pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA). Das 15 propriedades, 14 apresentaram animais soropositivos para toxoplasmose, e nestas o total de animais positivos foram de 125 (123 fêmeas e 2 machos), obtendo uma prevalência de 37,0%. Houve uma relação significativa (p<0,05) entre a prevalência e o sexo, e entre a prevalência e raça dos animais. As chances de ocorrer (OR) mais importantes associados à infecção por Toxoplasma gondii foram: fonte de água (OR=2,635), vasilhames para a água dos animais localizado fora das instalações da propriedade (OR=3,121) e a exploração do tipo leiteira (OR=2,546). Pela análise do ELISA de avidez, foram encontradas fêmeas em idade reprodutiva na fase aguda da infecção.

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O presente trabalho teve por objetivos investigar o número de capturas e o controle do morcego hematófago Desmodus rotundus, em pequenas propriedades localizadas no município de Cedral no estado do Maranhão, que foi escolhido por ter sido efetuado o maior número de capturas do estado, sendo todas ao redor de currais. O controle oficial é realizado pela aplicação de pasta vampiricida de uso tópico a base de warfarina a 2%. Para o estudo foram utilizadas fichas de controle de morcegos hematófagos capturados em currais, como também, foi aplicado um questionário a campo para identificação dos locais com maior número de capturas. No período de 2005 a 2010 foram estudados os resultados de 223 buscas ativas por D. rotundus, em 101 propriedades. Foi capturado um total de 408 morcegos hematófagos, distribuídos em 190 das 223 buscas. Em todos os espécimes de D. rotundus capturados foi realizado o tratamento, que consistiu na aplicação da pasta vampiricida, no dorso do animal. Nas propriedades estudadas, verificou-se que dos 754 animais expostos, 344 foram agredidos. Destes, os bovinos foram a maior oferta de alimento aos Desmodus (49%), seguidos dos equídeos (18%), aves (15%), suínos (9%) e caprinos (8%). Apesar dos bovinos terem sido os mais atacados, em função do efetivo disponível, verificou-se uma preferência dos morcegos hematófagos por eqüídeos. As falhas nas capturas ocorreram onde havia poucos animais agredidos. Após análise de seis anos de realização do programa de controle com pasta vampiricida, verificou-se que a proporção de macho e fêmeas de D. rotundus capturados foi 1,08 machos para cada fêmea, o que demonstra que o tratamento foi mais efetivo nas fêmeas, uma vez que no primeiro ano do estudo, a proporção era de 1,21 fêmeas para cada macho. Verificou-se ainda que o controle foi realizado com sucesso em 95% das propriedades trabalhadas, com uma média de tempo de três anos de trabalho com até seis capturas por propriedade. Ao exame dos animais agredidos verificou-se que a área do pescoço dos grandes animais e dos caprinos são as mais atingidas, sugerindo o pouso direto dos morcegos sobre o animal. Uma representação pequena dos proprietários entrevistados vacinavam seus animais (57%), e destes apenas um fazia o reforço de vacinação. Concluiu-se que nas regiões de mangue e/ou matas, o controle foi efetivo nas capturas em currais, sendo prudente verificar a ocorrência de novas agressões, dentro de 15 dias e nos primeiros três meses. No planejamento de controle de D. rotundus em curral, deve ser considerado que o número de morcegos capturados é semelhante ao número de mordidas recentes. Em relação às criações domésticas de subsistências, D. rotundus se alimenta de fontes distintas, com uma menor predileção pelas aves.

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Um surto de salmonelose em bezerros causado pela Salmonella enterica subsp. enterica sorovar Dublin é relatado em uma fazenda no município de Timon, Maranhão. De um total de 62 bezerros, 22 (35,5%) adoeceram e destes nove (40,9%) morreram. Os sinais clínicos incluíram febre, depressão, anorexia e, em alguns casos, sinais respiratórios, neurológicos, entéricos ou artrites, com curso clínico hiperagudo ou subagudo. As principais lesões macroscópicas foram hepatomegalia com áreas pálidas multifocais a coalescentes, esplenomegalia e líquido nas cavidades torácica e abdominal. Histologicamente foram observados granulomas paratifoides no fígado, rim e baço, além de trombos e agregados bacterianos em vasos sanguíneos de diversos órgãos. O surto foi controlado com a adoção de antibioticoterapia adequada aliada a correção de algumas medidas sanitárias na propriedade.