630 resultados para necrose hepática
Resumo:
Este relato descreve um caso de sarcoma fibromixóide de baixo grau na parede torácica em uma paciente feminina de 23 anos de idade. A radiografia de tórax e a tomografia computadorizada demonstraram massa heterogênea na região inferior do hemitórax direito, com necrose e focos de calcificação. O exame histológico foi sugestivo de leiomioma, mas a imuno-histoquímica definiu o diagnóstico de sarcoma fibromixóide de baixo grau. A evolução clínica do caso foi boa, apesar dos aspectos de malignidade demonstrados na tomografia computadorizada.
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OBJETIVO: Relatar os diferentes aspectos tomográficos das lesões hepáticas hipodensas na infância, orientando às diferentes possibilidades diagnósticas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizados estudos tomográficos de lesões hipodensas hepáticas previamente diagnosticadas à ultra-sonografia em 50 pacientes pediátricos (0-16 anos). As imagens foram obtidas antes e após a administração de contraste venoso. Os aspectos de imagem foram analisados e correlacionados posteriormente com o diagnóstico anatomopatológico. RESULTADOS: Dos 50 casos estudados, 47 foram confirmados, 30 destes por estudo anatomopatológico. A maioria das lesões era benigna, sendo o hemangioma o mais freqüente (20% dos casos). Tais lesões apresentaram captação homogênea do meio de contraste, principalmente na fase tardia, diferenciando assim das malignas. As lesões malignas mais freqüentes foram as metástases (18%). CONCLUSÃO: O presente estudo constatou que o exame tomográfico, antes e após a administração do contraste venoso, dinâmico e/ou helicoidal, foi de grande valia para a complementação da hipótese diagnóstica nas lesões hipodensas hepáticas na infância, devendo ser rotina após diagnóstico ultra-sonográfico.
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O objetivo deste trabalho foi descrever e ilustrar aspectos incomuns do hepatocarcinoma na tomografia computadorizada e ressonância magnética. A partir da análise retrospectiva de 100 casos de pacientes com hepatocarcinoma diagnosticado por análise combinada de exames de imagem, dosagem de alfa-feto-proteína, biópsia percutânea ou ressecção cirúrgica, selecionamos aqueles com apresentação atípica em um ou mais métodos de imagem ou aqueles com evolução não usual, ilustrando os seus principais aspectos de imagem. Entre os casos apresentados, escolhemos pacientes com hepatocarcinomas císticos, hemorrágicos, rotos e causando hemoperitônio, calcificados, com regressão espontânea, exofíticos, hipovasculares, gigantes e com disseminação não usual. O hepatocarcinoma é o tumor maligno mais comum do fígado e freqüentemente tem apresentação típica e associada à cirrose hepática. Porém, em alguns casos, apresentações atípicas podem retardar o seu diagnóstico.
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A trombose da veia porta pode estar associada a várias alterações, como a presença de tumores (por exemplo: hepatocarcinoma, doença metastática hepática e carcinoma do pâncreas), pancreatite, hepatite, septicemia, trauma, esplenectomia, derivações porto-cava, estados de hipercoagulabilidade (por exemplo: gravidez), em neonatos (por exemplo: onfalite e cateterização da veia umbilical) e desidratação aguda. Os autores discutem, neste artigo, os aspectos ultra-sonográficos da trombose de veia porta e alguns aspectos de relevância clínica.
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OBJETIVO: Determinar a freqüência de visualização dos segmentos da circulação hepatomesentérica pela angiografia por ressonância magnética (angio-RM) com contraste e comparar o valor do método, utilizando-se duas diferentes dosagens de gadolínio (doses simples e dupla). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo de 36 pacientes esquistossomóticos submetidos a angio-RM. Os exames foram realizados em equipamento de RM de 1,5 T, usando-se bobina de corpo e bomba injetora para a administração endovenosa do contraste. Foram utilizadas, de maneira randomizada, dose dupla do contraste paramagnético (0,2 mmol/kg de Gd-DTPA) em 21 pacientes e dose simples (0,1 mmol/kg) em outros 15 pacientes. Os exames foram interpretados por dois observadores em consenso, que classificaram o grau de visualização de 25 segmentos vasculares estabelecidos para análise, sem conhecimento da dose de gadolínio utilizada. RESULTADOS: Os segmentos vasculares proximais e de maior calibre foram as estruturas com melhor grau de visualização na maioria da amostra em estudo. O tronco celíaco, a artéria hepática comum, a artéria esplênica, a croça e terço médio da artéria mesentérica superior, a veia porta, a veia esplênica e a veia mesentérica superior apresentaram grau 2 de visualização em mais de 70% da amostra. Quanto à comparação das diferentes dosagens, não houve diferença significante (p < 0,05) no grau de visualização das diversas estruturas analisadas entre os grupos dose simples e dose dupla, com uma exceção isolada: na avaliação da artéria hepática direita (p = 0,008), o grupo dose simples apresentou maior freqüência de visualização grau 2, com valor significante. CONCLUSÃO: O grau de visualização dos segmentos vasculares hepatomesentéricos pela angio-RM com contraste é elevado, sendo maior nos segmentos proximais e de maior calibre. A comparação entre os grupos que utilizaram dose simples e dupla de contraste demonstrou resultados semelhantes.
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OBJETIVO: Estudar os índices de impedância - índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) - da artéria esplênica em pacientes com hepatopatia crônica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados, prospectivamente, 42 pacientes com cirrose hepática e 21 pacientes com hepatite crônica. RESULTADOS: Foi observado que, nos pacientes com cirrose, ambos os índices estiveram elevados (IR = 0,63 ± 0,08 e IP = 1,02 ± 0,22) em comparação com os pacientes com hepatite crônica (IR = 0,58 ± 0,06 e IP = 0,89 ± 0,15) e os indivíduos do grupo controle (IR = 0,57 ± 0,04 e IP = 0,87 ± 0,11). Os cirróticos com evidência de circulação colateral à ultra-sonografia apresentaram, no entanto, menores índices de resistência (IR = 0,60 ± 0,08) em comparação com os cirróticos sem circulação colateral (IR = 0,65 ± 0,07), possivelmente devido ao shunt portossistêmico provocado pelos vasos colaterais. Não houve diferença significativa dos índices entre pacientes com e sem varizes esofagianas. CONCLUSÃO: O trabalho demonstrou que os índices de impedância da artéria esplênica podem ser úteis na avaliação de pacientes com hepatopatia crônica e hipertensão portal, contribuindo com dados adicionais à ultra-sonografia com eco-Doppler colorido.
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OBJETIVO: Medir a reprodutibilidade da tomografia computadorizada sem e com contraste na avaliação da gravidade da pancreatite aguda. MATERIAIS E MÉTODOS: Cinqüenta e um exames de tomografia computadorizada abdominal sem e com contraste de pacientes com pancreatite aguda foram analisados por dois radiologistas (observadores 1 e 2). Calculamos o índice morfológico pela tomografia computadorizada sem e com contraste, separadamente, e o índice de gravidade da tomografia computadorizada para pancreatite aguda. Medimos a reprodutibilidade intra- e interobservador da tomografia computadorizada através do índice kappa (kapa). RESULTADOS: Para a concordância interobservador obtivemos kapa de 0,666, 0,705, 0,648, 0,547 e 0,631 para índice morfológico sem e com contraste, presença de necrose pancreática, extensão da necrose pancreática e índice de gravidade da tomografia computadorizada, respectivamente. Para a concordância intra-observador dos observadores 1 e 2 obtivemos, respectivamente, kapa de 0,796 e 0,732 para o índice morfológico sem contraste; 0,725 e 0,802 para o índice morfológico com contraste; 0,674 e 0,849 para a presença de necrose pancreática; 0,606 e 0,770 para a extensão da necrose pancreática; e 0,801 e 0,687 para o índice de gravidade da tomografia computadorizada. CONCLUSÃO: O estadiamento da pancreatite aguda pela tomografia computadorizada por meio do índice morfológico e do índice de gravidade da tomografia computadorizada é um método bastante reprodutível. O não-uso do contraste não afeta a reprodutibilidade da tomografia computadorizada para o cálculo do índice morfológico.
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Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia associada a condições de imunossupressão que acomete os vasos linfáticos e sanguíneos. É a neoplasia intra-hepática mais comum na síndrome da imunodeficiência adquirida. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética revelam múltiplos pequenos nódulos, proeminência e realce dos planos periportais, devido à presença de tecido neoplásico. Os autores descrevem um caso de paciente masculino, de 47 anos de idade, com síndrome da imunodeficiência adquirida e sarcoma de Kaposi disseminado.
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OBJETIVO: Determinar o valor agregado da fase sem meio de contraste da tomografia computadorizada do abdome em pacientes sem diagnóstico determinado ou em estadiamento tumoral. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo e transversal em 100 pacientes consecutivos submetidos a tomografia computadorizada abdominal sem e com meio de contraste intravenoso. Dois examinadores avaliaram todos os exames, procurando estabelecer, através da fase com meio de contraste intravenoso (primeira análise) e posteriormente através da fase sem contraste (segunda análise), o diagnóstico principal e os secundários em função da indicação clínica do exame. Mediu-se a freqüência de mudança diagnóstica decorrente da análise combinada das fases pré- e pós-contraste intravenoso. Casos que tiveram mudança diagnóstica foram avaliados por especialistas clínicos para determinar se implicaria mudanças de conduta. RESULTADOS: Diagnósticos principal e secundário foram modificados em 1 e 18 casos, respectivamente (p = 1,000; p = 0,143). Os diagnósticos modificados foram: esteatose, definição de nódulo em adrenal, nefrolitíase, classificação de cistos renais e calcificação hepática. Nos casos em que a fase sem contraste modificou o diagnóstico, os especialistas mudaram sua conduta em 14/19 (73%) dos pacientes (p = 0,038). CONCLUSÃO: A fase sem contraste não modificou significativamente o diagnóstico principal ou secundário. Porém, as mudanças nos diagnósticos secundários influenciaram na conduta adotada pelos especialistas.
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OBJETIVO: Descrever os aspectos tomográficos da tuberculose pulmonar primária manifestada inicialmente como consolidação lobar. MATERIAIS E MÉTODOS: O trabalho foi realizado no Hospital Municipal Jesus, Rio de Janeiro, RJ, no período de 2002 a 2006, avaliando-se retrospectivamente os aspectos tomográficos de quatro crianças de 3 a 14 meses de idade com tuberculose pulmonar primária manifestada inicialmente como consolidação lobar. RESULTADOS: O padrão radiológico mais frequente foi a consolidação lobar com calcificações, escavações e áreas de necrose de permeio, associada a abaulamento da cissura. Sinais de disseminação broncogênica e linfadenomegalia foram observados em todas elas. Consolidação de aspecto pseudotumoral, com efeito de massa, foi observada em um caso. CONCLUSÃO: Nos casos estudados observou-se que a tuberculose pulmonar primária manifestada como consolidação lobar apresenta imagens características à tomografia computadorizada, como escavações, áreas hipodensas e calcificações de permeio à consolidação. A associação com linfonodomegalias com centro necrótico e sinais de disseminação broncogênica reforçam o diagnóstico de tuberculose.
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Os aneurismas no sistema esplenoportomesentérico são uma entidade clínica rara e de etiologia desconhecida, tendo como fatores contribuintes hipertensão portal, doença hepática crônica e trauma, entre outros. Os autores apresentam os achados de imagem de um caso de aneurisma na junção esplenomesentérica ao nível da emergência da veia porta, em uma paciente de 62 anos de idade sem fatores predisponentes.
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OBJETIVO: Este estudo de campo objetivou identificar as alterações ultrassonográficas e hemodinâmicas indicativas da morbidade da esquistossomose mansônica em áreas endêmicas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram examinados pela ultrassonografia Doppler 554 pacientes esquistossomóticos em três áreas com níveis distintos de endemicidade: baixa endemicidade (n = 109); média endemicidade (n = 255) e alta endemicidade (n = 190). Para o estudo ultrassonográfico foi utilizado o protocolo da Organização Mundial da Saúde (Niamey Working Group, 2000). Pelo Doppler foram avaliados: vasos portais, artérias hepática e esplênica, veias hepáticas e vasos colaterais. RESULTADOS: Houve correlação significativa entre a frequência das alterações ultrassonográficas e o nível de endemicidade das áreas, exceto a hipertrofia do lobo esquerdo. As veias hepáticas apresentaram padrão de fluxo alterado em 23,7% dos casos, alteração esta relacionada à presença e à intensidade de espessamento periportal. A artéria hepática não apresentou alterações nos parâmetros avaliados. Os vasos colaterais foram identificados apenas na área de alta endemicidade. A artéria esplênica apresentou alterações (aumento do calibre, da velocidade e do índice de resistência) mais frequentes na área de alta endemicidade, com diferença significativa entre os grupos. CONCLUSÃO: A ultrassonografia Doppler mostrou-se ferramenta auxiliar importante no estudo da morbidade relacionada à esquistossomose mansônica, contribuindo para definição mais precisa do perfil da doença nas áreas endêmicas.
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Xantomatose cerebrotendínea é rara condição de natureza genética, na qual se observa redução na atividade da enzima hepática 27-hidroxilase, envolvida no metabolismo e excreção do colesterol. Consequentemente, depósitos de material lipídico (colesterol/colestanol) acumulam-se em diferentes regiões do organismo, principalmente tendões, sistema nervoso central e cristalino. Relatamos dois casos da doença em duas irmãs, mostrando os principais achados de imagem.
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OBJETIVO: Descrever os achados de imagem de RM no hemangioma hepático com realce perilesional. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa no banco de dados da unidade de RM para identificar todos os casos de hemangioma hepático com realce perilesional entre março de 2008 e julho de 2009. Todos os pacientes foram submetidos a RM pré-contraste em imagens ponderadas em T1 e T2 e em imagens dinâmicas após injeção de gadolínio. Características do hemangioma e do realce perilesional foram avaliadas nas imagens de RM. RESULTADOS: Sete hemangiomas em sete pacientes (cinco homens, duas mulheres; faixa etária entre 41-69 anos; média de 57 anos) foram incluídos no presente estudo. O tamanho das lesões variou de 7 a 20 mm (média de 12,4 mm). Na fase dominante arterial hepática, todos os sete hemangiomas mostraram realce perilesional cuneiforme que se atenuou nas imagens dois minutos após injeção de gadolínio. Quatro dessas lesões demonstraram realce capsular adjacente. CONCLUSÃO: Todos os hemangiomas hepáticos com realce perilesional eram lesões capsulares medindo menos que 2 cm. Tal localização sugere que esses hemangiomas podem recrutar vasos capsulares responsáveis pelo realce perilesional
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OBJETIVO: Comparar, prospectivamente, gadopentato de dimeglumina (Gd-DTPA) e gadobenato de dimeglumina (Gd-BOPTA), ambos em dose plena, na detecção de lesões hepáticas focais, por meio de RM em pacientes com doença hepática crônica. MATERIAIS E MÉTODOS: Oito pacientes com cirrose hepática e forte suspeita de um pequeno carcinoma hepatocelular, baseada em RM anterior, foram submetidos a exames de RM contrastada, um com dose plena de Gd-DTPA e outro com dose plena de Gd-BOPTA. Os exames foram realizados com um intervalo de 72 a 108 horas. Dois radiologistas independentes realizaram avaliação às cegas das imagens, considerando número, caracterização e realce das lesões, além de preferências subjetivas. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois exames quanto à detecção e caracterização das lesões. Observou-se um incremento de 18% no realce da lesão dominante pelo Gd-BOPTA, em comparação com o Gd-DTPA. Na maioria dos casos, ambos os observadores cegos subjetivamente preferiram as imagens utilizando Gd-BOPTA àquelas com Gd-DTPA, com base no maior realce e melhor definição das margens das lesões. CONCLUSÃO: Em doses plenas equivalentes, Gd-BOPTA e Gd-DTPA são similares na detecção e caracterização de lesões hepáticas focais em pacientes com doença hepática crônica. Entretanto, o Gd-BOPTA foi superior em relação ao realce da lesão, assim como na preferência subjetiva dos observadores.