647 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar o cuidado pr-natal em uma amostra representativa de mes, identificando o servio de saúde onde estas realizaram o acompanhamento da gestao e os motivos que as levaram a escolher este local. MTODOS: Estudo transversal, realizado nos meses de maro e abril de 1997, nas quatro principais maternidades de Pelotas, RS, atravs de entrevista a 401 mes no ps-parto imediato. RESULTADOS: Fizeram acompanhamento pr-natal, em um posto de saúde 51% das mes, sendo a proximidade geogrfica o critrio mais freqentemente referido para tal escolha (46,8%). Para 85% das mes, o servio de saúde mais prximo de casa era um posto de saúde. No entanto, 52,2% dessas no utilizaram esse local para as consultas pr-natais alegando a m qualidade do atendimento (37,4%). Conforme referido pelas mes, entre os procedimentos de rotina do pr-natal recomendados pelo programa de saúde da rede pública, incluindo a promoo do aleitamento materno, apenas a imunizao anti-tetnica foi realizada mais freqentemente nos postos do que nos demais locais. CONCLUSES: Tendo em vista a expressiva utilizao da rede pública para o acompanhamento pr-natal, necessitam ser implementados investimentos em educao continuada dos profissionais, com nfase no cumprimento de normas tcnicas pr-estabelecidas.
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Baseando-se em alguns problemas com os quais profissionais de saúde se deparam no atendimento a crianas vtimas de violncia, discutem-se as implicaes ticas da interferncia na dinmica familiar utilizada para promover a proteo dessas crianas. Partindo do princpio de que a violncia contra a criana prima facie moralmente errada, aborda-se a questo dos direitos da criana e discute-se a interveno praticada a partir de algumas teorias ticas: conseqencialismo, utilitarismo e deontologia. Conclui-se que uma interferncia que proteja a criana, tentando preservar a integridade familiar sempre que possvel, moralmente justificvel.
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OBJETIVO: Descrever a evoluo de condicionantes socioeconmicas da saúde na infncia, com base nas informaes extradas de dois inquritos domiciliares realizados nos anos de 1984/85 e 1995/96, na cidade de So Paulo, SP. MTODOS: Foram estudadas amostras probabilsticas da populao entre zero e 59 meses de idade: 1.016 crianas em 1984/85 e 1.280 crianas em 1995/96. Os inquritos apuraram a renda per capita mensal das famlias e o nmero de anos de escolaridade das mes das crianas. As rendas nominais foram deflacionadas segundo o ndice Nacional de Preos ao Consumidor e expressas em valores de outubro de 1996. RESULTADOS: Embora os indicadores socioeconmicos apurados no ltimo inqurito ainda estejam muito distantes da situao ideal, a mdia da renda familiar dobra entre os inquritos e a escolaridade materna aumenta em 1,5 anos. Rendas inferiores a meio salrio-mnimo per capita so reduzidas metade e virtualmente desaparece o analfabetismo materno. Ainda assim, intensifica-se no perodo a concentrao da renda. CONCLUSES: Os aumentos de renda e de escolaridade so superiores aos relatados para a populao brasileira em geral, o que poderia decorrer de declnios seletivos da fecundidade nos estratos mais pobres da populao de So Paulo. A influncia das mudanas na renda familiar e na escolaridade materna sobre a evoluo de diferentes indicadores do estado de saúde das crianas da cidade examinada em artigos subseqentes.
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OBJETIVO: Descrever a evoluo de condicionantes ambientais da saúde na infncia, com base nas informaes extradas de dois inquritos domiciliares realizados nos anos de 1984/85 e 1995/96, na cidade de So Paulo, SP. MTODOS: Foram estudadas amostras probabilsticas da populao entre zero e 59 meses de idade: 1.016 crianas em 1984/85 e 1.280 crianas em 1995/96. Os inquritos apuraram caractersticas da moradia - material empregado na construo, tamanho e densidade de ocupao, existncia e compartilhamento de instalaes sanitrias e chuveiro, gua corrente na cozinha e presena de fumantes - e do saneamento ambiental - acesso s redes públicas de gua, esgoto e de coleta de lixo, pavimentao de ruas e caladas e insero das moradias em bairros residenciais ou favelas. RESULTADOS: Embora os indicadores ambientais apurados no ltimo inqurito ainda estejam distantes da situao ideal, melhoraram entre os dois inquritos a qualidade, o tamanho, o conforto e o entorno das moradias e expandiu-se a cobertura de todos os servios de saneamento. No houve progressos apenas quanto proporo de crianas residindo em favelas (cerca de 12% nos dois inquritos). Entretanto, as condies de moradia e de saneamento nas favelas melhoraram intensamente no perodo. CONCLUSES: As melhorias nas condies de moradia das crianas da cidade de So Paulo so consistentes com o aumento do poder aquisitivo familiar documentado no mesmo perodo. A expanso do saneamento do meio reflete investimentos pblicos no setor e a forte desacelerao do crescimento populacional da cidade. A acentuada melhoria no abastecimento de gua e na coleta de lixo nas favelas indica uma orientao mais equnime desses servios pblicos. A mesma orientao no percebida quanto pavimentao de ruas e caladas e instalao de rede de esgoto, servios pblicos ainda pouco freqentes nas favelas. A influncia que mudanas em condies ambientais podem ter exercido sobre a evoluo de diferentes indicadores do estado de saúde das crianas da cidade examinada em artigos subseqentes.
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Apresenta-se um conceito e uma tipologia de trabalho em equipe, bem como os critrios de reconhecimento dos tipos de equipe. O conceito e a tipologia foram elaborados com base na literatura sobre o tema e em uma pesquisa emprica sobre trabalho multiprofissional em saúde, fundamentada teoricamente nos estudos do processo de trabalho em saúde e na teoria do agir comunicativo. Segundo essa formulao terica, o trabalho em equipe consiste numa modalidade de trabalho coletivo que se configura na relao recproca entre as intervenes tcnicas e a interao dos agentes. A tipologia proposta refere-se a duas modalidades de equipe: equipe integrao e equipe agrupamento, e os critrios de reconhecimento dos tipos de equipe dizem respeito a comunicao entre os agentes do trabalho; diferenas tcnicas e desigual valorao social dos trabalhos especializados; formulao de um projeto assistencial comum; especificidade de cada rea profissional; e flexibilidade da diviso do trabalho e autonomia tcnica.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade tcnico-cientfica do atendimento oferecido a adolescentes, gestantes adolescentes e seus filhos, por um servio de saúde. MTODOS: Os dados para caracterizao da clientela e dos critrios do atendimento de saúde foram coletados de 360 pronturios e comparados com padres da Organizao Panamericana da Saúde/Organizao Mundial da Saúde e do Ministrio da Saúde. RESULTADOS: Os resultados foram satisfatrios: no atendimento de adolescentes, na avaliao antropomtrica e de maturao sexual; no pr-natal, o intervalo entre consultas, os registros de peso e de presso arterial e as condutas nas intercorrncias; no atendimento a crianas: na insero precoce no servio, o calendrio vacinal atualizado, os registros de peso/desenvolvimento motor e a adequao nas condutas clnicas. Os resultados menos satisfatrios foram: baixo registro de condutas clnicas para adolescentes e elevado percentual de condutas inadequadas ou parcialmente adequadas; ingresso tardio ao pr-natal e baixa freqncia de registros de imunizao antitetnica de gestantes; ndices elevados de desmame precoce e sub-registro da estatura de crianas. CONCLUSO: O tipo de avaliao adotado de fcil execuo, permite avaliar a qualidade do atendimento prestado e possibilita o redirecionamento de atividades e condutas clnicas, no sentido de oferecer uma ateno saúde mais qualificada e voltada s necessidades e demandas da populao.
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OBJETIVO: Para prevenir a aquisio de infeces sangneas (Aids, hepatites B e C) por profissionais de saúde, recomenda-se no reencapar agulhas. Entretanto, esses profissionais no adotam essa recomendao com freqncia. O objetivo do estudo foi aplicar o modelo de crenas em saúde (MCS) para explicar este problema, relacionando o comportamento individual s crenas de suscetibilidade, severidade, benefcios e barreiras, e aos estmulos recebidos para adotar a recomendao. MTODOS: Por meio de questionrio respondido por profissionais de enfermagem de um hospital, foram identificados: a freqncia com que reencaparam agulhas (ms anterior) e as crenas do MCS. Para mensurar as crenas, foram construdas escalas tipo Likert, submetidas validao de contedo (juzes) e de constructo (anlise fatorial exploratria) e anlise da confiabilidade (coeficientes alfa de Cronbach e de correlao de duas metades). A relao entre crenas e adeso recomendao de no reencapar agulhas foi obtida pela anlise de regresso. RESULTADOS: Da amostra de profissionais de enfermagem obtida por adeso (n=319), cerca de 75% relataram reencapar agulhas pelo menos alguma vez. Os profissionais de enfermagem que aderiram mais freqentemente recomendao de no reencapar agulhas tinham menos de dois anos de experincia profissional, percebiam menor nmero de barreiras e maior nmero de benefcios para adotar a recomendao. Esses resultados possibilitaram discutir a reformulao do treinamento oferecido pela instituio hospitalar.
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OBJETIVO: Determinar a prevalncia e a intensidade de fluorose dentria em crianas com idade entre 7 e 12 anos. MTODOS: A populao de estudo foi constituda por 266 crianas matriculadas em uma escola pública do Municpio do Rio de Janeiro, RJ. As crianas tinham idades entre 7 e 12 anos e foram selecionadas pelo mtodo de amostragem aleatria simples. Todos os exames foram feitos entre os meses de agosto e dezembro de 1999 por um nico examinador treinado e calibrado (Kappa = 0,92). Depois da obteno do consentimento dos pais, as crianas tiveram seus incisivos superiores permanentes inspecionados sob luz natural. Os dentes foram previamente limpos e secos com rolos de algodo. Os critrios de Russel foram empregados, no diagnstico diferencial, entre fluorose dentria e opacidades decorrentes de outras causas. O ndice de Thylstrup e Fejerskov foi utilizado na determinao da intensidade de fluorose. RESULTADOS: A prevalncia de fluorose foi igual a 7,9% (IC 95%, 5,0-11,8). A intensidade variou de 1 a 3, sendo que 77% dos dentes afetados tiveram registros de grau 1. CONCLUSO: A fluorose dentria no se constitui em problema de saúde pública para a populao estudada.
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OBJETIVO: Identificar temticas que promovam consenso e divergncias entre mdicos, enfermeiros e agentes que compem a equipe do Programa Saúde da Famlia. MTODOS: Estudo qualitativo que utiliza grupos focais como tcnica de pesquisa com agentes masculinos e femininos, mdicos e enfermeiras da equipe do Programa Saúde da Famlia, em Teresina, PI. Foram realizadas sesses com os grupos, conduzidas por monitor e participao de observador, utilizando roteiro com as questes: insero no programa; processo de capacitao; princpios do programa; relaes com a formao e com o modelo assistencial predominante; relaes entre membros da equipe e comunidade; servios demandados e disponveis; situao trabalhista e condies de trabalho; e fatores positivos e negativos. RESULTADOS: Temticas gerais como trabalho na comunidade, cuidados preventivos e trabalho em equipe geraram consenso entre as trs categorias de profissionais. Temas que reforaram a diviso entre categorias foram salrio, organizao do processo de trabalho, relaes com a comunidade, responsabilidades da equipe e estratgias de atendimento demanda. Temas que promoveram o aparecimento de subgrupos em cada categoria foram: condies de trabalho, salrio, relaes com a comunidade e responsabilidades da equipe. CONCLUSES: Temas que evidenciaram diferenas em maior grau reforaram as caractersticas corporativas de cada categoria, enquanto temas que promoveram o aparecimento de subgrupos foram discutidos a partir de referncias externas, implicando a necessidade de definir especificidades do processo de trabalho no programa. As estratgias para atendimento s demandas da comunidade representaram temticas emergenciais ao grupo de agentes, pois a eles coube a soluo imediata para os problemas na relao comunidade e servio.
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Descreve-se a pesquisa em epidemiologia no Brasil na atualidade. Utiliza vrias fontes secundrias de dados, com nfase na verso 4.0 do Diretrio dos Grupos de Pesquisa no Brasil (2000) do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico). O critrio para o reconhecimento de grupo integrante da massa crtica em epidemiologia foi o desenvolvimento, pelo menos, de uma linha de pesquisa nessa subrea, conforme definido pelo lder do grupo. Foi identificado o universo da pesquisa epidemiolgica, que se constituiu de 176 grupos e 320 linhas de pesquisa. Foram apresentadas e discutidas as relaes entre o financiamento para a pesquisa, tendo como foco os programas de ps-graduao includos no sistema Capes (Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal do Ensino Superior), e as pesquisas em saúde, em saúde coletiva e epidemiologia, a capacidade instalada de pesquisa em epidemiologia, sua distribuio geogrfica e institucional, os pesquisadores e os estudantes que participam diretamente das linhas de pesquisa, os temas de pesquisa, os padres de divulgao de resultados das pesquisas e os peridicos em que so publicados os artigos completos.
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OBJETIVO: Avaliar a autopercepo das condies de saúde bucal por idosos e analisar os fatores clnicos, subjetivos e sociodemogrficos que interferem nessa percepo. MTODOS: Participaram do estudo 201 pessoas, dentadas, com 60 anos ou mais, funcionalmente independentes, que freqentavam um centro de saúde localizado em Araraquara, SP, Brasil. Foi aplicado questionrio com questes sobre as caractersticas sociodemogrficas da amostra, a autopercepo da condio bucal e o ndice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Realizou-se exame clnico para determinar a prevalncia das principais doenas bucais. Foram usados testes estatsticos para determinar a associao das variveis sociodemogrficas e clnicas e do ndice GOHAI com a autopercepo da condio bucal e a identificao dos preditores da auto-avaliao. RESULTADOS: O exame clnico revelou grande prevalncia das principais doenas bucais, apesar de 42,7% das pessoas avaliarem sua condio bucal como regular. As variveis associadas auto-avaliao foram: classe social, ndice de GOHAI, dentes cariados e indicados para extrao. A anlise multivariada mostrou que os preditores da auto-avaliao foram o GOHAI, os dentes com extrao indicada e o ndice Community Periodontal Index and Treatment Needs. Esses preditores explicaram 30% da variabilidade da auto-avaliao. CONCLUSES: Concluiu-se que a percepo da saúde bucal teve pouca influncia nas condies clnicas, mostrando ser necessrio desenvolver aes preventivas e educativas para a populao.
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OBJETIVO: Identificar e comparar a fauna de imaturos de culicdeos e seus predadores de distintos criadouros em rea de parque aberto visitao pública. MTODOS: O estudo foi realizado no Parque Ecolgico do Tiet, localizado na periferia do Municpio de So Paulo, SP. Foram selecionados quatro criadouros de culicdeos, sendo um semipermanente, dois permanentes e um crrego poludo. Durante um ano, foram feitas visitas mensais, coletas sistemticas e padronizadas de culicdeos e predadores. Foram feitas observaes sobre freqncia dos mosquitos, estimativa do ndice de abundncia e verificao do potencial de predao da fauna associada. RESULTADOS: Foi coletado um total de 9.065 culicdeos nos quatro criadouros pesquisados. Obtiveram-se 22 espcies ou grupos, sendo todas com baixa freqncia, com exceo de Culex quinquefasciatus, que se destacou como espcie nica e altamente freqente no criadouro poludo. Essa espcie foi a mais abundante, sendo seguida por outras do gnero Culex. CONCLUSES: Os resultados sugerem situao de desequilbrio no criadouro do crrego em decorrncia do elevado grau de poluio, onde a ausncia de predao induz proliferao intensa de uma nica espcie, enquanto nos demais criadouros, h evidncias de que o controle biolgico natural esteja sendo exercido pela fauna associada.