341 resultados para Teste de função cardíaca Avaliação
Resumo:
OBJETIVOS: Avaliar a aderncia aos anti-retrovirais e os principais fatores preditivos e os motivos para a m-aderncia. MTODOS: Para avaliar a aderncia aos medicamentos, realizou-se um estudo em uma amostra aleatria de 120 pacientes com infeco por HIV/Aids. A avaliação foi feita por auto-relato e complementada com uso de um dirio e consulta farmcia. Foi realizada anlise univariada, e utilizados o teste de Student e do qui-quadrado. Calculou-se o odds-ratio como medida de absoro. RESULTADOS: Dos 120 pacientes avaliados, 87 (72,5%) eram homens e 33 (27,5%) eram mulheres com idade mdia de 35,5 anos. A maioria era de cor parda, tinha apenas o ensino fundamental, mas estava empregada, com renda de at dois salrios-mnimos. O tempo mdio de uso de anti-retrovirais foi de 12 meses. A principal indicao para incio do tratamento foi a queda na contagem de linfcitos CD4+ a menos de 350 cels./mm. A maioria estava em uso de trs ou mais anti-retrovirais. Foram considerados aderentes 89 pacientes (74%). A principal causa de falhas foram os efeitos colaterais. O nvel de escolaridade, a idade e o tempo de uso de anti-retrovirais foram importantes fatores de predio da aderncia aos anti-retrovirais. CONCLUSES: Admite-se, baseado nas principais causas de falhas e nos fatores de predio de aderncia encontrados, que, para melhorar essa aderncia, necessrio o uso de esquemas com menos efeitos colaterais e um detalhamento minucioso e constante sobre o tratamento.
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OBJETIVO: Identificar a prevalncia e analisar a associao entre comportamentos de risco sade, percepo de estresse e auto-avaliação do nvel de sade, em trabalhadores da indstria. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal, utilizando questionrio previamente testado em estudo-piloto realizado em Santa Catarina, Brasil. Foram coletados dados sobre fumo, abuso de lcool, consumo de frutas e verduras, atividades fsicas, percepo de estresse e auto-avaliação do nvel de sade de 4.225 trabalhadores (67,5% homens e 32,5% mulheres). Os sujeitos foram recrutados por meio de amostragem por conglomerados em trs estgios (erro de 5%). A anlise estatstica incluiu o teste de qui-quadrado e a anlise de regresso logstica, para um nvel de significncia de p<0,05. RESULTADOS: A mdia de idade dos sujeitos foi de 29,7 anos (DP=8,6). A prevalncia de fumantes foi de 20,6%, maior entre os homens (23,1%) que entre as mulheres (15,6%). A proporo de trabalhadores que abusaram de lcool foi alta (57,2% entre os homens e 18,8% entre as mulheres). Dos sujeitos, 46,2% no realizaram atividades fsicas no lazer (67% das mulheres e 34,8% dos homens), e 13,9% referiram nveis elevados de estresse e dificuldade para enfrentar a vida. Aproximadamente 15% dos trabalhadores relataram nvel de sade regular ou ruim. Sexo, idade, estado civil, nmero de filhos, nvel educacional e econmico estiveram significativamente associados prevalncia de comportamentos de risco. CONCLUSES: Mesmo considerando as limitaes inerentes aos estudos transversais, e baseados em medidas auto-relatadas, os resultados sugerem elevada prevalncia de abuso de bebidas alcolicas e inatividade fsica de lazer. A associao observada entre sexo e comportamento de risco definiu um perfil bidimensional: nos homens os comportamentos de risco mais prevalentes tomaram a forma de risco direto/ativo (fumar, abuso de bebidas alcolicas), e nas mulheres tomaram a forma de risco indireto/passivo (inatividade fsica, estresse).
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Sendo o movimento de cidades/municpios saudveis uma estratgia de promoo da sade, elaborou-se um trabalho de atualizao de informaes com o objetivo de contextualizar o debate da avaliação no campo da promoo da sade, apontando os princpios que devem nortear o estabelecimento de um processo avaliativo e problematizar este tema quanto aos projetos de cidades/municpios saudveis. Prope-se uma tipologia que classifica os artigos indexados nas bases de dados MedLine e Lilacs, entre 1985 e 2000, sobre o tema "cidades/municpios saudveis" de acordo com a nfase de cada artigo analisado. Os artigos que enfatizam iniciativas de avaliação de projetos so analisados com maior detalhamento, tabulando-os em função da metodologia utilizada, dos instrumentos aplicados, dos indicadores produzidos, dos resultados obtidos e da anlise crtica do modelo adotado. Destacam-se iniciativas de avaliação de "cidades/municpios saudveis", que se aproximariam mais dos princpios da "promoo da sade", e que adotam a avaliação, mas como instrumento de construo de capacidades e fortalecimento de grupos populacionais envolvidos com projetos nessa temtica.
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OBJETIVO: Avaliar os nveis de confiabilidade teste-reteste de informaes relativas rede social no Estudo Pr-sade. MTODOS: Foi estimada a confiabilidade pelo estudo teste-reteste por meio de questionrio multidimensional aplicado a uma coorte de trabalhadores de uma universidade. O mesmo questionrio foi preenchido duas vezes por 192 funcionrios no efetivos da universidade, com duas semanas de intervalo entre as aplicaes. A concordncia foi estimada pela estatstica Kappa (variveis categricas), estatstica Kappa ponderado e modelos log-lineares (variveis ordinais), e coeficiente de correlao intraclasse (variveis discretas). RESULTADOS: As medidas de concordncia situaram-se acima de 0,70 para a maioria das variveis. Estratificando-se as informaes segundo gnero, idade e escolaridade, observou-se que a confiabilidade no apresentou padro consistente de variabilidade. A aplicao de modelos log-lineares indicou que, para as variveis ordinais do estudo, o modelo de melhor ajuste foi o de "concordncia diagonal mais associao linear por linear". CONCLUSES: Os altos nveis de confiabilidade estimados permitem concluir que o processo de aferio dos itens sobre rede social foi adequado para as caractersticas investigadas. Estudos de validao em andamento complementaro a avaliação da qualidade dessas informaes.
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OBJETIVO: Investigar o desenvolvimento da linguagem e das funes auditiva e visual em lactentes de creche, a partir da avaliação realizada por educadores. MTODOS: Foram avaliados 115 lactentes, nos anos de 1998 a 2001, usurios de uma creche da rea da sade de uma universidade do Estado de So Paulo. Foi utilizado o "Protocolo da Observao do Desenvolvimento de Linguagem e das Funes Auditiva e Visual", com 39 provas no total, para a avaliação dos lactentes de 3 at 12 meses de idade. A aplicao desse Protocolo foi feita pelas educadoras da creche, devidamente treinadas. Utilizou-se o teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher. O nvel de significncia adotado foi de 5%. RESULTADOS: Os lactentes apresentaram um padro diferente no desenvolvimento da linguagem quanto ao incio do balbucio e das primeiras palavras, bem como na função visual, quanto imitao e uso de jogos gestuais e de seguir ordem com uso de gestos. CONCLUSES: O ambiente creche propicia condies para um outro padro de desenvolvimento de linguagem e das funes auditiva e visual. Aes de preveno na creche devem integrar as reas de sade e educao num objetivo comum.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados de aes preventivas e de promoo sade institucionalizadas para crianas fenilcetonricas. MTODOS: Foram avaliados os resultados alcanados pelo Programa de Triagem Neonatal, do Estado do Paran, entre os fenilcetonricos, no perodo de 1996 a 2001. Foram investigados dados socioeconmicos e aplicado instrumento de medio da função motora grossa para determinar as habilidades motoras de 32 crianas fenilcetonricas com diagnstico e tratamento precoces. Optou-se pela utilizao do coeficiente de correlao de Pearson para verificar a relao entre a varivel de interesse (escore motor) e as demais variveis quantitativas (nvel mdio de fenilalanina ps-tratamento, escolaridade do pai e da me, idade da criana no incio do tratamento e renda familiar). RESULTADOS: Dentre as crianas avaliadas, 93,7% apresentaram desenvolvimento de acordo com os parmetros de normalidade referenciados na literatura. O tratamento foi iniciado no primeiro ms em 71,9% dos casos de fenilcetonria. A pesquisa socioeconmica registrou 39,5% de pais com instruo at o quarto ano escolar. Foi encontrada correlao significativa entre o escore motor da criana e a escolaridade dos pais (N=32), e entre o escore motor e a precocidade do tratamento (N=27). CONCLUSES: Os resultados evidenciaram a alta efetividade do programa avaliado. A baixa escolaridade dos pais e sua relao com o escore motor ressaltam a importncia do apoio aos pais na dietoterapia. A relao encontrada entre o escore motor e o incio do tratamento confirma a necessidade da adeso imediata ao programa. A inexistncia na literatura de outros estudos de avaliação dificulta a generalizao dos resultados.
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OBJETIVO: Descrever as alteraes da capacidade funcional de idosos durante a internao hospitalar e o grau de associao dessas alteraes na ocasio da alta hospitalar a variveis sociodemogrficas e clnicas. MTODOS: Foram estudados 94 pacientes internados em enfermaria geritrico gerontolgica de um hospital escola, com idades entre 65 e 94 anos. A primeira avaliação da capacidade funcional (nmero de atividades cotidianas comprometidas) dos idosos foi realizada em at 24 horas da entrada do paciente e a ltima, imediatamente aps a alta. Os pacientes sofreram intervenes teraputicas rotineiras por equipe interdisciplinar. Os dados foram analisados pelo teste qui-quadrado, tanto para a linha de base como em relao anlise dos resultados obtidos com a internao hospitalar (<FONT FACE=Symbol>a£</FONT>0,05). RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 25,6% obtiveram melhora na capacidade funcional, 34,0% no sofreram alteraes funcionais, 19,1% pioraram funcionalmente e 21,3% faleceram durante o perodo. Houve correlao significante entre a piora funcional e a presena dficit cognitivo, delirium e baixa capacidade funcional na entrada no hospital. CONCLUSES: A capacidade funcional um importante marcador de sade em idosos hospitalizados. A melhora funcional durante a internao est associada a menores dificuldades nas atividades dirias referidas no momento da entrada no hospital e melhores condies clnicas.
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OBJETIVO: Analisar a utilizao de dois ndices simplificados "CPO em 6 Dentes" e "CPO em 2 Hemiarcos" em levantamentos epidemiolgicos em sade bucal, segundo a distribuio da crie dental. MTODOS: A amostra foi proveniente de dados epidemiolgicos de 29 municpios, totalizando 2.378 exames em escolares de 12 anos de idade. Considerando a mdia CPOD em cada localidade, obtiveram-se trs grupos de prevalncia (baixa, moderada e alta), para os quais foram estimados os ndices simplificados. A anlise estatstica foi realizada utilizando o Coeficiente de Correlao Intraclasse, o Teste de Wilcoxon e o qui-quadrado, com significncia de 5%. RESULTADOS: A correlao entre o ndice CPOD e os ndices simplificados variou de 0,82 a 0,95 (p<0,05). No foram observadas diferenas significantes (p>0,05) entre as mdias do ndice CPOD com o ndice simplificado "CPO em 2 Hemiarcos" nas prevalncias estudadas, o que no ocorreu com o "CPO em 6 dentes". A proporo de dentes cariados, perdidos e obturados tambm foi semelhante entre o "CPO em 2 hemiarcos" e o CPOD (p>0,05). CONCLUSES: O ndice simplificado "CPO em 2 Hemiarcos" pode ser utilizado em levantamentos epidemiolgicos em baixa, moderada e alta prevalncia de crie dentria. Porm, o "CPO em 6 Dentes" deve ser melhor avaliado.
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OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional dos trabalhadores de enfermagem de um complexo hospitalar e sua relao com caractersticas individuais e de trabalho. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal com 885 indivduos. Foi utilizado um questionrio auto-aplicvel padronizado para o clculo do ndice de capacidade para o trabalho, baseado em informaes ocupacionais, de morbidade, dados demogrficos e socioeconmicos. Obtiveram-se valores de odds ratio e seus respectivos intervalos de confiana de 95% pelo teste de qui-quadrado. As associaes foram testadas por modelo de regresso logstica mltipla obtendo-se medidas de odds ratio ajustadas. RESULTADOS: A populao estudada foi composta principalmente por mulheres (87,3%), com idade entre 35 e 68 anos (mdia 43±6,3), exercendo as funes de auxiliares, tcnicos e enfermeiros, distribudos em sete hospitais que compem o complexo hospitalar. A capacidade para o trabalho foi considerada boa em mais de 80% dos trabalhadores. As anlises estatsticas mostraram que aqueles trabalhadores com maior escolaridade (OR: 0,4; IC: 0,2-1,0; p=0,05 e ORaj: 0,4; IC: 0,2-1,0; p=0,04) e que praticam algum tipo de esporte ou atividade fsica (OR: 0,5; IC: 0,3-0,9; p=0,02 e ORaj: 0,5; IC: 0,3-0,9, p=0,02) tm maiores chances de apresentar boa capacidade para o trabalho. No grupo com reduzida capacidade para o trabalho verificou-se alta prevalncia de doenas msculo-esquelticas. CONCLUSES: O programa de sade do trabalhador da empresa dever incluir orientao e acompanhamento do profissional de enfermagem em atividades fsicas e de lazer visando a manter a boa capacidade para o trabalho, bem como implementar a adoo de medidas preventivas relacionadas s doenas msculo-esquelticas.
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OBJETIVO: Analisar se diferentes instrumentos de avaliação de qualidade, aplicados a um grupo de estudos clnicos que se correlacionam e qual seu impacto no resultado na metanlise. MTODOS: Foram analisados 38 estudos clnicos randomizados e controlados, selecionados para a reviso sistemtica sobre a eficcia teraputica do Interferon Alfa no tratamento da hepatite crnica pelo vrus B. Utilizaram-se os seguintes instrumentos: Maastricht (M), Delphi (D) e Jadad (J) e o mtodo da Colaborao Cochrane (CC), considerado padro-ouro. Os resultados definidos pelos trs instrumentos foram comparados pelo teste de Correlao de Spearman. O teste de Kappa (K) avaliou a concordncia entre os revisores na aplicao dos instrumentos e o teste de Kappa ponderado analisou o ordenamento de qualidade definido pelos instrumentos. O clareamento do HBV-DNA e HbeAg foi o desfecho avaliado na metanlise. RESULTADOS: Os estudos foram de regular e baixa qualidade. A concordncia entre os revisores foi, de acordo com o instrumento: D=0.12, J=0.29 e M=0.33 e CC= 0,53. A correlao foi moderada e homognea (D/J=0,51; D/M=0,53 e J/M=0,52). Os resultados da metanlise (HBV-DNA), variaram de RR=0,71; IC 95%: 0,66-0,77 a RR=0,67; IC 95%: 0,58-0,79 e (HbeAg) de RR=0,85; IC 95%: 0,80-0,90 a RR=0,85; IC 95%:0,77-0,93, dependendo da qualidade dos estudos includos. CONCLUSES: Os instrumentos de avaliação de qualidade tm boa correlao. Nas revises sistemticas que apontem mesma direo do efeito, a avaliação pode no alterar significantemente seu resultado. O mtodo da Colaborao Cochrane o mais reprodutvel e de simples aplicao.
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OBJETIVO: Descrever a construo e o teste de rotina para anlise das interna-es psiquitricas pelo Sistema nico de Sade, a partir de seu banco de dados (Datasus), e analisar as caractersticas e tendncias dessas internaes. MTODOS: Foram extrados dados das autorizaes de internao hospitalar dos anos de 2000 a 2004, no Rio Grande do Sul. Os dados referentes a 91.233 internaes foram processados por meio de sintaxes pelo programa SPSS, tendo sido testada a confiabilidade das rotinas. Foram descritas as freqncias das internaes em hospitais gerais e psiquitricos, e os principais diagnsticos, com anlise de tendncias por modelos de regresso polinomial. RESULTADOS: As confiabilidades intra e interavaliador foram de 100%. Observou-se tendncia de crescimento na proporo das internaes por transtornos de humor e de diminuio naquelas por esquizofrenia e por transtornos orgnicos. A proporo de internaes por transtorno por uso de substncias manteve-se estvel. Houve tendncia crescente na proporo do nmero de internaes psiquitricas em hospitais gerais, apresentando um crescimento de 97,7% no perodo. CONCLUSES: Foram evidenciadas a confiabilidade e a viabilidade das rotinas apresentadas, sugerindo o uso dos arquivos do Sistema de Informaes Hospitalares como fonte de dados para a avaliação contnua das internaes psiquitricas pelo Sistema nico de Sade. As alteraes observadas nas propores de internaes psiquitricas podem ter sido devido s mudanas: no tipo de pacientes; no padro de diagnsticos, conhecido como vis de diagnstico orientado pelo tratamento; e na legislao.
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OBJETIVO: Comparar a efetividade de estratgias, em grupo e individual, de programa educativo em diabetes. MTODOS: Cento e quatro pacientes com diabetes tipo 2, atendidos no ambulatrio e com seguimento em programa educativo de hospital de Belo Horizonte (MG), foram aleatoriamente recrutados e alocados em dois grupos: educao em grupo (n=54) e individual (n=50). A educao em grupo consistia de trs encontros mensais, nos quais eram desenvolvidas dinmicas ldicas e interativas. Simultaneamente, o outro grupo era acompanhado individualmente. O acompanhamento ocorreu por seis meses durante o ano de 2006, sendo avaliados por questionrios especficos: conhecimentos em diabetes, atitudes psicolgicas, mudana de comportamento, qualidade de vida. Foi realizada avaliação clnica no tempo inicial, depois de trs e seis meses da interveno. RESULTADOS: A mdia de idade dos pacientes era de 60,6 anos. Os resultados da educao em grupo e individual foram semelhantes no teste de atitudes, mudana de comportamento e qualidade de vida. Observou-se reduo nos nveis de HbA1c nos dois grupos, entretanto apenas no de educao em grupo a diferena apresentou significncia estatstica (p= 0,012). CONCLUSES: As duas estratgias do programa educativo em diabetes foram efetivas, porm a educao em grupo apresentou melhores resultados de controle glicmico do que a individual.
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OBJETIVO: Descrever a estrutura fsica, recursos humanos e modalidades de ateno existentes nos centros de ateno psicossocial (CAPS). MTODOS: Foram includos no estudo 21 CAPS para atendimento de adultos, vinculados Secretaria Municipal de Sade de So Paulo (SP), entre 2007 e 2008. Foram coletadas informaes sobre as instalaes fsicas dos servios, recursos humanos disponveis e procedimentos de cuidado ao paciente, utilizando instrumento padronizado. Foram realizados anlise descritiva dos dados e o teste de qui-quadrado para testar a associao entre os tipos de atividades e a origem e localizao dos servios. RESULTADOS: Dez servios foram criados como ambulatrios e posteriormente transformados, oito eram hospitais-dia e apenas trs foram criados como CAPS. Nenhum servio funcionava diariamente durante 24 horas. Metade dos servios funcionava em imveis alugados, com instalaes fsicas inadequadas especialmente para atendimentos grupais. A composio das equipes dos servios foi bastante diversa. As atividades desempenhadas nos CAPS foram heterogneas, com maior valorizao das atividades grupais desenvolvidas com usurios dentro dos CAPS e pouca integrao aos outros equipamentos de sade. As atividades grupais de arte e cultura foram as mais freqentes em todos os servios. Os servios de origem ambulatorial apresentavam atividades artesanais e os que haviam sido hospitais-dia realizavam mais atividades de integrao psicofsica. O perfil de atividades relacionou-se distribuio regional dos servios. CONCLUSES: A heterogeneidade dos CAPS parece se relacionar histria dos programas de sade mental implementados no municpio desde a dcada de 1980 e diversidade socioeconmica e cultural das regies da cidade, bem como s diferentes composies das equipes observadas. Diferentes modelos de ateno psicossocial foram encontrados, desde a constituio de "equipamentos-sntese" dos quais os usurios no recebem alta, at servios que encaminham e do alta aps a estabilizao dos sintomas dos usurios, numa tentativa de construo de uma rede de cuidados.
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OBJETIVO: Avaliar o uso de medidas de comorbidade para predizer o risco de bito em pacientes brasileiros. MTODOS: Foram utilizados dados de internaes obtidos do Sistema de Informaes Hospitalares do Sistema nico de Sade, que permite o registro de somente um diagnstico secundrio. Foram selecionadas 1.607.697 internaes ocorridas no Brasil em 2003 e 2004, cujos diagnsticos principais foram doena isqumica do corao, insuficincia cardíaca congestiva, doenas crebro-vasculares e pneumonia. O ndice de Charlson e as comorbidades de Elixhauser foram as medidas de comorbidade utilizadas; o simples registro de algum diagnstico secundrio foi tambm empregado. A regresso logstica foi aplicada para avaliar o impacto das medidas de comorbidade na estimava da chance de bito. O modelo de base incluiu as seguintes variveis: idade, sexo e diagnstico principal. Os modelos de predio de bitos foram avaliados com base na estatstica C e no teste de Hosmer-Lemeshow. RESULTADOS: A taxa de mortalidade hospitalar foi 10,4% e o tempo mdio de permanncia foi 5,7 dias. A maioria (52%) das internaes ocorreu em homens e a idade mdia foi 62,6 anos. Do total de internaes, 5,4% apresentava um diagnstico secundrio registrado, mas o odds ratio entre bito e presena de comorbidade foi de 1,93. O modelo de base apresentou uma capacidade de discriminao (estatstica C) de 0,685. A melhoria nos modelos atribuda introduo dos ndices de comorbidade foi fraca - equivaleu a zero quando se considerou a estatstica C com somente dois dgitos. CONCLUSES: Embora a introduo das trs medidas de comorbidade nos distintos modelos de predio de bito tenha melhorado a capacidade preditiva do modelo de base, os valores obtidos ainda so considerados insuficientes. A preciso desse tipo de medida influenciada pela completitude da fonte de informao. Nesse sentido, o alto sub-registro de diagnstico secundrio, aliado conhecida insuficincia de espao para anotao desse tipo de informao no Sistema de Informaes Hospitalares, so os principais elementos explicativos dos resultados encontrados.
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OBJETIVO: Avaliar a resposta imune humoral do esquema de pr-exposio da raiva humana realizado pelas vias intramuscular e intradrmica e a necessidade de sorologia de controle. MTODOS: Estudo de interveno controlado e randomizado, realizado em So Paulo, SP, em 2004-2005. Foram recrutados 149 voluntrios, dos quais 127 (65 intradrmica e 62 intramuscular) completaram o esquema de vacinao e realizaram avaliação da resposta imune humoral dez, 90 e 180 dias aps o trmino da vacinao. Foram considerados dois desfechos para a comparao entre as duas vias de aplicao: a mdia geomtrica do ttulo de anticorpos neutralizantes e a proporo de indivduos com ttulos satisfatrios (> 0,5 UI/mL) em cada momento de avaliação. Foi analisada a associao da resposta humoral com dados antropomtricos e demogrficos por meio de teste de mdias e qui-quadrado com correo de Yates. Aps a concluso do esquema foram feitas a comparao da proporo de soropositivos pelo teste de Kruskall Wallis e a comparao dos ttulos mdios por anlise de varincia. RESULTADOS: Os ttulos mdios de anticorpos foram maiores nos indivduos que receberam as vacinas por via intramuscular. A percentagem de voluntrios com ttulos satisfatrios (> 0,5 UI/mL) diminuiu com o tempo em ambos os grupos, porm, no grupo que recebeu as vacinas por via intradrmica, a proporo de ttulos satisfatrios no dia 180 variou de 20% a 25%, enquanto pela via intramuscular variou de 63% a 65%. No se observou associao da resposta imune humoral com as variveis demogrficas ou antropomtricas. CONCLUSES: A sorologia aps a terceira dose pode ser considerada desnecessria em indivduos sob controle quanto exposio, uma vez que 97% e 100% dos voluntrios vacinados, respectivamente por via intradrmica e pela via intramuscular, apresentaram nveis de anticorpos satisfatrios (> 0,5 UI/mL).