398 resultados para Radiação Ultra violeta
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a influência das alterações ultra-sonográficas pré-natais e das contrações uterinas de trabalho de parto na evolução motora neonatal em fetos portadores de espinha bífida aberta. MÉTODOS: foram analisados fetos portadores de espinha bífida aberta. Estes fetos foram acompanhados nos serviços de Medicina Fetal do Hospital São Paulo (Universidade Federal de São Paulo) e do Hospital e Maternidade Santa Joana. Todos os partos foram realizados nestes serviços e a avaliação neonatal foi realizada pela equipe de Neurocirurgia comum a ambas as instituições Foi observada a influência das alterações ultra-sonográficas (macrocrania, microcrania, nível da falha de fechamento da coluna, pé torto e tipo de apresentação fetal) na força muscular de membros inferiores no período neonatal. Foi analisada, também, a influência das contrações uterinas sobre a movimentação dos membros inferiores. Todos os partos foram realizados por cesárea. Foram utilizados os testes de c² e Fisher para comparações categóricas, com p<0,05 para estabelecer associação significante. RESULTADOS: foram estudados cinqüenta e três casos de espinha bífida isolada. As alterações da circunferência craniana e o nível da lesão não interferiram na parte neuromotora neonatal. Entretanto, a presença de pé torto e a apresentação pélvica mostraram prognóstico neurológico neonatal desfavorável (p<0,05). O pé torto foi encontrado em 23 fetos (43%). Dezoito recém-nascidos (78,3%) portadores de pé torto apresentaram alterações motoras. Nenhum neonato em apresentação pélvica (n=10) mostrou função motora normal. A diminuição da força motora nos membros inferiores também foi observada em 13 fetos (87%) expostos às contrações uterinas de trabalho de parto e à rotura prematura de membranas (p<0,05). CONCLUSÃO: a presença de pé torto e a apresentação pélvica são parâmetros úteis para a predição da evolução neurológica neonatal. Contrações uterinas de trabalho de parto e a rotura prematura de membrana são fatores de pior prognóstico neuromotor neonatal.
Resumo:
OBJETIVO: analisar o emprego concomitante da localização radioguiada de lesão não palpável e do estudo do linfonodo sentinela (LS) em mulheres com câncer de mama. MÉTODO: estudo prospectivo de 45 pacientes com carcinoma não palpável de mama. O radiofármaco utilizado foi o dextram marcado pelo 99mTc. Realizou-se injeção no sítio peritumoral, sob orientação ultra-sonográfica ou estereotáxica, com auxílio de agulha de raquianestesia de gauge 18. A linfocintilografia, para visualização pré-operatória do local da lesão e do LS, foi feita em gama câmera convencional, com abdução de 90º do membro superior ipsilateral. A exérese da lesão primária e a do LS foram realizadas com auxílio de sonda de detecção de radiação gama. RESULTADOS: quanto à remoção do tumor primário, obteve-se taxa de sucesso em todos os casos. Houve necessidade de ampliação de margem cirúrgica em cinco pacientes. Em relação ao LS houve falha em quatro casos, com índice de localização de 93%. Não foram observadas complicações. CONCLUSÃO: os resultados obtidos parecem demonstrar que a utilização simultânea dos dois procedimentos constitui estratégia eficaz para o tratamento do câncer inicial de mama em uma única sessão
Resumo:
OBJETIVO: avaliar o volume uterino de mulheres entre 10 e 40 anos, verificando-se se o volume uterino de adolescentes é menor que o volume uterino de mulheres entre 20 e 40 anos. Procuram-se enfatizar as diferenças entre o volume uterino de adolescentes e mulheres adultas correlacionando-as com a imaturidade do trato genital de adolescentes para a gravidez e o parto. MÉTODOS: estudo transversal, no qual 828 pacientes entre 10 e 40 anos foram divididas em dois grupos e avaliadas por meio da ultra-sonografia transabdominal para aferição do volume uterino. O primeiro grupo (Ad) foi formado por 477 (57,7%) adolescentes e o segundo grupo (Ma) por 351 (42,3%) mulheres adultas entre 20 e 40 anos. No grupo Ad, os exames ultra-sonográficos foram realizados por um único observador e no grupo Ma, por um grupo de médicos que seguiram a mesma metodologia utilizada no grupo Ad. Os aparelhos ultra-sonográficos utilizados foram Image Point HX (Hewlett Packard) e Hitachi 525, com transdutor convexo multifreqüencial. O cálculo do volume uterino foi obtido pelos diâmetros longitudinal (DL), ântero-posterior (DAP) e transverso (DT), multiplicados pela constante 0,45. RESULTADOS: o volume uterino de adolescentes entre 10 e 17 anos foi menor que o volume uterino de mulheres entre 20 e 40 anos (p<0,05). Adolescentes secundíparas apresentaram volume uterino semelhante ao volume uterino de mulheres secundíparas entre 20 e 40 anos (62,6±20,6 e 69,0±22,9) (p>0,05). CONCLUSÃO: o volume uterino de adolescentes com menos de 18 anos ou primíparas é menor que o volume uterino de mulheres entre 20 e 40 anos. Entretanto, adolescentes com 18 anos ou mais, ou secundíparas, têm volume uterino similar ao volume uterino de mulheres entre 20 e 40 anos.
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OBJETIVO: correlacionar espessamento endometrial diagnosticado por ultra-sonografia com os achados histeroscópicos, em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: foi realizado estudo transversal com avaliação histeroscópica em 121 mulheres na pós-menopausa, com diagnóstico de espessamento do endométrio por ultra-sonografia transvaginal. Das pacientes incluídas, 23 (19%) recebiam diferentes esquemas de hormonioterapia e 98 não referiam uso de reposição hormnonal.; 55 pacientes queixavam-se de sangramento por via vaginal e as restantes apresentavam-se sem esta condição. Os exames endoscópicos foram realizados ambulatorialmente, utilizando-se histeroscópio rígido de 4 mm. Para a distensão da cavidade uterina empregou-se gás carbônico (CO2). Biópsia foi praticada em todas as pacientes, com auxílio de cureta tipo Novak, de 3 mm, e o material obtido submetido a estudo histopatológico. RESULTADOS: a espessura do endométrio variou entre 6 e 38 mm, com média de 10,7 ± 5,3 mm. Os achados histeroscópicos foram: lesão polipóide, em 51 pacientes (42,1%); endométrio atrófico, em 15 (12,4%); sinéquia senil, em 15 (12,4%); espessamento focal, em 13 (10,7%); lesão cerebróide, em 6 (5,0%); endométrio proliferativo, em 5 (4,1%); muco, em 5 (4,1%); mioma, em 4 (3,3%); endométrio secretor, em 3 (2,5%); hiperplasia endometrial, em 3 (2,5%) e atrofia cística, em 1 (0,8%). Observou-se correlação entre os achados histeroscópicos e os resultados da histopatologia em 30 dos 51 casos de pólipo, em 12 dos 15 de endométrio atrófico e na totalidade dos casos sugestivos de hiperplasia endometrial e de adenocarcinoma. CONCLUSÃO: na maioria das pacientes, o exame histeroscópico revelou que não se tratava de real espessamento endometrial, mas sim de outras variedades de lesão da cavidade uterina.
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OBJETIVO: avaliar o comprimento do colo uterino, por meio da ultra-sonografia transvaginal, em gestantes com rotura prematura pré-termo de membranas. PACIENTES E MÉTODOS: o grupo de estudo (Ge) foi constituído por 26 grávidas entre a 24ª e a 36ª semana de gestação e o grupo controle (Gc) por 49 pacientes clinicamente normais, na mesma idade gestacional. As pacientes foram avaliadas entre a 24ª e 28ª, 28ª e 32ª, 32ª e 36ª semana de gestação, sendo subdivididas nos subgrupos Ge24-28, Ge28-32, Ge32-36 e Gc24-28, Gc28-32, Gc32-36, conforme pertencessem ao grupo de estudo e controle, respectivamente. O comprimento do colo uterino foi obtido por meio da ultra-sonografia transvaginal, em vista sagital, realizando-se a medida linear da distância entre os orifícios cervicais interno e externo. RESULTADOS: observamos diferenças significantes das medidas do comprimento do colo uterino entre Ge24-28 e Gc24-28, cujos valores foram 24,3 e 33,0 mm, respectivamente (p=0,04), como também entre Ge32-36 e Gc32-36, cujos valores foram, respectivamente, 20,1 e 28,0 mm (p=0,005). Os períodos de latência dos grupos Ge24-28, Ge28-32 e Ge32-36 foram, respectivamente, sete, cinco e três dias, apresentando correlação positiva com o comprimento do colo uterino (r=0,66) e negativa com a idade gestacional (r=-0,27). CONCLUSÃO: o comprimento do colo uterino variou de acordo com a idade gestacional em que a rotura prematura pré-termo das membranas foi detectada, sendo menor no grupo de estudo que no grupo controle entre a 24ª e a 28ª e entre a 32ª e a 36ª semana. Além disso, demonstrou-se que quanto menor o comprimento do colo, menor é o tempo de latência, e que houve diminuição no período de latência à medida que aumentou a idade gestacional em que se deu a rotura.
Resumo:
OBJETIVOS: identificar as alterações ultra-estruturais glomerulares em pacientes com pré-eclâmpsia grave, assim como avaliar a evolução destas lesões e sua relação com o momento de realização da biópsia renal. MÉTODOS: dentre as 72 gestantes com síndrome hipertensiva que se submeteram à biópsia renal no puerpério, em 39 o material obtido mostrou-se adequado para exame à microscopia eletrônica de transmissão, assim distribuídas: 25 eram portadoras de pré-eclâmpsia pura e 14 tiveram diagnóstico de pré-eclâmpsia superposta à hipertensão arterial crônica. As apresentações morfológicas estiveram representadas por rim normal, edema das células endoteliais, expansão do mesângio, interposição mesangial, depósitos subendoteliais e fusão dos pés dos podócitos. RESULTADOS: as alterações mais freqüentes nos dois grupos foram os depósitos subendoteliais e a fusão dos pés dos podócitos. O edema da célula endotelial ocorreu em 84% das pacientes com pré-eclâmpsia pura e 92,9% das pacientes com pré-eclâmpsia superposta. Não foi observada associação entre a gravidade da doença e a intensidade do edema da célula endotelial. Verificou-se tendência de interposição mesangial em pacientes biopsiadas após o sétimo dia pós-parto. A fusão dos podócitos apresentou associação significativa com a proteinúria de 24 horas. CONCLUSÕES: as alterações glomerulares citadas representam espectro de lesões complexas e dinâmicas que, em conjunto, constituem as características ultra-estruturais da pré-eclâmpsia, que não deve, pois, ser identificada somente pela presença do edema da célula endotelial.
Resumo:
OBJETIVO: descrever as alterações ultra-sonográficas em fetos com toxoplasmose congênita, correlacionando-as com o prognóstico neonatal. MÉTODOS: entre junho de 1997 e maio de 2003 foram examinadas 150 gestantes com suspeita de toxoplasmose. A infecção aguda foi confirmada em 72 (48%) gestantes e a toxoplasmose congênita foi diagnosticada em 12 (16%) fetos. O diagnóstico pré-natal foi realizado pela reação em cadeia da polimerase no líquido amniótico. Todas as pacientes receberam terapia antiparasitária. O acompanhamento ultra-sonográfico foi quinzenal e todos os recém-nascidos foram acompanhados no primeiro ano de vida. RESULTADOS: as alterações ultra-sonográficas foram observadas em oito fetos. Todos apresentavam dilatação ventricular bilateral, associada a calcificações periventriculares em cinco casos. Outras alterações como calcificação hepática, hepatomegalia, poliidrâmnio e derrame pericárdico foram menos freqüentes. Dentre esses fetos, quatro foram neomortos e três apresentaram seqüelas (coriorretinite e retardo neuropsicomotor). Os quatro fetos com ultra-sonografia normal evoluíram satisfatoriamente. CONCLUSÃO: observou-se elevada incidência de alterações ultra-sonográficas nos fetos com toxoplasmose congênita, principalmente cerebrais. Outras alterações como hepatomegalia e derrame pericárdio são menos freqüentes e traduzem infecção sistêmica. O prognóstico dos fetos parece correlacionar-se com a presença de lesões ultra-sonográficas, uma vez que nesse grupo de fetos observou-se alta mortalidade e entre os sobreviventes a incidência de seqüelas foi importante. Os fetos sem alterações ultra-sonográficas evoluíram de forma favorável, sem seqüelas de desenvolvimento. Esses resultados destacam a importância da ultra-sonografia no acompanhamento desses fetos, a fim de se estabelecer um prognóstico e permitir a elaboração de conduta pós-natal adequada.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a acurácia da histerossalpingografia e da ultra-sonografia transvaginal bidimensional para o diagnóstico de defeitos uterinos em pacientes com aborto recorrente. MÉTODOS: oitenta pacientes com história de dois ou mais abortos espontâneos consecutivos foram submetidas a histerossalpingografia, ultra-sonografia bidimensional pélvica e transvaginal e histeroscopia ambulatorial. Os achados foram divididos em três grupos: alterações da forma, sinéquias e lesões polipóides. A histeroscopia foi considerada padrão-ouro. A concordância entre os diferentes métodos foi avaliada pelo coeficiente kappa e sua significância foi testada. O nível de significância adotado foi de 0,05 (alfa=5%). Sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo, com intervalos de confiança de 95%, foram calculados. RESULTADOS: defeitos cavitários foram diagnosticados em 29 (36,3%) pacientes, sendo 11 (13,7%) alterações da forma, 17 (21,3%) sinéquias e uma (1,3%) lesão polipóide. A concordância global da histerossalpingografia com a histeroscopia foi de 85,0%, ao passo que da ultra-sonografia foi de apenas 78,7%. Os melhores resultados da histerossalpingografia foram obtidos para os diagnósticos de alterações da forma e sinéquias (acurácia de, respectivamente, 97,5 e 95%). Para lesões polipóides, a histerossalpingografia teve acurácia de apenas 92,5%, devido ao baixo valor preditivo positivo (14,3%). A ultra-sonografia teve acurácia inferior para todos os diagnósticos, 93,7% para alterações da forma e 85% para detecção de sinéquias, às custas principalmente de baixa sensibilidade. CONCLUSÕES: a histerossalpingografia revelou boa acurácia diagnóstica para a pesquisa da cavidade uterina em pacientes com aborto recorrente. A ultra-sonografia mostrou especificidade alta, porém com baixa sensibilidade.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a acurácia da ultra-sonografia para predição do sexo fetal entre a 11ª e a 13ª semana e 6 dias por meio da medida dos ângulos anterior e posterior do apêndice genital. MÉTODOS: os ângulos anterior e posterior do apêndice genital foram medidos em corte sagital de 455 fetos entre a 11ª e a 13ª semana e 6 dias. A probabilidade de predição correta do sexo fetal (confirmado após o nascimento) foi categorizada de acordo com a medida dos ângulos, idade gestacional e comprimento crânio-caudal. Os pontos de corte de melhor acurácia para predizer o sexo fetal foram obtidos por meio de curva ROC. A variação interobservador foi avaliada pelo método de Bland-Altman. RESULTADOS: a taxa de predição correta do sexo fetal se elevou com a idade gestacional e comprimento crânio-nádegas. Utilizando o ponto de corte de 42 graus para o ângulo anterior (curva ROC), a predição correta do sexo fetal ocorreu em 72% dos fetos da 11ª à 11ª semana e 6 dias, 86% da 12ª à 12ª semana e 6 dias e 88% da 13ª à 13ª semana e 6 dias. As taxas de predição obtidas com o ângulo posterior (ponto de corte de 24 graus) foram, respectivamente: 70, 87 e 87%. A avaliação da variação interobservador revelou diferença média entre medidas pareadas de 15,7 e 9 graus para as medidas dos ângulos posterior e anterior, respectivamente. CONCLUSÃO: a acurácia da medida dos ângulos do apêndice genital na predição do sexo fetal foi elevada a partir da 12ª semana de gestação mas ainda insuficiente para sua aplicação em gestações com risco de doenças graves ligadas ao cromossomo X.