742 resultados para 227
Resumo:
O artigo faz uma breve sistematizaç227;o dos modelos de atenç227;o em saúde, enfatiza o papel do inquérito populacional como instrumento de gest227;o e analisa o caso específico da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010), ressaltando a sua contribuiç227;o no processo de consolidaç227;o de modelos de atenç227;o compatíveis com os princípios do Sistema Único de Saúde. Ainda que no plano legal o Sistema Único de Saúde corresponda a um modelo de atenç227;o em saúde, no plano concreto das políticas públicas e das ações, o sistema dá origem a um modelo que resulta n227;o de textos jurídicos nem de formulações teóricas, mas da práxis dos agentes envolvidos. Considerando que a gest227;o do cotidiano em saúde é um espaço privilegiado e prioritário para a produç227;o e consolidaç227;o dos modelos de atenç227;o à saúde, é necessário estimular e apoiar o desenvolvimento de competências técnicas e operacionais diferentes daquelas necessárias à gerência dos cuidados relacionados às demandas individuais.
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Revis227;o crítica e integrativa, de caráter descritivo-discursivo, dedicada à explanaç227;o da política de vigilância à saúde bucal vigente atualmente no Brasil. Com base em uma apreciaç227;o crítica dos trabalhos nacionais e internacionais consultados sobre a temática da vigilância à saúde, examina-se a formulaç227;o de uma agenda política e científica em vigilância à saúde bucal, ancorada na institucionalidade do Sistema Único de Saúde. A efetivaç227;o da referida agenda é exemplificada com a apresentaç227;o da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010). Uma síntese conclusiva é apresentada, buscando a convergência teórico-metodológica entre a identificaç227;o, por um lado, dos obstáculos e fragilidades ainda detectáveis na implementaç227;o da agenda e, por outro, no reconhecimento do seu mérito, discernível em expressivos avanços e conquistas já consolidados.
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OBJETIVO : Analisar a trajetória e satisfaç227;o profissional de egressos de cursos de doutorado na área da saúde. MÉTODOS : Estudo exploratório com 827 egressos dos cursos de doutorado da Fundaç227;o Oswaldo Cruz nas áreas da saúde coletiva, biociências e atenç227;o à saúde, entre 1984 e 2007. Os sujeitos foram agrupados em três coortes temporais. Foi analisado o perfil dos egressos; mapeadas suas trajetórias profissionais, suas percepções sobre a formaç227;o recebida; suas motivações para escolha da instituiç227;o para realizar o doutorado; e as avaliações efetuadas sobre os cursos. Utilizou-se questionário em formato eletrônico para preenchimento on-line para coleta de dados. RESULTADOS : Existiram diferenças entre as coortes de egressos, relacionadas ao período em que cursaram o doutorado, a distintas trajetórias de formaç227;o e processos de trabalho entre egressos das áreas de biociências e saúde e as peculiaridades das diferentes áreas em que a instituiç227;o oferece cursos de doutorado: saúde coletiva, biociências e atenç227;o à saúde. CONCLUSÕES : Os resultados possibilitam ampliar o conhecimento das instâncias de gest227;o acadêmica sobre os processos de formaç227;o, estabelecendo uma “linha de base” para o acompanhamento da trajetória dos egressos e contribuir com subsídios para o aprimoramento dos processos de acompanhamento de egressos dos programas de pós-graduaç227;o.
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OBJETIVO : Analisar o impacto do tempo de clampeamento e parâmetros obstétricos, biológicos e socioeconômicos sobre a reserva de ferro de neonatos nascidos a termo. MÉTODOS : Estudo transversal pelo qual foram avaliados os parâmetros hematológicos de neonatos de Viçosa, MG, de outubro de 2011 a julho de 2012. Foram coletados 7 mL de sangue do cord227;o umbilical de 144 neonatos a termo e sem baixo peso. Os parâmetros investigados foram: hemograma completo, ferro sérico, ferritina e proteína C-reativa. O tempo de clampeamento do cord227;o umbilical foi mensurado utilizando cronômetro digital sem interferir nos procedimentos do parto. Os dados de nascimento foram coletados nas Declarações de Nascidos Vivos e as demais informações foram obtidas com a m227;e do neonato por aplicaç227;o de questionário no primeiro mês pós-parto. Realizou-se análise de regress227;o linear múltipla visando a estimar a influência de variáveis obstétricas, biológicas e socioeconômicas nos níveis de ferritina ao nascer. RESULTADOS : A mediana de ferritina foi 130,3 µg/L (n = 129, mínimo de 16,4 e máximo 420,5 µg/L), a média de ferro sérico foi 137,9 μg/dL (n = 144, dp = 39,29) e de hemoglobina, 14,7 g/dL (n = 144, dp = 1,47). O tempo mediano de clampeamento do cord227;o foi 36 segundos, variando entre sete e 100. A análise bivariada detectou associaç227;o entre os níveis de ferritina e a cor da criança, tempo de clampeamento de 60 segundos, tipo de parto, a presença de diabetes gestacional e a renda per capita da família. Renda per capita, número de consultas pré-natais e o comprimento ao nascer contribuíram com 22,0% da variaç227;o dos níveis de ferritina na análise múltipla. CONCLUSÕES : A reserva de ferro ao nascer sofreu influência de características biológicas, obstétricas e sociais. O combate à anemia deve envolver a implementaç227;o de um critério de clampeamento tardio do cord227;o umbilical para as diretrizes de trabalho de parto, bem como a criaç227;o de políticas voltadas para a reduç227;o das desigualdades sociais e melhoria da qualidade do atendimento pré-natal.
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OBJETIVO Analisar o enfrentamento e as percepções das mulheres em relaç227;o à descoberta da infecç227;o pelo HIV. MÉTODOS Estudo qualitativo em Serviço de Assistência Especializada em HIV/aids em Recife, PE, de janeiro a setembro de 2010. Participaram oito mulheres entre 27 e 37 anos de idade vivendo com HIV, assintomáticas, sem critérios de diagnóstico de aids, infectadas por meio de relaç227;o sexual, e acompanhadas no serviço há pelo menos um ano. Foram utilizados formulário para caracterizar o quadro clínico e entrevista semiestruturada para compreender as percepções e sentimentos relacionados à trajetória pessoal após o diagnóstico e as diferentes maneiras de enfrentar o diagnóstico no meio familiar e social. Foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática segundo Bardin. RESULTADOS A categoria temática emergente foi estigma e discriminaç227;o. As mulheres apresentavam trajetórias de vida marcadas pelo estigma, percebido como discriminaç227;o desde o diagnóstico e nas vivências do cotidiano. A revelaç227;o da infecç227;o foi sentida como limitante para uma vida normal, levando à necessidade de ocultaç227;o do diagnóstico. As posturas discriminatórias por parte de alguns profissionais dos serviços de saúde n227;o especializados em HIV/aids repercutiram negativamente nas experiências futuras em outros serviços de saúde. Além dos efeitos do estigma institucional, o serviço especializado n227;o contemplou espaço para a express227;o de outras necessidades para além da doença, o que poderia ajudar no enfrentamento da infecç227;o. CONCLUSÕES A convivência com o HIV esteve fortemente ligada ao estigma. É importante fortalecer as abordagens educativas e o apoio emocional no momento do diagnóstico para favorecer o enfrentamento da condiç227;o de soropositividade.
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OBJETIVO : Analisar a relaç227;o entre comportamento sexual e fatores de risco à saúde física ou mental entre adolescentes. MÉTODOS : Estudo realizado com 3.195 escolares de 15 a 19 anos de idade, do segundo ano do ensino médio de escolas públicas e particulares das capitais de 10 estados do Brasil, em 2007-2008. Foi utilizada amostragem por conglomerados com multiestágio de seleç227;o (escolas e alunos) em cada cidade e rede de ensino pública e particular. Foi aplicado questionário a todos os alunos selecionados, com os seguintes itens: dados socioeconômicos e demográficos; comportamento sexual; “transar” com pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto ou de ambos os sexos; uso de bebida alcoólica e maconha; usar camisinha ao “transar”; presença de experiências sexuais traumáticas na infância ou adolescência; e ideaç227;o suicida. A análise incluiu descriç227;o de frequências, teste de Qui-quadrado, análise de correspondência múltipla e de cluster. Foram analisadas qualitativamente, por análise dos conteúdos manifestos, as respostas a uma quest227;o livre em que o adolescente expressou comentários gerais sobre si e sua vida. RESULTADOS : Cerca de 3,0% dos adolescentes referiu comportamento homossexual ou bissexual, sem diferenciaç227;o de sexo, idade, cor da pele, estrato social, estrutura familiar e rede de ensino. Adolescentes com comportamento homo/bissexual comparados aos heterossexuais relataram (p < 0,05): ficar de “porre” (18,7% e 10,5%, respectivamente), uso frequente de maconha (6,1% e 2,1%, respectivamente), ideaç227;o suicida (42,5% e 18,7%, respectivamente) e ter sido vítima de violência sexual (11,7% e 1,5%; respectivamente). Adolescentes com comportamento homo/bissexual relataram utilizar menos preservativo de forma frequente (74,2%) do que aqueles com comportamento heterossexual (48,6%, p < 0,001). Três grupos foram encontrados na análise de correspondência: composto por adolescentes com comportamento homo/bissexual e que vivenciava os fatores de risco: sofrer violência sexual, nunca utilizar camisinha ao “transar”, ideaç227;o suicida, uso frequente de maconha; composto por usuários ocasionais de maconha e camisinha e com frequentes “porres”; adolescentes com comportamento heterossexual e ausência dos fatores de risco investigados. Entre adolescentes com comportamento homo e bissexual, houve mais fatores de risco quando comparados àqueles com comportamento heterossexual. Os adolescentes com comportamento homo e bissexual expuseram mais suas vivências pessoais positivas e relacionamentos negativos do que seus pares heterossexuais, mas se expressaram menos sobre religiosidade. CONCLUSÕES : O tema n227;o somente deve ser mais estudado como também devem ser ampliadas as ações preventivas voltadas aos adolescentes com relações afetivo-sexuais homo/bissexuais.
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OBJETIVO : Analisar a prevalência de consumo de álcool entre escolares adolescentes e identificar fatores individuais e contextuais associados. MÉTODOS : Estudo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), com amostra de 59.699 escolares do 9º ano, residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, em 2009. A associaç227;o entre consumo regular de álcool e as variáveis explicativas independentes foi medida utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 0,05. As variáveis explicativas foram classificadas em quatro categorias (sociodemográficas, contexto escolar e familiar, fatores de risco e fatores de proteç227;o). As análises multivariadas foram feitas por categoria, ajustadas por idade e sexo. As variáveis com p ≤ 0,10 foram inseridas no modelo final de análise multivariada. RESULTADOS : O maior consumo de álcool nos últimos 30 dias esteve independentemente associado a escolares: com 15 anos (OR = 1,46) ou mais, do sexo feminino (OR = 1,72), de cor branca, filhos de m227;es com maior escolaridade, que estudam em escola privada, que experimentaram tabaco (OR = 1,72) e drogas (OR = 1,81), que têm consumo regular de tabaco (OR = 2,16) e que já tiveram relaç227;o sexual (OR = 2,37). Os fatores relativos à família foram: faltar às aulas sem o conhecimento dos pais (OR = 1,49), pais n227;o saberem o que escolares fazem no tempo livre (OR = 1,34), fazer menor número de refeições com os pais (OR = 1,22), relato de que os pais n227;o se importariam se chegassem bêbados em casa (OR = 3,05), ou se importariam pouco (OR = 3,39), e ter sofrido violência doméstica (OR = 1,36). CONCLUSÕES : Os resultados confirmam a importância de considerar o álcool na adolescência como um fenômeno complexo, multifatorial e socialmente determinado.
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OBJETIVO : Descrever as refeições realizadas por adultos quanto ao local e tipo de preparaç227;o consumido em cidade de médio porte, do sul do Brasil. MÉTODOS : Estudo transversal, de base populacional, na cidade de Pelotas, RS, em 2012. A amostragem foi realizada em dois estágios, tendo os setores censitários do Censo Demográfico de 2010 como unidade amostral primária. Foram coletadas informações sobre o local das refeições (em casa ou fora de casa) e sobre o tipo de preparaç227;o consumida em casa (comida caseira, lanches, comida de restaurante) nos dois dias prévios à entrevista, utilizando-se questionário padronizado. RESULTADOS : Participaram do estudo 2.927 adultos: 59,0% mulheres, 60,0% com idade abaixo de 50 anos e 58,0% estava trabalhando. Foram obtidas informações sobre 11.581 refeições nos dois dias anteriores à entrevista, sendo 25,0% delas realizadas fora de casa, no almoço, e 10,0% no jantar. Quanto às refeições realizadas em casa, a maioria dos participantes referiu ter consumido comida preparada em casa, tanto no almoço quanto no jantar. A maioria das refeições fora de casa (64,0% no almoço e 61,0% no jantar) foram realizadas no local de trabalho, majoritariamente preparadas em casa. As refeições fora de casa foram realizadas principalmente por pessoas do sexo masculino, jovens, com alta escolaridade. Quanto à ocupaç227;o, os grupos que tiveram refeições mais frequentemente em restaurantes foram trabalhadores do comércio, empresários, professores e profissionais de nível superior. CONCLUSÕES : Apesar das mudanças que vêm sendo registradas nos padrões de alimentaç227;o do brasileiro, adultos residentes em cidades de médio porte ainda se alimentam majoritariamente em casa e de comida caseira.
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OBJETIVO : Identificar os avanços e desafios para a promoç227;o da saúde em práticas exitosas nas áreas da saúde, educaç227;o, cultura, assistência social e esporte-lazer. MÉTODOS : Estudo qualitativo com dados obtidos da análise em profundidade que incluiu observaç227;o participante e entrevista com gestores, coordenadores, profissionais e participantes de 29 práticas indicadas como exitosas para a promoç227;o da saúde, em seis municípios da Regi227;o Metropolitana de Belo Horizonte, MG, 2011. As variáveis de estudo foram concepç227;o, dimens227;o, disseminaç227;o e oportunidade de acesso identificadas nas práticas, orientada pela análise de conteúdo temática. RESULTADOS : Observou-se indefiniç227;o conceitual e metodológica a respeito da promoç227;o da saúde apresentada por objetos e finalidades contraditórios. As práticas se diferiram quanto à dimens227;o, disseminaç227;o e oportunidade de acesso, determinadas pela articulaç227;o intersetorial e investimento político e financeiro. CONCLUSÕES : A focalizaç227;o das práticas em públicos vulneráveis, limites do financiamento e parceiras intersetoriais foram identificados como desafios para a promoç227;o da saúde.
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OBJETIVO : Comparar a eficiência e a acurácia de delineamentos de amostragem com e sem sorteio intradomiciliar em inquéritos de saúde. MÉTODOS : Com base nos dados de um inquérito realizado na Baixada Santista, SP, entre 2006 e 2007, foram retiradas 1.000 amostras sob cada um dos delineamentos e, em cada amostra, foram obtidas estimativas para pessoas de 18 a 59 anos de idade e de 18 anos e mais. Sob o primeiro, foram sorteados 40 setores censitários, 12 domicílios por setor e uma pessoa por domicílio. Na análise, os dados foram ponderados pelo número de adultos residentes nos domicílios. Sob o segundo, foram sorteados 40 setores, seis domicílios por setor para o grupo de 18 a 59 anos de idade e cinco ou seis domicílios para o grupo de 18 anos e mais. N227;o houve sorteio dentro do domicílio. Medidas de precis227;o e de vício das estimativas de proporç227;o para 11 indicadores foram calculadas nos dois conjuntos finais das amostras selecionadas para os dois tipos de delineamentos. Estes foram comparados por meio das medidas relativas: coeficiente de variaç227;o, raz227;o vício/média, raz227;o vício/erro padr227;o e erro quadrático médio relativo. O custo foi comparado considerando custo básico por pessoa, custo por domicílio e números de pessoas e domicílios. RESULTADOS : Os vícios mostraram-se desprezíveis nos dois delineamentos. A precis227;o foi maior para o delineamento sem sorteio e o custo foi menor. CONCLUSÕES : O delineamento sem sorteio intradomicilar mostrou-se superior em termos de eficiência e acurácia, devendo ser a opç227;o preferencial do pesquisador. O sorteio de moradores deve ser adotado quando houver razões referentes ao objeto de estudo que possam levar à introduç227;o de vícios nas respostas dos entrevistados no caso de vários moradores responderem ao questionário proposto.
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OBJETIVO : Avaliar o risco de homicídios em favelas do Rio de Janeiro, considerando as disputas territoriais em curso na cidade. MÉTODOS : O estudo baseou-se em dados de mortalidade por homicídios na cidade do Rio de Janeiro, de 2006 a 2009. Foram avaliados os riscos em favelas e seus entornos, em funç227;o da sua localizaç227;o e do domínio por grupos armados e tráfico de drogas. Foram empregados métodos e conceitos da geografia e etnografia, com as abordagens de observaç227;o participante, entrevistas e análise de dados secundários de saúde. RESULTADOS : As taxas de mortalidade por homicídios no interior das favelas foram equivalentes ou mesmo menores que o restante da cidade, mas consideravelmente maiores nos arredores das favelas, sobretudo em zonas de conflito entre domínios armados rivais. CONCLUSÕES : A presença do tráfico armado em zonas estratégicas da cidade aumenta as taxas de mortalidade por violência e promove a “ecologia do perigo” no entorno de favelas.
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OBJETIVO : Identificar fatores de risco para o absenteísmo com licença médica em trabalhadores de empresa de petróleo. MÉTODOS : Estudo caso-controle (120 casos e 656 controles) aninhado a um estudo de coorte retrospectivo com todos os trabalhadores de uma empresa de petróleo na Regi227;o Norte-Nordeste do Brasil entre 2007 e 2009. A variável resposta utilizada para representar o absenteísmo com licença médica foi a incidência média de faltas com licenças médicas no período, definida pela raz227;o entre o total de dias de licenças médicas e os dias potencialmente trabalháveis no período. Análise de regress227;o logística foi utilizada para investigar a associaç227;o entre incidência média de faltas > 5,0% no período e as variáveis sexo, cargo, idade, tempo de atuaç227;o, regime de trabalho, tabagismo, hipertens227;o arterial, índice de massa corporal, atividade física, risco coronariano, sono, glicemia, diabetes n227;o controlado, doença do aparelho cardiovascular, digestivo, aparelho locomotor, neurológica, neoplasia, posturas forçadas no trabalho, satisfaç227;o com o trabalho, relacionamento com a chefia e atenç227;o concentrada no trabalho. RESULTADOS : A incidência média de faltas com licenças médicas > 5,0% no período da coorte foi 15,5%. O modelo logístico revelou que trabalhadores com incidência média de faltas > 5,0% tiveram 2,6 vezes mais chance de ser do sexo feminino; 2,0 vezes mais chance de ser fumante; 1,8 vez mais chance de ser ex-fumante, 2,2 vezes mais chance de relatar sono anormal e 10,5 vezes mais chance de estarem insatisfeitos com o trabalho do que trabalhadores com incidência média de faltas ≤ 5,0% no período. CONCLUSÕES : Sexo feminino, ser fumante ou ex-fumante, estar insatisfeito com o trabalho e relatar sono anormal s227;o bons preditores de absenteísmo ao trabalho por doença.
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OBJETIVO : Avaliar o desempenho do agente comunitário de saúde após incorporaç227;o do controle da dengue nas suas atribuições. MÉTODOS : Comparou-se a evoluç227;o de indicadores selecionados da Estratégia Saúde da Família e do Programa Nacional de Controle da Dengue do município S227;o Gabriel do Oeste com o de Rio Verde de Mato Grosso, município vizinho com características populacionais, socioeconômicas e estrutura de serviços de saúde semelhantes de 2002 a 2008. Os dados foram coletados dos bancos de dados municipais do Sistema de Informaç227;o da Febre Amarela e Dengue e do Sistema de Informaç227;o da Atenç227;o Básica da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul. As variáveis selecionadas para as atividades dos agentes na Estratégia Saúde da Família foram: visitas domiciliares mensais, gestantes com o pré-natal iniciado no primeiro trimestre, crianças menores de um ano com vacinas em dia e hipertensos. Para o Programa Nacional de Controle da Dengue foram: imóveis inspecionados com Aedes aegypti e imóveis existentes n227;o inspecionados. RESULTADOS : Os dois municípios mantiveram evoluç227;o semelhante nos indicadores do controle da dengue no período. S227;o Gabriel do Oeste apresentava melhor situaç227;o em relaç227;o à Estratégia Saúde da Família em 2002 em três dos quatro indicadores estudados. No entanto, esta situaç227;o se inverteu no final do período, quando o município foi superado por Rio Verde de Mato Grosso em três dos quatro indicadores analisados, entre os quais a média mensal de visitas de agente comunitário de saúde por família cadastrada, principal atividade de um agente da Estratégia Saúde da Família. CONCLUSÕES : A incorporaç227;o do Programa Nacional de Controle da Dengue na Estratégia Saúde da Família é viável e se desenvolveu sem prejuízo das atividades do controle da dengue, excetuando as atividades da saúde da família em S227;o Gabriel do Oeste. A carga adicional de trabalho dos agentes comunitários de saúde pode ser a hipótese mais provável do declínio do desempenho desses agentes nas atividades da Estratégia Saúde da Família.
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OBJETIVO : Analisar o conhecimento de homens e mulheres acerca do HPV e das vacinas e sua intenç227;o de serem vacinados e de vacinarem seus filhos adolescentes. MÉTODOS : Estudo descritivo, de corte transversal, com 286 mulheres (18 a 49 anos) e 252 homens (18 a 60 anos), usuários de cinco unidades básicas de saúde e duas policlínicas do Sistema Único de Saúde, em Campinas, SP, em 2011. Foi realizada entrevista estruturada. Realizou-se análise bivariada e regress227;o de Poisson para identificar variáveis associadas ao conhecimento sobre HPV e vacinas e à intenç227;o de vacinaç227;o. RESULTADOS : Quase 40,0% dos entrevistados referiram ter ouvido falar do HPV e 28,9% mencionaram informações adequadas; a principal fonte de informaç227;o foi a mídia (41,7%); 8,6% tinham ouvido falar das vacinas. Depois de informados da existência das vacinas, cerca de 94,0% dos participantes disseram que se vacinariam e/ou vacinariam filhos adolescentes se as vacinas estivessem disponíveis na rede pública de saúde. Escolaridade > 8 anos e ser do sexo feminino estiveram independentemente associados a ter ouvido falar do HPV e das vacinas e a ter conhecimento adequado sobre o vírus. Maior idade associou-se a ter ouvido falar das vacinas. N227;o houve variáveis associadas à intenç227;o de vacinaç227;o. CONCLUSÕES : Os resultados reforçam a necessidade de haver intervenções educativas na populaç227;o para prover informaç227;o adequada sobre o HPV e sobre medidas de prevenç227;o.
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OBJETIVO : Analisar o papel da ouvidoria e sua contribuiç227;o para a gest227;o da saúde pública segundo usuários de sistema de Saúde e de conselheiros municipais de saúde. MÉTODOS : Pesquisa qualitativa, estudo de caso, descritivo e transversal. A unidade de análise foi uma ouvidoria de saúde, localizada em município do estado de Minas Gerais, de maio a agosto de 2010. O estudo foi de natureza observacional com dados coletados em entrevistas com dois grupos de stakeholders: usuários e conselheiros de saúde. Foram entrevistados 44 usuários do Sistema Único de Saúde que registraram manifestações presenciais na ouvidoria e todos os 20 conselheiros do município. As informações obtidas foram analisadas com base em três questões: (1) natureza das informações obtidas; (2) discuss227;o sobre subsídios para qualificar o funcionamento da ouvidoria como ferramenta de gest227;o; (3) proposiç227;o de ações para o aprimoramento da gest227;o democrática no campo da saúde pública. RESULTADOS : As demandas reportadas à ouvidoria indicaram dificuldade de acesso às ações e serviços de saúde, correndo o risco de serem percebidas como atalhos para obtenç227;o de acessibilidade, desconsiderando o princípio da justiça social. A atuaç227;o da ouvidoria contou com a aprovaç227;o dos cidad227;os. Os usuários relataram como principais funções da ouvidoria: ajudar a solucionar problemas de saúde e ouvir e esclarecer sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde. A informaç227;o foi enfatizada pelos conselheiros de saúde como instrumento de poder e de acesso aos direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde. Destacaram que a ouvidoria tem como tarefa garantir justiça na efetivaç227;o da política de saúde e que desempenha importante papel de mediaç227;o entre o Conselho de Saúde, os cidad227;os e os gestores do sistema municipal de saúde. Além disso, atribuíram à ouvidoria caráter executivo que usualmente ela n227;o abriga. CONCLUSÕES : A ouvidoria é uma importante ferramenta de gest227;o e atua na fiscalizaç227;o do funcionamento do sistema de saúde. A implantaç227;o da ouvidoria é um avanço no campo da gest227;o democrática. Existem desafios a serem superados para que as ouvidorias contribuam para a execuç227;o das políticas de saúde e representem os cidad227;os na garantia do direito à saúde.