310 resultados para SUBNITIDA DUCKE APIDAE


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Este trabalho compara anatomicamente os limbos cotiledonares e eofilares de Caesalpinia leiostachya (Benth.) Ducke, Dimorphandra mollis Benth., Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Pterogyne nitens Tul., Schizolobium parahyba (Vell.) Blake (Caesalpinieae), Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC., Senna multijuga (Rich.) Irwin & Barn. (Cassieae), Bauhinia forficata Link (Cercideae), Copaifera langsdorffii Desf. e Hymenaea stilbocarpa Hayne (Detarieae). As células epidérmicas dos cotilédones apresentam, na maioria das espécies, paredes anticlinais retas, enquanto os eofilos mostram-nas sinuosas. Os cotilédones são, em sua maioria, anfiestomáticos, e os eofilos, hipoestomáticos. A estrutura do mesofilo cotiledonar mostra-se variável, sendo homogêneo o tipo mais comum. Todos os eofilos estudados apresentam-se dorsiventrais. Há variações específicas com relação à presença e localização de grãos de amido, compostos fenólicos, lipídios e polissacarídios, tanto em cotilédones quanto em eofilos. Ambos exibem apenas feixes vasculares colaterais, acompanhados ou não por fibras e/ou bainha parenquimática, na qual, geralmente, ocorrem cristais prismáticos. Conclui-se que: a) há tendência de aumento da complexidade estrutural dos limbos dos eofilos em relação aos dos cotilédones; b) este fenômeno pode ser explicado pelas funções e curto período de vida dos cotilédones.

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Myrtaceae é uma das famílias de plantas mais importantes em várias formações vegetais brasileiras, especialmente nas florestas. Suas flores hermafroditas, de cor geralmente clara e com numerosos estames e os frutos carnosos são procurados por diversas espécies de animais. Esta revisão teve como objetivo sumarizar o conhecimento da ecologia reprodutiva das mirtáceas brasileiras, reunindo informações sobre os polinizadores e os dispersores de sementes do maior número de espécies. Os dados foram levantados da literatura, complementados com dados não publicados dos autores e outros pesquisadores. A maioria dos estudos de polinização foi desenvolvida no cerrado e os de dispersão na floresta atlântica. As flores de Myrtaceae são visitadas principalmente por abelhas, que coletam pólen e são os polinizadores da maioria das espécies. O maior número de visitas é de abelhas das subfamílias Meliponinae e Bombinae (Apidae). Outros insetos como moscas e vespas também visitam as flores das mirtáceas, poucas vezes atuando como polinizadores. A polinização por aves foi relatada em Acca sellowiana (O. Berg) Burret e Myrrhinium atropurpureum Schott, cujo recurso floral principal são as pétalas carnosas e doces. As aves e os macacos são os principais dispersores de sementes das mirtáceas brasileiras, sendo que outros mamíferos, répteis, peixes e formigas interagem de forma eventual, podendo contribuir para a dispersão de sementes. As informações sobre os agentes polinizadores e dispersores de sementes de Myrtaceae no Brasil ainda são escassas, sendo que seu conhecimento é essencial para a conservação das espécies e florestas brasileiras.

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Spondias tuberosa Arruda, espécie endêmica da caatinga, apresenta grande importância econômica, pois seus frutos são bastante comercializados. Apesar de sua importância, não há estudos que tratem da biologia floral e da polinização dessa espécie, que são básicos para pesquisas em agricultura. Nesse trabalho, foram analisados aspectos da fenologia reprodutiva, biologia floral e polinização de Spondias tuberosa, bem como o grau de similaridade entre seus polinizadores e os de Ziziphus joazeiro Mart., no Município de Boa Vista, Paraíba, Brasil. A floração e a frutificação ocorreram no fim da estação seca e durante todo o período chuvoso, respectivamente. Spondias tuberosa é andromonóica, possuindo flores hermafroditas e masculinas em uma mesma inflorescência. As flores são brancas e apresentam dois grupos de estames. As flores hermafroditas possuem gineceu pentacarpelar com um único óvulo e as masculinas apresentam pistilódio. A abertura das flores variou de acordo com o estádio de desenvolvimento da inflorescência, abrindo a maior parte das flores hermafroditas nos estádios iniciais. A antese iniciou às 5h00, tendo duração de dois dias em flores hermafroditas e de um dia nas masculinas. Foram registradas oito espécies de vespas, seis de abelhas e quatro de moscas visitando as flores de Spondias tuberosa, sendo as espécies Scaptotrigona postica flavisetis Moure, Trigona fuscipennis Friese (Apidae) e Polybia ignobilis Haliday (Vespidae) as principais polinizadoras. A similaridade entre os visitantes florais de Spondias tuberosa e Ziziphus joazeiro foi baixa, sugerindo que o sucesso reprodutivo das espécies não foi afetado pela partilha de polinizadores, apesar da floração ter ocorrido na mesma época.

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Se describen Lacmellea bahiensis J. F. Morales y L. macrantha J. F. Morales, dos nuevos taxones para Sur América. Lacmellea bahiensis es endémica a Bahia, Brasil y ha sido confundida con L. aculeata (Ducke) Monach., de la que difiere por sus corolas y sépalos más pequeños. De L. pauciflora (Kuhlm.) Markgr., L. bahiensis difiere por sus flores con el tubo de la corola más largo (21-23 mm vs. 15-17 mm) y hojas usualmente más anchas ((2,5-)3,5-5,5 cm vs. 1,4-2,2(-3,1) cm). Lacmellea macrantha, conocida de Ecuador y Perú, se ha confundido con L. floribunda (Poepp.) Benth. y L. speciosa Woodson, pero difiere de la primera por sus brácteas florales más grandes, sépalos más anchos y lóbulos de la corola más largos, y de la segunda por corolas más largas, con los lóbulos más largos y sépalos más anchos y frutos más grandes. Ilustraciones, discusión de sus afinidades taxonómicas y listado de especímenes examinados son incluidos para cada una de ellas.

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Sistemas de polinização especializados estão ligados a características que incentivam as visitas por polinizadores e desestimulam visitas por outros animais. O mecanismo de polinização de uma espécie de Marantaceae foi estudado com ênfase nessa questão. Calathea cylindrica é uma erva com flores disponíveis o ano todo. As flores são peculiares pela fusão e modificação dos elementos, assimetria, apresentação secundária de pólen, néctar pouco acessível e tubo longo, estreito e fechado até a visita do polinizador. A polinização consiste em um mecanismo explosivo, sendo que uma vez disparado, as estruturas florais não retornam à posição inicial. Assim, há uma única possibilidade para transferência de pólen. Os polinizadores são fêmeas de abelhas Euglossini (Apidae) e no meio da manhã todas as flores já haviam sido visitadas. O acesso ao néctar em flores intactas requer a realização de movimentos específicos e com força apropriada, o que exclui outros insetos. A quantidade de néctar produzido em flores ensacadas foi em torno de 13 µL com 32% de concentração de açúcares. O néctar continua sendo secretado em quantidades pequenas depois do disparo do mecanismo. A floração contínua, a quantidade alta de néctar produzido e a continuidade de secreção após a polinização parecem promover maior fidelidade dos polinizadores. A complexidade estrutural das flores, a secreção que banha externamente a câmara nectarífera e o tubo estreito com pelos internos dificultam o acesso ao néctar e parecem funcionar como barreiras para outros visitantes. Em conjunto, esses fatores parecem ser os determinantes do alto grau de especialização do sistema.

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A biologia floral, polinização e sistema reprodutivo de Casearia grandiflora Cambess., C. javitensis Kunth e Lindackeria paludosa (Benth.) Gilg foram estudados no campus da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil (03°04'34" S e 59°57'50" W), durante o período de novembro 2003 a dezembro 2004. Foram realizadas observações sobre morfologia, biologia floral e visitantes florais. O sistema reprodutivo e o sucesso reprodutivo foram determinados através de polinizações experimentais no campo. As flores são hermafroditas ou estaminadas em Lindackeria paludosa e hermafroditas nas espécies de Casearia que emitem um odor adocicado durante a antese e cujo pólen possui alta fertilidade. As flores de Lindackeria paludosa e Casearia javitensis abrem durante a manhã, enquanto que as de Casearia grandiflora abrem durante a noite. Os principais polinizadores são moscas da família Syrphidae em espécies de Casearia e abelhas das famílias Apidae e Halictidae em L. paludosa. Os resultados das polinizações manuais indicam que Casearia grandiflora e Lindackeria paludosa são espécies autocompatíveis, ao contrário de Casearia javitensis, que é autoincompatível. As espécies apresentaram um alto potencial reprodutivo, mas baixo sucesso reprodutivo pré-emergente.

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We investigated the reproductive biology of Protium spruceanum (Benth.) Engler in vegetation corridors of secondary Atlantic forest in Lavras, southern Minas Gerais State, Brazil. The reproductive phenology was investigated fortnightly over a one year period. Floral biology studies involved pollen viability analysis, nectar production, stigmatic receptivity, pollen tube growth, visiting insect species and visit rates. The small, pale yellowish flowers (0.3-0.4 cm diameter) are functionally unisexual and organized in dense inflorescences (ca. 45 flowers). P. spruceanum presented annual flowering between September and November. Staminate flowers supplied a high percentage of viable pollen (90.6%) and relatively abundant nectar (x = 4.5 μL). Pistillate flowers produced only nectar to flower visitors (x = 4.0 μL). The effective pollinators were Apis mellifera and Trigona sp. (Hymenoptera, Apidae). Pollen tubes of cross-pollinated flowers were observed entering the ovaries 48 h after pollination. The fruiting season is from October to March, with a peak in November, coinciding with the rainfall peak. Ecological implications of these findings, and alternative arguments to explain the high genetic diversity at regional landscape are discussed.

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Three new species of Sloanea L. are recognized based on specimens collected in the Adolpho Ducke Forest Reserve. These new species are morphologically distinct from other Sloanea in the Neotropics in terms of their vegetative and reproductive characters. The Ducke Reserve contains a total of 18 species of Sloanea, and the species closest to these new taxa occur there. Morphological descriptions and illustrations are provided, together with comments concerning morphological similarities with other species, as well as their geographic distributions and their phenologies.

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Ampelozizyphus amazonicus Ducke is a tree commonly found in the Amazon region and an extract of its stem bark is popularly used as an antimalarial and anti-inflammatory agent and as an antidote to snake venom. Ursolic acid; five lupane type triterpenes: betulin, betulinic acid, lupenone, 3ß-hydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid, and 2a,3ß-dihydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid, and three phytosteroids: stigmasterol, sitosterol and campesterol, have been isolated from stem extracts of A. amazonicus Ducke. Their structures were characterized by spectral data including COSY and HMQC. In an in vitro biological screening of the isolated compounds, 3ß-hydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid was cytotoxic against the SKBR-3 human adenocarcinoma cell line (1 to 10 mg/mL), while 2a,3ß-dihydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid exhibited cytotoxicity against both SKBR-3 human adenocarcinoma and C-8161 human melanoma tumor cell lines (>0.1 mg/mL). In the present study, different extracts and some fractions of this plant were also investigated for trypanocidal activity due to the presence of pentacyclic triterpenes. The triterpene classes are potent against Trypanosoma cruzi. The bioassays were carried out using blood collected from Swiss albino mice by cardiac puncture during the parasitemic peak (7th day) after infection with the Y strain of T. cruzi. The results obtained showed that A. amazonicus is a potential source of bioactive compounds since its extracts and fractions isolated from it exhibited in vitro parasite lysis against trypomastigote forms of T. cruzi at concentrations >100 µg/mL. Fractions containing mainly betulin, lupenone, 3ß-hydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid, and 2a,3ß-dihydroxylup-20(29)-ene-27,28-dioic acid showed more activity than crude extracts.

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Caesalpinia leiostachya (Benth.) Ducke (pau-ferro) é uma planta arbórea nativa do Brasil, cujas sementes possuem dormência causada pela impermeabilidade do tegumento à água. Neste trabalho foram conduzidos dois experimentos, nos quais foram utilizados diferentes períodos de escarificação em ácido sulfúrico concentrado para superar a dormência das sementes. No primeiro experimento, sementes coletadas em agosto de 1997 foram armazenadas por oito meses em ambiente não controlado no interior do próprio fruto, e em câmara seca após serem extraídas dos frutos; a seguir, elas foram imersas em ácido sulfúrico por 0, 10, 20, 40, 60 e 80min e colocadas para germinar nas temperaturas constante de 25ºC e alternada de 20-30°C, sob fotoperíodo de 8h. No segundo experimento, sementes extraídas de frutos recém-coletados em agosto de 1998 foram imersas em ácido sulfúrico por 0, 10, 20, 30, 40 e 60min, seguido do teste de germinação conduzido nas mesmas temperaturas do experimento anterior, na ausência e presença de luz. Foram avaliados a porcentagem final e o índice de velocidade de germinação das sementes. Os resultados mostraram que (a) a manutenção das sementes no interior dos frutos é uma alternativa viável para o armazenamento durante o período adotado; (b) as sementes recém-coletadas são indiferentes à luz, nas duas temperaturas testadas; (c) as sementes recém-coletadas e as armazenadas germinam em maior velocidade a 25ºC; (d) em sementes armazenadas, a imersão em ácido sulfúrico por 10min é suficiente para superar a dormência; (e) em sementes recém-coletadas, a imersão em ácido sulfúrico por 20 a 30min favorece a porcentagem e a velocidade de germinação.