Efeito do silicato de c��lcio no teor de sil��cio no solo e na produção de gr��os de arroz de sequeiro

Em solos com baixos teores de sil��cio (Si) "dispon��vel", a aduba����o com silicato de c��lcio (CaSiO3) pode melhorar as caracter��sticas qu��micas do solo, tais como o pH, o Ca troc��vel e o Si "dispon��vel". Efeito na produtividade do arroz tamb��m pode ocorrer em decorr��ncia do aumento da resist��ncia ao acamamento e ��rea fotossint��tica. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a disponibilidade do Si em solos de cerrado. O experimento foi realizado em casa de vegeta����o com a cultura do arroz de sequeiro, e os tratamentos foram cinco doses de Si (0, 120, 240, 480 e 960 kg ha-1), aplicadas na forma de silicato de c��lcio, e quatro solos: Latossolo Vermelho-Escuro ��lico (LEa), Latossolo Vermelho-Amarelo ��lico (LVa), Latossolo Roxo distr��fico (LRd) e Areia Quartzosa ��lica (AQa). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com quatro repeti����es. Avaliou-se o efeito do silicato de c��lcio nos teores de Si, Ca e pH do solo e no rendimento de gr��os de arroz. Observou-se aumento nos teores de Ca e nos valores de pH do solo. A recupera����o do Si aplicado variou segundo a classe de solo e a dose aplicada. O teor de Si "dispon��vel" no solo variou na ordem LRd > LEa = LVa > AQa. O n��vel de sufici��ncia de Si no solo foi de 9,8 mg dm-3 para atingir 90% da produção m��xima.

Avalia����o de fatores edafoclim��ticos e do manejo na produção de cafeeiros (Coffea arabica L.) no Oeste Paulista

Atributos do clima, solo e manejo foram caracterizados em 10 lavouras comerciais de caf��, estabelecidas na regi��o oeste do estado de S��o Paulo, nos munic��pios de Sagres, Pomp��ia, Iacri, Bastos, Hercul��ndia, Mar��lia, Vera Cruz, Gar��a e G��lia. Os objetivos foram identificar os principais fatores limitantes �� cultura e estabelecer um modelo multivariado simples para explicar as produ����es observadas entre 1984 e 1989. Foram analisados, por correla����o simples, mais de 2.000 atributos em rela����o ��s produ����es finais. Os atributos que apresentaram signific��ncia a 5% de probalidade pelo teste t de Student foram combinados em sucessivas an��lises de regress��o m��ltipla. Tr��s equa����es, com quatorze, cinco e seis vari��veis preditoras, foram selecionadas, com graus de explica����o da produção observada da ordem de 77, 73 e 75%, respectivamente. Quatro vari��veis foram comuns aos tr��s modelos: produção do ano anterior, idade da lavoura, temperatura m��nima absoluta m��dia na ��poca do abotoamento e florescimento e soma dos teores de silte e argila nos horizontes subsuperficiais. Outras vari��veis selecionadas foram: precipita����o na ��poca do abotoamento e florescimento; precipita����o na ��poca da matura����o e colheita; densidade do solo e ��gua dispon��vel junto �� cova (camada de 20-40 cm); macroporosidade na rodagem de m��quinas (camada de 0-20 cm); aduba����o nitrogenada; pH em ��gua e f��sforo, ambos na ��rea adubada (camada de 20-40 cm); teor de c��lcio troc��vel e rela����o Mg:K troc��veis, ambos na ��rea adubada (camada de 0-20 cm). A an��lise dos dados de produção no per��odo de seis anos mostrou que as lavouras encontravam-se em processo de depauperamento, com decl��nio da produtividade da ordem de 400 kg ha-1 ano-1. As ��reas necessitavam de melhoria da calagem, fosfatagem em profundidade, restabelecimento dos n��veis de magn��sio no solo e aduba����o mineral equilibrada. Tamb��m ficou evidenciada a necessidade de ser evitada a instala����o da lavoura em ��reas de ac��mulo de ar frio no inverno ou solos com acentuado gradiente textural.

Biomassa microbiana e produção de C-CO2 e N mineral de um podz��lico vermelho-escuro submetido a diferentes sistemas de manejo: Microbial biomass and C-CO2 and mineral nitrogen production in paleudult soil cultivated under different management systems

Os sistemas de manejo, com diferen��as no revolvimento do solo e na composi����o dos res��duos vegetais, alteram as propriedades biol��gicas do solo, com reflexos na qualidade do solo e na produtividade das culturas. Com vistas em medir estas altera����es nas propriedades biol��gicas do solo, a biomassa e a atividade microbiana foram avaliadas em um Podz��lico Vermelho-Escuro, em Eldorado do Sul (RS), utilizando diferentes preparos (convencional, reduzido e plantio direto) e dois sistemas de sucess��es de culturas (aveia preta + vica/milho + caupi e aveia/milho). As avalia����es foram realizadas em quatro ��pocas, durante 12 meses, e em duas profundidades (0-5 e 5-15 cm). O carbono da biomassa microbiana foi analisado pelo m��todo de fumiga����o-incuba����o, e a atividade microbiana, pela produção de C-CO2 e N mineral, ap��s 60 dias de incuba����o. As diferen��as na biomassa e na atividade microbiana, entre os sistemas de manejo, foram mais pronunciadas na camada de 0-5 cm. Nesta camada de solo, observaram-se os maiores valores de biomassa e de atividade nos preparos conservacionistas e no sistema aveia + vica/milho + caupi. Dentre as vari��veis estudadas, a mineraliza����o de N mostrou-se a mais sens��vel aos manejos, �� profundidade e �� ��poca de amostragem.

Efeito da aduba����o nitrogenada no crescimento e na produção de alho proveniente de cultura de tecidos e de multiplica����o convencional

Estudaram-se os efeitos de doses de nitrog��nio sobre o crescimento e produção de plantas de alho provenientes de cultura de tecidos e de multiplica����o convencional. O experimento foi realizado no campo experimental do Setor de Olericultura da UFLA, em Lavras, MG. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados com quatro repeti����es, em esquema fatorial 2 x 5. Os tratamentos foram compostos por plantas provenientes de duas formas de multiplica����o (cultura de tecidos e convencional) e cinco doses de nitrog��nio (0, 35, 70, 105 e 140 kg ha-1). A altura e a produção de mat��ria seca das plantas foram avaliadas aos 30, 50, 70, 90, 110, 130 e 150 dias do plantio e a produção total e comercial de bulbos no final do ciclo. Os resultados demonstraram grande diferen��a de resposta �� aduba����o nitrogenada entre as formas de multiplica����o. Foram verificadas respostas significativas �� aduba����o nitrogenada aos 90, 110 e 130 dias, para ambas as formas de multiplica����o, ��pocas em que o crescimento da planta e do bulbo �� intenso. Em plantas provenientes de cultura de tecidos, a altura das plantas aumentou com as doses de nitrog��nio, enquanto plantas obtidas pelo m��todo convencional demonstraram pontos m��ximos de resposta em 92, 116 e 137 kg ha-1 de N, respectivamente aos 90, 110 e 130 dias do plantio. Doses de 122 e 107 kg ha-1 de N, nas plantas de cultura de tecidos, e 119 e 102 kg ha-1, nas convencionais, proporcionaram o m��ximo ac��mulo de mat��ria seca aos 90 e 110 dias, respectivamente. Aos 130 dias, a produção de mat��ria seca aumentou linearmente nas duas formas de multiplica����o em raz��o do intenso processo de bulbifica����o neste per��odo. As plantas de cultura de tecidos apresentaram resposta linear positiva ��s doses de nitrog��nio para produção de bulbos e nas convencionais a produção aumentou at�� 117 kg ha-1. As plantas provenientes de cultura de tecidos apresentaram aproximadamente o dobro da produção de mat��ria seca e de bulbos nas doses de N que proporcionaram a m��xima resposta nas plantas convencionais.

Efeito residual do calc��rio na produção de milho e soja em solo Glei Pouco H��mico

O cultivo de milho e soja em solos ��cidos requer a aplica����o de calc��rio, para elevar o pH, reduzir a toxidez de alum��nio e fornecer os nutrientes c��lcio e magn��sio. O calc��rio pode ter efeito residual prolongado, sendo necess��rio quantificar a durabilidade e a efici��ncia da calagem no solo por um per��odo longo de cultivos sucessivos. Neste trabalho, deu-se continuidade a um experimento instalado na EMBRAPA Cerrados, em 1986, em solo Glei Pouco H��mico argiloso, com doses iniciais de 0, 2, 4, 6 e 8 t ha-1 de calc��rio dolom��tico a lan��o. A partir de 1990, foi cultivado o milho em rota����o com a soja, em um total de sete cultivos sucessivos. Os dados de produtividade mostraram que o calc��rio aplicado em 1986 tem apresentado efeito residual. A resposta das duas culturas at�� o quarto cultivo e da soja, no sexto cultivo, foi significativamente maior a partir da primeira dose de 2 t ha-1 de calc��rio. No quinto e no s��timo ano de cultivo, a produtividade do milho foi significativamente maior, respectivamente, a partir das doses de 4 e 6 t ha-1 de calc��rio. A produtividade relativa m��xima, para a m��dia de quatro cultivos de milho e tr��s cultivos de soja em sucess��o, foi obtida com a satura����o por bases do solo de 42% para o milho e 38% para a soja. A partir do quarto ano de aplica����o do calc��rio, a perda anual m��dia de c��lcio + magn��sio troc��veis do solo nos tratamentos com calc��rio foi de 2 mmol c dm-3.

Produção de mic��lio externo por fungos micorr��zicos arbusculares e crescimento da soja em fun����o de doses de f��sforo

Em uma associa����o entre duas esp��cies de fungos micorr��zicos arbusculares (FMAs) (Glomus intraradices ou Gigaspora margarita) e soja (Glycine max L. Merrill cv. IAC-8), avaliaram-se a produção de massa de material seco da parte a��rea (MSPA), a massa de material seco de vagens (MSV), a coloniza����o radicular, a concentra����o de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn e Zn na parte a��rea e vagens, al��m das estimativas do comprimento de mic��lio externo ativo (MEA) e mic��lio externo total (MET). As plantas receberam cinco doses de f��sforo (0, 25, 50, 100 e 200 mg kg-1) e as avalia����es foram feitas em quatro ��pocas (15, 30, 60 e 90 dias). A inocula����o da soja com G. margarita resultou em redu����o transit��ria de crescimento aos 60 dias, enquanto aumentos na MSPA devidos �� inocula����o com os FMAs foram mais evidentes aos 90 dias. A coloniza����o radicular, a produção de MEA e de MET apresentaram rela����o negativa com o incremento das doses de P nos tratamentos com FMAs. A menor produção de MEA e a fase de crescimento lento mais prolongada observadas no tratamento com G. margarita podem ter colaborado para a redu����o do crescimento das plantas aos 60 dias. O comprimento de MEA produzido por G. intraradices aumentou com o tempo e diminuiu com o aumento das doses de P. Esses efeitos foram menos evidentes para G. margarita. As concentra����es de Fe e Mn nas vagens aos 90 dias foram menores nos tratamentos inoculados com FMAs nas menores doses de P, nas quais foi observada maior coloniza����o radicular.

Teores de nitrog��nio no solo e nas fra����es da mat��ria org��nica sob diferentes sistemas de produção de milho

Com o objetivo de avaliar o efeito de sistemas de produção sobre a din��mica do N no solo e nas fra����es da mat��ria org��nica, realizou-se, por seis anos, em Jaboticabal (SP), um experimento constitu��do de: semeadura convencional de milho com pousio no inverno (C-Mi-P), plantio direto de milho e pousio no inverno (D-Mi-P), plantio convencional de milho em rota����o com soja e pousio no inverno (C-Mi-P-So), plantio direto de milho em rota����o com soja e pousio no inverno (D-Mi-P-So) e plantio direto de milho com uso de Mucuna aterrina (mucuna-preta), Cajanus cajan (feij��o guandu) e Crotalaria juncea no inverno (D-Mi-Mu, D-Mi-Gu e D-Mi-Cr), em delineamento de blocos ao acaso e parcelas subdivididas. Ap��s 60 dias da emerg��ncia das pl��ntulas, coletaram-se amostras de solo (0-0,05, 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m) e planta. Nas amostras de terra, avaliaram-se os teores de N total, N-NH4+, N-NO3-, N biomassa microbiana (N-B), N potencialmente mineraliz��vel (NPM), N total nas fra����es: mat��rias h��micas (MH), sol��vel em ��gua (FSA), ��cido f��lvico (AF), ��cido h��mico (AH) e humina (HN) com dados expressos em base de TFSE. Nas folhas, determinaram-se os teores de N total, e nas plantas de adubo verde (semeadas ap��s a colheita do milho), mediram-se a produção de mat��ria seca (MS). Observaram-se valores maiores de NPM na camada de 0-0,05 m e nos tratamentos com plantio direto, envolvendo ou n��o rota����o de culturas ou aduba����o verde, com a FSA se comportando de modo semelhante. O sistema de cultivo convencional, envolvendo ou n��o rota����o de culturas, proporcionou maiores valores de N mineral na camada de 0,05-0,10 m, em raz��o da presen��a de maiores valores de N-n��trico. O cultivo convencional acelerou o processo de mineraliza����o do N, enquanto a maior adi����o de mat��ria org��nica pela cultura de inverno no sistema de plantio direto promoveu incremento da fra����o potencialmente mineraliz��vel do N no solo.

Utiliza����o do res��duo industrial ferkal na produção de mudas de Mimosa caesalpiniaefolia, em est��ril de extra����o de argila, inoculadas com fungos micorr��zicos arbusculares e riz��bio

Realizou-se um experimento em casa de vegeta����o com o objetivo de avaliar os efeitos da inocula����o com fungos micorr��zicos arbusculares (FMAs) e, ou, riz��bio, associados �� adi����o de res��duo da fabrica����o de ��cido l��ctico (Ferkal), na produção de mudas de Mimosa caesalpiniaefolia (sabi��) em est��ril de extra����o de argila. Foram utilizados vasos pl��sticos de 6 L que continham est��ril de extra����o de argila, adicionado do res��duo Ferkal (nas concentra����es de 0, 50, 100 e 200 g dm-3). Foram empregados seis tratamentos microbiol��gicos (FMAs nativos; FMA Glomus clarum; riz��bio; FMAs nativos + riz��bio; FMA G. clarum + riz��bio, e controle n��o inoculado). Ap��s 103 dias, as mudas foram coletadas, e analisados o peso da mat��ria seca dos n��dulos, a taxa de coloniza����o micorr��zica, o peso da mat��ria seca e os teores de N e P na parte a��rea das mudas. Os resultados demonstraram que adi����o de Ferkal no tratamento-controle (sem inocula����o) aumentou significativamente o teor de P. Entretanto, as melhores respostas foram obtidas nas mudas inoculadas com FMAs e, ou, riz��bio, que apresentaram, em rela����o ao controle, aumentos significativos no peso da mat��ria seca e nos teores de N e P da parte a��rea das mudas, em quase todos os tratamentos inoculados. Os FMAs nativos foram mais eficientes que o FMA G. clarum em promover o crescimento de M. caesalpiniaefolia.

Doses e modos de aduba����o com mangan��s e seus efeitos na produção da cultura do arroz

O presente trabalho foi realizado em casa de vegeta����o, com o objetivo de estudar doses e modos de aplica����o de mangan��s sobre vari��veis vegetativas e componentes da produção de cultivares de arroz de terras altas. Os tratamentos constaram de cinco doses de mangan��s, sendo quatro aplicadas via solo (0, 4, 8 e 16 mg dm-3 de solo) e uma via foliar (tr��s aplica����es de 4 g L-1), e dois cultivares de arroz de sequeiro (Canastra e Confian��a). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repeti����es, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 2 x 5. Cada parcela foi constitu��da por um vaso com 8 dm�� de solo (Latossolo Vermelho-Amarelo, sob vegeta����o primitiva de cerrado), com seis plantas. Comparando a aplica����o de 8 mg dm-3 via solo e via foliar, nas dosagens recomendadas pela literatura, notou-se que a aplica����o via solo propiciou os maiores incrementos nos valores das vari��veis estudadas. As m��ximas produ����es das vari��veis foram obtidas pela aplica����o de 8,75 a 9,93 mg dm-3 de Mn via solo, evidenciando que, para as condi����es estudadas, a dose recomendada pela literatura mostrou-se adequada, visto que os valores supracitados ficam na faixa de pequenos incrementos. Houve diferen��a, embora n��o muito acentuada, entre os cultivares testados no tocante �� aplica����o de mangan��s. O cultivar Canastra mostrou-se mais responsivo, apresentando maior produção de gr��os cheios que o Confian��a a partir da aplica����o de 6,81 mg dm-3 de Mn via solo. O efeito negativo das maiores doses de Mn via solo sobre as caracter��sticas avaliadas deve estar associado �� defici��ncia de Fe e n��o �� toxidez de Mn propriamente dita.

Efeito de sistemas de produção de gr��os e de pastagens sob plantio direto sobre o n��vel de fertilidade do solo ap��s cinco anos

A fertilidade do solo foi avaliada num Latossolo Vermelho distr��fico t��pico, em Passo Fundo (RS), ap��s cinco anos de estabelecimento (1993 a 1997) de quatro sistemas de produção, integrando gr��os, pastagens anuais de inverno e pastagens perenes: sistema I (trigo/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho); sistema II (trigo/soja, aveia branca/soja e aveia preta + ervilhaca pastejadas/milho); sistema III [pastagens perenes da esta����o fria (festuca + trevo branco + cornich��o)]; sistema IV [pastagens perenes da esta����o quente (pensacola + aveia preta + azev��m + trevo vermelho + cornich��o)], e sistema V (alfafa para feno), acrescentado como tratamento adicional com repeti����es em ��reas cont��guas ao experimento em 1994. Os tratamentos foram distribu��dos em blocos ao acaso com quatro repeti����es. Os sistemas de produção, sob plantio direto, elevaram os teores de mat��ria org��nica, de P extra��vel e de K troc��vel, principalmente na camada de solo de 0-5 cm. Nos quatro primeiros sistemas de produção, houve aumento dos valores de pH e de Ca + Mg troc��veis, da superf��cie (0-5 cm) para a camada mais profunda do solo (15-20 cm), enquanto com o valor de Al troc��vel ocorreu o contr��rio. Os sistemas com pastagens perenes mostraram maior teor de mat��ria org��nica na camada superficial do solo do que os sistemas com pastagens anuais.

Din��mica do afilhamento afetada pela disponibilidade de nitrog��nio e sua influ��ncia na produção de espigas e gr��os em trigo

O aumento do n��mero e da sobreviv��ncia de afilhos e a produção de espigas e gr��os em trigo foram avaliados em rela����o �� disponibilidade de N, em tr��s experimentos realizados na Esta����o Experimental Agron��mica da UFRGS (Eldorado do Sul, RS), em 1995, 1997 e 1998. Foi utilizado o cv. Embrapa16, semeado no final de junho na densidade de 300sementes aptas m-2. Os tratamentos, em 1995, consistiram da aplica����o de 40kgha-1 de N em diferentes est��dios de desenvolvimento da planta (da emerg��ncia �� emiss��o da 5��folha do colmo principal), seguidos ou n��o da aplica����o de 40kgha-1 de N na emiss��o da 7��folha. Em 1997 e 1998, diferentes doses de N foram aplicadas na emerg��ncia das plantas, seguidas ou n��o da aplica����o de N no momento de emiss��o da 7��folha. O N aplicado no in��cio do per��odo vegetativo estimulou maior emiss��o de afilhos, enquanto o N aplicado na emiss��o da 7�� folha reduziu sua mortalidade e manteve a sincronia de desenvolvimento entre colmo principal e afilhos. Em decorr��ncia, aumentou o n��mero de espigas por ��rea, refletindo no aumento do rendimento de gr��os.

Produção e estado nutricional do milho em cultivo intercalar com adubos verdes

A utiliza����o da aduba����o verde para estabelecer a diversidade e o equil��brio do sistema de produção �� um dos paradigmas da agricultura moderna. Com o objetivo de avaliar a produção e o estado nutricional da cultura de milho sob cultivo intercalar com adubos verdes, foi realizado, entre 1995 e 1997, um experimento em campo, em Piracicaba (SP), em um Litossolo Vermelho eutr��fico. O milho foi semeado no espa��amento de 0,90m nas entrelinhas, perfazendo aproximadamente 50.000plantas por hectare. Os tratamentos constaram de uma testemunha, sem cultivo intercalar, e quatro esp��cies de adubos verdes: mucuna an�� (Mucuna deeringiana (Bort.) Merr), guandu an��o (Cajanus cajan (L.) Millsp), crotal��ria (Crotalaria spectabilis Roth) e feij��o-de-porco (Canavalia ensiformis (L.) DC.), semeados sem aduba����o, no meio da entrelinha, distante 45cm da linha do milho, em duas ��pocas: simult��nea �� semeadura do milho e 30dias ap��s. O solo, no primeiro ano, foi preparado sob sistema convencional e, no segundo, cultivaram-se as culturas sob semeadura direta. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repeti����es. O estado nutricional e a produção de gr��os do milho apresentaram melhores resultados no cultivo consorciado com feij��o-de-porco. Os efeitos positivos desta esp��cie na produtividade de gr��os de milho foram mais acentuados no segundo ano de ado����o do cultivo consorciado, quando o sistema de manejo do solo foi semeadura direta. A semeadura dos adubos verdes simult��nea ao milho foi o manejo mais recomend��vel, por n��o prejudicar o desenvolvimento do milho e reduzir a opera����o p��s-plantio.

Uso alternativo da grade aradora superpesada na corre����o da acidez do solo em profundidade e na produção da aveia preta

A m��xima efici��ncia da calagem depende, al��m da qualidade do material corretivo, de uma incorpora����o adequada quanto �� profundidade e homogeneidade. Diante disto, objetivou-se avaliar o efeito dos modos de incorpora����o de calc��rio na produção da aveia preta e na corre����o da acidez no perfil do solo. Para isto, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distr��fico textura argilosa, na regi��o do Tri��ngulo Mineiro, em Uberl��ndia (MG), no per��odo de maio de 1995 a fevereiro de 1996. O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas, com as parcelas principais organizadas em blocos, com tr��s repeti����es. As parcelas foram constitu��das pelos modos de incorpora����o do calc��rio: grade aradora pesada e grade niveladora GP+GN (14x34"); modo tradicional, com ara����o (4x26") e grade niveladora A+GN (60x22"); grade aradora superpesada e grade niveladora GSP+GN (14x34"); nas subparcelas, pelas doses de calc��rio dolom��tico, como se segue: D0 = zero de calc��rio; D1 = dose para elevar V = 70%; D2 = dose para elevar V = 100%, que corresponderam a 0; 6,0 e 9,2tha-1, respectivamente. O modo de incorpora����o do calc��rio influiu na efici��ncia da calagem no perfil do solo. A gradagem pesada n��o foi adequada para a incorpora����o do calc��rio. O arado de disco mais a gradagem niveladora tiveram desempenho satisfat��rio, atingindo at�� 0,20m de profundidade. A gradagem superpesada proporcionou maior uniformidade e profundidade de incorpora����o, com neutraliza����o da acidez do solo at�� 0,30m de profundidade.

Alternativa agron��mica para o bioss��lido produzido no Distrito Federal: I - efeito na produção de milho e na adi����o de metais pesados em Latossolo no cerrado

O crescimento urbano em Bras��lia aumentou o volume de esgoto dom��stico coletado, gerando maior volume de bioss��lido - res��duo final do tratamento do esgoto - depositado nos p��tios da Companhia de ��gua e Esgoto de Bras��lia (CAESB). Embora ainda haja car��ncia de informa����es t��cnicas que possam garantir seguran��a ambiental, viabilidade econ��mica e satisfa����o social de seu uso, a maior parte do bioss��lido tem sido utilizada como condicionador de solos e fertilizante pelos agricultores nas ��reas agr��colas vizinhas. Neste trabalho, o bioss��lido, que continha 90 dag kg-1 de ��gua (10 dag kg-1 de mat��ria seca), foi aplicado a um Latossolo Vermelho distr��fico, em doses ��nicas de 54, 108 e 216 t ha-1. Na menor dose e sem qualquer adi����o de outros fertilizantes, o material forneceu nutrientes para o milho por tr��s anos, resultando em uma produtividade m��dia de gr��os de 4.700 kg ha-1. O modelo de ajuste aos dados, definido pela equa����o quadr��tica Y = 2349,3** + 41,579** X - 0,1097** X ��, R�� = 0,9824**, em que Y representa a produtividade de milho (kg ha-1) e X, a dose de bioss��lido ��mido aplicado (t ha-1), estima que a aplica����o de 189,51 t ha-1 produziria o rendimento m��ximo de milho. Usando-se o f��sforo (P2O5) como refer��ncia, o bioss��lido foi mais eficiente do que a aduba����o mineral com superfosfato triplo, apresentando um valor fertilizante m��dio de 125 % nos tr��s anos de cultivo. Na dose de 54 t ha-1, o bioss��lido da CAESB incorpora ao solo 240 kg de P2O5, 320 kg de N, 160 kg de Ca, 13 kg de K2O. As concentra����es dos metais pesados (Cd, Pb e Hg) presentes no bioss��lido s��o muito inferiores aos limites cr��ticos para aplica����o do material, e a aplica����o de 54 t ha-1 de bioss��lido ��mido incorpora ao solo pequenas quantidades daqueles metais, indicando que a contamina����o do solo por aqueles poluentes n��o constituir�� problema, desde que o esgoto urbano n��o receba contamina����o por res��duos industriais.

Sil��cio e cloreto de s��dio na nutri����o mineral e produção de mat��ria seca de plantas de moringa (Moringa oleifera Lam.)

Realizou-se um experimento em casa de vegeta����o do Departamento de Ci��ncia do Solo da Universidade Federal de Lavras, para avaliar o efeito do sil��cio na nutri����o mineral e na produção de mat��ria seca de plantas de moringa submetidas ao estresse salino. Utilizaram-se o esquema fatorial e o delineamento de blocos casualizados, com tr��s repeti����es, e uma planta por vaso de 3 L de capacidade, em que o primeiro fator referiu-se ��s doses de NaCl (0, 30, 60, 90 e 120 mol m-3) e o segundo ��s doses de SiO2 (0, 0,5, 1,0 e 1,5 mol m-3), em solu����o de Hoagland & Arnon (1950) a 50 % da concentra����o normal. As solu����es foram renovadas em intervalos de 10 dias e, aos 35 dias, ap��s a aplica����o dos tratamentos, as plantas foram colhidas, separadas em folhas, caule e ra��zes, secas, para determina����o da produção de mat��ria seca, e mo��das, para determina����o dos teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Na, Cl e Si. A partir dos teores, determinaram-se as rela����es Na/K, Na/Ca e Na/Mg e a transloca����o dos nutrientes para a parte a��rea. Observou-se que a adi����o do Si elevou os teores de K e de Ca nas folhas e reduziu os de Na e as rela����es Na/K, Na/Ca e Na/Mg. O Si n��o reduziu os efeitos depressivos do NaCl na produção de mat��ria seca das plantas de moringa.