320 resultados para Policia - Atitudes
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar e comparar a preceptoria no programa de residência médica em Cirurgia Geral, no centro cirúrgico, em um hospital universitário e em um hospital não universitário, a partir da ótica dos residentes que ingressaram em 2010 e 2011. MÉTODOS: Questionário aplicado aos residentes, modificado de Sarker SK, Vincent C, e Darzi AW e usando-se a escala de Likert para qualificar o ítem pesquisado sobre as atitudes dos preceptores. A comparação da distribuição das respostas entre os dois hospitais foi analisada pelo teste de c² para tendências. RESULTADOS: No hospital universitário foram avaliados 12 preceptores por sete residentes. No hospital não universitário foram 11 preceptores avaliados por 13 residentes. O hospital não universitário apresentou a tendência de resposta discordante e indiferente (DC, D e I) maior que o hospital universitário. Só o resultado de uma pergunta apresentou significância estatística. Não houve diferença significativa na comparação das respostas nas demais perguntas entre os dois hospitais. CONCLUSÃO: Os hospitais apresentaram preceptoria semelhante.
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OBJETIVO: promover e observar, de forma participativa, uma atividade científica acompanhada de uma renovação didático-metodológica que desenvolvesse a atitude científica e, ao mesmo tempo, proporcionasse o estudo sobre a atualização dos conhecimentos pedagógicos dos médicos que atuam como docentes em faculdades de medicina. MÉTODOS: alunos do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de duas turmas consecutivas, realizaram uma pesquisa, na qual entrevistaram aleatoriamente 150 professores-médicos que atuam em faculdades de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. O estudo foi estruturado em três etapas: definição do conteúdo investigativo; realização de entrevistas, mediante pesquisa de campo e discussão dos resultados. RESULTADOS: a maioria dos professores-médicos entrevistados (85%) afirma conhecer as tendências atuais da educação, mas, ao expressar o pensamento, deixam dúvidas sobre o real conhecimento do assunto. As aulas expositivas foram utilizadas por 90% dos entrevistados e os demais (10%) utilizaram outras estratégias de ensino para transmitir os conteúdos. Somente 52% dos médicos afirmaram já ter ouvido falar sobre a Resolução CNE/CES nº 04/2001. CONCLUSÃO: a atividade de ensino com pesquisa desafiou os estudantes como investigadores preparando-os para a pesquisa e construção de atitudes científicas necessárias na pós-graduação, auxiliando-os na solução do problema investigado. Os resultados destacam que as respostas obtidas na entrevista não foram precisas para caracterizar a dimensão real da atualização pedagógica dos professores médicos.
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OBJETIVO: avaliar conhecimento, opinião e conduta de ginecologistas e obstetras sobre o aborto induzido. MÉTODO: questionário estruturado e pré-testado foi enviado a ginecologistas e obstetras associados a FEBRASGO. Solicitou-se preenchê-lo sem identificar-se e retorná-lo em envelope pré-selado que o acompanhava, para assegurar anonimato. Perguntou-se sobre conhecimento da legalidade do aborto no Brasil, opinião sobre a mesma e conduta em situações de solicitação de aborto. RESULTADOS: para 90% o aborto é legal nos casos de gravidez por estupro e risco de vida para a gestante, e para 31,8% quando existe malformação congênita grave. Opinaram que o aborto deveria ser permitido quando há risco de vida da gestante (79,3%), malformação fetal (77,0%) e quando a gravidez for resultado de estupro (76,6%), e 9,9% opinaram que deveria permitir-se em qualquer circunstância. Dois terços acreditavam que se precisa de alvará judicial para realizar aborto previsto em lei, e 27,4% sabiam que se requer solicitação da mulher. Diante da gravidez indesejada, 77,6% das mulheres ginecologistas/obstetras e 79,9% das parceiras dos ginecologistas/obstetras que a experimentaram referiram que foi feito um aborto; 40% ajudariam uma paciente e 48,5% a uma familiar na mesma situação. CONCLUSÃO: falta conhecimento da situação legal do aborto entre os ginecologistas e obstetras, apesar de grande maioria ter atitudes e condutas favoráveis.
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OBJETIVO: identificar fatores indicadores da sintomatologia climatérica. PACIENTES E MÉTODOS: estudo transversal de 254 mulheres pós-menopáusicas com idade entre 45 e 60 anos atendidas em Ambulatório de Climatério entre junho e outubro de 2002. Foram excluídas mulheres histerectomizadas ou sob terapia hormonal. As atitudes sobre a menopausa foram avaliadas por meio de instrumento construído a partir da adaptação de um questionário, constituindo-se de 11 questões referentes a atitudes positivas (vantagens) e 11 referentes a atitudes negativas (desvantagens) sobre a menopausa. Para a coleta de dados sociodemográficos e relacionados a variáveis reprodutivas e às condições de saúde da população estudada, utilizou-se questionário estruturado e previamente testado. A sintomatologia climatérica foi avaliada pelo índice de Kupperman e as atitudes sobre a menopausa por meio de instrumento específico. Os dados foram analisados pelo teste t de Student, análise de variância (ANOVA) e regressão linear múltipla. RESULTADOS: de modo geral, a sintomatologia climatérica foi leve em 28%, moderada em 42,3% e intensa em 30,7% dos casos. Os sintomas mais prevalentes foram a irritabilidade (87,1%), as artralgias/mialgias (77,5%) e a melancolia/tristeza (73,2%), ao passo que os mais intensos foram as ondas de calor, a irritabilidade e a insônia. Sintomas vasomotores foram referidos por 60,2% das entrevistadas. Mostraram-se indicadores da sintomatologia climatérica a cor, a atividade física regular e as atitudes com respeito a menopausa. A cor branca (p=0,02), a atividade física regular (p=0,04) e uma percepção positiva sobre a menopausa (p=0,01) associaram-se a sintomas climatéricos menos intensos. Em contrapartida, a percepção da menopausa como evento desvantajoso (atitude negativa) associou-se a pior sintomatologia climatérica (p<0,01). CONCLUSÕES: no presente estudo, a sintomatologia climatérica foi influenciada por fatores psicossociais e pela atividade física, além do estado de hipoestrogenismo característico desse período.
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OBJETIVO: avaliar o conhecimento e a opinião de ginecologistas e obstetras acerca do aborto induzido, comparando resultados de dois inquéritos, realizados em 2003 e 2005. MÉTODOS: questionário estruturado e pré-testado enviado a todos associados à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Solicitou-se preenchê-lo sem identificar-se e retorná-lo em envelope pré-selado que o acompanhava, com o objetivo de assegurar o anonimato. Perguntou-se sobre conhecimento da legislação referente ao aborto no Brasil e opinião sobre a mesma. RESULTADOS: nos dois inquéritos, a porcentagem de médicos que sabiam quais as circunstâncias em que o aborto não é punido esteve acima de 80%. Porém, houve redução significativa na porcentagem daqueles que conheciam a legalidade do aborto por risco de vida. Aumentou em mais de um terço a proporção de respondentes que sabiam que o aborto por malformação congênita grave não está dentro dos permissivos legais atuais. Cresceu consistentemente a porcentagem de médicos favoráveis à permissão do aborto em várias circunstâncias, e diminuiu a proporção dos que consideravam que não deveria ser permitido em nenhuma circunstância. Diminuiu a porcentagem dos que opinaram que os permissivos legais não deveriam ser modificados, e aumentou a proporção dos que entendiam que se deveria deixar de considerar o aborto crime em qualquer circunstância. CONCLUSÕES: de modo geral, tem havido maior reflexão sobre o problema do aborto provocado no período transcorrido entre os dois inquéritos. Porém, continua se evidenciando a necessidade de informar corretamente os gineco-obstetras brasileiros sobre as leis e normas que regulamentam a prática do aborto legal no país, visando assegurar que as mulheres que necessitam tenham, de fato, acesso a esse direito.
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OBJETIVO: avaliar as atitudes e conhecimento dos obstetras das maternidades públicas da cidade de Salvador (MPS) sobre as recomendações do Ministério da Saúde para a profilaxia da transmissão vertical do vírus humano da imunodeficiência (HIV) e terapia antiretroviral em gestantes. Avaliou-se também a influência das condições de trabalho, disponibilidade da testagem rápida e da terapia antiretroviral em relação à aplicação destas recomendações. MÉTODOS: realizou-se um estudo de corte transversal entre agosto e novembro de 2005, envolvendo 129/152 (85%) dos obstetras de todas as MPS. Utilizou-se como instrumento um questionário anônimo, estruturado e auto-explicativo, com questões sobre as características da população, condições de trabalho e disponibilidade de insumos, conhecimento e atitudes relacionadas ao aconselhamento e testagem para o HIV e condutas com as pacientes (uso da zidovudina (AZT), reconhecimento de fatores de risco, escolha e manejo da via de parto e cuidados no puerpério). RESULTADOS: dos obstetras, 69% referiram conhecer integralmente as recomendações do Ministério da Saúde; 90,7% concordaram com a solicitação compulsória da testagem rápida para o HIV; 63,6% escolheram a cesariana para via de parto; 38% contra-indicaram o parto por via vaginal; 37,5% recomendaram isolamento das pacientes soropositivas e 58,1% indicaram laqueadura tubária. A maioria (90%) dos sujeitos referiram a existência de fatores prejudiciais à aplicabilidade das recomendações, sendo que os mais apontados foram a realização inadequada e a indisponibilidade das informações do pré-natal na admissão. Embora a testagem rápida estivesse disponível, apenas um terço dos entrevistados afirmou que o resultado estava sempre disponível em tempo hábil. CONCLUSÕES: algumas atitudes relacionadas à assistência à gestante com HIV foram discordantes das recomendações do Ministério da Saúde. Na opinião dos entrevistados a inadequação do pré-natal e a indisponibilidade do resultado da testagem rápida influenciam negativamente na aplicação das recomendações para profilaxia da transmissão vertical do HIV.
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OBJETIVO: pesquisar fatores que motivam a prática de sexo seguro, investigando os antecedentes da intenção de uso do preservativo masculino na população de jovens estudantes da cidade de Belo Horizonte. MÉTODOS: um levantamento, baseado na Teoria do Comportamento Planejado (TCP), foi realizado em amostra de 732 estudantes, com idade entre 18 e 19 anos. Utilizando-se regressão múltipla em dados obtidos com questionário anônimo, investigou-se a importância de antecedentes da intenção de usar preservativo masculino, a saber: atitude, norma subjetiva, norma moral, resistência à tentação e controle percebido. Procurou-se ainda evidenciar diferenças comportamentais e de atitudes entre as classes sociais alta e baixa e entre homens e mulheres, por meio de teste t, para comparação de médias de amostras independentes. RESULTADOS: na amostra global não foi verificada associação significativa entre atitude e intenção comportamental. No teste da TCP, quando a intenção de uso do condom foi operacionalizada como decisão de uma única pessoa relativa ao uso de preservativo (intenção-eu), explicou-se maior percentual da variância da intenção do que quando se interpretou a intenção como decisão conjunta do casal (intenção-nós). Não houve diferenças significativas entre grupos de classe social alta e baixa, mas encontraram-se algumas entre homens e mulheres. Homens mostraram menor resistência à tentação de não usar preservativo. Na avaliação da pressão social (norma subjetiva), médicos e mães destacam-se como as influências mais expressivas em relação à intenção de uso do condom, especialmente entre as mulheres. A inclusão do antecedente 'norma moral' aumentou a variância explicada da intenção de uso de condom de 22 para 31%. CONCLUSÕES: diferenças atitudinais entre homens, que são menos resistentes à tentação de não usar preservativo, e mulheres, que destacam a importância da influência de ginecologistas e pais na orientação para que façam sexo seguro, podem nortear campanhas para promover o uso regular de preservativos.
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OBJETIVO: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática do autoexame das mamas (AEM) em mulheres do município de São Luís (MA) e os fatores sociodemográficos relacionados. MÉTODOS: estudo transversal, prospectivo, com amostragem por conglomerados, no qual foram incluídas 552 mulheres de 14 setores censitários em São Luís, no período de Janeiro a Setembro de 2003. O conhecimento, a atitude e a prática (variáveis dependentes) foram avaliados pela análise das respostas das mulheres em "adequado" ou "inadequado". As principais variáveis independentes foram: idade, escolaridade, renda familiar, situação conjugal e status menopausal. Foi realizado o teste do χ2 para a associação entre variáveis categóricas e a mensuração do Odds Ratio (OR) bruto e ajustado após análise multivariada por regressão logística. RESULTADOS: embora 1/3 da população estudada não tivesse conhecimento do AEM, o grupo de mulheres que eram informadas sobre a existência do exame possuía conhecimento (60,9%), prática (59,5%) e atitude (90%) adequados. O histórico familiar para câncer de mama (8,9%) não esteve associado a maior conhecimento e prática. A mídia mostrou-se de grande importância (63,6%) na disseminação da informação do AEM. Após análise multivariada, a mulher com parceiro (OR=1,9) apresentou maior adequação do conhecimento; o grupo de mulheres com idade maior que 50 anos (OR=11,7) teve melhor atitude quanto ao AEM; a escolaridade maior que cinco anos (OR=2) e mulher com parceiro (OR=1,7) estiveram associadas à prática mais correta do AEM. CONCLUSÃO: a maioria das pacientes conhece e pratica o AEM em São Luís e a atitude delas frente ao procedimento é extremamente positiva. Houve uma grande participação da mídia na propagação da informação sobre o AEM.
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OBJETIVO: Identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais da saúde em relação à legislação brasileira sobre o aborto provocado. MÉTODOS: Envelopes selados não identificados contendo os questionários foram enviados a todos os profissionais (n=149) que trabalham no Departamento de Obstetrícia de hospital universitário e de hospital público da periferia de São Paulo. Responderam ao questionário 119 profissionais. Para análise dos dados, utilizou-se intervalo de confiança de 0,05 e os testes exatos de Fischer e χ². RESULTADOS: Dos profissionais entrevistados, 48,7% eram médicos, 33,6% profissionais da área de enfermagem e 17,6% eram profissionais de outras áreas (psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, administrativos e técnicos de laboratórios). Constatou-se diferença significativa (p=0,01) na proporção de profissionais que acreditam que o aborto por malformação fetal não letal e no aborto decorrente de gestações não planejadas deveriam ser incluídos na legislação brasileira. Observou-se que o conhecimento da legislação e da descrição das situações permitidas por lei acerca do aborto foi significativamente diferente na comparação entre os profissionais de saúde (p=0,01). Quando questionados sobre as situações em que a legislação brasileira permite o aborto, observou-se que 32,7% dos médicos, 97,5% profissionais da área de enfermagem e 90,5% dos demais profissionais desconhecem a legislação vigente. CONCLUSÃO: Neste estudo, evidenciou-se o desconhecimento dos profissionais de saúde com relação à legislação brasileira, em menor proporção entre obstetras e em maior proporção entre os profissionais da área de enfermagem. Foram constatadas atitudes de discriminação, julgamento e preconceito na assistência prestada às mulheres que provocam o aborto.
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OBJETIVO: Comparar atitudes corporais de gestantes nas categorias do índice de massa corporal, em diferentes períodos e condições de risco gestacional, bem como analisar a relação das variáveis de estudo com as atitudes corporais de gestantes. MÉTODOS: Foram incluídas 386 gestantes de todos os períodos gestacionais, que frequentavam o pré-natal nos setores público e privado de uma cidade do Sudeste do Brasil, entre 18 e 46 anos (média de 29,32±6,04 anos), excluindo-se mulheres com dados incompletos. Os instrumentos utilizados para avaliação foram: "Body Attitudes Questionnaire", "Critério de Classificação Econômica Brasil" e questionário sociodemográfico. Ademais, foram coletados dados antropométricos e obstétricos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, comparativas e correlacionais. RESULTADOS: As atitudes corporais das gestantes foram similares entre todos os trimestres gestacionais (F=0,39; p=0,9). Já aquelas negativas aumentaram gradativamente entre os grupos de peso baixo (108,2±12,5), adequado (116,2±16,0), sobrepeso (125,1±14,3) e obesidade (132,9±16,4), e também entre gestantes com risco habitual (120,0±17,1) e alto risco gestacional (124,9±16,7). As variáveis sociodemográficas, econômicas e obstétricas não influenciaram significativamente a variância das atitudes corporais. O índice de massa corporal explicou 11,3% da variância das atitudes corporais nas grávidas. CONCLUSÕES: O estado nutricional e a condição de risco apresentaram relação com atitudes corporais negativas e, por isso, devem ser avaliadas em gestantes, tendo em vista a saúde materna e infantil.
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O rápido crescimento do "rebanho" evangélico, nas últimas décadas no Brasil, deve muito à surpreendente avidez com que grupos e indivíduos que participaram desse processo se apropriaram de tudo aquilo que, produzido para finalidades mundanas, mostrava-se evangelisticamente sedutor. Busca-se discutir neste artigo os problemas identitários que surgem nesse processo, atentando, especificamente, para a utilização da música "rock" por jovens evangélicos. Como conseguem instalar neste meio tal estilo musical, antes tão inaceitável às instituições representantes dessa modalidade de cristianismo? Como lidam identitariamente com práticas e atitudes que acompanham a cultura "rock and roll", como o sexo desregrado, consumo de drogas, rebeldia e, por vezes, alguma simpatia pelo satanismo? Que compósito identitário resulta desse inusitado encontro entre universos culturais aparentemente tão inconciliáveis?
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As observações sobre duas procissões em honra de S. Sebastião, Padroeiro católico do Rio de Janeiro, oferecem a possibilidade de análises com respeito a um conjunto de deslocamentos os quais refletem atos ou situações de transitividade observados hoje em muitos comportamentos religiosos da população brasileira. Entre os deslocamentos aqui comentados, temos: do ritual religioso para a arte dramática; do espírito devocional para as reivindicações políticas; de comunidades católicas para a exposição de grupos religiosos afro-brasileiros; de famílias reunidas para as presenças de grupos gays organizados; finalmente, de comportamentos religiosos para mágicos. Alguns desses deslocamentos envolvem diferentes visões de mundo em nossas experiências religiosas cotidianas, mas, enquanto algumas não se mostram contraditórias entre si no desenvolvimento dos processos humanos e religiosos, entre o povo, outras demonstram atitudes de exclusivismo socioreligioso e cultural como característica de certos grupos, os quais lutam contra a bricolage de crenças e experiências rituais, exprimindo e produzindo formas de tensão social.
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Neste artigo apresentamos uma análise exploratória das opiniões e iniciativas de lideranças judaicas em relação às atitudes e às demandas dos grupos LGBT na sociedade brasileira. Organizado em quatro seções, iniciamos este artigo com uma breve apresentação da pesquisa que deu origem aos dados aqui analisados, para, em seguida, tratar das questões metodológicas e das circunstâncias em que ocorreram as entrevistas com os líderes de duas comunidades judaicas na cidade do Rio de Janeiro. Na terceira seção abordamos as percepções dos rabinos sobre a homossexualidade e as bandeiras do movimento social pela diversidade sexual. Na quarta, à guisa de conclusão, argumentamos que, a despeito das diferenças nas formas de lidar com a tradição bíblica, a percepção dos rabinos sobre a homossexualidade é similar e negativa.
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Durante pesquisa de campo, observei diversas atitudes de 'ajuda'. O presente artigo é uma descrição dessas relações sob a ótica da interação de dois coletivos de agentes: os católicos que presidem o Centro Social Marista e os jovens atendidos por esse Centro. A partir das 'ajudas' e da decorrente alteração de status advinda da consideração de uma bem sucedida 'inclusão social', analiso a produção de indivíduos exemplares, de cuja pedagogia traço a face ritual. Tais indivíduos estabelecem com outros jovens uma relação de exemplaridade que, por sua vez, e fechando o circuito, é central para a concretização do sistema de trocas baseadas na gratuidade e para a tentativa de consolidação de uma comunidade moral de semelhantes.
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Resumo Este artigo analisa as percepções e atitudes de lideranças carismáticas e pentecostais com o objetivo de esclarecer o interesse crescente desses grupos pela esfera política. Os dados indicam a criação de espaços de formação de lideranças para a política partidária em diferentes agremiações pentecostais, bem como no movimento carismático, e demonstram a tendência dos legisladores desses segmentos de apresentar, em conjunto, projetos de lei que contrariam as demandas atuais dos movimentos feministas e homossexuais no campo dos direitos sexuais e reprodutivos.