473 resultados para Caracterização sociológica
Resumo:
O maracujá (Passiflora edulis) é originário da América Tropical, muito cultivado no Brasil, rico em vitamina C, cálcio e fósforo. Cascas e sementes de maracujá, provenientes do processo de corte e extração da fruta para obtenção do suco, são ainda, atualmente, em grande parte descartadas. Como este descarte representa inúmeras toneladas, agregar valor a estes subprodutos é de interesse econômico, científico e tecnológico. Neste trabalho, realizou-se um estudo para caracterizar e verificar um melhor aproveitamento das sementes excedentes do processamento do suco do maracujá na alimentação humana. Procedeu-se, para tanto, à separação das partes da fruta, com posterior quantificação gravimétrica. As sementes obtidas foram secas em estufa, e posteriormente moídas para a obtenção de um farelo. O óleo do farelo obtido foi extraído em soxhlet e caracterizado através da metodologia oficial da AOCS (1995). O farelo desengordurado obtido foi também caracterizado por métodos físico-químicos, através da determinação do teor de umidade, proteínas, lipídeos, fibras, cinzas e carboidratos por metodologia oficial AOAC (1984). O óleo extraído das sementes apresentou elevado teor de ácidos graxos insaturados (87,54%), com predominância do ácido linoléico, com índice de iodo de 136,5g I2/100g. O farelo desengordurado obtido apresentou teor da 10,53% de umidade; 15,62% de proteínas; 0,68% de lipídeos; 1,8% de cinzas, um elevado teor de fibras de 58,98 e 12,39% de carboidratos.
Resumo:
A castanha-de-cutia (Couepia edulis (Prance) Prance) é um fruto fibroso encontrado na Amazônia Ocidental contendo uma amêndoa muito saborosa que os caboclos daquela região costumam consumir torrada e moída com a farinha de mandioca. Suas qualidades organolépticas tornam-na uma boa candidata para consumo também nos grandes centros urbanos do Brasil e no exterior. Diferentemente do que acontece nas indústrias extratoras de óleo, para o consumo de mesa, as amêndoas inteiras e com boa aparência são mais valorizadas. Esta é a primeira razão para o desenvolvimento de um equipamento de extração da amêndoa; o outro motivo é a inexistência de estudos específicos para o desenvolvimento de metodologias de extração da amêndoa da castanha-de-cutia. Neste trabalho, realizou-se parte das análises recomendadas para o desenvolvimento de um extrator da amêndoa de dentro do fruto: foi avaliado qualitativamente o comportamento reológico e de hidratação do mesocarpo; medidas as irregularidades e a esfericidade da seção transversal do fruto em função do perímetro do fruto; determinadas a excentricidade da seção longitudinal do fruto em função da área total, e a taxa de ocupação da amêndoa nas seções transversal e longitudinal. Estas informações serão usadas para desenvolver uma instrumentação de extração da amêndoa inteira, do fruto, com baixo risco para o operador e adequada para trabalhos em campo e em agroindústrias.
Resumo:
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do local, cultivar e época em parâmetros físicos, morfológicos e fisiológicos de gemas florais de pereira e o possível envolvimento com a ocorrência de abortamento de gemas florais no Sul do Brasil. Para isso, conduziram-se dois experimentos durante o ano de 2000. Foram coletadas gemas florais de três cultivares (cvs.), em três regiões no Sul do Brasil. Analisaram-se o volume, peso, comprimento e diâmetro de gema, peso seco de escamas, comprimento e peso seco da inflorescência, número de primórdios florais por gema e índice de necrose. Verificaram-se a ocorrência de duplicação de inflorescências e a formação de grande número de primórdios florais por gema nos locais onde os índices de abortamento foram maiores. As cvs. asiáticas apresentaram maior número de primórdios comparado à cv. Kieffer (híbrido). Na região de São Joaquim-SC, a pereira apresenta melhor adaptação, caracterizada por melhor formação da estrutura floral. As cvs. asiáticas, especialmente em Pelotas, apresentaram alterações em nível de primórdios florais, tais como: deformações, necrose de pistilo, abscisão, escurecimento de anteras e feixes vasculares. O comprimento da inflorescência permitiu diferenciar as cultivares, quanto à época de retomada do desenvolvimento floral final, sendo a cv. Kieffer mais precoce que as cvs. Nijisseiki e Housui.
Resumo:
Determinou-se a dioicia como sistema reprodutivo de S. terebinthifolius (Anacardiaceae), em uma área com influência antrópica e em outra área de restinga, no município de Florianópolis-SC. Durante dois períodos reprodutivos, desenvolveram-se os tratamentos de polinização livre e cruzada manual, realizados em plantas de ambos os sexos, e tratamentos de anemofilia, agamospermia e partenocarpia, realizados apenas em plantas femininas. Os tratamentos de polinização que resultaram em frutificação foram o livre, maior média 45%, e cruzada manual, maior média 56,2%, confirmando-se funcionalmente a dioicia da espécie. Os demais tratamentos de polinização não resultaram em frutificação, indicando que o gineceu reduzido das flores masculinas não é funcional, a espécie não é anemófila, não é apomítica e não possui partenocarpia. A razão pólen/óvulo entre uma flor masculina e uma flor feminina foi alta (99.267: 1), classificando a espécie como xenogâmica.
Resumo:
O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar as características morfológicas e físicas da planta e do fruto de jabuticabeiras, pertencentes à coleção da FCAV-UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. A coleção conta com 160 plantas, das quais 40, que apresentavam frutificação no momento da seleção, foram agrupadas, preliminarmente, segundo características semelhantes, em quatro grupos denominados JAB 01, JAB 02, JAB 03 e JAB 04. Mediram-se nestes grupos a altura da planta, diâmetro do tronco a 20 cm do solo, diâmetro de copa, comprimento do entrenó e largura da folha. Os frutos, foram avaliados quanto a comprimento, largura, massa fresca da casca, da semente, da polpa e total, bem como o número de sementes por fruto. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualisado, com 4 tratamentos, quatro grupos de plantas e 5 repetições, com 2 plantas por repetição. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste (F) e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Observou-se grande variabilidade nos grupos estudados. O JAB-04 revelou-se como o mais promissor para utilização em programas de melhoramento, pela precocidade de produção, baixo porte e maior rendimento em polpa, apesar de os frutos apresentarem menor tamanho em relação aos dos demais grupos.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar características físicas e químicas em acerolas provenientes de oito regiões do Estado de São Paulo. Os frutos foram colhidos de março a abril de 2003. Os dados foram avaliados em delineamento experimental inteiramente casualizado. Os resultados médios de peso por fruto variaram de 6,92g a 9,60g, e os oriundos de pomar situados em Guariba, Pioneiros e Guará foram os que apresentaram os maiores valores. As médias do índice de formato do fruto e do diâmetro transversal oscilaram de 0,86 a 1,24 e 2,02 a 2,37cm, respectivamente, e a coloração da casca foi mais vermelha nas acerolas oriundas de pomar de Bonfim Paulista e Aparecida do Salto. A textura dos frutos variou de 144,73 a 246,00 N.cm-2, e as acerolas colhidas em pomares de Bonfim Paulista, Aparecida do Salto e Guará apresentaram-se menos firmes. Os teores de sólidos solúveis totais variaram de 5,67 a 8,22ºBrix, sendo maiores em acerolas colhidas em pomar situado em Porto Ferreira e Guará. O pH variou de 2,39 a 4,00, a acidez total titulável de 0,504 a 1,112g de ácido málico por 100g de polpa e os de açúcares solúveis totais de 3,06 a 8,42g de glicose por 100g de polpa. As acerolas oriundas de pomares situados em Aparecida do Salto e Ituverava foram as que apresentaram os maiores valores de ácido ascórbico.
Resumo:
Na certificação de mudas de plantas frutíferas, a identificação genética é importante em todas as etapas do processo de produção. Em pessegueiro, a identificação de genótipos baseada somente em características morfofenológicas deixa dúvidas quanto à verdadeira identidade de algumas cultivares. Marcadores moleculares de microssatélies foram utilizados objetivando a caracterização molecular de 8 cultivares de nectarineira e 28 de pessegueiro. Para a análise, foram utilizados 13 incializadores de microssatélites (primers), sendo que todos foram marcadores produzindo polimorfismo suficiente para identificar 32 das 36 cultivares analisadas. A maior similaridade genética verificada nas cultivares para consumo in natura foi entre Coral e Planalto (0,94) e entre Della Nona e Marfim (0,90), enquanto, para os pessegueiros para indústria, foi de 0,93 entre Jubileu e Capdeboscq e de 0,92 entre Jade e Esmeralda. Os marcadores de microssatélites permitiram separar em grupos distintos as nectarineiras e os pessegueiros de consumo in natura dos de indústria, havendo uma elevada concordância entre os dados genealógicos das cultivares e os dados gerados pelos microssatélites, confirmando a grande utilidade da técnica para a caracterização genética.
Resumo:
A queda natural de frutos maduros da bananeira, resultado da separação individual de frutos da coroa da penca, também chamada despencamento, é uma característica indesejável, que pode limitar o lançamento de uma nova cultivar. O fruto destacado da penca tem vida de prateleira reduzida, além de não demonstrar boa aparência aos olhos do consumidor. Os objetivos do presente trabalho foram quantificar a suscetibilidade à queda natural dos frutos de bananeiras de grupos genômicos e ploidias diferentes, e identificar correlações entre a queda natural e diversas características físicas dos frutos. Foram utilizados 37 genótipos de bananeiras. De acordo com análise de variância e teste de Scott-Knott, os resultados evidenciaram a alta resistência ao despencamento dos genótipos pertencentes ao grupo genômico BB (Butuhan, Piraí e BB França), Terra (AAB), Poteau Nain (tipo figo) (ABB) e Thap Maeo (AAB), enquanto Prata-Anã (AAB), Grande Naine (AAA), Ambrósia (AAAA), Ouro (AA) e FHIA 18 (AAAB) obtiveram valores intermediários de resistência ao despencamento. Com relação às bananeiras suscetíveis, destacam-se os híbridos melhorados Pioneira (AAAB), YB42-21 (AAAB), Buccaneer (AAAA) e Calypso (AAAA) e a cultivar Ouro da Mata (AAAB). Verificou-se associação de 74% entre a firmeza do fruto e a resistência ao despencamento. Os estudos de grupos genômicos e ploidias indicaram maior resistência ao despencamento das bananeiras pertencentes ao grupo BB e dos genótipos triplóides ABB e AAB.
Resumo:
A microenxertia pode ser uma alternativa eficiente para a propagação de plantas de elevada qualidade genética e fitossanitária, em um reduzido período de tempo e sob condições controladas. O objetivo deste trabalho foi realizar a microenxertia em plantas micropropagadas sob efeito dos fitorreguladores AIB e BAP, nas combinações de Gala/M9 e Gala/Marubakaido. Para a combinação Gala/Marubakaido, foi constatado o menor número de folhas para o tratamento com 2,2 µM de AIB, e para os demais tratamentos não houve diferença significativa. Após a aclimatização, a sobrevivência dos microenxertos foi de 92,5% para combinação Gala/Marubakaido e 88,5% para Gala/M9. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Bioquímica e Morfogênese Vegetal (CCA - UFSC).
Resumo:
O interesse pelo cultivo do maracujazeiro-roxo vem crescendo no centro-sul do País, visando à exportação. Observa-se um número significativo de formas selvagens, nativas, compatíveis entre si, propagadas por sementes de polinização aberta, ampliando a variabilidade natural da fruteira. Com o objetivo de identificar cruzamentos com características comerciais desejáveis e disponibilizar sementes de matrizes selecionadas aos produtores, foram realizados estudos de caracterização agronômica, morfológica e citogenética, envolvendo seleções do Banco de Germoplasma de Passifloras do IAC, denominadas 'Roxinho-Miúdo', 'Paulista' e 'Maracujá-Maçã'. Durante duas safras consecutivas, foram analisados cerca de 350 flores e 150 frutos de cada seleção. A maior amplitude de variação ocorreu na massa e no tamanho dos frutos (de 21 a 193 g por fruto), seguidos pelo teor de sólidos solúveis (de 15,2 a 21,4º Brix), produção por planta (11,5 a 30,8 kg) e número de sementes por fruto (de 39 a 261 sementes). A viabilidade polínica variou de 77 a 94,5%, enquanto o teste de germinação do pólen em ágar apresentou índices de 65,5 a 86%, contribuindo para o diferencial em produtividade observado. Todas as seleções apresentaram características comerciais desejáveis. 'Roxinho-Miúdo' possui fruto redondo, pequeno, com 4 cm de diâmetro, doce e de coloração roxo-intensa, adequando-se à preferência internacional. A seleção 'Paulista' apresentou frutos ovais, destacando-se pela dupla finalidade, podendo atender também à agroindústria. O 'Maracujá-Maçã' distinguiu-se pelo maior tamanho, formato arredondado e casca rosada, apto para um segmento diferenciado de mercado, que comercializa frutas por unidade e privilegia a qualidade.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar as características físicas dos frutos e a produção de doze genótipos de aceroleiras do Banco Ativo de Germoplasma da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Frutos colhidos nas safras Inverno/1999, Verão/2000 e Verão/2001 foram avaliados quanto a massa, altura e diâmetro médio, bem como as características de produção e o número médio de frutos/genótipo. A análise conjunta (média das safras) revelou uma variação média na massa de 3,88 a 7,11g, na altura de 1,74 a 2,07cm e no diâmetro de 1,94 a 2,46cm. A variação na produção anual dos 12 genótipos, no ano de 1999, compreendeu valores entre 3,23 e 10,31kg de fruto/planta, enquanto no ano de 2000 esta variação foi de 6,73 a 44,70kg de fruto/planta. Nos anos de 1999 e 2000, cerca de 50% da produção anual ficou concentrada nos meses de outubro, novembro e dezembro. Os genótipos 012-CPA, 013-CPA e 014-CPA destacaram-se como potencialmente promissores por terem sido os mais produtivos além de terem apresentado características físicas, referentes à massa e do diâmetro dos frutos, exigidas pelas indústrias de transformação.
Resumo:
O estudo do desenvolvimento das plantas relacionado com as condições climáticas de uma região permite a elaboração de modelos de previsão que podem ser úteis na programação de colheita. Esses modelos possibilitam prever o início da safra e a duração dos diferentes períodos fenológicos das plantas, assim como auxilia no manejo de práticas agrícolas. Esta pesquisa teve como objetivo estudar variedades de tangerinas do tipo Murcott enxertadas em diferentes porta-enxertos, avaliando a resposta fenológica de cada uma delas em função do acúmulo de graus-dia. O experimento foi conduzido no Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Citros Sylvio Moreira/IAC, localizado na cidade de Cordeirópolis-SP, durante a safra 2003-2004. O delineamento utilizado foi o de blocos casualisados e esquema fatorial 5 (variedades copas) x 3 (porta-enxertos), com 4 repetições, com uma planta por parcela. As variedades estudadas foram Thomas, Szuwinkon, Szuwinkon x Szinkon-Tizon e Sul da África, tendo como testemunha o tangor Murcott. Essas copas foram enxertadas em limoeiro Cravo, tangerineira Sunki e citrumeleiro Swingle, e plantadas em 1995. Para a caracterização fenológica, foram atribuídas notas de uma escala elaborada para os estádios fenológicos, desde o pré-florescimento até a maturação fisiológica dos frutos, determinando as datas de ocorrência das fases reprodutivas das plantas. Com isso, calculou-se o acúmulo de graus-dia para os subperíodos fenológicos. Pelas características das combinações, existem diferenças nas respostas das plantas, onde: a) o acúmulo de graus-dia, da antese até ratio 12, variou de 2.272 GD a 2.836 GD, sendo que as tangerinas Szuwinkon, Szuwinkon x Szinkon-Tizon e Sul da África obtiveram os menores valores (» 2.318 GD), a Murcott cerca de 2.462 GD e a tangerina Thomas os maiores valores (» 2.791 GD); foram observadas diferenças de 20 dias do florescimento até ratio 12, dependendo da combinação copa/porta-enxerto.
Resumo:
O trabalho objetivou comparar o ciclo cultural e a produção, além de avaliar atributos físico-químicos e sensoriais de frutos de bananeiras das cultivares Prata-Anã e Prata-Zulu, nas condições de Botucatu-SP. Foram avaliadas as seguintes características em campo: número de dias entre o plantio e o florescimento; número de dias entre o florescimento e a colheita; ciclo; peso do cacho; número de frutos por cacho; número de pencas por cacho; peso, número de frutos, comprimento e diâmetro dos frutos da 2ª penca. As análises físico-químicas foram realizadas no dia da colheita e a cada 3 dias, num período de 12 dias, sendo determinados: perda de massa, firmeza, relação polpa/casca, pH, acidez total titulável, e sólidos solúveis totais. Na análise sensorial, avaliou-se a aceitação dos atributos sabor, textura, aparência, aroma e apreciação geral dos frutos. Com os resultados obtidos, verificou-se que a cultivar Prata-Zulu apresentou produção bastante superior à 'Prata-Anã', o que indica ser uma cultivar com boas características agronômicas. Apesar de a cultivar Prata-Zulu apresentar maior perda de massa e menor firmeza, apresentou como vantagem frutos mais doces (maior SST); mesmo assim, a preferência do consumidor é pela 'Prata-Anã', que apresenta como principal vantagem as dimensões do fruto, que são menores, tornando-se assim mais práticos para o consumo.
Resumo:
Estudos visando à caracterização de híbridos de Poncirus trifoliata (L.) Raf. e porta-enxertos tradicionais foram realizados no sentido de se conhecer o seu comportamento nas condições tropicais do Estado da Bahia. Foram tomadas medidas de altura, diâmetro e peso de frutos, número de sementes por fruto e por quilo, bem como contagem de embriões, taxa de poliembrionia, percentagens de germinação e de vingamento de borbulhas na enxertia, em mais de 34 acessos, a maioria introduzida da Califórnia - EUA. Os dados obtidos estimulam o uso de alguns híbridos de trifoliata, como os das tangerineiras 'Cleópatra' (Citrus reshni hort. ex Tanaka) e 'Sunki' (C. sunki hort. ex Tanaka) com os trifoliatas 'Swingle' e 'English'.
Resumo:
Cinco cultivares de bananeira resistentes a Sigatoka Negra foram cultivadas na área experimental da Universidade Federal de Goiás, no município de Jataí, localizado na região Sudoeste do Estado. O objetivo foi introduzir genótipos resistentes a Sigatoka Negra no Estado, bem como fazer a caracterização morfológica desses materiais nessas condições climáticas. O trabalho foi realizado por meio da avaliação, em três ciclos produtivos, dos seguintes componentes de produção: intervalo em dias entre o plantio e o florescimento, número de folhas no florescimento e na colheita, número de pencas por cacho, frutos por cacho e frutos por penca, comprimento do cacho e dos frutos e peso do engaço, das pencas e do cacho. As cultivares falsa FHIA-18 e Caipira produziram em média aos 393 dias, apresentando maior precocidade em relação às demais cultivares. Como era esperado, a FHIA-21, que é uma bananeira tipo Terra, apresentou um ciclo maior (488 dias). O clima e a altitude de Jataí-GO podem ter contribuído para o aumento do ciclo das cinco cultivares quando comparado com outras regiões. Para as características de produção, a FHIA-01 e a falsa FHIA-18 se destacaram das demais. Para o número de pencas, a Thap Maeo se destacou nos três ciclos, mostrando a característica deste genótipo. As maiores alturas na floração foram observadas nas cultivares FHIA-21 e Thap Maeo, que também foram as que mais sofreram com os efeitos do vento.