333 resultados para Avaliação periódica de saúde
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar custos e conseqncias da assistncia pr-natal na morbimortalidade perinatal. MTODOS: Estudo avaliativo com dois tipos de anlise - de implantao e de eficincia, realizado em 11 Unidades de Saúde da Famlia do Recife, PE, em 2006. Os custos foram apurados pela tcnica activity-based costing e a razo de custo-efetividade foi calculada para cada conseqncia. As fontes de dados foram sistemas de informao do Ministrio da Saúde e planilhas de custos da Secretaria de Saúde do Recife e do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. As unidades de saúde com pr-natal implantado ou parcial foram comparadas quanto ao seu custo-efetividade e resultados perinatais. RESULTADOS: Em 64% das unidades, o pr-natal estava implantado com custo mdio total de R$ 39.226,88 e variao de R$ 3.841,87 a R$ 8.765,02 por Unidade de Saúde. Nas unidades parcialmente implantadas (36%), o custo mdio total foi de R$ 30.092,61 (R$ 4.272,12 a R$ 11.774,68). O custo mdio por gestante foi de R$ 196,13 com pr-natal implantado e R$ 150,46 no parcial. Encontrou-se maior proporo de baixo peso ao nascer, sfilis congnita, bitos perinatais e fetais no grupo parcialmente implantado. CONCLUSES: Pr-natal custo-efetivo para vrias conseqncias estudadas. Os efeitos adversos medidos pelos indicadores de saúde foram menores nas unidades com pr-natal implantado. O custo mdio no grupo parcialmente implantado foi mais elevado, sugerindo possvel desperdcio de recursos, uma vez que a produtividade das equipes insuficiente para a capacidade instalada.
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OBJETIVO: Estimar valores de referncia e funo de hierarquia de docentes em Saúde Coletiva do Brasil por meio de anlise da distribuio do ndice h. MTODOS: A partir do portal da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior, 934 docentes foram identificados em 2008, dos quais 819 foram analisados. O ndice h de cada docente foi obtido na Web of Science mediante algoritmos de busca com controle para homonmias e alternativas de grafia de nome. Para cada regio e para o Brasil como um todo ajustou-se funo densidade de probabilidade exponencial aos parmetros mdia e taxa de decrscimo por regio. Foram identificadas medidas de posio e, com o complemento da funo probabilidade acumulada, funo de hierarquia entre autores conforme o ndice h por regio. RESULTADOS: Dos docentes, 29,8% no tinham qualquer registro de citao (h = 0). A mdia de h para o Pas foi 3,1, com maior mdia na regio Sul (4,7). A mediana de h para o Pas foi 2,1, tambm com maior mediana na Sul (3,2). Para uma padronizao de populao de autores em cem, os primeiros colocados para o Pas devem ter h = 16; na estratificao por regio, a primeira posio demanda valores mais altos no Nordeste, Sudeste e Sul, sendo nesta ltima h = 24. CONCLUSES: Avaliados pelos ndices h da Web of Science, a maioria dos autores em Saúde Coletiva no supera h = 5. H diferenas entres as regies, com melhor desempenho para a Sul e valores semelhantes entre Sudeste e Nordeste.
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O artigo discute o impacto da plausibilidade (probabilidade a priori) no resultado de pesquisas cientficas, conforme abordagem de Ioannidis, referente ao percentual de hipteses nulas erroneamente classificadas como "positivas" (estatisticamente significante). A questo "qual frao de resultados positivos verdadeiramente positiva?", equivalente ao valor preditivo positivo, depende da combinao de hipteses falsas e positivas em determinada rea. Por exemplo, sejam 90% das hipteses falsas e α = 0,05, poder = 0,8: para cada 1.000 hipteses, 45 (900 x 0,05) sero falso-positivos e 80 (100 x 0,8) verdadeiro-positivos. Assim, a probabilidade de que um resultado positivo seja um falso-positivo de 45/125. Adicionalmente, o relato de estudos negativos como se fossem positivos contribuiria para a inflao desses valores. Embora essa anlise seja de difcil quantificao e provavelmente superestimada, ela tem duas implicaes: i) a plausibilidade deve ser considerada na anlise da conformidade tica de uma pesquisa e ii) mecanismos de registro de estudo e protocolo devem ser estimulados.
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O objetivo do estudo foi estimar como a populao adulta (20 a 59 anos) de Joaaba, SC, avalia sua condio de saúde. Realizou-se um estudo transversal em 2006 envolvendo amostra representativa (n = 707). O questionrio levantou condies sociodemogrficas, restrio das atividades dirias, realizao de consulta mdica, internao hospitalar e auto-percepo de saúde. Procedeu-se a anlise de regresso logstica mltipla hierarquizada. Constatou-se que 74,7% dos indivduos percebia sua saúde como boa e 3,9% a percebia como ruim/muito ruim. No estar trabalhando no momento da entrevista e deixar de realizar atividades habituais por problemas de saúde aumentaram significativamente a chance de uma auto-avaliação da condio de saúde como ruim/muito ruim.
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OBJETIVO: Avaliar a cobertura do Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento segundo o cumprimento dos seus requisitos mnimos e indicadores de processo, comparando as informaes do carto da gestante com os do Susprenatal. MTODOS: Estudo transversal com dados do pr-natal de 1.489 purperas internadas para parto pelo Sistema nico de Saúde entre novembro de 2008 e outubro de 2009 no municpio de So Carlos, SP. Os dados foram coletados no carto da gestante e depois no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanizao no Pr-Natal e Nascimento (Sisprenatal). As informaes das duas fontes foram comparadas utilizando o teste de Χ de McNemar para amostras relacionadas. RESULTADOS: A cobertura de pr-natal em relao ao nmero de nascidos vivos foi de 97,1% de acordo com o carto de pr-natal e de 92,8% segundo o Sisprenatal. Houve diferena significativa entre as fontes de informao para todos os requisitos mnimos do Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento, e tambm na comparao dos indicadores de processo. Com exceo da primeira consulta de pr-natal, o carto de pr-natal sempre apresentou registro de informaes superior ao do Sisprenatal. A proporo de mulheres com seis ou mais consultas de pr-natal e com todos os exames bsicos foi de 72,5% pelo carto de pr-natal e de 39,4% pelo sistema oficial. Essas diferenas mantiveram-se para as cinco reas regionais de saúde do municpio. CONCLUSES: O Sisprenatal no foi uma fonte segura para avaliação da informao disponvel sobre acompanhamento na gestao. Houve grande adeso ao Programa de Humanizao do Pr-natal e Nascimento, mas a documentao da informao foi insuficiente quanto a todos os requisitos mnimos e indicadores de processo. Aps dez anos da criao do programa, cabe agora aos municpios adequar a qualidade da assistncia e capacitar seus profissionais para a correta documentao de informao em saúde.
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OBJETIVO: Avaliar acurcia de escore clnico (sensibilidade) no diagnstico presuntivo de tuberculose pulmonar em triagem. MTODOS: Estudo descritivo-analtico transversal com 1.365 pacientes atendidos no setor de pneumologia em Unidade Bsica de Saúde de nvel secundrio da cidade do Rio de Janeiro, RJ, de 2006 a 2007. Os participantes responderam um questionrio padronizado, aplicado por equipe de enfermagem, contendo informaes referentes idade, peso e sintomas clnicos. O resultado presuntivo do diagnstico de tuberculose pulmonar foi obtido pela soma da pontuao dos dados coletados. Diagnstico de tuberculose ativa baseou-se nos resultados bacteriolgicos e na deciso mdica. Foram calculados sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos para uma prevalncia especificada, e intervalos de 95% de confiana para diversos pontos de corte do escore. O desempenho do escore foi avaliado pela curva receiver operating characteristic (ROC). RESULTADOS: Para o diagnstico de tuberculose, tosse > 1 semana e > 3 semanas mostrou sensibilidade respectivamente de 88,2% (86,2;90,2) e de 61,1% (57,93;64,3), especificidade de 19,2% (16,6;21,8) e 51,3% (48,1;54,5). O escore clnico com 8 pontos mostrou uma sensibilidade de 83,13% (77,8;87,6), especificidade de 51,8% (48,5;55,1), valor preditivo positivo de 91,6% (90,0;83,2) e negativo 32,9% (30,1;35,7). CONCLUSES: Tosse (> 3 sem) apresentou baixa sensibilidade e especificidade. Escore clnico com elevada sensibilidade pode ser uma ferramenta alternativa na deteco de tuberculose pulmonar, pois, alm de agilizar o atendimento do caso suspeito na unidade, permite padronizar a primeira abordagem pela enfermagem.
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OBJETIVO: Descrever a autopercepo de saúde bucal em idosos e analisar fatores sociodemogrficos e clnicos associados. MTODOS: Estudo transversal com 876 participantes em amostra representativa de idosos (65 anos ou mais) de Campinas, SP, em 2008-2009. Os exames odontolgicos seguiram critrios padronizados pela Organizao Mundial da Saúde para levantamentos epidemiolgicos de saúde bucal. A autopercepo da saúde bucal foi avaliada pelo ndice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Os indivduos foram classificados segundo caractersticas sociodemogrficas, odontolgicas e prevalncia de fragilidade biolgica. O estudo de associaes utilizou anlise de regresso de Poisson; a anlise considerou os pesos amostrais e a estrutura complexa da amostra por conglomerados. RESULTADOS: A mdia de idade dos indivduos foi de 72,8 anos; 70,1% eram mulheres. A proporo de indivduos com mais de 20 dentes presentes foi 17,2%; 38,2% usavam prtese dentria total em ambos os arcos; 8,5% necessitavam desse recurso em ao menos um arco dentrio. Em mdia, o ndice GOHAI foi elevado: 33,9 (mximo possvel 36,0). Manter 20 dentes ou mais, usar prtese total nos dois arcos, no necessitar desse tratamento, no apresentar alteraes de mucosa oral e no apresentar fragilidade biolgica foram os fatores significantemente associados com melhor autopercepo de saúde bucal (p < 0,05). CONCLUSES: A avaliação de autopercepo em saúde bucal permitiu identificar os principais fatores associados a esse desfecho. Esse instrumento pode contribuir para o planejamento de servios odontolgicos, orientando estratgias de promoo em saúde voltadas melhora da qualidade de vida das pessoas desse grupo etrio.
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OBJETIVO: Analisar o efeito da Estratgia Saúde da Famlia na vigilncia de bitos infantis. MTODOS: Estudo ecolgico de mltiplos grupos, tendo municpios do Estado da Bahia no ano de 2008 como unidade de anlise. Os 3.947 bitos analisados foram obtidos do Sistema de Informao sobre Mortalidade e a meta mnima de investigao considerada foi de 25% dos bitos. Foram utilizados modelos de regresso logstica bivariado e mltipla, ajustados por variveis sociodemogrficas e de organizao de servios. RESULTADOS: Em 48,9% dos municpios houve investigao de pelo menos um bito infantil e em 35,5% foi alcanada a meta mnima de investigao. Nos modelos bivariados para avaliação da investigao de pelo menos um bito, foram observadas associaes estatisticamente significantes com maior porte populacional, maiores valores de ndice de Desenvolvimento Humano, existncia de Comit de Investigao e de leito obsttrico no municpio; no foram observadas associaes com a cobertura da Estratgia Saúde da Famlia e existncia de responsvel tcnico no municpio. Na anlise ajustada, a investigao de pelo menos um bito infantil esteve associada a porte populacional (OR = 4,02) e existncia de leito obsttrico (OR = 2,68). O alcance da meta municipal mnima esteve associado apenas com a existncia de leito obsttrico no municpio (OR = 1,76). CONCLUSES: O percentual de bitos de menores de um ano investigados foi inferior ao pactuado na Bahia em 2008. No houve associao entre a cobertura da Estratgia Saúde da Famlia e essa ao, o que sugere que a Vigilncia de bitos Infantis incipiente no Estado, principalmente quanto sua descentralizao para a ateno primria.
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OBJETIVO: Analisar a evoluo de estimativas do gasto federal com o Programa de Saúde Mental desde a promulgao da lei nacional de saúde mental. MTODOS: O gasto federal total do Programa de Saúde Mental e seus componentes de gastos hospitalares e extra-hospitalares foi estimado a partir de 21 categorias de gastos de 2001 a 2009. Os valores dos gastos foram atualizados para valores em reais de 2009 por meio da aplicao do ndice de Preos ao Consumidor Amplo. Foi calculado o valor per capita/ano do gasto federal em saúde mental. RESULTADOS: Observou-se o crescimento real de 51,3% do gasto em saúde mental no perodo. A desagregao do gasto revelou aumento expressivo do valor extra-hospitalar (404,2%) e decrscimo do hospitalar (-39,5%). O gasto per capita teve crescimento real menor, embora expressivo (36,2%). A srie histrica do gasto per capita desagregado mostrou que em 2006, pela primeira vez, o gasto extra-hospitalar foi maior que o hospitalar. O valor per capita extra-hospitalar teve o crescimento real de 354,0%; o valor per capita hospitalar decresceu 45,5%. CONCLUSES: Houve crescimento real dos recursos federais investidos em saúde mental entre 2001 e 2009 e investimento expressivo nas aes extra-hospitalares. Houve inverso no direcionamento dos recursos, a partir de 2006, na direo dos servios comunitrios. O componente do financiamento teve papel crucial como indutor da mudana de modelo de ateno em saúde mental. O desafio para os prximos anos sustentar e aumentar os recursos para a saúde mental num contexto de desfinanciamento do Sistema nico de Saúde.
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OBJETIVO: Validar as propriedades psicomtricas do questionrio de avaliação funcional das mos em hansenase. MTODOS: Estudo realizado com amostra de convenincia de 101 pacientes consecutivos em Braslia, DF, de junho de 2008 a julho de 2009. As pessoas eram adultas afetadas pela hansenase, com comprometimento nos nervos ulnar, mediano e radial. Foi analisada a reprodutibilidade interobservadores e intraobservador com entrevistas sucessivas e a validade do constructo com associao entre idade, forma clnica da hansenase, tempo de leso do nervo, foras de preenso e pinas realizadas com dinammetro, teste de sensibilidade realizado com monofilamentos de Semmes-Weinstein e avaliação da habilidade manual, utilizando o teste de funo manual de Jebsen. Calcularam-se os valores do ndice kappa ponderado e construiu-se um grfico Bland-Altman para avaliar a reprodutibilidade do instrumento. Para a consistncia interna, utilizou-se o coeficiente alfa de Cronbach. Foi calculado o coeficiente de correlao de Pearson e usado modelo de regresso mltipla. RESULTADOS: Os valores de kappa ponderado para as avaliaes interobservadores e intraobservador variaram de 0,86 a 0,97 e de 0,85 a 0,97, respectivamente. O valor do coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,967. O coeficiente de correlao de Pearson mostrou associao (p < 0,001) entre tempo de leso do nervo, foras de preenso e pinas, sensibilidade cutnea e escore mdio do teste de Jebsen. O escore mdio do questionrio de avaliação funcional das mos em hansenase associou-se com classificao operacional da hansenase, tempo de leso do nervo, fora de preenso, sensibilidade cutnea e habilidade manual (p < 0,0001 para o conjunto do modelo). CONCLUSES: O questionrio de avaliação funcional das mos em hansenase apresenta reprodutibilidade quase perfeita interobservadores e intraobservador, alta consistncia interna e correlao com classificao operacional da hansenase, tempo de leso do nervo, fora de preenso, sensibilidade cutnea nas mos e habilidade manual.
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OBJETIVO: Desenvolver um indicador sinttico para avaliar a qualidade da gesto municipal da ateno bsica saúde. MTODOS: O modelo de avaliação baseia-se em aspectos da gesto do sistema de saúde. Foram utilizados 55 indicadores de desempenho classificados sob os critrios de relevncia, efetividade, eficcia e eficincia e suas medidas agregadas por meio de aplicao de anlise envoltria de dados de modelo aditivo, em medidas de valor, mrito e qualidade. A aplicao foi feita a 36 municpios catarinenses com populao entre 10 mil e 50 mil habitantes em 2006. RESULTADOS: Os resultados da aplicao foram apresentados em medidas monticas no intervalo [0, 1] (medidas = 1: eficientes; demais: ineficientes). Cinco municpios apresentaram medida = 1 na qualidade da gesto das aes de acesso, enquanto oito obtiveram medida = 1 na qualidade da gesto das aes de provimento. Os demais municpios, para ambas as dimenses, foram classificados como ineficientes (medidas < 1). CONCLUSES: A qualidade da gesto municipal da ateno bsica saúde pode ser avaliada com indicador sinttico, construdo por tcnicas de programao linear, que contempla simultaneamente os critrios de relevncia, de efetividade, de eficcia e de eficincia agregados em medidas de valor, mrito e qualidade.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre a conduta conservadora em leso intraepitelial cervical de alto grau com o ndice de recidiva da neoplasia e faixa etria. MTODOS: Estudo transversal e retrospectivo realizado com 509 mulheres (15-76 anos) atendidas no perodo de 1996 a 2006, com colpocitologia onctica alterada, em um servio pblico de referncia em Maring, PR. Os dados foram coletados dos pronturios mdicos e estudadas as variveis diagnstico definitivo, tipos de tratamento, ocorrncia da leso e recidivas, analisados por meio de testes de associao de qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher. RESULTADOS: A leso intraepitelial cervical de alto grau ocorreu em 168 casos; destes, 31 mulheres foram submetidas amputao cnica, 104 a cirurgias de alta frequncia, nove histerectomizadas e 24 receberam conduta conservadora. Dentre as mulheres com leso de alto grau e tratadas de forma conservadora, oito (33,3%) recidivaram, enquanto dentre as submetidas conduta no conservadora dez (6,9%) recidivaram, sendo essa diferena estatisticamente significante (p = 0,0009), RP = 4,8 (IC95% 2,11;10,93). Para aquelas que fizeram o seguimento clnico-citolgico, trs (30,0%) e, dentre as cauterizadas, cinco (35,7%) recidivaram no prazo de trs anos, sem diferena significante (p = 0,5611). A recidiva abaixo e acima de 30 anos ocorreu, respectivamente, em sete (13,8%) e 11 (12,2%) mulheres (p = 0,9955). CONCLUSES: A idade da mulher no influencia o prognstico de recidiva. O tratamento conservador deve ser indicado como conduta de exceo, dada a alta taxa de recidiva, e o seguimento deve ser rigoroso, com acompanhamento citolgico e colposcpico de at trs anos, perodo em que ocorre a maioria das recidivas.
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OBJETIVO: Identificar fatores associados vacinao contra hepatite B em trabalhadores da saúde. MTODOS: Estudo transversal com 1.808 trabalhadores da saúde do setor pblico de Belo Horizonte, MG, em 2009. Questionrio autoadministrado foi usado e a situao vacinal foi analisada considerando caractersticas sociodemogrficas, estilo de vida, caractersticas e condies de trabalho. Anlises estatsticas univariada (p < 0,20) e mltipla foram realizadas utilizando regresso de Poisson (p < 0,05) para avaliação de fatores associados vacinao. RESULTADOS: Declararam ter sido vacinados 85,6% dos trabalhadores, 74,9% dos quais receberam esquema completo da vacina. No ter sido vacinado associou-se a no ter companheiro, a escolaridade em nvel mdio/tcnico ou superior incompleto e a caractersticas do trabalho, como atuar na vigilncia ou setor administrativo/servios gerais e no utilizar equipamentos de proteo individual. CONCLUSES: Foram identificados grupos com menor cobertura vacinal. So necessrios esforos para garantir o acesso e a adeso vacinao a todos os grupos ocupacionais.
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OBJETIVO: Descrever a frequncia de rastreadores de potenciais resultados adversos em internaes no Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo retrospectivo, incluindo as internaes de adultos na clnica mdica (n = 3.565.811) e clnica cirrgica (n = 2.614.048) no Brasil em 2007. O Sistema de Informaes Hospitalares foi utilizado como fonte de informao. A mensurao dos resultados adversos baseou-se no rastreamento de 11 condies clnicas, definidas em estudos internacionais anteriores, registradas no campo diagnstico secundrio. Foram realizadas anlises bivariada e multivariada, no intuito de associar resultado adverso, bito (varivel dependente) e outras variveis como idade, utilizao de unidade de terapia intensiva e realizao de cirurgia. RESULTADOS: A frequncia obtida foi 3,6 potenciais resultados adversos por 1.000 internaes para ambas as clnicas, superior na clnica mdica (5,3 por 1.000) em relao clnica cirrgica (1,3 por 1.000). Houve diferenas no perfil das internaes: na clnica mdica predominaram idosos, maior tempo mdio de permanncia, maior taxa de mortalidade e menor custo total de internao. O rastreador de resultado adverso mais frequente foi pneumonia hospitalar. Choque/parada cardaca apresentou maior risco de bito (OR = 5,76) em relao aos demais resultados adversos. Os maiores gastos com internaes estiveram relacionados sepse hospitalar. Os rastreadores de potencial resultado adverso apresentaram altas chances de bito, mesmo com a introduo de variveis como uso de terapia intensiva e realizao de cirurgia. CONCLUSES: A alta frequncia de resultados adversos em internaes indica a necessidade de desenvolver estratgias de monitoramento e melhorias dirigidas para a segurana do paciente.
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OBJETIVO: Avaliar a efetividade de um programa de controle de qualidade de imagem nos servios de mamografia da rede do Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo prospectivo com anlise temporal do tipo "antes e depois" de uma ao de vigilncia em saúde. Participaram do estudo 35 servios que tinham mamgrafos em operao e realizavam exames regularmente em Gois entre 2007 e 2009. Foram avaliados os servios, por testes de desempenho de mamgrafos, processadoras e demais materiais em trs visitas tcnicas, a qualidade da imagem e a dose de entrada no simulador radiogrfico de mama. Cada servio recebeu uma pontuao correspondente ao percentual dos testes em conformidade com os padres. RESULTADOS: Os percentuais mdios de conformidade dos servios foram de 64,1% ( 13,3%) na primeira visita, 68,4% ( 15,9%) na segunda e 77,1% ( 13,3%) na terceira (p < 0,001). As principais melhorias foram decorrentes dos ajustes da fora de compresso da mama, do controle automtico de exposio e do alinhamento da bandeja de compresso. As doses medidas estavam dentro da faixa de conformidade em 80% dos servios avaliados. CONCLUSES: A implantao do programa nos servios foi efetiva para a melhoria dos parmetros de operao do mamgrafo, embora 40% dos servios no tenham alcanado o nvel aceitvel de 70%. Este resultado indica a necessidade de haver continuidade na vigilncia em saúde.