322 resultados para América do Norte
Resumo:
O mamey (Pouteria sapota) é originário do México e América Central, sendo comum em Cuba, Norte da América do Sul e nas Índias Ocidentais. Porém somente após sua introdução na Flórida passou a ser mais conhecido e procurado, principalmente pelos latino-americanos. Para diversas fruteiras, a distinção entre variedades pode ser realizada com base em características dos frutos, permitindo a diferenciação dessas plantas. Diante disso, realizou-se o presente trabalho, verificando a possibilidade da distinção de plantas de mamey pertencentes à coleção do Banco Ativo de Germoplama, da FCAV, Câmpus de Jaboticabal-SP, através de características físicas e químicas dos frutos. Foram avaliadas: massa (g), comprimento (cm), diâmetro (cm), rendimento de polpa (%), acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), ácido ascórbico (AA), pH e relação sólidos solúveis/acidez titulável de frutos de treze plantas de mamey. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que existem diferenças significativas para todas as variáveis avaliadas entre as diferentes plantas de mamey, possibilitando a seleção de matrizes promissoras, para implantação de pomares comerciais.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar os clones de laranjas-doces [Citrus sinensis (L.) Osbeck] 'Valência', acesso I-93; 'Valência 718', acesso I-94, e 'Valência Late 1138', acesso I-105, enxertados sobre o limão 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck), em relação à produção e às características físico-químicas dos frutos (acidez, sólidos solúveis totais, 'ratio', rendimento em suco, índice tecnológico e massa). As plantas estudadas fazem parte do Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG-Citros) do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR, em Londrina. Foram utilizadas três plantas por clone, em espaçamento de 7,0 m x 6,0 m (238 plantas/hectare), conduzidas sem irrigação. As produções acumuladas das laranjas 'Valência' e 'Valência Late 1138', durante nove safras (1985 a 1994), foram significativamente superiores à da 'Valência 718'. Todos os clones apresentaram características aceitáveis de frutos, em relação à acidez, sólidos solúveis totais, 'ratio', rendimento em suco e massa do fruto, exceto para o índice tecnológico, que foi inferior na 'Valência Late 1138', não sendo observadas diferenças significativas durante o período avaliado (1986 a 1997).
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O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes lâminas de irrigação (100; 125; 150 e 175%), determinadas pela evapotranspiração de referência do tanque classe A, sobre a população de Meloidogyne javanica no solo, e sobre a produtividade e número de dias necessários para a floração e a colheita da bananeira Prata-Anã, no norte de Minas Gerais. Verificou-se que o número de juvenis de segundo estádio de M. javanica aumentou com o aumento das lâminas de irrigação com pico máximo em 118% da evapotranspiração do tanque classe A (ETtca) e que as lâminas de 125; 150 e 175% da ETtca proporcionaram produtividade da bananeira (kg ha -1) significativamente superior à lâmina de 100 %. No entanto, não afetou o número de dias para a floração e para a colheita da bananeira.
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Avaliou-se a distribuição de Meloidogyne javanica e Helicotylenchus multicinctus em solo naturalmente infestado, cultivado com banana 'Prata-Anã' irrigada por microaspersão. O ensaio foi conduzido em blocos ao acaso. A população dos fitonematoides foi avaliada nas distâncias de 20; 40; 80 e 120 cm do pseudocaule e nas profundidades de 20; 40 e 60 cm, bimestralmente, por dois anos. Maior população dos nematoides foi encontrada na profundidade de 20 cm. A população de M. javanica e H. multicinctus foi maior nas distâncias de 20 e 40 cm, respectivamente. A população tanto de M. javanica como H. multicinctus foi elevada em dezembro de 2002 e decresceu até novembro de 2004 quando se estabilizou.
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O objetivo do trabalho foi a caracterização de acessos de laranja-doce [Citrus sinensis (L.) Osbeck] do Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG Citros) do IAPAR, em Londrina-PR. Foram estudados os acessos I-02 'Piralima'; I-03 'Barão'; I-11 'Natal', I-16 'Hamlin', I-17 'Seleta-Vermelha', I-60 'Natal', enxertados sobre limão- 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck). As plantas foram conduzidas em espaçamento de 7,0 m x 7,0 m e sem irrigação. Os dados de produção (de 1983 a 1997) e as características físico-químicas dos frutos (de 1984 a 2000), como massa (MF), sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável total (ATT), ratio (SST/ATT), rendimento em suco (Suco) e índice tecnológico (IT) foram submetidos à análise de variância, complementada pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. O acesso I-16 'Hamlin' foi o mais produtivo (218,1 kg por planta) e diferiu-se dos demais. Para a massa do fruto, destacaram-se os acessos I-17 'Seleta-Vermelha' (208,8 g) e I-11 'Natal' (142,0 g), sem diferença entre si. Com relação às características químicas dos frutos, os acessos apresentaram resultados semelhantes, dentro dos padrões considerados adequados para as cultivares, exceto o acesso I-17, 'Seleta- Vermelha', que teve índice tecnológico menor que 2,0 kg.caixa-1 de SST.
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A mudança do perfil do consumidor, aliada aos riscos da contaminação por agrotóxicos, tem levado à busca de alternativas ecologicamente apropriadas para produção de frutas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a incidência de antracnose, o desempenho e estado nutricional de variedades de mangueira conduzidas organicamente na região de Pindorama-SP. Foram utilizadas 17 variedades de mangueira. O experimento foi instalado em delineamento experimental em blocos completos ao acaso, com 17 tratamentos (variedades) e seis repetições. Foi avaliada a severidade de antracnose nas folhas, através de uma escala diagramática, atribuindo-se notas aos sintomas. Foram avaliados o crescimento e o desenvolvimento (altura da planta, perímetro do tronco e da copa) e o estado nutricional, mediante análise foliar, das diferentes variedades utilizadas. Através dos resultados obtidos, podem-se considerar como muito suscetíveis à antracnose as variedades Bourbon, Rocha e Rosa; e resistentes, as variedades IAC 111, Alfa, Beta e Parvin; as variedades de manga apresentaram o mesmo padrão de crescimento; as maiores alturas da planta corresponderam aos maiores diâmetros do tronco e da copa; a variedade Parvin apresentou o melhor desempenho dentre as variedades estudadas, com relação à resistência à antracnose, altura e diâmetro do caule e da copa, podendo ser recomendada ao cultivo orgânico. As variedades Omega e Alfa também apresentaram bom crescimento, podendo ser indicadas para esse cultivo, pelo menos nessa fase inicial; as variedades Surpresa e Rosa não apresentaram bom desempenho, no campo, em relação às demais, não devendo ser recomendadas para o cultivo orgânico, principalmente a variedade Rosa, bastante suscetível à antracnose. As concentrações de N, P e K foram elevadas na fase vegetativa das plantas, comparadas |à baixa concentração de Ca; houve carência de Boro em todas as variedades estudadas. A manga Rosa, provavelmente, sofreu toxicidade ao excesso de manganês, ocasionando diminuição em seu desenvolvimento.
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A videira 'Niagara Rosada' tem-se destacado como alternativa para a diversificação de espécies frutíferas cultivadas nos perímetros irrigados do semiárido brasileiro. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e comparar a duração em dias e as exigências térmicas em graus-dia, considerando doze subperíodos do seu ciclo fenológico. O estudo foi conduzido no vinhedo Santa Catarina, município de Janaúba, região semiárida de Minas Gerais. As plantas, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 572 'Jales', foram conduzidas no sistema de irrigação por microaspersão. O acúmulo em dias e a exigência térmica (graus-dia) foram determinados em duas safras consecutivas da data da poda até a colheita, adotando-se a temperatura de 10°C como temperatura de base. O acúmulo em dias, da poda à colheita, foi de 116 para a poda realizada em janeiro e de 123 dias para a poda em julho. Na poda de janeiro, as plantas acumularam 1.838 graus-dia, enquanto na poda de julho o acúmulo foi de 1.766 graus- dia.
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O tamarilho (Solanum betaceum) é uma espécie de clima subtropical explorado comercialmente como fruto de exportação em países como a Colômbia e Nova Zelândia. No Brasil, esse fruto tem caráter exótico, e suas características nutricionais e tecnológicas são pouco conhecidas. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar frutos de duas variedades de tamarilho, amarela e vermelha, oriundos da região do Vale do Jequitinhonha no Estado de Minas Gerais. Foram analisados os aspectos físicos, físico-químicos e a composição centesimal. Os resultados da caracterização centesimal e físico-química mostraram haver uma grande semelhança entre as duas variedades, excetuando o percentual de cinzas (0,152 ± 0,046 e 1,054 ± 0,339) e de açúcares redutores (5,283 ± 0,463 e 2,979 ± 0,090). O rendimento das polpas foi superior a 67%, o valor médio de sólidos solúveis totais foi da ordem de 12,5% e os valores da relação SST/AcT foi superior a 7,0. Tais medidas permitem considerar o tamarilho um fruto com potencial para o consumo in natura e possível matéria-prima para a indústria de alimentos.
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O Sistema de Classificação Climática Multicritérios (Sistema Geovitícola CCM) baseado em três índices climáticos:o Índice de Seca (IS), que corresponde a um indicador do nível de seca; o Índice Heliotérmico (HI), que corresponde ao índice heliotérmico de Huglin, e o Índice de Frio Noturno (IF), que atua como um indicador das condições de temperatura noturna durante a maturação das bagas, possibilitaram a descrição do potencial climático de vinhedos no mundo todo. Neste trabalho, foi caracterizado o clima vitícola em períodos de crescimento e produção durante o ano com duração de quatro meses cada, na região norte fluminense, representada pelo município de Campos dos Goytacazes (21º 45'S, 41º 19'W, 13 m). o sistema indicou potencial para o cultivo da videira na região durante o ano, por meio de diferenças encontradas nos índices IS, IH e IF. Os períodos quadrimestrais de janeiro/abril, fevereiro/maio, março/ junho, abril/julho, maio/agosto, junho/setembro, julho/outubro e agosto/novembro foram considerados os mais adequados para o cultivo da videira, mostrado pelos índices: IS+1 indicando classe de Seca Moderada, IH-2 a IH-1, para classes Frias a Temperadas, exceto para janeiro/abril, com IH+1, para classe Temperada quente, e IF-2 a IF-1 para classes de Noites quentes a Temperadas. Em adição ao potencial climático mostrado, que permite adequado crescimento das plantas, as condições desses períodos também são satisfatórias pela diminuição da necessidade de pulverizações de defensivos e coincidindo com baixa oferta de uvas no mercado e preços mais elevados, o que torna a região apropriada para mais de um ciclo por ano. Neste trabalho, o sistema permitiu a distinção de períodos de cultivo da uva ao longo do ano, funcionando como uma ferramenta apropriada para o zoneamento vitícola.
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O trabalho teve como objetivo determinar o ponto de maturidade fisiológica dos frutos de maracujazeiro amarelo produzidos na região Norte Fluminense, na tentativa de se antecipar o ponto de colheita dos frutos, visando a qualidade e o aumento da vida de prateleira dos mesmos. Os frutos foram colhidos em três períodos diferentes. A colheita 1 foi realizada aos 45 dias após a antese (daa); a colheita 2 aos 54 daa e a colheita 3 aos 63 daa. Após cada colheita os frutos foram lavados, secos e divididos em dois lotes para avaliação. O primeiro lote foi avaliado imediatamente após a colheita, e o segundo foi armazenado em câmara (23 ± 3ºC e 85 ± 8% UR). Os frutos foram analisados periodicamente a cada 3 dias, quanto aos seguintes atributos de qualidade: coloração e espessura da casca, rendimento de suco e teores de sólidos solúveis (SS) e acidez titulável (AT). Os resultados indicaram que o tempo de desenvolvimento do fruto de maracujazeiro amarelo, dentro do período de 45 a 63 daa, influenciou na qualidade do fruto colhido na região. Para as condições deste trabalho, o ponto ideal de colheita foi aos 63 daa, podendo, também, ser colhido a partir do 54º daa, porém, com perda de cerca de 21,0 % no rendimento de suco. Verificou-se, também, que durante a fase de amadurecimento, a manutenção dos frutos na planta retarda a evolução da coloração, bem como, a redução na espessura da casca do fruto, em comparação ao colhido e armazenado.
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Na implantação dos pomares cítricos, é importante o uso de cultivares adaptadas às condições locais, de forma a assegurar boa produtividade. A laranjeira-'Pera' [Citrus sinensis (L.) Osbeck] é a cultivar mais importante da citricultura brasileira. O objetivo deste trabalho foi avaliar três clones de laranjeira-'Pera' do Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG-Citros) do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR (acessos I-58 'Pera Vacinada 3', I-59 'Pera Vacinada 4' e I-89 'Pera Bianchi') enxertados sobre o limoeiro-'Cravo' (Citrus limonia Osbeck), nas condições edafoclimáticas de Londrina-PR. As plantas cultivadas no espaçamento 7,0 m x 6,0 m foram conduzidas sem irrigação e avaliadas em relação à produção por planta e às características físico-químicas dos frutos. Os clones de laranjeira I-58 'Pera Vacinada 3', I-59 'Pera Vacinada 4' e I-89 'Pera Bianchi' apresentaram em nove safras, produção média anual por planta de 164,10 kg, 133,96 kg e 131,03 kg, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os clones para as variáveis estudadas nas 14 safras. A qualidade dos frutos foi a seguinte: para I-58 'Pera Vacinada 3' e I-59 'Pêra Vacinada 4' e I-89 'Pera Bianchi', respectivamente: 159,6 g, 149,9 g e 150,9 g para massa de fruto; sólidos solúveis de 11,16 ºBrix, 10,98 ºBrix e 10,65 ºBrix; acidez titulável de 1,07%, 1,12% e 0,99%; teor de suco de 50,8%, 52,9% e 49,7%; ratio de 10,6; 10,0 e 10,9 e índice tecnológico de 2,31; 2,34 e 2,15 kg de sólidos solúveis por caixa.
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O emprego de índices biometeorológicos para a previsão dos estádios fenológicos tem sido amplamente utilizado no planejamento dos tratos culturais na viticultura. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e comparar entre dois ciclos consecutivos, a duração em dias e as exigências térmicas em graus-dia de doze estádios do ciclo fenológico da videira 'Benitaka'. O estudo foi conduzido num vinhedo comercial localizado no município de Janaúba, região semiárida de Minas Gerais. As plantas, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 572 'Jales', foram conduzidas no sistema de latada e irrigadas por microaspersão. O acúmulo em dias e a exigência térmica (graus-dia) foram determinados em duas safras consecutivas, da data da poda até a colheita, adotando-se a temperatura de 10°C como temperatura de base. O acúmulo em dias, da poda à colheita, foi de 120 para a poda realizada em janeiro e de 131 dias para a poda em julho. Na poda de janeiro, as plantas acumularam 1.914 graus-dias, enquanto na poda de julho o acúmulo foi de 1.930 graus- dia.
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A suscetibilidade a doenças de grande impacto econômico põe em risco a viabilidade econômica da bananicultura. A melhor estratégia para controle destas doenças, do ponto de vista econômico e ambiental, é a utilização de cultivares resistentes. Porém, estas devem apresentar, além de boas características de produtividade, um bom sabor e facilidade para manuseio e transporte como requisitos para aceitação do mercado. Portanto, este trabalho visou a avaliar características pós-colheita do genótipo PA42-44 resistente ao mal-do-panamá, sigatoka-amarela e negra, comparando à cultivar 'Prata-Anã', bastante difundida, porém suscetível às doenças citadas. Para tal, bananas de cada um dos genótipos foram colhidas e armazenadas à temperatura de 22 ± 1°C e umidade relativa de 75 ± 5% até atingirem determinado índice de coloração para avaliação. As bananas foram avaliadas nos índices de coloração 2; 3; 4; 5 e 6, segundo a escala de notas de Von Loesecke. As variáveis avaliadas foram: firmeza, pH, acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), relação SS/AT e despencamento. Também foi verificado qual dos genótipos amadurece mais rapidamente, analisando a modificação da cor das bananas por 12 dias. Finalmente, foi realizada a análise sensorial para os atributos aparência, aceitabilidade, firmeza e doçura de ambos os genótipos. As bananas PA42-44, quando comparadas à 'Prata-Anã', nos mesmos índices de coloração, encontravam-se em processo mais avançado de amadurecimento. Porém, quando avaliadas em função do período de armazenamento, a 'Prata-Anã' amadureceu mais rapidamente. As bananas PA42-44 são menos firmes e bem mais suscetíveis ao despencamento que as bananas 'Prata-Anã'. Já as características sensoriais dos genótipos foram iguais quanto à preferência.
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Este trabalho objetivou caracterizar a fenologia e a produção das videiras 'Cabernet Sauvignon' e 'Alicante' (Vitis vinifera L.) produzidas fora de época, no norte do Paraná, para a elaboração de vinho tinto. A área experimental foi instalada em uma propriedade comercial pertencente à Vinícola Intervin®, em Maringá-PR. As videiras foram conduzidas em latada sobre o 'IAC 766 Campinas'. As avaliações tiveram início a partir das podas de frutificação para a produção fora de época, durante dois anos consecutivos, realizadas no fim de janeiro de 2007 e 2008, onde foram utilizadas 20 plantas representativas de cada variedade. Avaliou-se a duração, em dias, das principais fases fenológicas das videiras, bem como estimadas a produção por planta e a produtividade de cada variedade. A evolução de maturação das uvas foi determinada pela análise semanal do teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT) e índice de maturação (SST/AT). A duração média do ciclo da videira 'Cabernet Sauvignon' foi de 128 dias, enquanto da 'Alicante' foi de 131 dias, sendo consideradas tardias ambas as variedades para a região norte do Paraná. As estimativas da produção por planta e produtividade foram de 12,4 kg e 22,3 t.ha-1 para a uva 'Cabernet Sauvignon' e 11,9 kg e 19,8 t.ha-1 para a 'Alicante'. Os teores médios de SST, AT e SST/AT foram de 19,2 °Brix, 1,8% de ácido tartárico e 11,6 para a uva 'Cabernet Sauvignon', e 19,1 °Brix, 1,3% de ácido tartárico e 14,1, para a 'Alicante'. Ambas as variedades apresentam elevadas produtividades e matéria-prima adequada para processamento quando produzidas fora de época no norte do Paraná.
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O maracujá-suspiro (Passiflora nitida Kunth) é uma espécie silvestre amplamente distribuída no território nacional. Tem alto potencial para o melhoramento visando à resistência a diversas doenças que provocam perdas expressivas em cultivos comerciais de maracujá-azedo (Passiflora edulis Sims). Seus frutos são comestíveis e têm elevado valor comercial como fruta fresca. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo analisar as características físicas e químicas dos frutos e determinar, em condições de campo, o rendimento de dez acessos de P. nitida procedentes de estados e/ou de diferentes tipos fitofisionômicos das regiões Centro - Norte do Brasil. O experimento foi conduzido na Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina, Distrito Federal. Os acessos avaliados foram coletados em Manaus-AM, de capoeira; no Núcleo Rural São José - DF, de chapada e de vereda; no Vale do Amanhecer - DF, de vereda; Jardim Botânico-DF, de Cerrado Stricto Sensu; em Silvânia-GO, de mata ciliar e de chapada; em Itiquira - MT, de Cerrado Stricto Sensu; em Alto Paraíso-GO, de chapada, e em Natividade-TO, de chapada. O delineamento estatístico foi em blocos casualizados, com quatro repetições e três plantas úteis por repetição. As plantas foram propagadas por estacas enraizadas de cada acesso e conduzidas em espaldeiras verticais de 1,80 metro de altura, com irrigação por gotejamento. As avaliações foram feitas durante as colheitas de 2006 e 2007. O acesso do Vale do Amanhecer apresentou o melhor rendimento de frutos. Este acesso pode ser usado no programa de melhoramento visando à inserção de P. nitida no mercado. Também foi possível observar que as fontes provenientes do Cerrado têm características físicas mais desejáveis, produzindo frutos maiores e com melhor rendimento em polpa. Por outro lado, o acesso do Amazonas teve a menor espessura da casca, característica desejável para o mercado de frutas naturais.