507 resultados para Pontos de cultura
Resumo:
Potenciais produtivos distintos tm sido verificados entre talhes, bem como dentro desses, em reas sob muitos anos de plantio direto (PD). Ferramentas de agricultura de preciso (AP) podem auxiliar a identificar tais diferenas, mas para manejar eficientemente a fertilidade do solo nessas condies a amostragem deve ser representativa. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influncia de atributos qumicos do solo, conforme a camada ou profundidade de amostragem, na produtividade da cultura do trigo, em uma rea sob PD de longa durao, utilizando zonas de um talho com potenciais produtivos distintos. O estudo foi feito em Reserva do Iguau, PR, em rea com 25 anos de PD e cinco anos de adoo de tcnicas de AP. A partir de mapas de colheita anteriores, identificaram-se duas zonas, Z1 (alta produtividade) e Z2 (baixa produtividade), onde se estabeleceram malhas com 16 unidades amostrais. A produtividade do trigo foi estimada em trs pontos por unidade, coletando-se amostras de solo de 0,0-0,1 e de 0,1-0,2 m nos mesmos pontos. A produtividade do trigo foi 22 % maior em Z1 do que em Z2, de acordo com os mapas de colheita utilizados. Os teores de carbono orgnico do solo (Corg) foram maiores em Z1, nas duas camadas do solo. Na camada de 0,1-0,2 m, a saturao (m%) e os teores de Al3+ foram significativamente maiores em Z2; nessa camada, Z1 apresentou maiores valores de pH e saturao por bases (V%) e teores de Ca2+, Mg2+ e K+. Houve correlao positiva da produtividade com os teores de Corg nas duas camadas do solo. Considerando somente a camada de 0,1-0,2 m, a correlao foi positiva com os valores de pH e V% e com a disponibilidade de Ca2+, Mg2+ e K+; e negativa, com a disponibilidade de Al3+. As diferenas na fertilidade do solo entre Z1 e Z2 se deram principalmente na camada de 0,1-0,2 m e foram associadas diferena de produtividade do trigo, indicando ser importante a presena desse estrato na amostragem do solo em reas de PD de longa durao, visando representar corretamente o estado de fertilidade do solo.
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Em regies de clima tropical, as principais limitaes na manuteno de palhada na superfcie do solo so a dificuldade de sua implantao e as suas elevadas taxas de decomposio. Visando identificar o potencial produtivo dos capins xaras e ruziziensis, bem como a posterior formao de palhada para continuidade do sistema plantio direto, avaliou-se a produtividade de massa seca, a relao lignina/N total, o acmulo de macronutrientes e a decomposio da palhada em duas safras agrcolas. Os tratamentos foram constitudos por duas espcies de braquiria (Brachiaria brizantha cv. Xaras e Brachiaria ruziziensis), implantadas em consrcio com a cultura do milho e adubadas com as mesmas doses de N (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1), durante e aps o consrcio com a cultura do milho. O tempo de decomposio da palhada durante o perodo de 120 dias foi avaliado pelo mtodo das sacolas de decomposio (litter bags). A adubao nitrogenada no influenciou a produtividade de massa seca dos capins xaras e ruziziensis, a relao lignina/N total e a quantidade de palhada depositada sobre a superfcie do solo aps o consrcio com milho, porm elevou os acmulos de N, K, Mg e S. Os capins xaras e ruziziensis apresentaram potencial de produo de palhada acima de 4.000 kg ha-1 na entressafra, com a manuteno de 15 a 60 % dessa quantidade aos 120 dias aps o manejo.
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A compactao do solo um dos principais fatores que altera a qualidade do solo e o crescimento das culturas. O objetivo deste trabalho foi determinar o grau de compactao que restringe o crescimento da cultura da soja num Latossolo Bruno alumnico tpico. O experimento foi realizado em casa de vegetao. O solo utilizado foi coletado no municpio de Guarapuava, PR, na camada de 0-20 cm. Esse possua 570 g kg-1 de argila, 370 g kg-1 de silte e 60 g kg-1 de areia. Foi compactado para obteno das densidades do solo de 0,90; 0,96; 1,02; 1,08; 1,14; 1,20; e 1,27 kg dm-3, correspondendo a graus de compactao entre 75 e 105 %, que foram determinados pela relao entre a densidade do solo atual e a densidade do solo mxima, obtida pelo ensaio de Proctor Normal. Durante o perodo de cultivo da soja avaliaram-se o crescimento radicular e a parte area, alm da evapotranspirao diria. Aos 60 dias aps a emergncia, determinou-se a massa seca da parte area e das razes. Qualquer aumento no grau de compactao acima de 75 % reduz o crescimento das razes na camada compactada; entretanto, as razes no crescem quando o grau de compactao igual ou superior a 105 %. Quando o grau de compactao superior a 82 %, a altura das plantas diminui e quando superior a 87 e 93 % reduz respectivamente a massa da matria seca da parte area e a evapotranspirao. Assim, o grau de compactao restritivo cultura da soja depende do atributo que est sendo avaliado.
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A cultura da mandioca geralmente exposta a mais de um perodo de deficincia hdrica durante a estao de crescimento. O objetivo deste trabalho foi verificar se h diferena na Frao de gua Transpirvel do Solo (FATS) crtica para transpirao e crescimento foliar em plantas de mandioca submetidas a um e dois perodos de deficincia hdrica no solo. Foram conduzidos dois experimentos com a cultura da mandioca, cultivar Fepagro RS 13. Os tratamentos foram quatro regimes hdricos subdivididos em dois perodos, perodo 1 (P1) e perodo 2 (P2): regimes hdricos RH1 e RH2 (sem e com deficincia hdrica nos dois perodos, respectivamente) e regimes hdricos RH3 e RH4 (com deficincia hdrica no P1 e P2, respectivamente). Usou-se o mtodo da FATS para indicar os pontos crticos para transpirao e crescimento foliar. A FATS crtica foi 0,35, 0,38 e 0,37 para crescimento foliar e 0,28; 0,26; e 0,28 para transpirao no P1 do RH2 e RH3 e P2 do RH4, respectivamente. No P2 do RH2, a FATS crtica para crescimento foliar e transpirao foi 0,09 e 0,13, respectivamente. Concluiu-se que h diminuio na FATS crtica em mandioca no segundo perodo comparado ao primeiro perodo de deficincia hdrica no solo, que pode ser explicada pela menor rea foliar, o que permitiu que o perodo de turgescncia das folhas fosse maior e, com isso, demoraram mais a ativar seus mecanismos de controle estomtico. A implicao prtica desses resultados que esses podem ser utilizados como parmetros para irrigao da cultura, e tambm, na seleo de cultivares mais tolerantes deficincia hdrica.
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A compreensão do potencial agrícola de um solo muitas vezes é com base apenas na interpretação por meio de análises univariadas, podendo elevar a dimensão dos problemas no momento de escolher o manejo adequado ao solo. Dessa forma, a análise multivariada surge como alternativa, pois ela é um conjunto de procedimentos que visa agrupar e discriminar grupos de indivíduos. Também, serve como instrumento de seleção de variáveis, na medida em que aquelas com maior peso na construção dos primeiros componentes principais são as possíveis que melhor representam o conjunto de dados estudados. O objetivo deste trabalho foi identificar, por meio de análises multivariadas, os atributos do solo que melhor explicam a variabilidade espacial na produção da cultura do feijão. No ano agrícola de 2006/2007, no município de Selvíria, MS, foi analisada a produtividade do feijão em razão de alguns atributos físicos e químicos de um Latossolo Vermelho distroférrico, cultivado nas condições de elevado nível tecnológico de manejo pelo sistema de cultivo mínimo irrigado com pivô central. Foi demarcada a malha geoestatística para a coleta de dados do solo e da planta, com 117 pontos amostrais, numa área de 2.025 m2 e declive homogêneo de 0,055 m m-1. A classificação em grupos foi feita por três métodos: método de agrupamentos hierárquico, método não hierárquico k-means e análise de componentes principais. Essa última análise permitiu identificar três grupos que explicam 86,3 % da variabilidade total dos dados, os quais são constituídos pelos atributos físicos: densidade do solo, porosidade total, umidade gravimétrica e umidade volumétrica, que se evidenciaram com maior poder de explicação da variação da produtividade. Pode-se concluir que a análise multivariada aliada à geoestatística é importante ferramenta no auxílio ao manejo localizado.
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O uso de fosfatos naturais, aliado ao adequado manejo de microrganismos do solo solubilizadores de fosfato, é uma alternativa para reduzir os custos da adubação fosfatada. No entanto, ambas as práticas requerem a avaliação prévia do potencial da microbiota rizosférica em solubilizar fontes de P pouco reativas em condições de campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da microbiota do solo de solubilizar os fosfatos de Ca, Fe, Al, além dos fosfatos naturais de Araxá e Catalão em amostras de solo rizosférico e não rizosférico de plantio do hibrido Eucalyptus grandis × E. urophylla, localizados em três pontos de uma topossequência típica da Zona da Mata de Minas Gerais. Adicionalmente, avaliou-se a atividade de fosfatases ácidas e alcalinas sob as mesmas condições experimentais. A microbiota rizosférica das plantas do topo e da baixada apresentou maior potencial de solubilização de fosfato de Ca (5.745,09 e 6.452,80 μg de P, respectivamente), enquanto o solo da encosta não apresentou diferenças entre as fontes inorgânicas testadas. O fosfato de Catalão foi a fonte de fosfato natural com maior potencial de solubilização (1.209,71 μg de P) pela microbiota do solo nas condições avaliadas. O pH final do meio de cultura correlacionou-se negativamente com os valores de P solubilizado, indicando que a acidificação do ambiente foi um dos mecanismos de solubilização utilizados pela microbiota rizosférica in vitro. A atividade das fosfatases ácida e alcalina foi maior na rizosfera de plantas do topo, área com maior teor de matéria orgânica. Não foi observada correlação clara entre o potencial de solubilização de fosfato ou a atividade das fosfatases com o diâmetro médio à altura do peito das árvores do plantio. Este estudo demonstra o efeito da topografia no potencial de solubilização da microbiota do solo, que é influenciada positivamente pelo teor de matéria orgânica do solo.
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A interao a um s tempo complementar e conflitiva de trs temas: linguagem, cultura e alteridade, constituem o eixo de um debate sobre a infncia e a criana portadora de marcas sociais e tnicas. Na medida em que a percepo do social se prende a princpios e a valores considerados universais, verdadeiros, legtimos e nicos, que precisam ser relativizados, questiona-se o fato de a cultura e a alteridade se expressarem por linguagens nem sempre visveis e explcitas, que exigem um olhar atento e aprofundado nas muitas realidades do campo social e no seu cotidiano como meio de compreender-lhes seus muitos significados. Crianas pobres de periferia urbana e do meio rural, crianas brancas, negras e mestias e, ainda, crianas de rua, emprestam-nos suas falas e imagens construdas com desenhos, para expressar a sua percepo do meio em que vivem. Tais expresses referem-se tambm escola que a est, a seus processos e agentes para dizer, por meio de outras linguagens, como olham seu mundo e como so olhados por ele.
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Este artigo apresenta uma reflexo a respeito de algumas concepes tericas de autoridade e hierarquia, e de como essas concepes se constituem em elementos da cultura escolar que construda na interao cotidiana, definindo formas diferenciadas de participao nas escolas. Parte do pressuposto de que a escola, como organizao burocrtica, tem em sua estrutura um corpo de princpios e valores dados pelo sistema educacional, por meio de leis, decretos e papis formalmente estabelecidos, e um outro corpo de princpios e valores construdos e reelaborados no seu interior, pelos participantes do processo educacional, formando a cultura escolar. Assim, o grau de participao nas escolas se definiria em razo das concepes que seriam compartilhadas e construdas nesse processo de constituio da cultura escolar.
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Quase tudo do pouco que sabemos sobre o conhecimento produzido nos chega pelos meios de informao e comunicao. Estes, por sua vez, tambm constroem imagens do mundo. Imagens para deleitar, entreter, vender, sugerindo o que devemos vestir, comer, aparentar, pensar. Em nossa sociedade contempornea discute-se a necessidade de uma alfabetizao visual, que se expressa em vrias designaes, como leitura de imagens e compreenso crtica da cultura visual. Freqentes mudanas de expresses e conceitos dificultam o entendimento dessas propostas para o currculo escolar, assim como a prpria definio do professor ou professora que ser responsvel por esse conhecimento e seu referencial terico. Este artigo apresenta os conceitos que fundamentam as propostas da leitura de imagens e cultura visual, sinalizando suas proximidades e distncias. Contrasta alguns referenciais tericos da antropologia, arte, educao, histria, sociologia, e sugere linhas de trabalho em ambientes de aprendizagem para que se possa refletir a permanente formao docente.
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Neste artigo, gostaramos de propor algumas reflexes em torno do que se percebe como crise da transmisso escolar. Mais especificamente, interessa-nos o que decorre da discusso sobre a cultura comum que a escola deve transmitir, tendo em vista que essa instituio est voltada para a formao do ncleo de referncias comuns que permite ao aluno se integrar sociedade nacional e se converter em cidado. Hoje, tanto a ideia de "cultura comum" como a prpria noo de tradio e reproduo cultural parecem sob assdio. Em primeiro lugar, esse assdio tem a ver com o declnio das humanidades modernas como centro de referncia da cultura comum - um declnio que j tem mais de um sculo. Em segundo lugar, est ocorrendo uma transformao profunda da ideia de tradio e reproduo cultural, bem como das formas com que estas se realizam. Ambos os elementos so discutidos no artigo. Por ltimo, para retomar a ideia de transmisso da cultura comum na escola, sugerem-se alguns critrios que levem em conta os questionamentos e desafios da construo de uma tradio nas presentes condies.
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O artigo examina diferentes dimenses da cultura e das polmicas que envolvem o termo para dizer da(s) cultura(s) popular(es) como derivao tambm controvertida. Diferentemente dos estudos sobre o eixo cultura-cultura popular, num exerccio de memria, busca-se o processo de criao dos movimentos de cultura popular dos anos 1960 no Brasil para, ento, aproxim-lo dos tempos atuais e mostrar como a cultura e a cultura popular foram levadas ao campo da prtica poltica e integraram nelas um novo sentido dado prpria educao. Trata-se da discusso entre cultura e educao como espaos francamente abertos e dialgicos que se abrem difcil e complexa arte da criao, da partilha e do intercmbio de e entre culturas populares, do papel do saber e da reproduo do saber como questo substantiva no eixo entre cultura e educao.
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O artigo explora bases de sustentabilidade do valor patrimonial das chamadas culturas marginais, tomando como referente emprico as artes de musicar e de improvisar. aos preconceitos que associam a cultura popular frivolidade se contrapem evidncias da sua criatividade. para isso, comparam-se tendncias e influncias musicais de um e outro lado do atlntico (portugal e brasil), na base de uma matriz partilhada de repentes e improvisaes. os exemplos do fado e do samba so usados para ilustrar as variaes simblicas, no decurso do tempo, das produes culturais: dos antros de marginalidade podem emergir cones de nacionalidade. em seguida, em um estudo de caso envolvendo jovens portugueses afrodescendentes, sem motivao extrnseca ou intrnseca para as aprendizagens do ensino formal, mostram-se reais possibilidades de emancipao atravs da msica e da dana. finalmente, equaciona-se a possibilidade de a educao, dada a sua aposta no conhecimento, poder constituir uma importante plataforma de reconhecimento do valor patrimonial das culturas populares.
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O artigo discute a formao dos professores da Educao Profissional e Tecnolgica no Brasil na perspectiva de construo de uma cultura profissional diante das alteraes ocasionadas pelas polticas pblicas para essa modalidade de educao no cenrio mais amplo das exigncias, mudanas e crise global do capitalismo. A noo de cultura tem a possibilidade heurstica de enfatizar a subjetividade dos atores num coletivo centrado nas relaes com o conhecimento, uma vez que os saberes partilhados, que articulam prticas sociais e identidades coletivas, possibilitam atitudes reflexivas sobre os conhecimentos mobilizados em contexto de trabalho. Para o desenvolvimento dessas ideias, o texto est organizado em quatro teses com o foco nos professores da Educao Profissional e Tecnolgica: a primeira tese pe em destaque os dilemas e paradoxos vividos por esses profissionais; a segunda discute os saberes docentes na perspectiva da experincia profissional; a terceira aborda a identidade docente nesse tipo de curso como uma categoria histrica e culturalmente situada e a quarta tese discute a autonomia dos professores diante do desenvolvimento cientfico e tecnolgico e das regulaes do modelo gerencial das instituies de ensino.
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Este artigo explora a cultura profissional dos grupos de pesquisa de um importante Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia, localizado na regio Nordeste do Brasil, considerando os significados que pesquisadores e demais representantes institucionais dos grupos selecionados atribuem aos saberes, poderes e autonomias em suas interaes sociais no processo de produo cientfica, tecnolgica e de inovao e a possvel emergncia de uma comunidade de prticas na referida instituio. Como resultado, a pesquisa sinalizou para o fato de que, embora haja muitos grupos certificados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico - CNPq -, so poucos os que desenvolvem, com regularidade, atividades concernentes prtica da pesquisa cientfica de modo a que se possa configurar uma comunidade reflexiva autnoma, empenhada em pensar sobre si mesma e em suas condies de trabalho e vida acadmica enquanto pesquisadores e produtores de conhecimento.
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Este texto uma reflexo sobre a cultura da performatividade na rea de educao no Brasil, motivada pelo artigo de Kuhlmann Jr. (2014), em que o autor elenca argumentos contra a presso por publicao que tm circulado na academia. Ele produzido a partir da experincia da autora em comisses de avaliao, nomeadamente a de programas de ps-graduao no mbito da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior - Capes. Argumenta que a performatividade tem modificado a cultura de pesquisa e ps-graduao no pas, mas discorda de que haja uma corrida produtivista na rea de educao. Em dilogo com tericos que, segundo Butler (2000), apostam na irrealizabilidade, a autora defende uma ao poltica agonstica no sentido de operar nas fraturas da lgica performativa, opondo-se a uma tica humanista que assume como liberal.