423 resultados para Periódicos brasileiros História
Resumo:
FUNDAMENTO: Ao migrarem para as Amricas, os japoneses submeteram-se a processo de ocidentalizao, com estilo de vida, especialmente dieta, muito diferente, podendo explicar o aumento de diabete melito (DM), sndrome metablica (SM) e doenas cardiovasculares. OBJETIVO: Analisar a presena de necrose miocrdica e hipertrofia ventricular esquerda (HVE) pelo ECG e sua relao com DM e SM em populao de nipo-brasileiros. MTODOS: Estudo transversal que avaliou 1.042 nipo-brasileiros acima de 30 anos, 202 nascidos no Japo (isseis) e 840 nascidos no Brasil (nisseis), provenientes da segunda fase do estudo Japanese-Brazilian Diabetes Study Group iniciado em 2000. A SM foi definida pelos critrios da NCEP-ATP III modificados para os japoneses. A presena de DM e SM se associou ao encontro de necrose miocrdica pelo critrio de Minnesota e de HVE pelo critrio de Perugia no ECG. Utilizou-se o mtodo estatstico do qui-quadrado para rejeio da hiptese de nulidade. RESULTADOS: Dos 1.042 participantes 35,3% tinham DM (38,6% entre os isseis e 34,5% nos nisseis); 51,8% tinham SM (59,4% nos isseis e 50,0% nos nisseis). A presena de zona inativa nos isseis diabticos no foi estatisticamente significante quando comparada com os no-diabticos, porm entre os nisseis diabticos a zona inativa estava presente em 7,5%. Houve correlao estatisticamente significante entre a SM e HVE nos isseis e nisseis. CONCLUSO: Distrbios metablicos tiveram alta prevalncia em nipo-brasileiros com correlaes significantes com necrose e hipertrofia pelo ECG.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) um agregado de fatores predisponentes para doenas cardiovasculares e diabete melito, cujas caractersticas epidemiolgicas so insuficientemente conhecidas nos nveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da rea urbana de Cuiab - MT. MTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gnero e selecionados por amostragem sistemtica de uma populao fonte de 567 hipertensos de Cuiab. Todos os selecionados responderam a um inqurito em domiclio para obteno de dados scio-demogrficos e hbitos de vida. Foram medidos: presso arterial; ndice de massa corprea (IMC); circunferncias da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lpides sricos; clculo do ndice de homeostase da resistncia insulnica (HOMA); protena C-reativa; cido rico e fibrinognio. O critrio para hipertenso adotado foi: mdia da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para sndrome metablica segundo a I Diretriz Brasileira de Sndrome Metablica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com mdia de idade de 58,3 12,6 anos. Observou-se prevalncia de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomnio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenas entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A anlise de regresso mltipla revelou uma associao positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m, a resistncia insulnica e algum antecedente familiar de hipertenso. CONCLUSO: Observou-se uma elevada prevalncia de SM entre hipertensos de Cuiab, associada significativamente ao IMC >25 kg/m, resistncia insulnica (ndice HOMA) e, em especial, a uma história familiar de hipertenso. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto atravs de novos estudos.
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Descrevemos dois casos de protruso localizada do ventrculo esquerdo (VE), entidade que tem sido descrita na literatura como aneurisma ou divertculo. Em ambos os casos, observou-se uma evoluo distinta da anteriormente relatada. A incidncia e história natural dessas raras anomalias so pouco conhecidas, podendo evoluir de forma assintomtica ou gerar graves complicaes e at o bito no perodo pr-natal. A abordagem teraputica deve ser individualizada.
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FUNDAMENTOS: Insuficincia cardaca (IC) uma doena comum com alta taxa de mortalidade. Anemia e insuficincia renal (IR) so frequentemente encontradas em portadores de IC associadas com maior gravidade da doena cardaca e pior prognstico. OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de anemia e insuficincia renal, bem como a associao entre esses dois quadros, em portadores de IC no hospitalizados. MTODOS: Foram observados pacientes acompanhandos na clnica de IC de um hospital universitrio de julho de 2003 a novembro de 2006. Anemia foi definida como nveis de hemoglobina abaixo de 13 mg/dl para homens e de 12 mg/dl para mulheres. A funo renal foi avaliada por meio da taxa de filtrao glomerular (TFG), calculada pela frmula simplificada do estudo MDRD (Modification of Diet in Renal Disease). RESULTADOS: Dos trezentos e quarenta e cinco pacientes includos neste estudo, 26,4% (n = 91) tinham anemia e 29,6% tinham insuficincia renal moderada a grave (TFG < 60 ml/min). A associao entre anemia e maior prevalncia de insuficincia renal foi estatisticamente significante (41,8% vs. 25,2%; p = 0,005). Os pacientes em classe funcional III e IV apresentaram maior incidncia de anemia (39,0% vs. 19,4%; p <0,001) e insuficincia renal (38,2% vs. 24,8%; p = 0,007). No foi observada associao entre anemia ou insuficincia renal e história de hipertenso, diabetes, funo sistlica ou etiologia de insuficincia cardaca. CONCLUSO: A prevalncia de anemia e insuficincia renal foi elevada nessa populao e foi associada com a gravidade da insuficincia cardaca (classes funcionais III e IV).
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica definida com um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados obesidade visceral e resistncia insulnica, que levam a um aumento da mortalidade geral, especialmente cardiovascular. Os marcadores inflamatrios so considerados fatores de risco emergentes e podem ser potencialmente utilizados na estratificao clnica das doenas cardiovasculares estabelecendo valores prognsticos. OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo avaliar quais componentes da sndrome metablica apresentam aumento de IL-6 e PCR-AS, identificando o marcador que melhor expressa o grau de inflamao, e qual componente isoladamente apresenta maior interferncia nos marcadores inflamatrios estudados, a fim de identificar outros fatores de risco importantes na determinao da inflamao arterial. METODOLOGIA: Foram selecionados 87 pacientes, entre 26 e 85 anos, hipertensos, diabticos e dislipidmicos que obedecessem aos critrios necessrios ao diagnstico de certeza da sndrome metablica. Os pacientes foram avaliados atravs da MAPA de 24h e submetidos a dosagens de PCR-AS e IL-6, entre outras variveis metablicas. RESULTADOS: Os pacientes que apresentaram PCR > 0,3mg/dl mostraram correlao significativa (p<0,05) com permetro abdominal >102/88 cm em 83,7%; glicemia > 110mg/dl em 88%; e IMC > 30kg/m em 60,5% dos indivduos estudados. CONCLUSO: Concluiu-se que a PCR foi o marcador inflamatrio de maior expresso em relao s variveis estudadas, sendo tabagismo, albuminria, história de cardiopatia pessoal prvia, IMC, permetro abdominal e hiperglicemia as de maior relevncia estatstica. A interleucina-6 no mostrou correlao com nenhuma varivel estudada.
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FUNDAMENTO: Em pacientes do sexo masculino, com idade acima de 65 anos e sem história de cardiopatia, faz-se necessrio, assim como exames de avaliao pr-operatria, hemograma, eletrocardiograma e raios X do trax. OBJETIVO: Tivemos como objetivo verificar se, nesses pacientes, estariam presentes alteraes isqumicas e no ritmo cardaco, bem como o impacto do procedimento anestsico. Visamos, tambm, a verificar a validade da monitorizao ambulatorial contnua como exame de avaliao pr-operatria nessa populao, o qual no foi recomendado pelas atuais diretrizes. MTODOS: Utilizamos, neste protocolo, a monitorizao ambulatorial contnua (Sistema Holter) no perodo perioperatrio de 30 pacientes com idade superior a 65 anos, os quais foram submetidos resseco transuretral de prstata sob raquianestesia. RESULTADOS: Encontramos nas avaliaes pr-operatria e transoperatria frequentes arritmias ventriculares e supraventriculares complexas, bem como alteraes isqumicas. Na gravao transoperatria, os pacientes que apresentaram episdios isqumicos foram os mesmos que, na gravao pr-operatria, mostraram carga isqumica total maior do que 60 minutos. CONCLUSO: Aceitamos que a monitorizao ambulatorial no seja um procedimento adequado para o screening da isquemia miocrdica, pelas prprias caractersticas e limitaes tcnicas que envolvem o mtodo, principalmente quando so considerados grupos populacionais com baixa prevalncia da doena coronariana. Conclumos que, neste estudo transverso e observacional, obtivemos informaes complementares com o holter, as quais no puderam ser obtidas pelo eletrocardiograma convencional.
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FUNDAMENTO: A ocorrncia de fibrilao atrial (FA) aps a ablao com sucesso do flutter atrial istmo cavo-tricuspdeo (FLA-ICT) dependente consiste em um evento de importncia clnica. Os fatores preditores dessa ocorrncia ainda so controversos. OBJETIVO: Determinar a incidncia de FA e os fatores preditores para a sua ocorrncia nos pacientes submetidos a ablao do flutter atrial istmo cavo-tricuspdeo (FLA-ICT) dependente. MTODOS: Cinquenta e dois pacientes portadores de FLA-ICT foram submetidos ablao no perodo de janeiro de 2003 a maro de 2004, no InCor do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo. RESULTADOS: Durante o seguimento mdio de 26,2 (± 9,2) meses, 16 (30,8%) pacientes apresentaram FA. A anlise univariada revelou duas variveis clnicas como preditoras de ocorrncia de FA aps a ablao do FLA-ICT maior ou igual a trs anos (RR: 3,00; P = 0,020). Na anlise multivariada, esses fatores foram variveis independentes associadas ocorrncia de FA aps ablao do FLA-ICT. CONCLUSO: A FA frequentemente observada durante o seguimento dos pacientes aps ablao de FLA-ICT dependente. O FLA-ICT persistente e a história de arritmia maior que trs anos so fatores preditores para a ocorrncia de FA durante o seguimento clnico.
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FUNDAMENTO: A presso arterial (PA) varia de acordo com o ciclo circadiano, apresentando quedas fisiolgicas durante o sono (descenso noturno - DN). A ausncia dessa queda se associa a maior incidncia de leses em rgos-alvo. OBJETIVO: Analisar a prevalncia de DN em indivduos hipertensos, correlacionar DN aos nveis pressricos, variveis clnicas, fatores sociodemogrficos e bioqumicos e associ-lo a eventos cardiovasculares (acidente vascular cerebral - AVC e infarto agudo do miocrdio - IAM). MTODOS: Foram avaliados 163 hipertensos, submetidos a monitorizao ambulatorial da presso arterial. DN foi definido como queda >10% da PA sistlica do perodo da viglia para o de sono. RESULTADOS: Os pacientes foram divididos em grupos dipper (D) e no dipper (ND). No houve diferena significante entre os grupos quanto a idade, sexo, raa, tempo de hipertenso, glicemia, LDL-colesterol, colesterol total, triglicrides, escolaridade, tabagismo, história de diabetes. Grupo dipper apresentou PA superior a ND durante a viglia e inferior durante o sono. Grupo ND cursou com maior ndice de massa corprea (IMC) (p=0,0377), menor HDL-colesterol (p=0,0189) e maior presso de pulso durante o sono (p=0,0025). História de AVC ou IAM foram mais frequentes em ND. regresso logstica, apenas a ausncia de descenso noturno associou-se independentemente a AVC ou IAM. CONCLUSO: A ausncia de DN associou-se de maneira independente s leses em rgos-alvo analisadas, o que demonstra a sua importncia e refora a necessidade de tratamento mais agressivo com objetivo de se atingir as metas pressricas e, consequentemente, evitar o desenvolvimento de novos eventos cardiocerebrovasculares.
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FUNDAMENTO: Na literatura nacional h escassez de anlises de custo-efetividade, comparando stents farmacolgicos (SF) versus no farmacolgicos (SNF), no seguimento tardio. OBJETIVO: Estimar a Razo de Custo-Efetividade Incremental (RCEI) entre SF e SNF na coronariopatia uniarterial. MTODOS: 217 pacientes (130 SF e 87 SNF), com 48 meses de seguimento (mdia=26). Desfecho primrio: custo por re-estenose evitada, sendo efetividade definida como reduo de eventos maiores. O modelo analtico de deciso foi baseado no estudo de Polanczyk et al. Os custos diretos foram aqueles utilizados diretamente nas intervenes. RESULTADOS: A amostra foi homognea para idade e sexo. O SF foi mais utilizado em diabticos: 59 (45,4%) vs 16 (18,4%)(p<0,0001) e com história de DAC: 53 (40,7%) vs 13 (14,9%)(p<0,0001). O SNF foi utilizado em leses mais simples, porm com pior funo ventricular. Os SF foram implantados preferencialmente nas leses proximais: (p=0,0428) e os SNF no 1/3 mdio (p=0,0001). Sobrevida livre de eventos: SF=118 (90,8%) vs SNF=74 (85,0%) (p=0,19); Angina: SF=9 (6,9%) vs SNF=9 (10,3%) (NS): Reestenose clnica: SF=3 (2,3%) vs SNF=10 (10,3%) (p=0,0253). bitos cardacos: 2 (1,5%) no SF e 3 (3,5%) no SNF (NS). Custos: a rvore de deciso foi modelada na reestenose. O benefcio lquido para SF necessitou de incremento de R$7.238,16. A RCEI foi R$131.647,84 por reestenose evitada (acima do limiar da OMS). CONCLUSES: O SF abordou leses mais complexas. Os resultados clnicos foram similares. A reestenose foi maior no SNF. O SF foi uma estratgia no custo-efetiva.
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FUNDAMENTO: Inmeros fatores vm contribuindo para a mudana do perfil do paciente com cardiopatia congnita (CC), incluindo o diagnstico pr-natal e a disponibilidade de novos procedimentos teraputicos. O conhecimento dessas mudanas fundamental para um melhor atendimento. OBJETIVOS: Descrever o perfil dos pacientes com CC de um servio de referncia no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. MTODOS: Trata-se de um estudo transversal, com 684 pacientes portadores de CC, em um servio de cardiologia peditrica, de janeiro de 2007 a maio de 2008. Esses pacientes foram entrevistados (e/ou seus pais) e examinados (malformaes congnitas, medidas antropomtricas), alm de terem seus pronturios revisados para mais detalhes sobre as cardiopatias, procedimentos e ecocardiografia. RESULTADOS: A idade dos pacientes variou de 16 dias a 66 anos, sendo 51,8% do sexo feminino, com 93,7% de brancos. A idade mdia determinada pelo diagnstico foi de 15,8 46,8 meses. As CC mais prevalentes foram a comunicao interventricular, a persistncia do canal arterial e a Tetralogia de Fallot. Dos pacientes analisados, 59,1%, com idade mdia de 44,3 71,2 meses, realizaram algum procedimento teraputico; 30,4% tinham malformaes congnitas extracardacas; e 12 pacientes tinham sndrome gentica comprovada. Quanto ao desenvolvimento, 46,6% tiveram atraso ponderoestatural e 13,7% atraso neuropsicomotor. Alm disso, 18,4% apresentaram história familiar de cardiopatia congnita. CONCLUSES: O atraso neuropsicomotor e o baixo ganho ponderoestatural podem estar associados s CC. Estabelecer um perfil dos pacientes com CC atendidos em uma instituio de referncia pode servir como base para o planejamento adequado do atendimento desta populao.
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A avaliao da resistncia ao da protena C ativada (rPCA), causada por mutao no fator V (fator V de Leiden), fator de risco importante para tromboembolia venosa, cujo papel como geradora de obstrues arteriais in situ um tema ainda controverso. O caso clnico de um jovem com história de coronariopatia, mltiplas leses cerebrovasculares e doena arterial perifrica relatado. A investigao diagnstica apontou a rPCA como possvel etiologia.
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FUNDAMENTO: Estudos epidemiolgicos tm mostrado um aumento da prevalncia da hipertenso arterial na faixa etria peditrica. Hoje se sabe que os fatores de risco poderiam ter sido detectados na infncia, o que auxiliaria na preveno da doena. OBJETIVO: Avaliar fatores de risco e de proteo relacionados elevao da presso arterial na infncia. MTODOS: Foram avaliadas crianas de 3 a 10 anos moradoras dos distritos sanitrios leste e sudoeste de Goinia, Gois. Obtiveram-se os seguintes dados: peso ao nascer, aleitamento materno, história familiar de hipertenso e obesidade, peso, estatura, ndice de massa corporal (IMC) e presso arterial. Utilizaram-se os testes de U de Mann-Whitney para comparar a variao da presso arterial quanto s variveis descritas. RESULTADOS: Na amostra estudada, 519 crianas foram avaliadas, 246 (47,4%) do sexo masculino. Avaliao do IMC identificou 109 (21%) com excesso de peso, das quais 53 (10,3%) eram obesas. O aleitamento materno predominante e/ou exclusivo por tempo inferior a 6 meses foi encontrado em 242 (51,2%). As mdias da presso sistlica se encontraram significativamente mais elevadas naquelas crianas com aleitamento materno exclusivo e/ou predominante por tempo inferior a 6 meses (p = 0,04), história familiar positiva para hipertenso (p = 0,05) e excesso de peso (p < 0,0001). Esses dados foram confirmados na anlise multivariada. CONCLUSO: Na amostra estudada, excesso de peso e fatores hereditrios podem estar associados elevao da presso arterial, e o tempo em aleitamento materno superior a 6 meses parece conferir um efeito protetor.
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Os anti-inflamatrios no esteroides (AINEs) encontram-se entre os medicamentos mais prescritos em todo o mundo. Essa classe heterognea de frmacos inclui a aspirina e vrios outros agentes inibidores da ciclo-oxigenase (COX), seletivos ou no. Os AINEs no seletivos so os mais antigos, e designados como tradicionais ou convencionais. Os AINEs seletivos para a COX-2 so designados COXIBEs. Nos ltimos anos, tem sido questionada a segurana do uso dos AINEs na prtica clnica, particularmente dos inibidores seletivos da COX-2. As evidncias sobre o aumento do risco cardiovascular com o uso de AINEs so ainda incompletos, pela ausncia de ensaios randomizados e controlados com poder para avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. Entretanto, os resultados de estudos clnicos prospectivos e de meta-anlises indicam que os inibidores seletivos da COX-2 exercem importantes efeitos cardiovasculares adversos, que incluem aumento do risco de infarto do miocrdio, acidente vascular cerebral, insuficincia cardaca, insuficincia renal e hipertenso arterial. O risco desses efeitos adversos maior em pacientes com história prvia de doena cardiovascular ou com alto risco para desenvolv-la. Nesses pacientes, o uso de inibidores da COX-2 deve ser limitado queles para os quais no h alternativa apropriada e, mesmo assim, somente em doses baixas e pelo menor tempo necessrio. Embora os efeitos adversos mais frequentes tenham sido relacionados inibio seletiva da COX-2, a ausncia de seletividade para essa isoenzima no elimina completamente o risco de eventos cardiovasculares, de modo que todos os frmacos do largo espectro dos AINEs somente devem ser prescritos aps considerao do balano risco/benefcio.
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FUNDAMENTO: H poucos estudos que demonstrem a associao do tabagismo, como fator de risco independente, aos eventos cardacos ps-operatrios. OBJETIVO: Avaliar a associao do tabagismo, como varivel independente, s complicaes cardiovasculares ps-operatrias e mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas. MTODOS: Utilizou-se coorte retrospectiva de um hospital geral, na qual foram includos 1.072 pacientes estratificados em tabagistas atuais (n = 265), ex-tabagistas (n = 335) e no tabagistas (n = 472). Esses trs grupos foram analisados para os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio (infarto, edema pulmonar, arritmia com instabilidade hemodinmica, angina instvel e morte cardaca) e mortalidade em 30 dias. Utilizaram-se o teste qui-quadrado e a regresso logstica, considerando p < 0,05 como significante. RESULTADOS: Quando se compararam tabagistas atuais e ex-tabagistas aos no tabagistas, os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio e a mortalidade em 30 dias foram respectivamente: 71 (6,6%) e 34 (3,2%). Os tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 53 (8,8%) eventos cardacos combinados, enquanto os no tabagistas, 18 (3,8%), p = 0,002. Em relao mortalidade, tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 26 (4,3%), enquanto os no tabagistas, 8 (1,7%), p = 0,024. Na anlise multivariada, faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, sobrecarga ventricular esquerda, revascularizao do miocrdio e extrassstole ventricular associaram-se independentemente aos eventos cardiovasculares perioperatrios, enquanto faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, alteraes laboratoriais, história de hepatopatia, operaes por neoplasia e tabagismo se associaram mortalidade em 30 dias no ps-operatrio. CONCLUSO: O tabagismo atual associou-se de forma independente mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas de alto risco, mas no aos eventos cardacos ps-operatrios.
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FUNDAMENTO: O VO2 pode ser previsto, com base em parmetros antropomtricos e fisiolgicos, para determinadas populaes. OBJETIVO: Propor modelos preditivos do VO2 submximo e mximo para jovens adultos brasileiros. MTODOS: Os 137 voluntrios (92 homens) foram submetidos ao teste progressivo de esforo mximo (GXT) no ciclo ergmetro (Monark, Br). Medidas de trocas gasosas e ventilatrias foram realizadas em circuito aberto (Aerosport TEEM 100, EUA). Em outro grupo, 13 voluntrios foram submetidos ao GXT e a um teste de onda quadrada (SWT), para avaliar a validade externa das frmulas do ACSM, de Neder et al e do nomograma de strand-Ryhming. Adotou-se o delineamento experimental de validao cruzada e o nvel de significncia de p < 0,05. RESULTADOS: Para homens durante esforos submximos deduziu-se um modelo matemtico, com base na carga de trabalho, massa corporal e idade, que explicou 89% da variao do VO2 com o EPE (erro padro da estimativa) = 0,33 l.min-1. Para a carga mxima do grupo masculino outro modelo, com as mesmas variveis, explicou 71% da variao VO2 com EPE = 0,40 l.min-1. Para as mulheres foi possvel explicar 93% da variao VO2 com EPE = 0,17 l.min-1, no esforo submximo e mximo, com apenas uma equao que empregava as mesmas variveis independentes. CONCLUSO: Os modelos derivados no presente estudo demonstraram ser acurados para a previso do VO2 submximo e mximo em jovens adultos brasileiros.