329 resultados para Peräkylä, Anssi: AIDS Counselling
Resumo:
A complexidade da aids envolve não somente o lado cognitivo do conhecimento, mas também os fatores psicossociais que influenciam o comportamento das pessoas. Este estudo teve como objetivo identificar as percepções das mães soropositivas para o HIV acerca da severidade da infecção. Estudo qualitativo em que foram entrevistadas 14 mães soropositivas que tiveram filho no ano de 2004. Os dados foram interpretados utilizando-se o método da Análise de Conteúdo e o Modelo de Crenças em Saúde. As categorias que emanaram dos dados não pensar na doença e medo da morte, refletem a fase atual da epidemia em que os medicamentos anti-retrovirais transformaram a aids em uma doença crônica, ao mesmo tempo em que o medo é uma constante devido ao fato da associação entre aids e morte persistir nas representações populares. O conhecimento das percepções maternas acerca da doença pode proporcionar aos profissionais de saúde maior compreensão de seus comportamentos.
Resumo:
Este estudo objetivou apreender como as mulheres com aids enfrentam o cotidiano após o conhecimento do seu diagnóstico. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, utilizando a História Oral Temática para coleta e análise de dados. Foram entrevistadas dez mulheres com aids em um Hospital de referência em Fortaleza-CE, de dezembro de 2004 a março de 2005. Para coleta de dados utilizou-se roteiro semi-estruturado, cujos dados foram categorizados. Os resultados revelam diferentes formas de enfrentamentos relacionados à fragilidade da descoberta do diagnóstico, à necessidade de ocultar a infecção decorrente da discriminação e preconceito que vivenciam, e à constante percepção da morte; além de emitirem sentimentos, como vergonha, preocupação com a família, abandono, solidão, tristeza, medo da morte, ansiedade. Concluiu-se que, apesar de mais de duas décadas de epidemia, fica evidente as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao vivenciarem sua infecção.
Resumo:
Trata-se de um estudo qualitativo realizado com mulheres infectadas pelo HIV/aids atendidas por um serviço especializado em DST/aids e matriculadas por uma equipe do Programa Saúde da Família. Teve como objetivo identificar quais as motivações para abrir a privacidade de suas informações para a equipe de PSF das mulheres soropositivas ao HIV/aids. Foi realizado por meio de entrevistas semi-estruturadas, analisadas com o referencial teórico da bioética. Verificou-se que as mulheres revelam o diagnóstico à equipe de PSF quando: o diagnóstico de soropositividade foi feito na unidade; sentem que são melhor atendidas por serem soropositivas ao HIV; têm vínculo como se fossem familiares; confiam; e sentem que não sentem pena. E não revelam quando: a atitude do profissional gerou medo e insegurança; acham que o PSF cuida de pessoas acamadas; não confiam por medo de quebra do sigilo; e já possuem toda assistência que precisam no SAE.
Resumo:
Pesquisa bibliográfica que buscou identificar como os conflitos e sentimentos das mulheres portadoras de HIV/Aids são abordados na literatura nacional e os caminhos propostos para uma abordagem de cuidado integral. Os dados foram coletados em novembro de 2006, na base de dados LILACS, utilizando as palavras-chave: mulheres, sentimentos, HIV, Aids, sofrimento, depressão e medo e como critério de inclusão o fato de os estudos terem sido divulgados nos últimos cinco anos. A amostra ficou constituída de catorze pesquisas (quatro teses, duas dissertações e oito artigos). O método de análise de conteúdo permitiu identificar três categorias temáticas: o olhar do pesquisador, o que seu olhar identifica e o seu olhar para além do corpo físico - as quais revelam a necessidade de abordar as mulheres considerando todo o seu contexto enquanto ser humano, incluindo questões de vulnerabili-dade, ideologia social de gênero, promoção da auto-estima e exercício da cidadania.
Resumo:
O estudo teve como objetivo verificar o conhecimento de adolescentes sobre prevenção, transmissão, sinais e sintomas de DST/Aids, e colaborar na elaboração de ações educativas do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde. Foi realizado em três instituições de ensino fundamental e médio do município de Embu, com 1087 adolescentes (40% do sexo feminino e 60% do sexo masculino). Utilizou-se um questionário estruturado de múltipla escolha. Os resultados mostraram que, quanto à forma de prevenção, 92% do grupo feminino e 78% do grupo masculino referiram utilizar preservativo, enquanto 42% do grupo feminino e 43% do grupo masculino responderam lavar os genitais após relação sexual; 75% do grupo feminino e 52% do grupo masculino citaram a televisão como fonte para obtenção de informações; quanto ao conhecimento sobre DST, garotas e rapazes demonstraram ter pouca informação; em relação à cura das DST, 57% do grupo feminino e 71% do grupo masculino referiram não ter conhecimento, sendo que 5% do grupo feminino e 6% do grupo masculino achavam que a AIDS tem cura. De forma geral, pudemos concluir que as garotas estavam mais esclarecidas em relação à temática que os rapazes.
Resumo:
Este estudo descritivo e exploratório objetivou descrever e analisar a vulnerabilidade de casais sorodiscordantes ao HIV, e foi realizado em um Serviço Ambulatorial Especializado em aids de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais com 11 portadores do HIV/AIDS, que convivem com parceria sabidamente sorodiscordante. Para organização e análise dos dados, empregamos o método de análise de Prosa e o conceito de vulnerabilidade como referencial teórico. A naturalização da infecção do HIV/aids como doença controlável por medicamentos, crença na impossibilidade de transmissão do HIV relacionadas com carga viral indetectável, sentimento de invencibilidade que surge com o tempo de convívio entre o casal, e sua influência na manutenção do sexo seguro são fatores de vulnerabilidade para a parceria sexual soronegativa. Serviços especializados no atendimento a indivíduos com HIV/aids necessitam incluir a parceria sexual nas ações educativas/preventivas promovidas pelos profissionais de saúde.
Resumo:
Este estudo descritivo exploratório e qualitativo objetivou descrever e analisar o impacto da sorodiscordância na vida afetivo-sexual de indivíduos com HIV/AIDS que convivem em parceria heterossexual e soronegativa ao HIV. Foram entrevistados 11 portadores do HIV/AIDS que realizavam acompanhamento clínico ambulatorial em um hospital universitário-referência do interior paulista. Os dados foram coletados através de entrevista individual gravada, e analisados segundo análise de Prosa. A vivência com a sorodiscordância ao HIV/AIDS impõe a esses casais o manejo de muitas dificuldades relacionadas à sua intimidade, diante da possibilidade de transmissão do HIV para o parceiro soronegativo, com impacto negativo na vivência da sexualidade entre parceiros sorodiscordantes, repercutindo em alterações da resposta sexual humana, favorecendo até mesmo a abstinência sexual. Apontamos a necessidade de atendimento por equipes interdisciplinares junto aos portadores do HIV/AIDS, e também de sua parceria sexual, proporcionando assistência integral, contemplando a sexualidade e as dificuldades advindas com a sorodiscordância.
Resumo:
Trata-se de estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa, que objetivou conhecer o viver de crianças portadoras de aids e as implicações do uso da terapia antirretroviral. Participaram cinco crianças com idades entre 10 e 12 anos. A coleta de informação iniciou-se somente após aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa e foi realizada por meio da técnica de Grupo Focal. Para análise das informações, utilizou-se a análise temática. Da análise surgiram três categorias e suas subcategorias. Neste artigo será abordada a categoria Envolvimento da criança com os antirretrovirais. Esta categoria revela como a criança percebe e se relaciona com a terapia antirretroviral. Considera-se que estes achados possam subsidiar profissionais da saúde e da educação na atenção e cuidado às crianças que vivem com aids.
Resumo:
A terapia antirretroviral de alta potência beneficia os indivíduos com HIV/aids na sobrevida, cronicidade e qualidade de vida. Este estudo de corte transversal, com abordagem quantitativa, objetivou avaliar a qualidade de vida de mulheres com HIV/aids, utilizando o WHOQOL - HIV bref e sua associação com variáveis sociodemográficas. Foi realizado em dois ambulatórios especializados no atendimento a indivíduos com HIV/aids. De 106 mulheres participantes, 99,1% eram heterossexuais e 92,4% foram infectadas por via sexual. Dentre os domínios de qualidade de vida, espiritualidade obteve maior escore (65,7), seguido pelo físico (64,7), psicológico (60,6), relações sociais (59,5). Menores escores foram atingidos nos domínios nível de independência (58,6) e meio ambiente (54,5). Evidenciou-se que os fatores baixo nível socioeconômico e educacional tiveram associação com diferentes domínios, denotando a relação entre qualidade de vida e condições de vida. Concluiu-se que persistem os desafios no âmbito das relações sociais, afetivas, financeiras, requerendo intervenções efetivas focando o empoderamento das mulheres com HIV/aids.
Resumo:
Propôs-se analisar a comunicação entre acadêmicos de enfermagem e pacientes com aids quando da realização da punção venosa periférica. Filmaram-se seis duplas (acadêmico-cliente) durante a execução da punção venosa em maio de 2009 em um hospital-dia em Fortaleza-Ceará. Em grupo, quatro juízes avaliaram as cenas das interações estabelecidas entre as duplas. As análises foram categorizadas em: Valorização da técnica em oposição à comunicação; Máscara: barreira para a comunicação; Invasão do espaço pessoal; Interferência do ambiente na comunicação. Concluiu-se que diferentes fatores dificultaram a efetividade da comunicação, particularmente a necessidade de o acadêmico receber um treinamento sobre a importância do estabelecimento de comunicação no cuidado, de modo a viabilizar uma assistência humanizada e peculiar, na qual a sensibilidade e a empatia se sobreponham ao medo e à insegurança.
Resumo:
Pesquisa fenomenológica que buscou compreender como a familiar cuidadora percebe a revelação do diagnóstico de aids à criança, fundamentado na filosofia de Martin Buber. Realizou-se em um hospital-escola de Porto Alegre com sete familiares de crianças com aids. A coleta das informações ocorreu por meio da entrevista fenomenológica e, para a interpretação, recorreu-se à hermenêutica. Os diálogos para a revelação do diagnóstico ao TU criança com aids demonstram que esta situação está presente no vivido por estas cuidadoras e interfere em sua existencialidade, ao estabelecer relações com o outro, no mundo. A revelação do diagnóstico de aids à criança é um fenômeno complexo e que gera diálogos relacionados às situações cotidianas compartilhadas pelas cuidadoras e crianças. Acredita-se na necessidade de outras pesquisas sobre esta temática, cada vez mais emergente nos serviços de saúde, e que considerem a dinamicidade e singularidade dos rumos tomados por esta epidemia no cenário brasileiro.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo conhecer a relação e a troca de suporte entre o doente com AIDS e pessoas à sua volta. O estudo está baseado no modelo de comboio das relações sociais que tem como uma de suas características a representação da rede em três círculos concêntricos. Os participantes eram pessoas que estavam internadas e que falaram sobre o suporte relacionado ao cuidado em saúde proporcionado por pessoas próximas, ou seja, que pertenciam ao círculo interno do comboio. A maioria dos participantes descreveu o círculo como sendo composto por no máximo cinco integrantes, sendo que pessoas da família foram as mais citadas. Os profissionais de saúde precisam conhecer o paciente e seu comboio, reconhecendo-os no contexto psicossocial e cultural de forma a favorecer a aceitação da soropositividade, mudanças no estilo de vida, ajuda nos cuidados de saúde e adesão ao tratamento.
Resumo:
Objetiva-se realizar um exercício reflexivo acerca das vulnerabilidades que se apresentam no contexto das famílias que convivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids), tendo como fundamentação a literatura pertinente. Para tanto, buscou-se tecer considerações em relação à pluralidade das famílias na contemporaneidade, bem como apresentar as compreensões e desdobramentos do referencial de vulnerabilidade à epidemia da Aids. Por fim, foram descritas aproximações e reflexões referentes às vulnerabilidades à infecção pelo HIV e/ou adoecimento por Aids a que estão expostas as famílias, em seus planos individual, social e programático. Conclui-se a enorme importância de se conhecer estas vulnerabilidades específicas vivenciadas pelas famílias, a fim de que se possa nortear e desenvolver as ações de cuidado em saúde.
Resumo:
O artigo discute as representações sociais de mulheres em união heterossexual estável no que diz respeito à vulnerabilidade à infecção pelo HIV/AIDS. Os dados foram produzidos pela associação livre de palavras e constituem recorte de uma pesquisa fundamentada na Teoria das Representações Sociais desenvolvida com mulheres soronegativas para o HIV, da capital e interior da Bahia. A análise fatorial de correspondência revelou significância para as variáveis: procedência, escolaridade e tempo de união estável. A aceitação à traição emergiu como fator de vulnerabilidade para respondentes com 1-5 anos de união estável do interior. Mulheres da capital com 6-10 anos de união estável representam a monogamia como forma de prevenção. Mulheres com maior tempo de união e nível escolar básico representam-se como invulneráveis, contrárias as que têm 1-5 anos de união e escolaridade mediana. Os resultados indicam a necessidade de mais ações com o objetivo de desnaturalizar as coerções sócio-culturais que geram representações e aproximam mulheres em união estável da AIDS.
Resumo:
A coinfecção tuberculose (TB) e HIV afeta negativamente a vida dos indivíduos, tanto nos aspectos biológicos como nos psicossociais. Com o objetivo de descrever a qualidade de vida de indivíduos com coinfecção HIV/TB, foi realizado este estudo descritivo, de corte transversal, no município de Ribeirão Preto-SP. Foram entrevistados indivíduos soropositivos para o HIV, com e sem TB, por meio do instrumento WHOQOL-HIV bref. Participaram 115 indivíduos soropositivos para o HIV - 57 coinfectados e 58 não coinfectados; a maioria do sexo masculino, heterossexuais, faixa etária predominante de 40-49 anos, com os coinfectados apresentando baixas escolaridade e renda; na avaliação da qualidade de vida os coinfectados apresentaram resultados mais baixos em todos os domínios, com diferença importante no Físico, Psicológico, Nível de Independência e Relações Sociais. TB e HIV/aids são doenças estigmatizadas historicamente e a sobreposição das duas pode ter consequências graves na saúde física e psicossocial do indivíduo.