328 resultados para Obesidade Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: A adiponectina considerada importante fator na patognese das doenas cardiovasculares e metablicas, por suas propriedades antiaterognicas e antiinflamatrias. Poucos estudos, entretanto, sugerem a existncia de relao direta entre os nveis de adiponectina e os nveis de condicionamento cardiorrespiratrio e atividade fsica. OBJETIVO: Verificar a influncia do estado nutricional e do condicionamento cardiorrespiratrio nos nveis plasmticos de adiponectina em homens adultos. MTODOS: Foram avaliados 250 sujeitos, homens, todos militares da ativa do Exrcito Brasileiro (42,6 4,8 anos). Foram mensurados os nveis plasmticos de adiponectina, massa corporal, estatura, circunferncia da cintura (CC), percentual de gordura por pesagem hidrosttica e VO2max por ergoespirometria. Um questionrio foi utilizado para obter as caractersticas do treinamento fsico realizado pelos sujeitos. RESULTADOS: Na amostra, 121 (48%) sujeitos apresentaram sobrepeso e 36 (14%) eram obesos. Ainda, 66 sujeitos (27%) apresentaram percentual de gordura maior que 25% e 26.7% apresentaram CC > 94 cm. Sujeitos com sobrepeso e obesidade apresentaram valores significativamente menores de adiponectina em relao aqueles com estado nutricional normal. Sujeitos no mais alto tercil de VO2max apresentaram nveis de adiponectina mais altos que os demais. Os nveis de adiponectina estiveram positivamente correlacionados com o tempo total de treinamento fsico semanal e com o VO2max e inversamente correlacionados com os valores de massa corporal, IMC e CC. A correlao dos nveis de adiponectina e do VO2max no permaneceu significante aps controlada pelo IMC e CC. CONCLUSO: Sujeitos com melhor condicionamento cardiorrespiratrio e com estado nutricional normal parecem apresentar nveis mais saudveis de adiponectina.
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FUNDAMENTO: A resposta vasodilatadora perifrica tem um papel importante na fisiopatologia da obesidade e das doenas cardacas. OBJETIVO: Avaliar o efeito crnico da suplementao de vitamina C (VitC) sobre a presso arterial e na resposta vasodilatadora ao estresse mental. MTODOS: Neste estudo prospectivo, randomizado e duplo cego foram avaliadas crianas obesas, de ambos os gneros e com idade entre 8 a 12 anos divididas em 2 grupos: 1) grupo de crianas suplementadas com 500 mg de vitamina C (n = 11) e, 2) substncia placebo (n = 10) durante 45 dias. Oito crianas eutrficas, pareadas por idade tambm foram arroladas no estudo. Foi avaliada a presso arterial mdia (PAM), frequncia cardaca (ECG) e fluxo sanguneo no antebrao pela plestimografia de ocluso venosa. A condutncia vascular no antebrao (CVA) foi obtida atravs da relao entre o fluxo sanguneo no antebrao e a PAM (X100). RESULTADOS: Antes da interveno, as crianas obesas apresentaram PAM maior e CVA menor quando comparadas s crianas eutrficas. Ps-interveno, o Grupo VitC apresentou reduo da PAM no repouso (81 2 vs 75 1 mmHg, p = 0,01), enquanto no Grupo Placebo no houve alterao da PAM (p = 0,58). Adicionalmente, VitC promoveu um aumento da CVA no repouso (3,40 0,5 vs 5,09 0,6 un, p = 0,04) e durante o estresse mental (3,92 0,5 vs 6,68 0,9 un, p = 0,03). Alm disso, ps suplementao com VitC, os nveis da CVA foram estatisticamente semelhantes aos das crianas eutrficas no repouso (5,09 0,6 vs 5,82 0,4 un, p > 0,05) e durante o estresse mental (6,68 0,9 vs 7,35 0,5 un, p > 0,05). CONCLUSO: Suplementao com VitC reduziu a presso arterial e restabeleceu a resposta vasodilatadora perifrica em crianas obesas.
Alteraes vasculares em ratos obesos por dieta rica em gordura: papel da Via L-arginina/NO Endotelial
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FUNDAMENTO: Mecanismos subjacentes a anormalidades vasculares na obesidade ainda no esto completamente esclarecidos. OBJETIVO: Foi avaliada a via do xido ntrico/L-arginina na resposta vascular de ratos obesos por dieta rica em gordura, enfocando as clulas endoteliais e do msculo liso. MTODOS: Ratos com 30 dias de vida foram divididos em 2 grupos: controle (C) e obeso (OB, ratos sob dieta rica em gordura por 30 semanas). Aps 30 semanas, foram registrados o peso corporal, ndice de adiposidade, presso arterial e perfis metablicos e endcrinos dos animais. Foram obtidas curvas para noradrelanina na ausncia e presena de inibidor de xido ntrico sintase (L-NAME, 3x10-4M) em aorta torcica intacta e com desnudamento em ratos C e OB. RESULTADOS: As medidas de peso corporal, ndice de adiposidade, leptina e insulina aumentaram nos ratos OB, enquanto a presso arterial permaneceu inalterada. A obesidade tambm produziu tolerncia glicose e resistncia insulina. A reatividade noradrenalina da aorta intacta foi similar em ratos C e OB. A presena de L-NAME produziu um aumento similar nas respostas mximas, mas um desvio maior esquerda das respostas nas aortas intactas dos ratos C em relao aos ratos OB [EC50 (x10-7M): C = 1,84 (0,83-4,07), O = 2,49 (1,41-4,38); presena de L-NAME C = 0,02 (0,01-0,04)*, O = 0,21 (0,11-0,40)*,*p < 0,05 vs controle respectivo,p < 0,05 vs controle mais L-NAME, n = 6-7]. Nenhum dos protocolos alterou a reatividade noradrenalina de aortas com desnudamento. CONCLUSO: A obesidade induzida por dieta rica em gordura promove alteraes metablicas e vasculares. A alterao vascular envolveu uma melhora da via endotelial L-arginina/NO provavelmente relacionada hiperinsulinemia e hiperleptinemia induzidas por dieta. A maior resistncia aos efeitos do L-NAME na aorta de ratos obesos diz respeito a menor vulnerabilidade de indivduos obesos na presena de patologias associadas que causam danos atividade do sistema NO.
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FUNDAMENTO: Vrios mecanismos tm sido propostos contribuir para a disfuno cardaca em modelos de obesidade, tais como alteraes nas protenas do trnsito de clcio (Ca+2) e nos receptores beta-adrenrgicos. Todavia, o papel desses fatores no desenvolvimento da disfuno miocrdica induzida pela obesidade ainda no est claro. OBJETIVO: Este estudo pretende investigar se a obesidade induzida por um ciclo de dieta hipercalricas resulta em disfuno cardaca. Alm disso, foi avaliado se essa alterao funcional em ratos obesos est relacionada com o prejuzo do trnsito de Ca+2 e do sistema beta-adrenrgico. MTODOS: Ratos Wistar machos, 30 dias de idade, foram alimentados com rao padro (C) e um ciclo de cinco dietas hipercalricas (Ob) por 15 semanas. A obesidade foi definida pelo aumento da porcentagem de gordura corporal dos ratos. A funo cardaca foi avaliada mediante anlise isolada do msculo papilar do ventrculo esquerdo em condies basais e aps manobras inotrpicas e lusitrpicas. RESULTADOS: Em comparao com o grupo controle, os ratos obesos apresentaram aumento da gordura corporal e intolerncia a glicose. Os msculos dos ratos obesos desenvolveram valores basais semelhantes; entretanto, as respostas miocrdicas ao potencial ps-pausa e aumento de Ca+2 extracelular foram comprometidas. No houve alteraes na funo cardaca entre os grupos aps a estimulao beta-adrenrgica. CONCLUSO: A obesidade promove disfuno cardaca relacionada com alteraes no trnsito de Ca+2 intracelular. Esse prejuzo funcional provavelmente ocasionado pela reduo da atividade da bomba de Ca+2 do retculo sarcoplasmtico (SERCA2a) via Ca+2 calmodulina-quinase.
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FUNDAMENTO: Tem sido sugerido que o polimorfismo da haptoglobina pode influenciar na patognese das complicaes microvasculares e macrovasculares em pacientes diabticos. OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo transversal foi de realizar uma investigao da existncia ou no de uma associao entre os gentipos de haptoglobina e a prevalncia de eventos isqumicos cardiovasculares (angina estvel, angina instvel e infarto agudo do miocrdio), hipertenso arterial sistmica, hipertenso refratria, obesidade e dislipidemia em 120 pacientes com diabete melito tipo 2, seguidos no Hospital Universitrio da Unicamp, em Campinas, Estado de So Paulo. MTODOS: A genotipagem da haptoglobina foi realizada por reaes em cadeia da polimerase alelo-especficas. As frequncias dos gentipos de haptoglobina foram comparadas com a presena/ausncia de doena cardiovascular, hipertenso arterial sistmica, hipertenso refratria, obesidade e dislipidemia; medies de presso arterial sistlica e diastlica; glicemia, colesterol (total, lipoprotenas de alta densidade - HDL e lipoprotenas de baixa densidade - LDL) e triglicerdeos; assim como nveis de creatinina srica. RESULTADOS: Embora nenhuma associao entre o gentipo de haptoglobina e a presena de doena cardiovascular tenha sido identificada, encontramos um excesso significativo de pacientes com o gentipo Hp2-1 entre as pessoas com hipertenso refratria, que tambm apresentavam uma maior presso arterial sistlica e diastlica e nveis de colesterol total e LDL. CONCLUSO: Nossos resultados sugerem que os pacientes com diabete melito tipo 2 com o gentipo Hp2-1 podem apresentar uma maior chance de desenvolver hipertenso refratria. Estudos adicionais em populaes diabticas so necessrios para confirmar esses achados.
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FUNDAMENTO: Os portadores de resistncia insulina apresentam maior predisposio para desenvolver posteriormente Sndrome Metablica (SM), Diabetes Mellitus tipo 2 e Doena Cardiovascular (DCV). OBJETIVO: Avaliar a associao entre resistncia insulnica (RI) e os componentes da sndrome metablica. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 196 indivduos entre 2 e 18 anos, usurios do sistema nico de sade. A associao da RI com os componentes da SM foi avaliada pelo teste do qui-quadrado, adotando-se o valor do ndice da homeostase glicmica (HOMA-RI) > 2,5, e pelo teste de varincia (ANOVA) e Tukey, por meio da comparao das mdias dos componentes nos quartis do HOMA-RI. A anlise estatstica foi realizada atravs do SPSS 17.0, com a adoo do nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: RI foi observada em 41,3% da populao estudada e esteve associada faixa etria entre 10-18 anos (p = 0,002 RP = 3,2), SM em ambos os sexos [Masculino (p = 0,022 RP = 3,7) e Feminino (p = 0,007 RP = 2,7)] e ao triglicerdeo alterado (p = 0,005 RP = 2,9) no sexo feminino. Os valores mdios dos componentes da SM diferiram significativamente entre os quartis do HOMA-RI (p < 0,01), com exceo do HDL-colesterol. CONCLUSO: A resistncia insulnica pode ser considerada um marcador de risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: As doenas cardiovasculares representam a principal causa de morte na populao, e a sndrome metablica (SM) uma condio clnica significativamente associada ao aumento da morbimortalidade. OBJETIVO: Descrever o padro de combinao dos fatores de risco relacionados ao diagnstico de SM em militares da Marinha do Brasil e identificar eventuais variveis associadas presena da referida sndrome nessa populao. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 1.383 homens (18-62 anos) lotados nas organizaes militares da Grande Natal-RN. O critrio utilizado para diagnstico de SM foi o proposto pela International Diabetes Association. A razo entre a prevalncia observada e a esperada e os respectivos intervalos de confiana foram utilizados para identificar as combinaes de fatores de risco que excediam o esperado para a populao. A anlise de regresso logstica foi utilizada para identificar variveis associadas SM. RESULTADOS: A prevalncia de SM foi de 17,6%. Aproximadamente um tero dos militares apresentou dois ou mais fatores de risco para SM. Todas as combinaes especficas dos fatores de risco para SM que excederam a prevalncia esperada apresentaram a obesidade abdominal como um de seus componentes. Nas anlises ajustadas, idade, tabagismo e nvel de atividade fsica mantiveram-se associados SM. CONCLUSO: Nossos achados reforam a constante presena da obesidade abdominal no fentipo da SM. Alm disso, nossos dados tambm suportam a ideia de que idade, tabagismo e baixo nvel de atividade fsica so variveis independentes para a ocorrncia de SM.
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FUNDAMENTO: Estudos tm demonstrado que a desnutrio pr/ps-natal leva a um maior risco de doenas no transmissveis, como diabetes, hipertenso e obesidade na idade adulta. OBJETIVO: Determinar se os adolescentes com sobrepeso e desnutrio leve [escores-Z altura/idade (HAZ) na faixa de <-1 a > -2] tm presso arterial mais elevada do que os indivduos com sobrepeso e com estatura normal (HAZ > -1). MTODOS: Os participantes foram classificados como de baixa estatura leve ou de estatura normal, e estratificados de acordo com os percentis de massa corporal para a idade, como sobrepeso, peso normal ou abaixo do peso. As presses arteriais sistlica (PAS) e diastlica (PAD) foram determinadas de acordo com as diretrizes e a gordura abdominal foi analisada por absorciometria de dupla emisso de raios-X. RESULTADOS: Indivduos com baixa estatura leve e sobrepeso apresentaram valores mais elevados da PAD (p = 0,001) do que suas contrapartes de baixo peso (69,75 12,03 e 54,46 11,24 mmHg, respectivamente), mas semelhantes queles com IMC normal. No foram encontradas diferenas nos valores de PAD em indivduos normais, indivduos com sobrepeso e com baixo peso entre os grupos de estatura normal. Foi encontrado um aumento na PAS (p = 0,01) entre os indivduos com baixa estatura leve quando comparados os indivduos com sobrepreso com suas contrapartes de baixo peso e IMC normal (114,70 15,46, 97,38 10,87 e 104,72 12,24 mmHg, respectivamente). Embora no tenham sido observadas diferenas nas mdias de PAS entre os grupos de baixa estatura leve e estatura normal, foi encontrado um intercepto significativo (p = 0,01), revelando maior PAS entre os indivduos com baixa estatura leve. Houve correlao entre PAS e gordura abdominal (r = 0,42, ρ = 0,02) no grupo com baixa estatura leve. CONCLUSO: Indivduos de baixa estatura leve com sobrepeso apresentaram maior PAS do que os de estatura normal e sobrepeso. Esses achados confirmam que a baixa estatura leve aumenta o risco futuro de hipertenso e essas alteraes so evidentes em indivduos jovens.
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FUNDAMENTO: No h dados relativos epidemiologia da hiperuricemia em estudos brasileiros de base populacional. OBJETIVO: Investigar a distribuio de cido rico srico e sua relao com variveis demogrficas e cardiovasculares. MTODOS: Estudamos 1.346 indivduos. A hiperuricemia foi definida como > 6,8 e > 5,4 mg/dL para homens e mulheres, respectivamente. A sndrome metablica (SM) foi definida utilizando-se os critrios NCEP ATP III. RESULTADOS: A prevalncia de hiperuricemia foi de 13,2%. A associao de cido rico srico (AUS) com fatores de risco cardiovasculares foi especfica para o gnero: em mulheres, maiores nveis de AUS estiveram associados com IMC elevado, mesmo aps ajustes da presso arterial sistlica para idade (PAS). Em homens, a relao do AUS com o colesterol HDL esteve mediada pelo IMC, enquanto em mulheres, o AUS mostrou-se semelhante e dependente do IMC, independentemente dos nveis glicose e presena de hipertenso. Nos homens, os triglicerdeos, a circunferncia abdominal (CA) e a PAS explicaram 11%, 4% e 1% da variabilidade do AUS, respectivamente. Nas mulheres, a circunferncia abdominal e os triglicerdeos explicaram 9% e 1% da variabilidade de AUS, respectivamente. Em comparao com o primeiro quartil, homens e mulheres no quarto quartil apresentavam 3,29 e 4,18 vezes mais de aumento de risco de SM, respectivamente. As mulheres apresentaram uma prevalncia quase trs vezes maior de diabetes melito. Homens normotensos com MS apresentaram maiores nveis de AUS, independente do IMC. CONCLUSO: Nossos resultados parecem justificar a necessidade de uma avaliao baseada no gnero em relao associao do AUS com fatores de risco cardiovasculares, que se mostraram mais acentuados em mulheres. A SM esteve positivamente associada com AUS elevado, independentemente do gnero. A obesidade abdominal e a hipertrigliceridemia foram os principais fatores associados com a hiperuricemia mesmo em indivduos normotensos, o que pode adicionar maior risco para a hipertenso.
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FUNDAMENTO: A obesidade derivada da deposio de gordura intra-abdominal tende a aumentar a produo de hormnios e citoquinas, piorando a sensibilidade a insulina e levando a disfuno endotelial. A hiperinsulinemia considerada um fator de risco independente para doena isqumica cardaca e uma causa de disfuno endotelial em indivduos saudveis. OBJETIVO: Avaliar o impacto de diferentes graus de resistncia a insulina, medida pelo HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance), sobre a funo endotelial de obesos, pacientes no diabticos, sem histria prvia de eventos cardiovasculares e diversos componentes da sndrome metablica. MTODOS: Um total de 40 indivduos obesos foi submetido a medidas antropomtricas, presso arterial de consultrio, MAPA e exames laboratoriais, alm de avaliao ultrassonogrfica no invasiva da funo endotelial. Os pacientes foram divididos em trs grupos de acordo com o grau de resistncia a insulina: pacientes com valores de HOMA-IR entre 0,590 e 1,082 foram includos no Grupo 1 (n = 13); entre 1,083 e 1,410 no Grupo 2 (n = 14); e entre 1,610 e 2,510 no Grupo 3 (n = 13). RESULTADOS: Encontramos uma diferena significativa na vasodilatao mediada por fluxo no Grupo 3 em relao ao Grupo 1 (9,2 7,0 vs 18,0 7,5 %, p = 0,006). Houve uma correlao negativa entre a funo endotelial e insulina, HOMA-IR e triglicrides. CONCLUSO: Nosso estudo sugere que leves alteraes nos nveis de resistncia a insulina avaliada pelo HOMA-IR podem causar algum impacto sobre a funo vasodilatadora do endotlio em indivduos obesos no complicados com diferentes fatores de risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: O sobrepeso e a obesidade so um importante problema de sade pblica na sociedade pela sua associao com diversas doenas crnicas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo determinar a prevalncia e a distribuio de sobrepeso e obesidade, usando diferentes medidas antropomtricas, e identificar o melhor indicador antropomtrico intimamente relacionado aos fatores de risco de Doenas Cardiovasculares (DCV) em populao iraniana urbana. MTODOS: O presente estudo transversal foi realizado com 991 homens e 1.188 mulheres de 15 a 64 anos. Foram medidos ndice de Massa Corporal (IMC), Circunferncia Abdominal (CA), Relao Cintura-Quadril (RCQ), Relao Cintura-Altura (RCA) e porcentagem de gordura corporal. Foi obtida amostra de sangue em jejum. Foram avaliados os fatores de risco cardiovascular, incluindo glicemia de jejum, triglicerdeos, colesterol total (col-T), colesterol de baixa densidade (LDL-colesterol) e colesterol da lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol). RESULTADOS: Em relao ao IMC, 49% dos homens e 53% das mulheres estavam acima do peso ou obesos, e 10,2% dos homens e 18,6% das mulheres encontravam-se obesos. Tanto nos homens quanto nas mulheres, a prevalncia de sobrepeso esteve maior entre aqueles com 40-49 anos de idade, e a prevalncia de obesidade esteve maior entre aqueles com 50 anos ou mais. Usando a anlise de regresso mltipla, IMC, RCA e RCQ explicaram o maior percentual de variao de triglicerdeos, razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em homens, respectivamente, ao passo que RCQ explicou o maior percentual de variao de triglicerdeos e CA explicou o maior percentual de variao da razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em mulheres. CONCLUSO: Nossos dados indicam que RCQ e RCA foram os indicadores antropomtricos que melhor previram fatores de risco cardiovascular em homens e RCQ e CA, em mulheres.
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FUNDAMENTO: Obesidade uma doena crnica, multifatorial, associada a aumento do risco cardiovascular, especialmente a insuficincia cardaca diastlica. OBJETIVO: Avaliar a funo diastlica do ventrculo esquerdo em obesos graves em pr-operatrio para cirurgia baritrica, relacionando com os fatores de risco cardiovascular e a estrutura cardaca. MTODOS: Trata-se de um estudo transversal, com 132 pacientes candidatos a cirurgia baritrica, submetidos a avaliao ecocardiogrfica transtorcica e dos fatores de risco cardiovascular, sendo: 97 mulheres (73,5%), idade mdia de 38,5 10,5 anos e IMC de 43,7 7,2 Kg/m. Foram divididos em trs grupos: 61 com funo diastlica normal, 24 com disfuno diastlica leve e 47 com disfuno diastlica moderada/grave, dos quais 41 com disfuno diastlica moderada (padro pseudonormal) e seis com disfuno diastlica grave (padro restritivo). RESULTADOS: Hipertenso arterial sistmica, idade e gnero foram diferentes nos grupos com disfuno diastlica. Os grupos com disfuno tiveram maior dimetro do trio esquerdo, do ventrculo esquerdo, volume do trio esquerdo em quatro e duas cmaras, ndice de volume atrial esquerdo e ndice de massa do ventrculo esquerdo corrigido para a superfcie corprea e para altura. CONCLUSO: A elevada frequncia de disfuno diastlica do ventrculo esquerdo na fase pr-clnica em obesos graves justifica a necessidade de uma avaliao ecocardiogrfica criteriosa, com o objetivo de identificar indivduos de maior risco, para que medidas de interveno precoce sejam adotadas.
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Sndrome metablica tem sido proposta como preditor de risco cardiovascular. No entanto, esta idia no possui forte embasamento cientfico. O presente artigo revisa as evidncias a este respeito, questionando o paradigma vigente do valor prognstico da sndrome metablica.
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FUNDAMENTO: A descoberta da leptina como um estimulador da atividade simptica trouxe uma nova perspectiva para os mecanismos fisiopatolgicos da obesidade-hipertenso. OBJETIVO: Avaliamos a relao entre a atividade simptica aumentada e as concentraes plasmticas de leptina e aldosterona em Hipertensos Resistentes (HR), comparando os grupos com e sem Diabetes Tipo 2 (DT2). MTODOS: Vinte e cinco pacientes HR foram avaliados por eletrocardiografia ambulatorial para anlise da Variabilidade da Frequncia Cardaca (VFC) nos domnios do tempo e frequncia, os quais foram estratificados em dois perodos: 24 horas e perodo Diurno (D), compreendendo as medidas entre 14 e 18h (domnio do tempo) e uma hora s 15h (domnio da frequncia). RESULTADOS: O grupo DT2 (n = 10) apresentou maiores concentraes de aldosterona e leptina que o grupo no DT2 (n = 15) (26,0 11,5 vs. 16,9 7,0 ng/dL - p = 0,021; 81,368.7 47,086.1 vs. 41,228.1 24,523.1 pg/mL - p = 0,048, respectivamente). Houve correlao entre aldosterona e VFC no domnio da frequncia em ambos os grupos. No-DT2 apresentaram a aldosterona correlacionada com D baixa frequncia em unidades normalizadas (BFnu) (r = 0,6 [0,12 - 0,85] p = 0,018) e D alta frequncia em unidades normalizadas (AFnu) (r = -0,6 [-0,85 - -0,12] p = 0,018). No grupo com diabetes, a aldosterona correlacionou-se com DBFnu (r = 0,72 [0,16 - 0,93] p = 0,019) e DAFnu (r = -0,72 [-0,93 - -0,16] p = 0,019). Apesar da importncia da leptina na atividade simptica aumentada na hipertenso, no houve correlao com VFC. CONCLUSO: A aldosterona parece estimular a atividade simptica em HR com ou sem DT2. Essa informao combinada com a eficcia clnica dos bloqueadores de receptor mineralocorticoide em HR pode reforar a aldosterona como alvo teraputico relevantes em HR. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)