220 resultados para lagarta-das-vagens
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da fava (Phaseolus lunatus L.) e descrever a morfologia de suas vagens e sementes. Oito variedades de fava (Amarela-cearense, Boca-de-moça, Branquinha, Mororó, Olho-de-ovelha, Olho-de-peixe, Orelha-de-vó, Raio-de-sol) foram avaliadas em experimento de campo no período de julho a dezembro de 1999, em Bananeiras, PB. Todas as variedades apresentaram hábito de crescimento indeterminado trepador e vagens compridas, de forma oblonga e recurvada, com número de sementes variando de duas a quatro. A variedade com vagens de maior comprimento (89,9 mm) e maior peso de 100 sementes (79,5 g) foi a Orelha-de-vó. As variedades Olho-de-ovelha e Orelha-de-vó apresentaram a maior e menor produtividade média de 0,852 e 0,293 t ha-1 de sementes, respectivamente. Com base na variação do número de dias para florescimento e colheita, as variedades foram classificadas em precoce (Amarela-cearense, Olho-de-peixe e Orelha-de-vó), intermediária (Boca-de-moça, Branquinha, Mororó e Olho-de-ovelha) e tardia (Raio-de-sol). As variedades Olho-de-ovelha, Branquinha, Boca-de-moça, Amarela-cearense, Mororó e Olho-de-peixe são as mais promissoras para cultivos de sequeiro, com irrigação suplementar.
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O fungo entomopatogênico Nomuraea rileyi (Farlow) Samson produz epizootias em populações de lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis (Huebner), controlando naturalmente a praga em determinadas condições. No entanto, a epizootia nem sempre ocorre a tempo de evitar que as populações desta praga causem dano econômico à cultura. Foi criado um modelo matemático para simular a ocorrência de N. rileyi em populações de A. gemmatalis nas lavouras de soja da Flórida, EUA. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema que integrasse esse modelo a outros modelos (fenologia da soja e da praga, interações inseto-planta e dinâmica populacional da praga), a fim de gerar simulações mais precisas no manejo da praga. Estes modelos foram construídos a partir de estudos ecológicos dos organismos envolvidos, conduzidos nas áreas de soja no Brasil. O sistema integrado foi desenvolvido com base em equações de diferenças que são processadas pelo programa STELLA, versão 5.0 Research. A avaliação do modelo em Planaltina, DF, e Londrina, PR, demonstraram que o sistema é capaz de simular a ocorrência de epizootias ou explosões populacionais da lagarta da soja.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das populações de percevejos Euschistus heros (F.) e Piezodorus guildinii (West.) nas lavouras de soja nos meses de novembro/dezembro, antes do aparecimento das vagens nas plantas. Foram realizados experimentos em casa de vegetação e no campo, comparando-se infestações no período vegetativo e reprodutivo da cultura. As plantas de soja, mesmo sob o ataque de pesadas infestações de percevejos (até 8 por planta), no período vegetativo e no florescimento, não sofreram reduções significativas no rendimento. A qualidade das sementes foi semelhante entre os tratamentos e entre as espécies. No estádio R4, o número médio de vagens chochas foi diretamente proporcional ao aumento do número de percevejos por planta. No campo, as plantas com até quatro percevejos por metro, no final do período vegetativo-floração, tiveram rendimentos médios e qualidade de sementes semelhantes aos das plantas livres de insetos. No período R5-R6, para as duas espécies de percevejos, o número de grãos picados e inviabilizados cresceram, e os rendimentos médios decresceram com o aumento da população, tendo-se obtido, para a qualidade da soja, um dano duas vezes maior para a espécie P. guildinii em relação a E. heros. Infestações desses percevejos, na fase vegetativa-floração, não causam reduções no rendimento e na qualidade das sementes de soja.
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Este trabalho teve como objetivo quantificar as perdas na cultura do milho BRS 3123 decorrentes do ataque da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), na ausência e presença de seus inimigos naturais. Aos 15 dias depois da emergência da planta, foi realizada uma infestação artificial da praga (uma postura por metro quadrado). As lagartas alimentaram-se da planta, sem a interferência de seus inimigos naturais, pela utilização de uma gaiola de proteção (inicial, de dois dias depois da infestação, até uma proteção máxima de 16 dias). O dano da praga, determinado por uma escala de notas de 0 (plantas sem dano) a 5 (plantas mortas), foi em média de 4,01, 1,39, 1,09 e 0,93 para o período de proteção da praga de 16, 6, 4 e 2 dias, respectivamente. Na ausência de agentes de controle biológico, o ataque da praga ocasionou perdas na produção de matéria seca de 47,27% e perdas no rendimento de grãos de 54,49%. Os resultados evidenciaram a importância dos inimigos naturais na supressão de lagartas de S. frugiperda na cultura de milho.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros biológicos da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), alimentada com híbridos de milho Bt, que expressam a toxina Cry 1A(b), e com seus respectivos isogênicos não Bt. Os experimentos foram realizados no laboratório da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG. Os parâmetros avaliados foram: sobrevivência de larvas após 48 horas, sobrevivência da fase larval e pré-imaginal, biomassa de larvas aos 14 dias de idade, biomassa de pupas, período de desenvolvimento larval, e não preferência alimentar de larvas do primeiro ínstar. Larvas de S. frugiperda apresentam menor sobrevivência nas primeiras 48 horas de alimentação e durante toda a fase larval, na maioria dos híbridos de milho Bt, em comparação ao milho não Bt. A biomassa de larvas e pupas foi sempre menor no milho Bt, e o período larval e o pré-imaginal, maior. Houve interação entre a toxina Cry 1A(b) e a base genética dos híbridos transgênicos, quanto à sobrevivência e à biomassa larval. Larvas recém-eclodidas de S. frugiperda apresentam preferência pela alimentação em milho não Bt.
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar o gene vip3A de Bacillus thuringiensis e verificar a toxicidade da proteína Vip3Aa50 a larvas da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis). O gene vip3A foi amplificado por PCR, com iniciadores específicos, e gerou um fragmento de 2.370 pb. Esse fragmento foi clonado em vetor pGEM-T Easy e, em seguida, sequenciado, subclonado em vetor de expressão pET-28a (+) e inserido em células de Escherichia coli BL21 (DE3). A expressão da proteína Vip3Aa50 foi induzida por isopropil-β-D-1-tiogalactopiranosídeo (IPTG), visualizada em SDS-PAGE e detectada por "Western blot". Os ensaios de toxicidade revelaram alta atividade da proteína Vip3Aa50 contra as larvas neonatas da lagarta-da-soja e da lagarta-do-cartucho, com CL50 de 20,3 e 79,6 ng cm-2, respectivamente. O gene vip3Aa50 é um novo gene da classe vip3A.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de cultivares transgênicas de algodoeiro que expressam as proteínas Cry1Ac e Cry1F, nos parâmetros biológicos da lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens). Lagartas neonatas foram alimentadas durante toda a fase larval com folhas de cultivares transgênicas e de suas isolinhas convencionais. Na cultivar Nuopal (Bollgard I) (Cry1Ac), 62% das lagartas sobreviveram e se transformaram em pupas normais. A cultivar FM 975 (WideStrike) (Cry1Ac e Cry1F) é letal para lagartas de primeiro instar, com 100% de mortalidade.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial predatório de besouros adultos de Carabidae e Staphylinidae (Coleoptera) sobre lagartas de quarto instar da lagarta-da-soja, em laboratório. Inicialmente, avaliou-se a capacidade de consumir uma lagarta por 24 horas. Para as espécies que causaram ≥80% de mortalidade da presa, determinou-se a taxa de consumo, tendo-se oferecido uma lagarta por 24 horas, durante quatro dias consecutivos. Os carabídeos Calosoma granulatum, Cynthidia croceipes, Odontocheila nodicornis e Pseudabarys sp. 1; as espécies dos gêneros Galerita, Scarites e Tetracha; e os estafilinídeos Eulissus chalybaeus, Glenus cyanicollis e Xenopygus sp. 2 apresentam elevado potencial predatório.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade de genótipos de feijão-caupi e selecionar aqueles com potencial para o mercado de vagens e grãos verdes. Em 2012, foram avaliados 16 genótipos em dois experimentos (sequeiro e irrigado), em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram avaliados os caracteres: número de dias para o início da floração, comprimento de vagem verde, número de grãos por vagem verde, massa de cem grãos verdes, produtividade de vagens verdes, produtividade de grãos verdes e índice de grãos verdes. A maioria dos caracteres apresentou diferenças quanto ao ambiente de cultivo, mas a resposta dos genótipos às variações ambientais foi similar. Os genótipos, sob irrigação, apresentaram produtividade de vagens e grãos verdes similar à das testemunhas. A cultivar Azulão-MS, em sequeiro, apresentou alto potencial para a produção de vagens verdes, no entanto, com baixa relação grão verde/vagem verde. A cultivar BRS Tumucumaque apresenta potencial para a produtividade de grãos verdes em sequeiro, enquanto a linhagem MNC00-595F-27 produz mais em condições de irrigação.
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A espécie Pseudoplusia includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae), lagarta-falsa-medideira, ataca diversas culturas de importância econômica, causando, na maioria das vezes, prejuízos consideráveis. Foram realizados levantamentos de todas as fases de desenvolvimento do inseto, no período de abril/2009 a abril/2010, em uma cultura de maracujá-azedo, Passifora edulis f. flavicarpa, no município de Linhares-ES, após ter sido constatada sua presença na área. A lagarta foi observada durante os meses de abril a novembro/2009 e de fevereiro a abril/2010, sendo constatados surtos mais severos nos meses de junho, setembro e novembro/2009, atingindo índices de até 80% de folhas danificadas. A planta invasora Solanum americanum (maria-pretinha), associada à cultura, é também hospedeira do inseto. Como inimigos naturais da lagarta, foram constatados o parasitoide Copidosoma truncatellum (Hymenoptera: Encyrtidae) e o entomopatógeno Baculovirus sp.. Este é o primeiro registro da ocorrência de P. includens na cultura de maracujá-azedo.
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O objetivo deste trabalho foi investigar se o consumo de folhas de mudas de eucalipto por insetos herbívoros pode ser influenciado pela condição nutricional a que essas plantas estão submetidas. Para tal, mudas de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden foram mantidas em soluções nutritivas, constituindo tratamentos diferenciados entre si pela presença e ausência dos macronutrrientes nitrogênio, fósforo e potássio, além da solução completa e da testemunha, sendo este último tratamento constituído somente por água destilada. Após as plantas estarem submetidas às diferentes condições de nutrição por 30 dias, suas folhas foram arrancadas e oferecidas como dieta a lagartas de Eupseudossoma involuta (Lepidoptera - Arctiidae). Decorridas 20 horas do início do período de alimentação, o restante da dieta de folhas foi pesado. Avaliaram-se os parâmetros altura e número de folhas das mudas de E. grandis antes e depois de submetidas aos tratamentos, bem como o peso das folhas antes e depois de serem oferecidas aos insetos. Concluiu-se que houve preferência alimentar das lagartas em função da nutrição com que as plantas de E. grandis eram mantidas.
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Descrevem-se três surtos de intoxicação por vagens de Prosopis juliflora no Sertão e Agreste de Pernambuco, na região semi-árida, em animais pastejando áreas invadidas pela planta ou que ingeriram as vagens como alimento concentrado. Em duas fazendas nas que a doença ocorria esporadicamente foram observados casos individuais. Em outra, o surto afetou um rebanho de 1206 bovinos, dos quais adoeceram 112 (9,28%) e morreram 84 (6,96%), enquanto os demais 28 (2,32%) recuperaram-se e ganharam peso após a retirada das vagens da alimentação. Clinicamente observou-se, principalmente, perda de peso progressiva, atrofia da musculatura da face e masseter, mandíbula pendulosa, protrusão de língua, dificuldade de apreensão e mastigação dos alimentos, torção da cabeça para mastigar ou ruminar, salivação excessiva, disfagia e hipotonia lingual. Nos exames laboratoriais constatou-se anemia e hipoproteinemia. Na necropsia havia caquexia e diminuição de volume e coloração acinzentada dos músculos masseteres. Na histologia observou-se degeneração de neurônios do núcleo motor do trigêmeo, degeneração Walleriana do nervo trigêmeo e atrofia muscular por denervação do músculo masseter com substituição por tecido fibroso. Recomendam-se medidas para a profilaxia da intoxicação e discute-se a necessidade de desenvolver pesquisas para determinar a viabilidade econômica e sustentabilidade da utilização da algaroba como alimento animal ou humano e para produção de carvão, lenha ou madeira.
Resumo:
Sinais nervosos associados à ingestão de vagens de Prosopis julilora tem sido descritos em aprinos adultos pastejando continuamente em áreas invadidas por esta planta. A doença não tem sido constatada em ovinos, mas nesta espécie o pastejo em áreas invadidas por P. julilora tem sido associado à ocorrência de malformações. O presente trabalho objetivou estudar a toxicidade sobre o sistema nervoso e o efeito teratogênico de vagens de P. julilora (algaroba) em ovinos e avaliar a sua toxicidade em caprinos. Para isso foram realizados três experimentos. No Experimento 1, grupos de quatro ovinos receberam vagens na concentração de 0, 60% e 90% da alimentação durante um ano. No Experimento 2, sete ovelhas ingeriram vagens, em quantidades equivalente a 2,1% do peso corporal (pc) durante toda a gestação. No Experimento 3, três caprinos receberam vagens em quantidade equivalente a 1,5% do pc por periodos de 264, 474 e 506 dias. Nenhum animal experimental apresentou sinais nervosos e no Experimento 2 todas as ovelhas pariram cordeiros normais. Esses resultados sugerem que as vagens de algaroba podem ser utilizadas sem restrição na alimentação de ovinos. Em um trabalho anterior as vagens de algaroba, nas concentrações de 60% e 90% da alimentação, causaram intoxicação em caprinos apos 210 dias de ingestão o que sugere que ocorrem variações na toxicidade das vagens. Recomenda-se que caprinos não permaneçam em áreas invadidas por algaroba por mais de um periodo de frutificação da planta.
Resumo:
As vagens de Prosopis juliflora (algaroba) causam sinais nervosos em bovinos, devidos a lesões no núcleo motor do trigêmeo, e cólicas em cavalos devidos à formação de fitobezoários no intestino. O presente trabalho objetivou estudar a toxicidade das vagens de P. juliflora para equinos e comprovar que a utilização 30% de vagens adicionadas na ração de bovinos não causa intoxicação. Para isso foram realizados três experimentos. No Experimento 1, dois bovinos ingeriram, durante um ano, vagens de algaroba, em quantidade equivalente a 30% do total da matéria seca ingerida. Nenhum animal experimental apresentou sinais nervosos. No Experimento 2, dois cavalos receberam vagens em quantidade equivalente a 1% do peso corporal (pc) durante quatro meses e em quantidade equivalente a 1,5% do pc durante outros três meses. No experimento 3, dois equinos receberam vagens ad libitum, durante um mês. Em nenhum dos equinos foram observados sinais nervosos nem cólicas devidas à formação de fitobezoários. Esses resultados sugerem que as vagens de algoraba, apesar de sua toxicidade, podem ser utilizadas na alimentação de bovinos em confinamento ou semi-confinamento, nas concentrações de 30% da alimentação por períodos de até um ano. Não há restrições para a administração de vagens de algaroba em equinos confinados; no entanto, permanecem as restrições para o pastejo de equídeos em áreas invadidas por algaroba. Sugere-se que as vagens perdem a sua capacidade de formar fitobezoários em consequência do armazenamento. Bovinos não devem permanecer em áreas invadidas por P. juliflora, quando a planta está frutificando, por mais de 30 dias.
Resumo:
Objetivou-se com este estudo determinar os possíveis efeitos teratogênicos de Prosopis juliflora, verificar se existe perda da toxicidade entre vagens armazenadas e recém-coletadas e determinar se existe diferença de toxicidade entre as vagens coletadas em diferentes localidades. Trinta ratas prenhes da linhagem Wistar foram separadas, aleatoriamente, em cinco grupos: um controle (G1) e quatro experimentais (G2, G3, G4 e G5). Os animais dos grupos G2 e G3 foram alimentados com ração contendo 70% de vagens de P. juliflora recém-coletadas em dois municípios diferentes. Os grupos G4 e G5 foram alimentados com ração preparada com vagens das mesmas procedências, porém armazenadas por um período de 6 meses. O grupo controle recebeu ração sem vagens de P. juliflora. No grupo controle o número de malformações por ninhada (1,16 ± 0,98) foi significativamente menor do que os dos grupos experimentais (14,00 ± 2,96, 6,16 ± 2,22, 7,66 ± 2,94 e 4,66 ± 1,63 para os grupos G2, G3, G4 e G5, respectivamente) indicando que a planta é teratogênica. Não foram observadas diferenças significativas na frequência de malformações e no número de fetos nascidos entre os grupos que receberam vagens de diferentes localidades. No entanto, o número de malformações nos grupos que receberam as vagens recém-colhidas (65,80 ± 21,20 a, 67,59 ± 18,10 a), foi significativamente maior que o observado nas ratas que receberam as vagens após o armazenamento (35,74±10,10b, 21,85±5,13c) sugerindo que o efeito teratogênico da planta diminui durante o armazenamento. Conclui-se que as vagens de P. juliflora são teratogênicas para ratas Wistar e que a fetoxicidade das mesmas diminui com o armazenamento.